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DANIELE VIEIRA MACIEL Anotações de aula INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO II Parte 2 MANAUS 2016 SUMÁRIO AULA 1 3 1. Analogia 3 2. Principio da estrita legalidade 3 3. Principio da taxatividade 3 4. Presunção (presumir algo) absoluta e relativa. 3 5. Presunção: Circunstâncias do fato. 4 AULA 1 Analogia A analogia é o empréstimo de um conceito, de uma regra, de outra norma referente a uma situação semelhante. Segundo o dogma da completude, a integração é da norma e não do ordenamento. A Lei de Introdução ao Código Civil elencará, primeiramente, como método de integração da norma – a analogia. Não é permitida em situações onde possa conduzir a normas odiosas, nem em ramos do direito que se pautam pela estrita legalidade. O Direito Penal e o Direito Tributário se pautam por esse principio e não se pode usar a analogia para criar crimes ou tributos. As analogias geralmente ocorrem quando as transformações sociais pegam o legislador de surpresa. A analogia não se confunde com a interpretação extensiva e nem com a interpretação analógica. Embora o próprio direito penal não permita a analogia, ele permite duas coisas: a interpretação extensiva e a interpretação analógica. Principio da estrita legalidade Não se pode utilizar a analogia para criar normas odiosas, que imponham ônus. Em áreas do Direito que vivem sob este principio, isto é, tudo deve está amparado por lei feita para cada caso, analogias não são permitidas Principio da taxatividade Tanto o Direito Tributário, quanto o Direito Penal, além do princípio da estrita legalidade, também se pautam pelo princípio da taxatividade. Isso significa que a norma tem que ser taxativa, tem que dizer exatamente qual tributo você deve pagar, qual crime está lá previsto. Não se deve deixar margens ou ambiguidades no texto. O que sair dali, o que não se enquadrar na norma, não poderá ser considerado crime. Presunção (presumir algo) absoluta e relativa. Absoluta: não admite prova em contrário – o direito firma um entendimento e mesmo que você junte todas as provas contrárias, aquilo permanece. Relativa: admite prova contrária – A principio se considera o individuo responsável ou até culpado, mas se aceita prova em contrário. Presunção de inocência funciona no âmbito penal, no âmbito tributário é oposto – o fisco tem a presunção contra o contribuinte. A presunção é uma atitude a priori, antes dos elementos que permitam averiguar o fato. Presunção: Circunstâncias do fato. Não posso utilizar presunção, no direito penal, para deduzir o fato principal. Eu posso utilizar a presunção para deduzir os elementos circunstanciais. O fato principal foi a relação sexual e eu só posso utilizar a presunção para deduzir o elemento circunstancial “Foi consensual ou forçado? ”. Então, na discussão sobre presunção em caso de relação sexual com menor de 14 anos, é justamente em relação a isso, a presunção da ausência de consenso. Nota: relação sexual cm menores de 14 anos é crime, independente das circunstancias. Interpretação extensiva A interpretação extensiva é uma dilatação da abrangência da norma. Não se tem a qualidade, um elemento qualitativo da conduta. Todavia, o elemento quantitativo é alterado. É alterado por uma questão lógica. Se a bigamia é proibida, a trigamia e a poligamia também têm que ser. Nesse caso não estamos falando de analogia, não estamos recorrendo a outra lei, a outra norma. Estamos trabalhando com aquela norma específica, ampliando, estendendo, dilatando o significado dela.
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