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12/08/2013 1 Prof. Dr. Mário R. Maróstica Junior Estrutura Recomendações Digestão Absorção Catabolismo Síntese protéica Balanço nitrogenado Qualidade protéica AA, dispensabilidade Doenças associadas Peptídeos bioativos Exercício físico Dieta vegetariana CMS Proteios = em primeiro lugar Primeiro nutriente considerado essencial Polímero de AA Macromoléculas endógenas Nutrientes plásticos, construtores, reparadores de tecidos Classificação: Oligopeptídeos: 2 a 30 AA Polipeptídeo: 30 – 100 AA Proteína: > 100 AA Estrutura primária AA Estrutura secundária Hélice, b-prega (folha), b-volta Estrutura terciária H-H, S-S, int. eletrostáticas, dipolo- dipolo, van der Waals Estrutura quartenária Globulares Solúveis Esféricas Desnaturação ▪ albumina, hemoglobina Fibrilares Estruturais – estabilidade mecânica ▪ Colágeno, queratina Humano com 70kg: 11 kg de proteínas Músculos 43% Pele, sangue 15% Fígado, rim 10% Cérebro, pulmão, coração, etc... 32% 12/08/2013 2 AA – alifáticos AA – aromáticos AA – neutros AA – básicos AA – ácidos AA Indispensáveis adquiridos pela dieta Dispensáveis sintetizados pelo organismo humano Condicionalmente indispensáveis: adquirido da dieta quando a síntese endógena não alcança as necessidades metabólicas. 12/08/2013 3 Indispensáveis Dispensáveis Condicionalmente indispensáveis Precursores dos condicionalmente indispensáveis Histidina Alanina Arginina Glutamina Ácido glutâmico ácido aspártico Isoleucina Ácido aspártico Cisteína Metionina, serina Leucina Asparagina Glutamina Ácido glutâmico Lisina Ácido glutâmico Glicina Serina, colina Metionina Serina Prolina Ácido glutâmico Fenilalanina Tirosina Fenilalanina Treonina Triptofano Valina Enzimas – catálise, metabolismo Armazenamento – caseína Transporte – albumina, hemoglobina Contração – Actina-miosina Proteção – anticorpos Hormônios – insulina Estrutural – colágeno, tecido conectivo, queratina, membrana celular Função energética – 4 kcal/g Ingestão de 0,8 a 1,0 g de proteínas/kg*dia 2 copos de leite (240 mL) = 10 g de proteínas 2 fatias queijo branco (80g) = 14 g prot 1 bife (100g) = 36 g prot TOTAL = 60 g prot suficiente para indivíduo de 60-70 kg. Proteína Recomendação: 10 – 15% do VET da dieta Crescimento, gestação, atividade física, convalescença maior aporte Excesso: Não há acúmulo de AA (não são estocados) Problemas renais Excreção de Ca maximizada Excesso de peso AA RDA mg/kg/dia Histidina 14 Isoleucina 19 Leucina 42 Lisina 38 Metionina + cisteína 19 Fenilalanina+tirosina 33 Treonina 20 Triptofano 5 Valina 24 12/08/2013 4 Pesquisa de orçamento familiar – Brasil, 1974- 2003 Redução no consumo de feijão (-30%), peixe (-50%) e ovos (-84%); Aumento no consumo: carne bovina (+50%), aves (+100%), embutidos (+300%), leite e derivados (+36%) Dados da FAO Aumento na quantidade de proteínas consumida no Brasil (per capita) ▪ 1979 – 1981: 64 g proteínas/dia ▪ 1999 – 2001: 80 g proteínas/dia Alimento (100 g) Proteína (g) Carne bovina (grelhada) 35,9 Frango (cozido) 31,5 Cação (cozido) 25,6 Leite em pó 25,4 Queijo minas 17,4 Ovo de galinha cozido 13,3 Feijão cozido 4,8 Arroz cozido 2,5 Lentilha 6,3 Soja 36,0 Origem vegetal Lentilha Feijão Grão de bico Amendoim Origem animal Carnes Ovos Leite e derivados Leite – 3,5 % proteínas Caseína (80%) ▪ Digestão lenta Proteínas do soro (20%) – Whey ▪ Digestão rápida Lactoglobulina Lactoalbumina Soroalbumina Caseínas Soro - atletas - todos os aminoácidos indispensáveis, todos em excesso, exceto os AA aromáticos (fenilalanina, tirosina) Caseínas Referência da FAO para proteínas – completa do ponto de vista aminoacídico 12/08/2013 5 Produtos derivados do soro do leite: Concentrado (35-85% prot.) Isolado (90%) Hidrolisado ▪ Grau de hidrólise 1-10%: props funcionais (solúvel, espuma, emulsificante) ▪ Grau de hidrólise > 10%: suplementos; maior absorção, alimentos líquidos Diversos apelos funcionais Elevação os níveis de GSH AA indispensáveis BCAA maior síntese protéica muscular: ▪ Leucina ▪ Valina ▪ Isoleucina Exercício físico – excesso do consumo de G Carne Mioglobina Miosina/Actina Colágeno Completas do ponto de vista aminoacídico Exceto colágeno: pobre em triptofano (gelatinas) Trigo Gliadinas Glutenina Pobre em lisina Soja Globulinas 7S (conglicinina) e 11S (glicinina) – proteínas de armazenamento; Propriedades tecnológicas de interesse: emulsificação, espuma, gelificação Conceito de saúde (isoflavonas) ▪ FDA: `Soy Protein Health Claim‘ (1999): 25 gramas diários de proteína de soja poderiam reduzir o risco de doença cardiáca ▪ Respostas do mercado. Potencial alergênico na proteína nativa ▪ Frações hidrolisadas são menos ou não alergênicas 7s 11s Pode atender às exigências dependendo da faixa etária WHO e FDA aceitam a soja como única fonte protéica para adultos (ingestão maior que 0,6 g/kg/dia) 12/08/2013 6 Feijão Proteínas: ▪ Faseolina, ▪ Globulinas ▪ Albumina Lectina ligação a carboidratos cozimento Taninos ↓ disponibilidade proteínas rafinose e estaquiose deixar feijão de molho (migração) Fases da digestão Fase cefálica ▪ Antes de chegar ao estômago, estímulos psicológicos iniciam secreções bucal e gástrica Fase gástrica ▪ Presença do alimento parcialmente digerido no estômago estímulo da secreção da gastrina estimula a secreção de HCl e pepsinogênio Fase entérica ▪ Chegada de quimo ao duodeno e diminuição do pH secreção de secretina e diminuição da motilidade gastrointestinal inibe a secreção de HCl do estômago e estimulam a secreção de bicarbonato pelo pâncreas. Órgãos auxiliares: Glândulas salivares Fígado Vesícula biliar Boca: Fragmentação mecânica Saliva – umedecimento Proteínas – sem modificações na boca Faringe Passagem da massa alimentar – controle voluntário para deglutição Esôgago Processo de deglutição involuntário Peristaltismo alimento até estômago Massa alimentar é misturada às secreções gástricas: HCl Protease Pepsinogênio Lipase Muco: proteção das paredes estomacais do HCl e enzimas Gastrina – liberação de HCl e pepsinogênio Glicoproteína – fator intrínseco – atua na absorção de vitamina B12 no intestino. Secretam HCl Secretam pepsinogênio 12/08/2013 7 HCl Desnatura proteínas as torna mais susceptíveis à ação das proteases Ativação do pepsinogênio em pepsina Pepsionogênio pepsina (HCl) pH ótimo: 2 Inicia a digestão enzimática das proteínas Digere colágeno Barreira aos mic (juntamente com o HCl) Estômago: 10 a 20% da digestão total das proteínas Mucosa gástrica Pepsinogênio Pepsina Pepsina HCl Proteína Peptídeos Produção de HCl Pepsinogênio Proteína nativa Proteína desnaturada Microrganismos inativadosLúmen do estômago Fluido intersticial Massa alimentar se transforma em quimo 1-3 horas Quimo: semilíquido, fluido, 50% água Velocidade de esvaziamento do estômago CHO > proteínas > gorduras > fibras Líquidos > sólidos Partículas pequenas > partículas grandes Refeição: mistura a velocidade dependerá da quantidade total e das quantidades relativas. Quimo atinge o intestino delgado Estímulo das células para produção dos hormônios: secretina e colecistocinina (CCK) Estimula glândulas pancreáticas para secreção ▪ Bicarbonato (neutraliza suco gástrico meio atinge pH 7,5 a 8,5) ▪ Enzimas digestivas ▪ Transporte do bicarbonato e enzimas é realizado por meio do duto pancreático. Duas fases da digestão das proteínas no ID: Fase líquida ▪ Atuação das enzimas pancreáticas ▪ Ocorre no lúmen e nas vilosidades Fase sólida ▪ Ocorre dentro dos enterócitos Fase líquida – vilosidades Pâncreas libera enzimas INATIVAS no duodeno, na forma de proenzima tripsinogênio tripsina tripsinogênio tripsina Quimotripsinogênio Procarboxipeptidase Proelastase Profosfolipase Quimotripsina Carboxipeptidase Elastase Fosfolipase Ativação em cascata Enterocinase (ou enteropeptidase) 12/08/2013 8 Endoenzimas Exoenzimas Pepsina Tripsina Quimotripsina Elastase Proteínas desnaturadas, peptídeos Fase líquida Fase sólida Tetra, tri e dipeptídeos (60%) Aa livres (40%) Hidrólise dos peptídeos Produção dos AA Alguns peptídeos não são hidrolisados, podendo ser absorvidos diretamente Peptídeos e AA possuem mecanismos diferentes de absorção Peptídeos Absorção ativa Transportador PepT1 dependente de gradiente de H+ Na+/H+ ▪ PepT1: transporta peptídeo para dentro do enterócito Enterócito Peptídeo Peptídeo H+ H+ H+ Na+ Na+ H+ AA AA Peptídeo Transportador PepT1 Corrente sanguínea Transportador diferente do PepT1 AA entram no enterócito Mecanismos passivos: difusão simples, difusão facilitada Mecanismo ativo: co-transportados com Na+ (depende do gradiente de Na+ gerado pela Na+/K+ATPase). Ao atravessarem o enterócito, os aa atingem a corrente sanguínea por difusão Os aa possuem sistema de transporte diferenciado, dependente ou não de Na+ Enterócito Na+ Na+ AA AA AA AA AA AA AA AA Na+ Na+ Na+ /K+ ATPase K+ K+ Transporte ativo Difusão facilitada Difusão passiva 12/08/2013 9 Após a absorção intestinal aa são transportados para o fígado Fígado – fundamental para a homeostase aminoacídica: Síntese de proteínas Aa liberados para a circulação (atingem órgãos) Transaminação, deaminação As aminoácidos não podem ser estocados! AA Síntese Excreção Energia Metabolismo de proteínas Importante para aporte dos AA utilizados no “turn-over” (síntese/degradação) protéico Dieta deve repor todos os AA indispensáveis e condicionalmente indispensáveis; Turn-over ~ 300g/dia Ingestão de 55-100 g de proteínas/dia restante provém do próprio corpo AA Dieta Digestão e absorção Síntese de AA dispensáveis Proteínas teciduais Transaminação, desaminação Metabolismo energético Amônia, uréia Excreção Síntese de compostos nitrogenados não protéicos: Purina Pirimidina Creatina Neutotransmissores Melanina AA dispensáveis, indispensáveis AA Síntese Degradação dieta Transaminação Remoção do grupo amina dos AA ▪ Fundamental para sua utilização no metabolismo energético. C R1 COO- H NH3 + C R2 COO- O C R1 COO- O Alfa-cetoglutarato aa NH3 + C R2 COO- H Glutamato R2 = CH2 – CH2 – COO - R1 = grupamento do aminácido a ser degradado Alfa-cetoácido 12/08/2013 10 Glutamato é convertido a a-ceto-glutarato pela glutamato desidrogenase NH3 + C COO- H Glutamato CH2 CH2 COO- + NAD+ + H2O NH4 + C COO- + CH2 CH2 COO- + NADH + H+ O Alfa-ceto-Glutarato Segunda Reação - Glutamato desidrogenase Excreção Desaminação oxidativa Ciclo da uréia - transporta N do músculo fígado – uréia - fonte de GLI para músculo – fornecimento de CHO deficiente glicólise piruvato + NH3+ alanina fígado piruvato glicose músculo glicose gliconeogênese AA glicogênicos Glutamina Aa livre mais abundante no músculo e plasma Várias funções: ▪ Biossíntese de nucleotídeos ▪ Detoxificação de amônia ▪ Transferência de N entre os órgãos ▪ Síntese e degradação protéica ▪ Modulação da resposta inflamatória ▪ Síntese de glutationa ▪ Gliconeogênese hepática ▪ Substrato energético Síntese de glutamina – vários tecidos glutamato + NH4 + Glutamina sintetase glutamina Degradação de glutamina Glutamina Glutaminase Glutamato + NH4 + Ciclo da uréia Matriz mitocondrial CO2 NH4 + P – C – O NH2 Ciclo da Uréia R - NH2 H2O - C - NH2 O NH2 Citossol Aspartato – fornece N Fumarato Citrulina Argininosuccinato Argininina Ornitina Carbamil fosfato P 1 ATP Ciclo da uréia - ocorre apenas no fígado Rins - urina 12/08/2013 11 Proteína na urina Uréia: 5 -20 g N/dia, aumenta com ingestão protéica Amônia: 0,4 – 1,0 g N/dia Ácido úrico: 0,1 a 0,2 g N/dia, aumenta com ingestão de purinas (bases nitrogenadas) Proteínas traços, aumenta em casos de doença renal grave AA livres: 0,08 a 0,15 g N/dia; aumenta com alterações metabólicas e doença renal Creatinina (derivado da creatina, produzida no músculo): 0,3 -0,8 g N/dia aumenta com massa muscular ou com problemas renais Creatina: traços; aumenta com perda muscular 4 destinos para o oxaloacetato: Aspartato Glicose + acetil CoA = citrato Piruvato Ciclo Uréia: algumas reações no citoplasma e outras na mitocôndria Síntese protéica • Hormônio de crescimento • Testosterona, Insulina Degradação protéica • Tiroxina • glicocorticóides BN = N ingerido (NI) – N excretado (NE) BN Nomenclatura Estado Zero Neutro Adultos eutróficos > zero Positivo Crescimento, gestão < zero Negativo (baixa ingestão protéica) Desnutrição, doença, exercícios intensos sem reposição α-cetoácido Intermediários metabólicos • Piruvato • Acetil CoA • Acetoacetil CoA • α-Cetoglutarato • Succinil CoA • Fumarato • Oxaloacetato Ciclo de Krebs Metabolismo intermediário Degradação dos AA: -Gliconeogênese -Oxidação p/ formação de ATP Participação de VIT. e MIN. durante o catabolismo protéico a-cetoglutarato Succinil CoA Fumarato Oxaloacetato Piruvato Acetil CoA Acetoacetil CoA Intermediários do Ciclo do ácido cítrico Arginina Glutamato Glutamina Histidina Prolina Aspartato Fenilalanina Tirosina Aspartato Aspartato Isoleucina Metionina Treonina Valina Alanina Cisteína Glicina Serina Treonina Triptofano Fenilalanina Leucina Lisina Triptofano Tirosina Isoleucina Leucina Triptofano AA glicogênicos AA Cetônicos 12/08/2013 12 Necessitamossintetizar os AA dispensáveis e os condicionalmente indispensáveis Isso ocorre por algumas vias a partir de alguns intermediários: a-cetoglutarato Oxaloacetato Piruvato 3-fosfoglicerato Fosfoenolpiruvato Ribose-5-fosfato Intermediários da via glicolítica e do ciclo do ácido cítrico • pirimidinas, purinas Glutamina • Purinas, glutationa, creatina Glicina • Catecolaminas (neurotransmissores) Fenilalanina • Serotonina (neurotransmissores) Triptofano • Pirimidinas, purinas Aspartato • Taurina (bílis, emulsão) , glutationa Cisteína • Histamina (neurotransmissor e resposta imune) Histidina • Creatina Arginina • Carnitina Lisina • Hormônios da tireóide, adrenalina, noradrenalina, melanina Tirosina • Poliaminas (regulador do crescimento), doador de metil Metionina Síntese proteínas Síntese proteínas hepáticas Estad0 alimentado AA Sangue Tecidos Síntese protéica Fígado desaminados Esqueleto de C intermediários do metabolismo Síntese de glicogênio, ácidos graxos, oxidação BCAA – metabolizados no músculo • Glicogênio esgotado no fígado • Deve-se manter níveis de G Jejum prolongado • Prote AA transaminação alanina e glutamina gliconeogênese Degradação de proteínas musculares • Produção de glicose a partir de substratos não glicídicos Gliconeogênese no fígado Longo jejum (semanas): proteólise para síntese de glicose diminui e ocorre utilização de corpos cetônicos. Composição aminoacídica AA dispensáveis, indispensáveis Digestibilidade % das proteínas hidrolisadas, absorvidas Biodisponibilidade Fração do AA ingerido absorvido em forma metabolicamente ativa pelos tecidos Toxicidade Propriedades antinutricionais 12/08/2013 13 Composição Proteínas completas ▪ Fornecem todos os AA indispensáveis nas proporções adequadas ▪ Carne, leite, ovos Proteínas incompletas ▪ Não apresentam todos os AA indipensáveis ▪ Arroz, feijão, cogumelos, milho, castanhas. Tábuas: ingestão de cada AA indispensável Nível da água: crescimento AA AA AA AA AA AA Modelo utilizado na agricultura Prot. Origem Animal Prot. Origem Vegetal AA indispensáveis Complementação do aa indispensáveis Elevados teores de G saturada Baixos teores de G saturada Aumento do risco de DCNT Compostos bioativos Colágeno: deficiente em triptofano Arroz + feijão: completo (proporção correta) Cereais + leite Proteína animal X proteína vegetal Proteínas de origem animal X vegetal ???? Dieta variada tende a atender a proteínas e demais nutrientes. Digestibilidade Porcentagem de proteínas que são hidrolisadas pelas enzimas digestivas, sendo posteriormente absorvidas Alimento Digestibilidade da proteína (%) Ovo 98 Leite de vaca 95 Carne de vaca 98 Trigo 79 Milho 76 Feijão 60 Proteínas são indutoras da saciedade (mecanismos cerebrais não elucidados) Ativação de neurônios controladores da saciedade com dieta com alto teor de proteínas Dieta controle: 14% proteínas (VET); dieta experimental: 19% proteínas (VET) 12/08/2013 14 Faltam estudos de longo período de ingestão de dietas hiperprotéicas Dietas hiperprotéicas são geralmente associadas com elevado consumo de G saturadas (fonte animal) Perda de peso de dietas hiperprotéicas: baixa ingesta de líquidos pelo baixo consumo de carboidratos e menor ingestão calórica Baixa nas lipoproteínas: em função da perda de peso Têm ganhado espaço pelas características sensoriais: são mais palatáveis Dietas hiperprotéicas podem não fornecer todos os nutrientes essenciais em quantidades adequadas: Prejuízos na ingestão de minerais, algumas vitaminas Aumento na probabilidade de doença coronariana, renal, óssea e anormalidades hepáticas Desnaturação Alteração na estrutura nativa da proteína – sem alterar a seqüência de AA Reversível ou não Desnaturação e aspectos nutricionais TT ▪ Inativa enzimas indesejáveis, inibidores de proteases ▪ Aumenta digestibilidade ▪ Maillard – perda de alguns AA (lisina, arginina, histidina) ▪ Precipitação Fragmentos específicos de proteínas Impactos positivos nas funções do organismo Whey Rico em BCAA Associado a vários efeitos Soja Potencial anticarcinogênico Peptídeos bioativos Sistema imune imunomodulador Sistema cardiovascular Antihipertensivo Antioxidante Antitrombótico hipocolesterolêmico Sistema gastrointestinal Carreador de minerais antimicrobiano Whey proteins Altamente digeríveis e rapidamente absorvidas pelo organismo ▪ estimulando a síntese de proteínas sangüíneas e teciduais ▪ Alguns pesquisadores classificaram como proteínas de metabolização rápida fast metabolizing proteins, muito adequadas para situações de estresses metabólicos em que a reposição de proteínas no organismo se torna emergencial. Whey protein Ação no sistema cardiovascular ▪ Antihipertensivo ▪ Inibição da enzima vasoconstritora (ECA = Enzima conversora de angiotensina) ECA Angiotensina I Angiotensina II vasoconstritor vasodilatador Atividade da bradicinina X 12/08/2013 15 Atividade antimicrobiana e antiviral têm sido demonstradas para as proteínas do soro de leite lactoferrina, lactoperoxidase, ∝- lactalbumina e as imunoglobulinas. Lactoferrina: quela o ferro disponível no ambiente Lactoperoxidase: oxidação de tiocianatos em presença de peróxido de hidrogênio (H2O2) compostos sulfurados Potencial anticarcinogênico (Experimentos na UNICAMP) do hidrolisado protéico do soro de leite: câncer de cólon induzido em camundongos da linhagem A/J por azoximetano, confirmação da eficácia das proteínas do soro de leite bovino (WPC): ▪ inibição de lesões intestinais pré-cancerígenas (focos de críptas aberrantes) e desenvolvimento de tumores de cólon do tipo adenocarcinoma, ▪ estímulo à síntese de glutationa hepática e de imunoglobulina M (IgM) por células de baço. Exercício físico: Maior demanda de nutrientes (de constituição e energéticos) ▪ Proteínas: maior utilização de AA para constituição muscular e para queima energética hipertrofia Aumento da eficiência da utilização protéica (indivíduos treinados) adaptação Recomendações: Não esportistas: 0,8g/kg/dia Treinos de resistência:1,2 -1,4 g/Kg/dia Atletas de força: 1,6 - 1,7 g/Kg/dia Glicose Piruvato CK Lipídeos Acetil-CoA Proteínas BCAA Succinil-CoA Degradação protéica glicólise Beta- oxidação X Magnificada com a utilização de lipídeos!!! Diminuição na velocidade do CK por falta de precursores via anaplerótica é acionada: conversa de BCAA em intermediários do CK succinilCoA Pro Contra Vários vegetarianos possuem vida normal com dieta adequada A inclusão de carnes na dieta assegura a ingestão de alguns nutrientes essenciais Preocupações com hormônios de crescimento em animais (inseticidas?) Ferro – mais biodisponível em carnes que em vegetais Recomendações de redução de G saturada Carnes: fontes de vit. do complexo B (B12 – ausente em plantas); minerais: Fe, Zn, Cu, Mg. Em alguns países existe falta de fornecimento/ produção de alguns alimentos fonte de Fe e Vit. B Fonte de AA indispensáveis Consumo de carne X riscos à saúde Doenças coronarianas –vários fatores de risco: ▪ Fumo, sedentarismo,stress, doenças ▪ G saturadas ▪ Aterosclerose - processo inflamatório acompanhado de deposição de material gorduroso nas artérias danificadas Pode levar à trombose com o bloqueio das artérias mais finas Redução do fluxo sanguíneo para o coração redução na tensão de O2 danos extensivos infarto. 12/08/2013 16 Consumo de carne X riscos à saúde Câncer ▪ Hipóteses de que carne vermelha aumenta potencial ao desenvolvimento de câncer: estudos epidemiológicos não confirmam; ▪ Nitrosaminas: ▪ têm sido consideradas como carcinogênicas ▪ Redução de nitrito e adição de VC e tocoferol são práticas indicadas ▪ Produtos da pirólise: ▪ Hidrocarbonetos policíclicos Proporção de G saturada é menor em carnes brancas; Redução na G total é mais efetiva se a “pele” for retirada; Tipos de AG são muito parecidos Perfil aminoacídico muito semelhante Intolerância ao glúten Patologia autoimune – afeta o intestino delgado Consumo de glúten – atrofia das vilosidades da mucosa intestinal – prejudica a abs de nutrientes Sintomas: cólica, diarréias, perda de peso, anemia, desnutrição. Vilosidades normais Vilosidades de pessoa com doença celíaca Dieta isenta em glúten Lei federal (10.674; 16/05/2003): todos os alimentos industrializados declarem presença ou não de glúten; Incidência: 1 em 12000 recém-nascidos no Brasil Causa: ausência ou deficiência de fenilalanina hidroxilase (enzima que transforma fenilalanina em tirosina) Isso gera aumento de fenilalanina nos tecidos 12/08/2013 17 Fenilcetonúria: Fenilalanina não pode ser metabolizada a tirosina fenilalanina se acumula e é transaminada a fenilpiruvato A maior parte do fenilpiruvato é descarboxilada para produzir fenilacetato, ou reduzida para formar fenilactato. O acúmulo de fenilalanina, ou seus metabólitos, nos primeiros dias de vida, impede o desenvolvimento normal do cérebro, provocando retardo mental severo. Recomendação: dieta pobre em fenilalanina Quantidades suficientes de fenilalanina e tirosina devem ser fornecidas para síntese protéica Rotulagem Aspartame: Idade Requerimento de fenilalanina (mg/kg) < 6 meses 20 a 70 6 a 12 meses 15 a 50 1 a 4 anos 15 a 40 4 a 15 anos 15 a 30 > 15 anos 10 a 30 Dieta deve suprir exatamente as quantidades necessárias de fenilalanina para síntese protéica Ou se deve administrar alimentos com tirosina purificada e ausência de fenilalnina alto custo Alimento fenilalanina (mg/100 g) Creme de leite 100 Couve refogada 105 Banana passa 94 Tomate in natura 46 Sorvete chocolate 243 Teor de fenilalanina em alguns alimentos Albinismo: deficiência na conversão de tirosina em melanina Alcaptonúria: Deficiência na homogentisate-1,2- dioxigenase Homogentisato se acumula e é excretado na urina (onde sofre oxidação e polimerização para formar pigmento escuro: alcapton) urina escura 1. Proteínas – o que são? Discorra sobre sua estrutura. 2. O que são aminoácidos dispensáveis e indispensáveis. Por que todos os aminoácidos são essenciais? 3. Recomendações de proteínas para o homem: comente. 4. Comente sobre os alimentos fonte de proteínas e as propriedades das proteínas desses alimentos. 5. Digestão, absorção, transporte, metabolismo celular e excreção, de proteínas: discorra. 6. Como se avaliar a qualidade de proteínas? Discorra sobre balanço nitrogenado, digestibilidade, biodisponibilidade, 7. Proteína animal X vegetal: comente. Dieta vegetariana – implicações. 8. Peptídeos bioativos. Comente. 9. Proteínas e exercício físico – comente. 10. CMS – o que é? Qual a qualidade nutricional? 11. Doença celíaca e fenilcetonúria – o que são? Qual o papel das proteínas nesses casos? 12/08/2013 18 Nutritional and Health Benefits of Soy Proteins, Mendel Friedman and David L. Brandon, 2001. Dietary Protein and Weight Reduction, Sachiko, Circulation. 2001;104. http://www.fao.org/docrep/t0562e/t0562e05.htm
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