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Técnicas Clássicas e Atuais de Intervenção na Reabilitação Neurológica

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TÉCNICAS CLÁSSICAS E ATUAIS DE INTERVENÇÃO NA REABILITAÇÃO NEUROLOGICA
INTRODUÇÃO AO CONCEITO NEUROEVOLUTIVO 
Karel e Bertha Bobath
*O CONCEITO BOBATH É A RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS ATRAVÉS DE AVALIAÇÃO E TRATAMENTO DE INDIVÍDUOS COM DISTÚRBIOS DE POSTURA, MOVIMENTO E FUNÇÃO, DEVIDO A LESÃO NO S.N.C.. O OBJEIVO DO TRATAMENTO É DE OTIMIZAR A FUNÇÃO MELHORANDO O CONTROLE POSTURAL E O MOVIMENTO SELETIVO ATRAVÉS DA FACILITAÇÃO – (IBITAH AGM 1995 - WASHINGTON D.C.)
Se baseia no reconhecimento da importância de dois fatores: 
Da interferência da lesão na maturação do cérebro, conduzindo ao retardo ou incapacidade de adquirir um ou mais aspectos do desenvolvimento; 
A presença de padrões anormais de postura e de movimento, devido a uma liberação da atividade reflexa postural anormal ou uma interrupção do controle normal dos reflexos de postura e movimento. 
TONUS E PADRÕES POSTURAIS:
O tônus postural anormal e os padrões de movimento anormais se encontram relacionados. O movimento normal requer um tônus postural normal, porém não se pode obter isso se o tônus postural for anormal. No entanto, se o tônus postural está perto do normal, então os padrões normais de movimento que podem ser facilitados durante o tratamento, podem ajudar a conseguir um tônus postural mais normal. 
Durante o tratamento, objetivamos inibir os padrões anormais de postura e de movimento que surgem da atividade reflexa postural anormal, e facilitar a criança por meio de técnicas especiais de manuseio de padrões mais normais de movimento. Buscamos que a criança responda ativamente a nossa manipulação. O tratamento se realiza mediante o manejo e orientação das atividades da criança. As respostas motoras das crianças durante a estimulação sensorial deverão ser as mais normais possíveis. Dessa maneira a criança poderá experimentar e projetar diferentes padrões de movimento mais normais. A criança então aprenderá estes padrões de movimento mais normais por repetição.
ASPECTOS IMPORTANTES NO DESENVOLVIMENTO:
Atividade reflexa 
Atividade voluntária 
Atividade automática 
Feedback 
Feedforward 
PADRÕES ANORMAIS 
Atividade Reflexa 
Compensações 
Reações Associadas 
Alteração Do Tônus Muscular 
Movimentos Involuntários. 
PONTOS CHAVES DE CONTROLE 
DEPENDEM: 
DO ESTÁGIO MOTOR QUE SE ENCONTRA O CLIENTE; 
DA RESPOSTA QUE O CLIENTE APRESENTA AO MANUSEIO; 
DA HABILIDADE DO TERAPEUTA. 
AVALIE O QUE O CLIENTE É CAPAZ DE FAZER; 
ANALISE SUAS REAÇÕES DURANTE O MOVIMENTO E MANUSEIO; 
OBSERVE O QUE ELE CONTROLA E O QUE ELE NÃO CONTROLA. 
LEMBRE: 
A APRENDIZAGEM MOTORA SE FAZ POR MEIO DA ATIVIDADE VOLUNTÁRIA E REPETIÇÃO DO MOVIMENTO 
TENHA POR REFERÊNCIA O DESENVOLVIMENTO MOTOR NORMAL, INIBA, CORRIJA O QUE NÃO É NORMAL; 
QUANDO VOCÊ MANUSEIA O CLIENTE ESTÁ LHE DANDO UM FEEDBACK SENSORIAL. 
INIBIÇÃO E FACILITAÇÃO 
O tratamento da atividade reflexa postural anormal por meio da inibição, se combina de muitas maneiras com a facilitação e estimulação de movimentos mais normais. Isto é realizado utilizando técnicas especiais de manipulação da sujeito e guiando de tal maneira suas respostas que estimule e desenvolva a maior quantidade possível de padrões normais de ajuste ao movimento. 
•Quando uma nova habilidade está sendo aprendida a inibição da hiperatividade aumenta à medida que o executante torna-se mais habilitado. 
- REFERENCIE E DÊ CONTROLE 
- USE FEEDBACK SENSORIAL
FACILITAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO MOTOR NORMAL
FACILITAÇÕES 
CONTROLE DE CABEÇA; 
ROLAR; 
ARRASTAR; 
SENTAR; 
SENTAR DE LADO; 
FICAR DE GATO; 
FICAR DE JOELHOS; 
FICAR SEMI-AJOELHADO; 
FICAR DE PÉ; 
ANDAR. 
USO DA BOLA E ROLO 
ALONGAMENTOS; 
DISSOCIAÇÕES; 
REAÇÕES DE RETIFICAÇÃO; 
REAÇÕES DE PROTEÇÃO; 
APOIO PARA POSTURAS MAIS ALTAS; 
FACILITAÇÃO DE MOVIMENTOS. 
Técnicas Atuais 
Treinamento de Força em Sujeitos Portadores de Acidente Vascular Cerebral 
A fraqueza muscular pode ser umadas principais causas de problemas funcionais na população com acidente vascular cerebral e pode ser atribuída a redução do tamanho da fibra muscular, diminuição da freqüencia de disparo, atrofia das fibras do tipo II, aumento da fadiga, diminuição do número das unidades motoras, alteração do recrutamento das unidades motoras e a falta de input das vias descendentes sobre o motoneurônio espinhal. Há evidências de que o treinamento de força tem um importante papel na recuperação funcional mesmo em portadores crônicos de acidentevascular cerebral, principalmente se o treino está relacionado com a execução de tarefas cotidianas. Por muitos anos foi apregoado que os exercícios de resistência muscular poderia aumentar o tônus muscular e os padrões anormais de movimento. Entretanto estudos mais recentes tem demonstrado que o treinamento de força não traz prejuízos ao tônus muscular após o acidente vascular cerebral. 
Miriam Souto Maior Medeiros - Pós graduação Lato-Sensu em Musculação e Treinamento da Força – Universidade Gama Filho 
EFEITOS DA ESTIMULAÇÃO ELÉTRICA FUNCIONAL NOS MÚSCULOS DO PUNHO E DEDOS EM INDIVÍDUOS HEMIPARÉTICOS: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA DA LITERATURA 
Estudos aleatorizados disponibilizaram evidências de efeitos positivos da EEF aplicada nos músculos do punho e dedos de pacientes hemiplégicos. Futuras investigações poderão esclarecer algumas inconsistências observadas nos resultados dos estudos, provavelmente devido a diferenças nos tipos de protocolos adotados, nas características dos pacientes e na instrumentação utilizada. Os resultados deste estudo de revisão sistemática sintetizam evidências sobre os efeitos da EEF que podem contribuir para subsidiar as ações clínicas de profissionais que trabalham com essa clientela e que utilizam de EEF, favorecendo a prática baseada em evidências. 
ARANTES NF 1, VAZ DV 2, MANCINI MC 3, PEREIRA MSDC 1, PINTO FP 1 E PINTO TPS 
A terapia de restrição como forma de aprimoramento da função do membro superior em pacientes com hemiplegia 
Este estudo permitiu evidenciar os resultados da terapia de restrição sobre pacientes subagudos e crônicos na realidade brasileira, onde a reabilitação em geral ocorre tardiamente e em ambiente ambulatorial. Foi possível observar ganhos na destreza e independência funcional apontando para o método como opção terapêutica útil no atendimento de pacientes com motricidade residual do membro parético decorrente de acidente vascular cerebral. 
Marcelo Riberto1, Heloisa Moreira Monroy2, Harumi Nemoto Kaihami3, Priscilla Pereira dos Santos Otsubo4, Linamara Rizzo Battistella5 ACTA FISIATR 2005; 12(1): 15-19 
TRATAMENTO DE TERAPIA VIBRATÓRIA EM PACIENTES COM ESPASTICIDADE 
Consideramos que o tratamento foi benéfico para os pacientes, pois a ADM aumentou significantemente, o que caracteriza a diminuição do grau de espasticidade e melhora no controle motor. Além disso, pode-se notar pelos relatos dos pacientes e seus respectivos acompanhantes, que houve uma melhora nas atividades de vida diária, alívio da tensão e do estresse, melhora do estado emocional e estímulo da autoconfiança dos pacientes. 
Fisioterapia em Movimento, Curitiba, v.18, n.1, p. 67-74, jan./mar., 2005

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