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AULA 12 METABOLISMO DE AMINOÁCIDOS O que são Proteínas? Compostos nitrogenados complexos formados por pequenas unidades, aminoácidos, interligados através de ligação peptídica. Ligação peptídica: entre o grupo amino de um aa e o grupo carboxílico de um segundo aa, com perda de 1 mol de água O destino dos aminoácidos em cada tecido varia de acordo com as necessidades do momento daquele tecido Há um equilíbrio dinâmico entre as proteínas tissulares com os aminoácidos ingeridos pela dieta e os aminoácidos circulantes. Turnover proteico = contínuo processo dinâmico de síntese e catabolismo proteico, específico em cada tecido. A velocidade do turnover proteico depende da função da proteína e do tecido ou órgão. ANABOLISMO CATABOLISMO Quem controla: GH e testosterona. O hormônio de crescimento estimula a síntese proteica, aumentando a concentração de proteínas nos tecidos. A testosterona é outro hormônio que estimula a síntese proteica durante o período de crescimento. Os glicocorticoides estimulam a degradação proteica muscular fornecendo substrato para a gliconeogênese e cetogênese. Excesso de ingestão proteica A presença do grupo amino mantém os aa a salvo da degradação oxidativa. Sua remoção, essencial para a produção de energia a partir de qualquer aa, é um passo obrigatório no catabolismo de todos os aa. Uma vez removido, esse nitrogênio pode ser incorporado em outros compostos ou excretado, enquanto o esqueleto carbonado é metabolizado para gerar acetil-coA, acetoacetil- coA, ácido pirúvico, ou intermediários doCiclo de Krebs Três reações estão envolvidas no metabolismo dos aminoácidos que acontecem nas células musculares e hepáticas 1. Transaminação; 2. Desaminação; 3. Descarboxilação. Primeiro passo para o catabolismo dos aa (ocorre no fígado, quando há excesso de ingestão proteica) Transferência do grupo amino de um aa para um α-cetoglutarato, produzindo um α- cetoácido e um glutamato O α-cetoglutarato desempenha papel central no metabolismo dos aminoácidos, aceitando grupos amino da maioria dos aminoácidos e transformando-se em glutamato. As enzimas que catalisam a transaminação são designadas aminotransferases ou transaminases, que necessitam da coenzima piridoxal-fosfato (PLP – derivado da vitamina B6) Aminotransferases (ALT e AST): ALT (alanina-aminotransferase): cataliza a transferência do grupo amino da alanina para o α-cetogluratato, formando piruvato e glutamato AST (aspartato-aminotransferase): transfere grupos amino do glutamato para o oxalacetato, formando aspartato, utilizado como fonte de nitrogênio no ciclo da uréia. As aminotransferases são, normalmente, enzimas intracelulares. A presença de níveis elevados na corrente sanguínea indica lesão em células ricas nessas enzimas. Elevados em quase todas as doenças hepáticas, sendo a ALT mais específica. O glutamato produzido por transaminação pode ser oxidativamente desaminado, que resulta no cetoglutarato e na liberação do grupo amino como amônia livre. Essa reação é catalizada pela enzima glutamato- desidrogenase usando NAD ou NADPH como coenzima. Ocorre predominantemente no fígado e rins, e fornecem a-cetoácidos e amônia, que é uma fonte de nitrogênio na síntese de uréia. Produção de compostos aminos, farmacologicamente ativos, catalizadas pelas descarboxilases - Dopaminas: neurotransmissores sintetizados a partir da tirosina. Importante na síntese de adrenalina. - Histamina: vasodilatador. Responde à reações alérgicas e inflamatórias. - Serotonina: percepção de dor, distúrbios afetivos, regulação do sono, temperatura e pressão. - Endorfina: supressão da dor pelo hipotálamo. Devido a sua toxicidade, a NH4+ produzida em tecidos extra-hepáticos é incorporado em compostos não tóxicos que atravessam membranas com facilidade: Glutamina na maioria dos tecidos extra-hepáticos. Alanina no músculo Dois mecanismo são utilizados em humanos para o transporte da amônia dos tecidos periféricos até o fígado para sua conversão final em uréia. 1º (ocorre na maioria dos tecidos): utiliza a glutamina-sintetase para combinar amônia (NH3) com glutamato e formar glutamina Transportada no sangue para o fígado, onde é clivada pela glutaminase para produzir glutamato e amônia livre, que será posteriormente excretada na ureia A glutamina é a forma não tóxica de transporte de amônia. A glutamina é o aminoácido livre mais abundante no músculo e no plasma humano, sendo também encontrada em concentrações relativamente elevadas em muitos tecidos. 2º (principalmente pelo músculo): envolve a transaminação do piruvato (produto final da glicólise aeróbia) para formar alanina. A alanina é transportada pelo sangue para o fígado, onde é novamente convertida em piruvato por transaminação. No fígado a via da gliconeogênese pode utilizar o piruvato para sintetizar glicose. A ureia é a principal forma de eliminação dos grupos amino oriundos dos aa e faz parte de cerca de 90% dos componentes nitrogenados da urina. A ureia é produzida pelo fígado e então transportada pelo sangue até os rins, para ser excretada na urina FÍGADO Desaminação oxidativa do glutamato Transaminação Clivagem da arginina (arginase)= ornitina + ureia bicarbonato Depois de sair do fígado por difusão, a ureia é transportada no sangue até os rins, onde é filtrada e excretada na urina Parte da ureia difunde do sangue para o intestino, onde é clivada em CO2 e NH3 pela urease bacteriana. Essa amônia é parcialmente perdida nas fezes e parcialmente reabsorvida para o sangue. Em pacientes com Insuficiência renal, os níveis de ureia no plasma aumentam, promovendo maior transferência de ureia do sangue para o intestino. A ação da urease intestinal sobre essa ureia torna-se uma fonte clinicamente importante de amônia, contribuindo para a hiperamonemia frequentemente observada nesses pacientes.
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