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Curso HEG 2011 - Aula 14

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A queda da ordem do século 
XIX, Primeira Guerra Mundial e 
a recuperação dos anos 20. 
Bibliografia 
O: Isard (2005), cap. 2.1; Polanyi (1980), caps. 1 e 2. 
A: Kindleberger (1986), cap. 2. 
C: Eichengreen (2000), cap. 3 (até p.107); Kindleberger (1986), cap. 3. 
AULA 14 
1 Aula 14 - Queda da ordem S. XIX 
1. A “Civilização do Século XIX” e seu fim - I 
“A Civilização do século XIX ruiu” (Polanyi, 1980, p 23). 
Os elementos (dois políticos e dois econômicos, dois 
nacionais e dois internacionais): 
1. Sistema de equilíbrio de poder que impedia 
guerras devastadoras (PI). 
2. Padrão-ouro simbolizando uma organização única 
na economia mundial (EI). 
3. Mercado auto-regulável, que produziu um bem-
estar material sem precedentes (EN). 
4. Estado Liberal (PN). 
 
2 Aula 14 - Queda da ordem S. XIX 
1. A “Civilização do Século XIX” e seu fim - II 
Interpretação de Polanyi: 
 
“O padrão-ouro provou ser crucial: sua queda revelou-se a causa mais 
aproximada da catástrofe (....) Todavia, a fonte e matriz do sistema 
foi o mercado auto-regulável. Foi essa inovação que deu origem a 
uma civilização específica. O padrão-ouro foi apenas uma 
tentativa de ampliar o sistema doméstico do mercado no campo 
internacional; o sistema de equilíbrio de poder foi uma 
superestrutura erigida sobre o padrão-ouro e parcialmente nele 
fundamentada; o estado liberal foi, ele mesmo, uma criação do 
mercado auto-regulável (....) Nossa tese é que a idéia de um 
mercado auto-regulável implicava numa rematada utopia. Uma tal 
instituição não poderia existir em qualquer tempo sem aniquilar a 
substância humana e material da sociedade (....) Inevitavelmente, a 
sociedade teria que tomar medidas para se proteger, mas, 
quaisquer que tenham sido essas medidas, elas prejudicaram a 
auto-regulação do mercado, desorganizaram a vida industrial e, 
assim, ameaçaram a sociedade em mais de uma maneira.” 
(Polanyi, 1980, p.23, grifos meus) 
3 Aula 14 - Queda da ordem S. XIX 
2. As causas da Iª Guerra - I 
• Expansão imperialista vinha aumentando 
rivalidades entre os países europeus, porém 
fora de Europa. 
“... O traço característico da expansão capitalista era 
justamente não ter limite. As “fronteiras naturais” da 
Standard Oil, do Deutsche Bank, da De Beers, 
estavam situadas nos confins do universo, ou antes, 
nos limites de sua capacidade de expansão (....) ... o 
que tornou o mundo um lugar ainda mais perigoso 
foi a equação tácita de crescimento econômico 
ilimitado e poder político, que veio ser aceita 
inconscientemente” (Hobsbawm, p. 439-40) 
4 Aula 14 - Queda da ordem S. XIX 
2. As causas da Iª Guerra - II 
• Corrida armamentista, conseqüência do 
próprio desenvolvimento industrial 
– Importância crescente da siderurgia e da indústria 
de armamentos. 
– Constituição de Marinhas que contestam o 
monopólio britânico. 
• Mudança das alianças tradicionais na política 
européia, e constituição de blocos fixos. 
– Cresce a rivalidade, antes inexistente, entre 
Alemanha e Inglaterra. 
– Alinham-se Rússia e França com Inglaterra 
(tradicional adversário de ambas) contra Alemanha 
e Áustria-Hungria. 
 5 Aula 14 - Queda da ordem S. XIX 
3. As conseqüências econômicas da Iª Guerra - I 
• Custo em termos de vidas humanas foi o maior 
registrado até então na história da humanidade (10 
milhões de mortos militares, outro tanto civis, 20 
milhões de mortes relacionadas com fomes, etc., da 
guerra; 20 milhões de feridos e mutilados) . 
• Destruição física concentrada na Bélgica, no Nordeste 
da França, nos campos de batalha do Leste europeu e 
no nordeste da Itália. 
• Redução ou interrupção do comércio internacional pelo 
bloqueio → acabou estimulando o desenvolvimento de 
industrias em países que antes não conseguiam 
concorrer com os produtos importados. 
• Inflação na maioria dos países (preços do fim da guerra 
eram 2,5 vezes os do começo nos EUA, 15 vezes na 
Alemanha, 20 na Bulgária, etc.). 
6 Aula 14 - Queda da ordem S. XIX 
3. As conseqüências econômicas da Iª Guerra - II 
• Além das óbvias perdas humanas e materiais, e da 
reorganização territorial, a I Guerra alterou (ou 
interrompeu) o comércio mundial, gerou tensões 
inflacionárias, e consolidou os EUA como principal 
potência internacional. 
• Revolução Soviética (1917) altera o panorama 
econômico-político internacional. 
• Surgimento de novas nações leva a um aumento do 
nacionalismo, levando a um incremento (ou 
manutenção?) do protecionismo, que já tinha 
aumentado no período da I Guerra (e antes), com 
quotas, proibições, subsídios, além das tarifas. 
7 Aula 14 - Queda da ordem S. XIX 
4. O caráter das mudanças no período entre-guerras - I. 
“De acordo com os padrões daquele século [o XIX], a 
primeira década do pós-guerra surgiu como era 
revolucionária; à luz de nossa experiência atual 
ocorreu precisamente o contrário. A intenção daquela 
época era profundamente conservadora, e expressava 
a convicção quase universal de que somente com o 
restabelecimento do sistema pré-1914, „agora sobre 
fundações sólidas‟, poder-se-ia restaurar a paz e a 
prosperidade. Na verdade, foi justamente pelo fracasso 
desse esforço de volta o passado que surgiu a 
transformação dos anos 30 (....) Foi somente nos anos 
30 que elementos inteiramente novos penetraram no 
padrão da história ocidental” (Polanyi, 1980, p.41) 
8 Aula 14 - Queda da ordem S. XIX 
4. O caráter das mudanças no período entre-guerras - II. 
Antes da I Guerra Antes da II Guerra 
Político Nacional Estado Liberal Tensão de classes 
(fascismo, socialismo, New 
Deal) 
Político 
Internacional 
Equilíbrio de poderes Rivalidades Imperialistas 
Econômico 
Nacional 
Mercado auto-
regulável 
Desemprego (intervenção 
nos mercados, aumento nos 
gastos do governo) 
Econômico 
Internacional 
Padrão Ouro Pressão sobre o câmbio 
(aumento do protecionismo) 
9 Aula 14 - Queda da ordem S. XIX 
5. A reorganização econômica após Versalhes - I. 
• EUA emprestaram dinheiro durante a guerra aos 
aliados, e exigiram a devolução; estes, por sua 
vez, “passaram a conta” para a Alemanha → 
Reparações de Guerra (além de outras sanções 
econômicas e militares, e da cláusula de 
“culpado pela guerra”) equivalentes a mais do 
que o dobro do PIB alemão, com a esperança de 
que a Alemanha nunca se recuperasse como 
nação industrializada e como potência militar. 
• EUA saem da guerra como emprestadores 
líquidos de capital (sempre tinham sido 
devedores), com balança comercial altamente 
favorável (apesar disso, adotam novas medidas 
protecionistas: tarifas Fordney-McCumber de 
1922, depois Smoot-Hawley, em 1930). 
10 Aula 14 - Queda da ordem S. XIX 
5. A reorganização econômica após Versalhes - II 
• Hiperinflação alemã de 1923: 
– Valor do dólar em diversos anos (em marcos). 
– 1914: 4,20 
– 1918: 14,00 
– 1922 (julho) 493,00 
– 1923 (janeiro) 17.792,00 
– 1923 (15/11) 4.200.000.000.000,00 
• Cessação dos pagamentos, até o Empréstimo Dawes 
(1924) → Alemanha retorna ao padrão-ouro. 
• Inflação (diferentes níveis) em todos os países da 
Europa 
 
11 Aula 14 - Queda da ordem S. XIX 
5. A reorganização econômica após Versalhes - III 
• Lento retorno ao padrão-ouro. 
– EUA retornam em 1919. 
– Conferência de Genova (1922) recomenda 
volta ao padrão ouro porém com valores 
realistas (reconhecendo a inflação). 
– Câmbio flutuante generalizado até a volta da 
Inglaterra ao padrão-ouro em 1925 à paridade 
anterior à guerra (apesar da inflação); 
diferentes critérios levam a câmbio“desalinhado”. 
– Cooperação internacional existe, mas por 
tentar salvar um sistema irrealista acaba 
criando mais problemas. 
12 Aula 14 - Queda da ordem S. XIX 
5. A reorganização econômica após Versalhes - IV 
• Economia inglesa nos anos 20: volta ao 
padrão-ouro em 1925 favorece a City e os 
proprietários de ativos no exterior, mas 
leva ao desemprego e exige queda dos 
salários → greve de 1926. 
• Como regra geral, o ajuste no pós-guerra 
não pode ser realizado simplesmente 
contando com a flexibilidade dos salários 
e o desemprego da mesma forma do que 
antes da guerra: aumento das políticas 
sociais, do peso do sindicalismo, etc (e 
com o fantasma da Revolução Russa por 
trás). 
13 Aula 14 - Queda da ordem S. XIX 
5. A reorganização econômica após Versalhes - V 
• França: desvalorização e aumento de 
impostos (1926) permite recuperação e 
aumento das exportações (tensões com a 
Inglaterra). 
• Período 1925/9 de crescimento 
generalizado, especialmente nos EUA, 
Alemanha e França, mas muito 
dependente da manutenção do fluxo de 
empréstimos dos EUA a Alemanha. 
• Período 1928/9 de redução de tarifas a 
nível internacional. 
14 14 Aula 14 - Queda da ordem S. XIX 
5. A reorganização econômica após Versalhes - VI 
• Falta de “Banco Central” mundial inviabiliza a 
estabilização e abre as portas para a crise dos 
anos 30. 
– EUA não tinham interesse em assumir esse papel, e 
Inglaterra não tinha condições objetivas de assumí-lo. 
• Mudança no funcionamento dos fluxos de capital 
leva a um mecanismo procíclico: 
– Antes da guerra, quando Inglaterra vai bem, exporta 
pouco K; se vai mal, exporta K → contracíclico, pois 
empréstimos negativamente correlacionados com nível 
de atividade. 
– Mas EUA nos anos 20 passam a ter empréstimos 
externos positivamente correlacionados com nível de 
atividade → movimento procíclico que aumenta a 
instabilidade econômica internacional. 
15 15 
Aula 14 - Queda da ordem S. XIX

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