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Pneumonia Pneumonia O que é? Instalação e multiplicação de microrganismos patogênicos no parênquima pulmonar - bactérias - vírus - fungos Fatores que alteram as defesas • Doenças crônicas; eficiência imunológica; leucopenia • Tratamento com drogas imunossupressoras • Perda do reflexo da tosse • Dano no aparelho mucociliar • Alteração na capacidade fagocitíca ou bactericida dos fagócitos • Congestão pulmonar ou edema • Acúmulo de secreções Vias de contaminação • Passagem pelas barreiras do trato respiratório superior • Aerossóis • Aspiração de material contaminado (oral ou gástrico) • Via hematogênica Pneumonias • Distribuição anatômica - broncopneumonia - pneumonia lobar - pneumonia dupla • Agente etiológico - Pneumonia estafilocócica, estreptocócica, etc • Pneumonia “atípica” • Reação do hospedeiro - supurativa ou fibrinosa • Sinais clínicos • Apresentação da doença • Exposição à um patógeno específico • Idade e tipo do hospedeiro infectado Broncopneumonia • Extensão de bronquite • Presença de pequenas regiões afetadas • Mais comum em crianças jovens e idosos Pneumonia Lobar • Infecção aguda de uma larga porção de um lobo ou de um lobo inteiro Pneumonia lobar bacteriana • O organismo entra nos alvéolos pela árvore brônquica. • Resistem à fagocitose pelos macrófagos, multiplicam e induzem resposta inflamatória. • Exsudação de plasma e leucócitos para os broquíolos. Tosse, escarro achocolatado, febre, calafrios e dor no tórax em pontadas. Lóbulo pulmonar torna-se massa endurecida. Dispnéia e taquipnéia. • Mortalidade alta: 5-10% Agentes etiológicos • Broncopneumonia: - Staphylococcus aureus - Streptococcus pneumoniae - Haemophilus influenzae - Pseudomonas aeruginosa • Pneumonia lobar: - 90% S. pneumoniae (pneumococos) Pneumonia “atípica” • Vírus, Mycoplasma penumoniae, Chlamydiaceae • Não tem uma “consolidação” do pulmão tão forte quanto na pneumonia lobar. • Reação inflamatória localizada no interior da parede dos alvéolos • Dano alveolar • Sintomas muito leves: febre, dor de cabeça, dor muscular, dor nas pernas Mycoplasma spp. • Organismos pleomórficos, não possuem parede • Crescem lentamente • Exigentes no cultivo • São anaeróbios. Exceção - M. pneumoniae • M. pneumoniae - não é comensal • 20% dos casos de pneumonia na população - crianças em idade escolar e adultos jovens • 50% dos casos em acampamentos militares C. trachomatis C. pneumoniae C. psittaci DST Infecções pulmonares em recém-nascidos Pneumonia atípica, aterosclerose Pneumonia atípica Família Chlamydiaceae Chlamydia spp. Chlamydophila spp. Pneumonia • Adquirida da comunidade • Adquirida em hospital • Idade e condições de saúde - Maior incidência em crianças e idosos - crianças: virus - idosos: patógenos bacterianos Pneumonia adquirida da comunidade Avaliação inicial da etiologia • Crianças novas: virus - S. pneumoniae e H. influenzae - Estreptococos do grupo B (S. agalactiae) • Adultos: S. pneumoniae - Mycoplasma pneumoniae - Chlamydophila pneumoniae • Adultos com doença pulmonar crônica - S. pneumoniae e H. influenzae • Pacientes em uso de antibióticos - bacilos Gram-negativos Pneumonia adquirida da comunidade Fatores predisponentes • Crianças - patógenos virais que causam infecções nos meses de inverno. • Adultos - pessoa idosa com alguma outra doença em curso. - doenças crônica do pulmão, doenças cardiovasculares, diabete e alcoolismo. - pneumonia primária ou como infecção secundária. Pneumonia adquirida da comunidade Manifestações Clínicas • Crianças: infecções virais - não se resolve, agravamento da doença, dificuldade de respiração. • Adolescentes: M. pneumoniae, Pneumonia atípica Anormalidades na radiografia • Adultos: início súbito dos sintomas como febre, tosse com catarro contendo sangue. Infiltrado no pulmão. • Idosos ou pacientes imunossuprimidos: sintomas muito leves Pneumonia adquirida em hospitais Fatores predisponentes • Comprometimento das barreiras do trato respiratório superior • Colonização da orofaringe com bactérias Gram-negativas. • Fatores predisponentes: idade avançada do paciente, desnutrição, depressão nivel de consciência, intubações, uso prévio com antibióticos, tratamentos que elevam o pH gástrico, aspirações de material gástrico, etc. Pneumonia adquirida em hospitais Etiologia • 60% dos casos são causados por bacilos Gram-negativos: Pseudomonas spp., Acinetobacter spp., Klebsiella pneumoniae, Enterobacter spp., Escherichia coli, Serratia marcescens, entre outros. • 16% dos casos: micro-organismos Gram-positivos • Incidência de anaeróbios é variável Diagnóstico laboratorial Coleta da amostra • Contaminação com microbiota do TRS • Escarro colhido adequadamente - (Gram e cultura)- 50% das pneumonias bacterianas - Pneumococos: purulento - Micoplasma, vírus, clamidia: pouco escarro; claro • Aspiração transtraqueal e aspiração transtoráxica com agulha diretamente do sítio infectado. • Broncoscopia Diagnóstico laboratorial • Qualidade do escarro • Presença de neutrófilos e células epiteliais > 25 de neutrófilos e <de 10 cels. epiteliais: aceitável (livre de contaminações). > de 25 cels epiteliais: não adequado para o diagnóstico • Ágar Sangue, Ágar Chocolate, Ágar MacConkey • Meios para isolamento de anaeróbios • Cultivo celular Exame microcópico Cultura Tratamento e Profilaxia • S. pneumoniae - Penicilina ou eritromicina e cloranfenicol - Vacina - polissacáride capsular • H. influenzae - Vacina – Hib - Cefalosporinas de 2ª e 3ª geração • S. aureus - Penicilina, Meticilina • Bacilos Gram-negativos - testes • Medicações sintomáticas para a dor. • Oxigênio, vaporização e nebulização. Pneumonia crônica • Persistência de anormalidades no pulmão • Mycobacterium spp.: agente etiológico bacteriano mais comum - M. tuberculosis, M. kansasii, M. avium • Fungos: Histoplasma capsulatum, Coccidioides immitis - Pacientes imunocomprometidos: Candida spp., Aspergillus spp. e Crytococcus neoformans Meningites Meninges www.geocities.com/microbiologiabr/esqueleto.jpg Meningites • Bacterias • Fungos • Virus • Protozoários Meningite bacteriana Bactéria % de casos Mortalidade (%) Haemophilus influenzae 45 3 Streptococcus pneumoniae 18 19 Neisseria meningitidis 14 13 Streptococcus do grupo B 5 12 Listeria monocytogenes 3 22 Agentes bacterianos da meningite em diferentes faixas etárias • 0-1 mês : Streptococcus do grupo B 49% • 2 meses-4 anos : H. influenzae 70% • 5-29 anos : N. meningitidis 42% • 30-59 anos : S. pneumoniae 37 % • > 60 anos : S. pneumoniae 48 % Micro-organismos menos comuns da microbiota normal do trato respiratório superior • S. aureus (cavidade bucal e nariz) • Enterococcus (cavidade bucal) • Candida albincans (cavidade bucal) • S. pneumoniae (nariz e nasofaringe) • Haemophilus influenzae (nariz, naso e orofaringe) • Neisseria meningitis (nariz, naso e orofaringe) • S. pyogenes (nariz, naso e orofaringe) • Bastonetes Gram-negativos (orofaringe) Fatores importantes na interação com o hospedeiro • Fimbrias - adesão • Cápsula de polissacáride - Colonização e invasão• Proteases ativas em IgA - cliva IgA1 • Outros componentes de superfície das bactérias - LOS Fatores predisponentes: infecção viral, imunossupressão Patogenia As meninges são atingidas basicamente por duas vias: • Via hematogênica colonização e invasão da corrente sanguínea • Via direta processo infeccioso adjacente às meninges • Transmissão Patógenos transmitidos por secreções respiratórias e aerossóis. Colonização e invasão sistêmica • Colonização da nasofaringe • Aderência ao muco • Ligação a células não ciliadas • Multiplicação e formação de microcolônias na superfície epitelial • Citotoxicidade (alterações nas junções entre as células). • Invasão do epitélio • Passagem do micro-organismo para a submucosa Colonização da nasofaringe Invasão local Bacteremia Dano a células endoteliais Invasão das meninges Inflamação do espaço subaracnóide Edema cerebral Aumento da permeabilidade da barreira hematoencefálica Patogenia • Bacteremia - atividade antifagocitária da cápsula polissacarídica - ativação do sistema do complemento • Invasão das meninges - capilares cerebrais, plexo coróide - fimbrias, associação com monócitos • Alterações na barreira hematoencefálica - membrana aracnóide, epitélio do plexo coróide e endotélio microvascular cerebral Patogenia • Sobrevivência da bactéria no espaço subaracnóide - sistema do complemento - anticorpos - leucócitos • Inflamação do espaço subaracnóide - parede celular e LPS - indutores - mediadores da inflamação - edema cerebral e aumento da pressão no crânio Sinais e Sintomas • Adultos - febre, dor de cabeça, rigidez de nuca, fotofobia, etc • Crianças - convulsões, diminuição apetite febre, etc • Lactentes e recém-nascidos - início súbito - letargia, diminuição do apetite e convulsões • Formas mais graves - lesões cutâneas H. influenzae Fatores importantes na interação com o hospedeiro • Cápsula de polissacárides - Tipo b (Hib) causa infecções mais invasivas. - atividade antifagocitária e anticomplementar. • Proteases - Protease ativa sobre Imunoglobulina A • Componentes da membrana externa - lipopolissacáride - paralizante de movimentos do epitélio ciliado - ligação, invasão e antifagocitose Streptococcus pneumoniae Fatores importantes na interação com o hospedeiro • Polissacarídeo capsular - 80 sorotipos - anticorpos conferem proteção. - vacina utilizando antígenos de 23 sorotipos. • Pneumolisina O - hemolisina • Neuraminidase • Antígeno C da parede celular. Ácido teicóico. Resposta imune inflamatória • Protease ativa sobre IgA • Hialuronidase S. pneumoniae The Internet Encyclopedia of Science Neisseria meningitidis • A, B, C, Y e W-135 - mais comuns • Grupos A e C - doença epidêmica Presentes na nasofaringe ou orofaringe de 3-20% de indivíduos assintomáticos. sorogrupos - polissacárides capsulares N. meningitidis Fatores importantes na interação com o hospedeiro • POR e OPA - todas as cepas possuem; - definem 20 sorotipos diferentes • Fimbrias (Pili) – aderência e atividade antifagocitária • Cápsula de polissacáride – atividade antifagocitária; invasão e efeito tóxico • LPS – ação endotóxica • Protease ativa sobre IgA - ajuda na invasão Manifestações Clínicas Fonte primária de infecção: gotículas do trato respiratório superior de portadores assintomáticos. Fímbrias: ligação a células epiteliais, atingem corrente sanguínea • Meningococcemia: pode ocorrer com ou sem meningite e possui uma taxa de mortalidade de 25%. Febre alta. Petéquias e trombose podem ocorrer. Doença meningocócica: petéquias Foto: Luciana G. F. Pedro, 2004. Meningococcemia Manifestações Clínicas • Meningite: Cefaléia intensa e súbita, rigidez da nuca vômitos e febre. Meninges inflamadas, trombose dos vasos sanguíneos e exsudato de polimorfonucleares. Acomete mais frequentemente adultos jovens. • Pneumonia: Indivíduos idosos com outros problemas de pulmão. Celulite causada por N. meningitidis Área de celulite na face interna da coxa direita de mulher. Agente: Neisseria meningitidis Karina J Kennedy, Jhumur Roy & Paul Lamberth Coleta do LCR • Identificação do micro-organismo é essencial - administração de antibióticos - isolamento dos pacientes - profilaxia • Cuidados: lavar mãos, lixo adequado, evitar a formação de aerosóis. Líquido cefalorraquidiano (LCR) • Ausência de micro-organismos • Claro • 3 ou menos leucócitos/ml • Ausência de hemácias Meningite Diagnóstico Laboratorial • Microscopia • Exame citoquímico • Cultura • Identificação Líquido cefalorraquidiano Coleta de 3 amostras de punção lombar (1-3 ml) Exame do LCR • O exame deve ser realizado imediatamente • Aspecto macroscópico • Processamento rápido - evitar decréscimo do número de neutrófilos - bactérias são exigentes quanto às condições • Manutenção a 37ºC ou à temperatura ambiente. S. penumoniae www.msevans.com/cnsinfections/s-pneumoniae.html Cuidados gerais Cuidados contínuos - pulso - pressão arterial - temperatura - vômitos e aspiração - diurese e evacuação Profilaxia • Antibioticoterapia • Vacinas - H. influenzae tipo b - 2 meses - N. meningitidis - crianças acima de 2 anos vacina quadrivalente: sorotipos A, C, Y e W135 - S. pneumoniae - vacina contra 23 diferentes sorotipos
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