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Dentística: Restauração e Classificação de Cavidades

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Dentística
Dentística: Restauração, re-anatomização e plástica dental.
A cárie é uma doença previsível e adiável, e, não irremediável.
Nomenclatura e classificação das cavidades
a) Cavidade: termo empregado para definir a lesão ou a condição do dente causada pela destruição do tecido duro;
b) Cárie: doença infecta contagiosa, causada por ácidos orgânicos provenientes da fermentação microbiana dos carboidratos da dieta. A cárie dental leva a destruição dos tecidos duros.
Tipos de cavidade
a) Patológica: forma e dimensões irregulares, causada pela destruição dos tecidos duros do dente. Ex: cárie;
b) Terapêutica: forma geométrica e dimensões definidas, resultante de um procedimento cirúrgico que visa remover o tecido cariado. Ex: procedimentos de restauração, remoção da cárie, preparo cavitário.
Objetivos do preparo cavitário
1. Remover tecido cariado;
2. Obter formas precisas;
3. Impedir fratura do dente e do material restaurador;
4. Impedir a reestauração de cárie.
Classificação das cavidades
Quanto à finalidade;
De acordo com o número de faces que ocorre;
De acordo com as faces envolvidas;
Classificação de Black (para amálgama e cimento de silicato) – em função da área lesionada;
Classificação de Mount e Hume (não se usa amálgama).
Quanto a finalidade
a) Terapêutica: resultante da total remoção da cárie, em condições de receber material restaurador direto;
b) Protética: cavidade com ou sem lesão de cárie, cujo o objetivo é servir de suporte para uma peça protética (indireta).
De acordo com o número de faces que ela ocorre
a) Simples: quando atinge uma só face do dente;
b) Composta: quando atinge duas faces do dente (ex: oclusal e mesial);
c) Complexa: 3 ou mais faces do dente são afetadas.
De acordo com as faces envolvidas
Oclusal (O);
Mésio-oclusal (MO);
Disto-oclusal (DO);
Mésio-ocluso-distal (MOD).
Partes constituintes das cavidades
Paredes: são os limites internos das cavidades.
a) Circundantes: paredes laterais das cavidades. Recebem o nome da face a que correspondem ou estão mais próximas (M, V, D, L, C);
b) Fundo: correspondem ao assoalho das cavidades;
Pulpar: se apresenta perpendicular ao longo eixo do dente, ou paralela a oclusal;
	Axial: parelela ao longo eixo de dente.
Ângulos: linha ou ponto resultante da união de duas ou mais paredes.
1. Ângulos diedros: formados pela união de 2 paredes de uma cavidade, denominados pela combinação dos seus respectivos nomes. Podem ser: do 1º., 2º. Ou 3º. Grupo.
a) Ângulo diedro do 1º. Grupo: formado pela união de 2 pardes circundantes (V. L, M, P e C);
b) Ângulo diedro do 2º. Grupo: formado pela união de uma parede circundante com uma parede de fundo (V, L, M, D, C com Axial ou Pulpar);
c) Ângulo diedro do 3º. Grupo: formado pela união de 2 paredes de fundo da cavidade (Áxio-pulpar).
2. Ângulos triedros: são formados pelo encontro de 3 paredes e denominados pela combinação de seus respectivos nomes (ex: vestíbulo-cérvico-axial).
	
OBS: Exceção: ângulo triedro incisal – Triedro incisal (Vestíbulo-axial-lingual).
3. Ângulo cavo-superfícial: formado pela união das paredes da cavidade com a superfície externa do dente.
Classificação de cavidades proposta por BLACK
Etiológica:
Baseadas nas áreas do dente que apresentam suscetibilidade à cárie;
Cavidades em sulcos e fóssulas;
Cavidades em superfície lisa.
Artificial:
Baseada na técnica de instrumentação da cavidade.
Classificação artificial de BLACK:
1. Classe I
	a) sulcos e fóssulas (oclusal de PM e M);
	b) 2/3 oclusais da face V dos MI;
	c) 2/3 oclusais da fece P dos MS;;
	d) P dos I e C superiores.
2. Classe II
	a) faces proximais de M e PM.
3. Classe III
	a) faces proximais dos dentes anteriores, sem comprometimento do ângulo incisal.
4. Classe IV
	a) faces proximais dos anteriores, com comprometimento do ângulo incisal.
5. Classe V
	a) 1/3 cervical ou gengival das feces V e L de todos os dentes.
Obs: Classe VI – bordas incisais e nas pontas de cúspides (HOWARD e SIMON).
Classe I de Sockwell – sulcos incipientes “em ponto” na face V, terço incisal de anteriores.
Etiologia da cárie
1. Teoria acidogênica (Miller, 1890);
2. Teoria proteolítica (1944);
3. Teoria da proteólise-quelação (1955);
4. Teoria da auto-imunidade;
5. Teoria Atual (Keyes) – doença infecciosa e contagiosa (1997).
Nomenclaura
“BLACK foi o primeiro autor a se preocupar com a classificação dos preparos cavitários.”
“O tratamento restaurador foi substituido por uma odontologia baseada no diagnóstico de atividde da doença do paciente.”
Classificação de MOUNT e HUME (1997)
Tamanho e localização da lesão de cárie
Considera-se os locais de maior acúmulo de biofilme, tanto na raíz como na coroa.
Classificação de lesões de cárie
Localização 1 – sulcos, fóssulas e defeitos de esmalte da superfície oclusal dos dentes posteriores ou de outras superfícies lisas.
Localização 2 – proximais imediatamente abaixo das áreas de contato com o dente vizinho.
Localização 3 – superfície correspondente ao 1/3 gengival da coroa ou superfície radicular.
Tamanho 1 – mínimo envolvimento da dentina, na qual a RE é o tratamento correto.
Tamanho 2 – moderado envolvimento de dentina. Após o preparo cavitário, o remanescente do esmalte é sadio, suportado por dentina sadia e não falha sobre cargas oclusais.
Tamanho 3 – cavidade maior que a anterior, no entanto, o remanescente dental é suficientemente forte para suportar a restauração.
Tamanho 4 – cáries extensas com grande perda de estrutura dentária ou ausência total de cúspides.
Deficiências desta classificação:
Não inclui lesões de cárie não cavitadas;
Não faz referências à profundidade das lesões.
↓
Classificação de MOUNT e HUME modificada
Estágio 0 – o diagnóstico clínico demonstra atividade, mas sem cavidade.
Estágio 1 – presença de alteração na superfície que progride além de área de RE.
Estágio 2 – presença de lesão de tamanho moderado.
Estágio 3 – presença de lesão grande, com enfraquecimento de cúspides.
Estágio 4 – presença de lesão muito grande, com destruição de cúspide(s).
Princípios gerais do preparo de cavidades
Preparo cavitário: “é o tratameno mecânico das injúrias causadas pela cárie, do modo mais conveniente às partes remanescentes do dente, com a finalidade de receber uma restauração, rastaurando a forma original, dando-lhe resistência e previnindo a recorrência da cárie na superfície tratada”. (BLACK, 1908);
Preparo cavitário: “é o tratamento biomecânico da cárie e de outras lesões dos tecidos duros do dente, afim de que as estruturas remanescentes possam receber uma restauração que as proteja, seja resistênte e previna a recorrência de cárie, devolvendo a forma, a função e a estética” (MONDELLI, 1997).
Evolução dos princípios restauradoes:
BLACK (1908) estabelece princípios gerais para preparo de cavidade:
1. Remoção da dentina cariada;
2. Forma de contorno;
3. Forma de conveniência;
4. Forma de retenção;
5. Forma de resistência;
6. Acabamento das paredes de esmalte;
7. Limpeza da cavidade.
1. Forma de Contorno: área da superfície do dente a ser incluída no preparo da cavidade.
De acordo com BLACK:
Deveria englobar todo o tecido cariado e áreas suscetíveis à cárie, segundo princípios:
- remover todo esmalte sem suporte;
- localizar as margens em áreas de relativa resistência a cárie – extensão preventiva do preparo;
- margens devem estar subgengivalmente em jovens, nível gengival em adultos e acima em casos de recessão fisiológica gengival;
- nas proximais, as margens vestibular e lingual devem estar separados do dente vizinho cerca de 0,8 a 1,2mm.
Amálgama:
- remoção do tecido cariado;
- preservar estruturas de reforçodentário;
- esmalte deve ser suportado por dentina ou “falsa dentina” (materiais adesivos);
- não executar extensão preventiva;
- caixa proximal: separado apenas o suficiente para fazer acabamento e polimento (0,25 a 0,5mm).
Restaurações adesivas:
- remoção do tecido cariado;
- preservar estruturas de reforço dentário;
- preservar esmalte sem suporte;
- não executar extensão preventiva;
- caixa proximal: separado apenas o suficiente para fazer acabamento e polimento (0,25 a 0,5mm).
2. Remoção da Dentina Cariada: durante muitos anos foi baseada nos princípios de descoloração e dureza. 
1979 – corante orgânico: afinidade com tecido irreversívelmente desorganizados;
1988 – Laser: remoção de esmalte/dentina;
 - evaporação da dentina amolecida por mecanismo de ablação;
Laser:
- superfície dentinária sem smear layer;
- irregularidades acompanhadas de túbulos dentinários abertos;
- resposta pulpar mínima, reversível e semelhante aquela provocada com rotação;
- evita destruição desnecessária de tecido sadio (seletividade do laser – tecido vivo)
Microabrasão a ar:
- partículas de óxido de Al pressurizado;
- técnica não traumática (dispensa anestésicos);
- desvantagem: risco de aspiração dos detritos de óxido de Al (proteção de operador e pac).
Sistema CVD:
- diamante artificial fixado na haste que funcionam acoplados ao aparelho de ultra-som;
- procedimento de mínima intervenção;
- preparo liso, praticamente sem smear layer.
Preparos cavitários com ultra-som + CVD produzem menor quantidade de smear layer quando comparados aos preparos com alta rotação + ponta diamantada convencional.
Remoção químico-mecânica:
- Gel Carisolv – mistura de NaoCl 0,5% e 3 aminoácidos;
- dissolve a dentina amolecida, facilitando a remoção com curetas especiais;
- indicado para lesões em dentina, cavitadas e sem comprometimento pulpar, principalmente para pacientes jovens.
3. Forma de Resistência: característica dada a cavidade para que as estruturas remanescentes e a restauração sejam capazes de resistir às forças mastigatórias.
De acordo com BLACK deveria obedecer os princípios:
- abertura VL não superior a 1/3 do volume da coroa do dente;
- paredes circundantes paralelas entre si e perpendicular a parede pulpar;
- parede pulpar e gengival planas, paralelas entre si e perpendicular ao longo eixo do dente;
- remoção de esmalte sem suporte;
- ângulos internos vivos;
- ângulo áxio-pulpar arredondado;
- presenvar estruturas de reforço do dente, tanto quanto a extensão preventiva permitir.
Modificações propostas:
1930 - paredes da caixa proximal convergentes para oclusal;
1951 – paredes da caixa proximal e clusal convergentes para oclusal e o istmo estreito;
1972 – Mondelli – todas as paredes convergentes para oclusal e angulos internos arredondados.
1977 – a reconstruçõ do ângulo áxio-pulpar nas cavidades de classe II diminui a resistência da restauração.
1980 – Mondelli – dente hígido (140kgf); preparo MOD e abertura oclusal correspondente à metade de distância intercuspídea (51,2kgf) – importância da crista marginal. 
Amálgama:
- paredes convergentes para oclusal;
- ângulos internos arredondados;
- preservar estrutura de suporte dentário;
- abertura VL com istmo mais estreito, cerca de ¼ da distância intercuspídea.
Restaurações adesivas:
- hibridização;
- integração;
Quelação superficial do cálcio.
4. Forma de Retenção: é a forma dada a cavidade para torná-la capaz de reter a restauração, evitando seu descolamento.
De acordo com BLACK, quando a profundidade for igual ou maior que a largura, a cavidade por si só é retentiva – retenção friccional.
Retenções adicionais:
- cauda de andorinha – forma de extensão preventiva;
- retenções adicionais na base das cúspides;
- convergência para oclusal da paredes V e L.
Retenções auxiliares para cavidade complexas – amálgama:
Pinos cimentados (1958);
Pinos rosqueados (1966);
Canaletas curvas contínuas (1979);
Perfurações na dentina – “amalgapin”(1980);
Amálgama aderido (1986);
Canaletas curvas interrompidas (1988).
Amálgama aderido:
- ionômero de vidro;
- adesivos dentinários;
- “amalgamabond”.
Material deve ser quimicamente ou duplamente ativado (dual).
Amálgama:
- profundidade maior que a largura (retenção friccional);
- paredes convergentes para oclusal;
- abertura VL menor que 1/3 da distância intercuspídea;
- retenções dentinárias adicionais;
- retenções auxiliares (pinos, canaletas, amalgapin, amálgama adesivo).
Restaurações adesivas:
- condicionamento ácido;
- confecção de bisel (quando necessário);
- hibridização;
- integração;
- quelação superficial de cálcio.
Restaurações adesivas – adesão as custas do esmalte
Condicionamento ácido:
1. Confecção de bisel, se necessário;
2. Aplicação de ácido sobre a área preparada;
3. DES seletiva dos prismas de esmalte – microporosidades;
4. Infiltração do agente adesivo – retenção micromecânica.
Restaurações adesivas – adesão as custas da dentina
Hibridização:
1. DES da dentina através da aplicação de ácido;
2. Monômeros resinosos combinam-se com colágeno exposto, formando camada híbrida (parte do dente e parte do colágeno).
Integração:
1. Autocondicionamento – ácido fraco faz dissolução da smear layer e DES superficial da dentina subjacente;
2. Difusão da smear layer e agente resinoso por entre as fibras de colágeno na superfície.
Quelação superficial do cálcio:
1. Através de ligações químicas dos radicais carbixilos do cimento de ionômero de vidro aos íons cálcio do dente.
5. Forma de Conveniência: é a característica que se deve dar ao preparo afim de que sejam facilitados o acesso e a conformação da cavidade.
BLACK – classe II deveria ter:
- acesso para instrumentação da caixa proximal através da caixa oclusal (mesmo sem cárie);
- preparo envolvento toda a extensão do sulco gengival, como forma de retenção e prevenção.
Novas propostas:
1973 – slot proximal (auto-retentivo);
1975 – cavidade estritamente proximal, com acesso por proximal;
1980 – cavidade proximal com acesso por V ou ocasionalmente por L;
1984 – classe II com acesso oclusal (preparo tipo túnel).
Independentemente do tipo de material restaurador, a forma de conveniência inclui:
Preparo cavitário;
Isolamento absoluto;
Seleção dos instrumentos;
Afastamento gengival;
Afastamento interdentário.
Amálgama:
- afastamento gengival e interdentário;
- isolamento relativo ou absoluto;
- formas de acesso à lesão proximal.
Restaurações adesivas:
- afastamento gengival e interdentário;
- isolamento absoluto;
- formas de acesso a lesão proximal (via oclusal ou acesso direto).
6. Acabamento das Paredes de Esmalte: visa a remoção dos prismas de esmalte sem suporte. Para BLACK, todo esmalte sem suporte deveria ser removido. Hoje, ao invés de remover prismas sem suporte, promover o seu reforço com materiais adesivos.
Amálgama:
- regularizar “delicadamente” as paredes;
- suportar o esmalte socavado com uma falsa dentina (material adesivo).
Restaurações adesivas:
- regularização;
- bisel, quando necessário.
7. Limpeza da Cavidade: lama dentinária (smear layer) – composta de partículas orgânicas e inorgânicas, saliva, sangue e MO’s. Tem espessura de 1 a 3(m. Permanece aderida a superfície do dente por uma força suficiente para impedir que seja removida através da limpeza convencional com água ou soro fisiológico.
Vantagens da Smear Layer:
- reduz a permeabilidade a fluidos bucais e produtos tóxicos;
- reduz a difusão – fluidos dentinários para dentro dos túbulos em diração a polpa);
- previne a penetração de MO’s nos túbulos dentinários.
Desvantagens da Smear Layer:
- interfere na adesão de algunsmateriais (CIV e adesivos dentinários);
- serve como depósito de MO’s ou de seus produtos.
Amálgama:
- água de cal;
- digluconato de clorexidina a 0,12%;
- água oxigenada a 3%;
- substâncias detersivas.
Restaurações adesivas:
- ácido poliacrílico a 15%;
- ácido fosfórico a 37%;
- ácido fraco (sistema adesivo autocondicionante).
“A limpeza da cavidade é um processo contínuo que se inicia com a instrumentação do preparo, usando jatos de ar-água, se prolonga com o campo isolado e finalmente termina com aplicação de agntes de limpeza específicos imediatamente antes da proteção de complexo-dentino-pulpar e restauração do dente”. (MONDELLI, 1998)
Conclusão:
Promoção da saúde bucal;
Preservação da estrutura dentária;
Manutenção da vitalidade pulpar;
Resistência a fratura;
Resistência ao desgaste;
Estética.
Instrumental para Dentística
Classificação:
Manuais – cortantes, auxiliares, inserção, condensação e esculpidores;
Rotatórios – brocas, abrasivos de revestimento, abrasivos aglutinantes e para polimento
Manuais:
- cabo, intermadiário e lâmina ou ponta ativa;
- simples ou duplo (2 pontas ativas);
- podem ter 1, 3 ou 4 números e uma letra (L ou R);
O segundo número é o ângulo formado da lâmina com o cabo (80 – mesial/95 – distal).
- retos, mono-angulados, bi-angulados ou triangulados (mais angulado = mais para posterior.
O que diferencia os instrumentos manuais é a constituição da ponta ativa, que podem ou não apresentar lâmina
Apreensão do instrumento: caneta modificada, caneta modificada invertida ou digito palpar.
Cortantes: cinzel, colher de dentina, recortador de margem gengival, enxadas, formador de ângulo, machados para dentina e para esmalte.
Cinzel de Wedelstaedt: remover prisma de esmalte sem apoio de dentina (sem ângulo);
Colher de dentina: remoção de dentina cariada;
Recortador de margem gengival: distal (28) e mesial (29). Para remover dentina na parede gengival nos preparos de classe II.
Auxiliares:
- auxiliam no preparo cavitário e na restauração;
- espelho, pinça, sonda, sugador;
- alta-rotação, baixa-rotação, micro-motor e seringa tríplice;
- instrumento para isolamento absoluto.
Instrumento de inserção: inserem material restaurador dentro da cavidade.
Instrumento condensador:
- condensar material restaurador na cavidade;
- manuais e mecânicos;
- Condensador no. 6 de Hollenback (brunir amálgama).
Instrumento esculpidor:
- esculpir material restaurador;
- esculpidor 3s, discóide, cleóide (amálgama);
- brunidores 29/33 – não possuem fio.
Instrumentos rotatórios:
- baixa-rotação: 6000 RPM (profilaxia);
- média-rotação: de 6000 a 100000 RPM (bisel);
- alta-rotação: acima de 100000 RPM (remoção de grandes restaurações).
Classificação dos instrumentos rotatórios
Corte: possuem lâmina (cortar);
Desgaste: possuem abrasivos (desgastar).
Fabricação
Aço – liga de Fe-C (baixa rotação);
Carboneto de tungstênio – carbide (alta-rotação).
Composição: haste, intermediário e ponta ativa.
Alta-rotação – haste curta, mais fina, por fricção;
Baixa-rotação – haste larga, mais grossa, por encaixe.
Ponta ativa:
Broca: possui lâmina – cortar;
Quanto mais lâmina – mais lisa a superfície do preparo.
Esféricas: ¼ a 11
- 1 ao 11 – remoção de tecido cariado;
- ¼ e ½ - retenção adicional.
Cilíndricas: 56/957
- 56 – preparo tipo BLACK;
- 957 – sem lâmina na ponta ativa (apenas na extremidade da ponta) – parede gangival e pulpar retas. Usada apenas em cavidades amplas (1/3 da distância intercuspídea).
Tronco-cônicas: 169
- 169 – extremidade mais afilada – cavidade expulsivas e canaletas.
Cone-invertido: 34/245/330
- 330 – 0,8mm (forma de pêra);
- 245 – 0,8mm – classe II (lâmina mais longa que a 330);
- 34 – preparo tipo BLACK.
Roda: 14
- 14 – retenção adicional nas bases das cúspides (classe V).
Ponta ativa:
Desgaste: possui abrasivos – atrito – desgaste.
Aglutinantes: partículas abrasivas fixadas por uma substância aglutinante à uma haste metálica.
De Revestimento: pastículas abrasivas cimentadas numa base flexível. Discos de acabamento e polimento (baixa-rotação)
Sentido lógico para polimento – Mais grosso para o mais fino.
Isolamento do campo operatório
1. Relativo: rolete de algodão e sugador de saliva
- superfícies secas, restaurações provisórias, cimentação de próteses;
- pacientes que não conseguem usar isolamento absoluto (pac especiais).
2. Absoluto: conjunto de procedimentos com objetivo de eliminar umidade, realizar tratamento em campo asséptico e restaurar os dentes de acordo com as indicações dos materiais
- indicações: dentística (preparo, restaurar e polimento), odontopediatria, endodontia (arco de plástico – radiografia) e prótese.
Vantagens:
Proteção do profissional e do paciente;
Melhor visibilidade, contraste e acesso;
Condições adequadas para inserção e condensação de material.
Desvantagens:
Desconforto;
Tempo;
Valor;
Alergia ao latex.
a) Material:
- dique de borracha (lençol) – rolos (contaminação) ou pré-cortados;
- fio dental, tira de lixa;
- creme de barbear.
b) Instrumental:
- Pinça perfuradora e pinça porta-grampo;
- Grampos – com asa:
	M – 200 ao 205;
	PM – 206 ao 209;
	Cervicais – 210 ao 212.
- Grampos – sem asa:
	W8A, 26 e 14A
- Tesoura de ponta romba;
- Arco (de Young, Ostby, Wizzard);
- Instrumento de ponta romba.
Quantos dentes isolar? No mínimo...
Preparo oclusal – 1 dente;
Preparo proximal de posteriores – 3 dentes;
Preparo V ou L no 1/3 cervical – 3 dentes (godiva para fixar grampo);
Preparo proximal de anteriores – canino à canino (sem grampo).*
*Exceção: diastema em PM e C ou ausência de 1PM e, em classe V, usa-se grampo 212.
Marcação da borracha:
- Mordida em cera;
- Marcação em boca (mais usada);
	M – ponto no meio da face oclusal;
	PM – ponta na cúspide V;
	C – ponta da cúspide;
	Incisivos – ponto no meio da borda incisal.
- Divisão em quadrantes;
- Carimbo ou Molde.
Marcação vai depender...
Tamanho e contorno dos dentes;
Espaço entre os dentes;
Ausência e má posição dos dentes;
Posição da cavidade do dente;
Altura da papila gangival.
Métodos de perfuração da borracha:
- Pinça perfuradora – orifício maior para o dente que leva o grampo (necessidade de mais elasticidade – rasgar o dique).
Orifícios maiores para molares e menores para incisivos inferiores.
Cuidados prévios:
- Testar os contatos – fio dental (não rasgar o dique);
- Regularizar a superfície com tira de lixa.
Escolha do grampo:
- dentes mais posterios do isolamento;
- dentes do grampo (4) devem estar tocando estrutura dentária.
Colocação:
- grampo com asa pode ser levado junto com a borracha;
- alça do grampo para distal do isolamento;
- para fora – aletas; para dentro – as asas.
Para grampos sem asa – passar a borracha sobre o grampo.
Obs: lubrificar a borracha com creme de barbear.
Inversão da borracha:
- invaginar a borracha para dentro do sulco gengival;
- instrumento romba para V e L;
- uso do fio dental para faces proximais.
Remoção do isolamento:
1. Estiramento da borracha para vestibular;
2. Seccionamento das porções interdentais;
3. Remoção do grampo, da borracha e do arco;
4. Reativar a circulação da gengiva (do dente que levou o grampo – isquemia);
5. Ampla atomização – spray de água.
Ligas para amálgama
Liga metálica: é um material formado por átomos de dois ou mais metais, miscíveis entre si, no estado líquido, que permanecem misturados quando solidificados.
Liga para amálgama: possui dois ou mais componentes metálicos com afinidade química e com balanceamento mecânico (rigidez e resistência).
Amálgama: denominação paraqualquer liga metálica em que um dos componentes seja o mercúrio (Hg).
Amálgamação: ato de produzir a mistura de componentes metálicos sólidos com o mercúrio (ou com o gálio).
Reação do Amálgama – CRISTALIZAÇÃO (capacidade de reação dos materiais).
1929 – Ligas para amálgama convencional (Porcentagens Médias):
Fabricação da Limalha – 4 Fases
Limalha – componentes solidificados
Fase 1 – Obtenção do lingote: mistura dos componentes e fundição;
Fase 2 – Homogeneização: aquecimento e resfriamento para melhorar propriedades físicas;
Fase 3 – Pulverização: corte do lingote em partículas finas;
Fase 4 – Envelhecimento: reduzir tensões de corte, moagem e padronizar em 100graus.
Função dos Componentes
	Prata
	Dureza, aumenta a resistência mecânica, retira a perda de brilho, reduz a oxidação, aumenta a expansão e reduz o escoamento.
	Estanho
	Facilita a amalgamação, reduz a dureza, reduz a resistência mecânica, reduz a expansão, aumenta o tempo de cristalização e aumenta o escoamento.
	Cobre
	Aumenta a dureza, reduz a resistência a corrosão, substitui a prata, aumenta a expansão, aumenta a resistência e reduz o escoamento.
	Zinco
	Ponto de fusão de +/- 420graus, antioxidante, provoca expansão na presença de umidade.
Obs: Ligas Convencionais – são as que apresentam no máximo 6% de cobre, independentemente do percentual dos outros componentes.
Quanto ao tamanho:
- Grosso: média acima de 44(m;
- Regular: média de 35(m;
- Fina: média de 25(m.
Obs: o olho humano tem capacidade visual de ≥ 40(m.
Quanto ao tipo de partícula:
- Limalha: muito irregular – “raspas” longas e irregulares;
- Esférica: formato esferoidal;
- Fase dispersa: 70% limalha e 30% esférica.
Passos de trabalho com o amálgama:
1. Proporção liga/Hg:
	Quantidade dos componentes em peso;
	Manual – 7 de Hg para 5 de liga;
	Amalgamador – 1/1 (hoje – 0,6Hg/1liga).
2. Amalgamação/Trituração:
	Mistura dos componentes com gral e pistilo ou em aparelho motorizado para obter uma massa plástica – manual = 180voltas.
3. Homogeneização:
	Manipulação da massa obtida com linho, camurça ou dedeira da borracha para regularizar a mistura;
	É dispensada para o amalgamador (bem regulado).
4. Remoção dos excessos de Hg:
	Espremendo a massa em um lençol de linho.
5. Condensação:
	Compactar a massa de amálgama na cavidade, adaptando-a da melhor maneira possível;
	As porções devem ser colocadas em um tempo nunca superior a 3min. A cada min que passa, a resistência de união reduz 10%.
	Força de condensação depende do tipo de liga: Limalha (3 a 4Kg), Fase dispersa (2 a 3Kg) e Esférica (1 a 2Kg).
Cristalização: é a passagem do estado plástico do amálgama para um estado de rigidez parcial (esculpir), seguido da completa solidificação do material – até 24horas (polimento).
Tempo de cristalização: é o tempo que decorre após a mistura dos componentes até o enrigecimento parcial da massa restauradora – quando devemos condensar e esculpir o amálgama.
Velocidade de cristalização (em minutos):
Escultura: conjunto de manobras que visam possibilitar a devolução da forma do dente. Podendo ser rasa (mais resistênte), média ou profunda (menor resistência).
Acabamento e Polimento: operação executada para eliminar interferências oclusais, aperfeiçoar detalhes anatômicos e obter lisura superficial. Usando-se brocas multilaminadas (12 lâminas), pontas de borracha ou escovas Robson.
Reação de cristalização: reação química que ocorre entre o Hg e os componentes da liga. Na liga convencional isso ocorre em 24horas. Na com alto teor de cobre, até 10 dias.
Fases químicas da reação de cristalização das ligas convencionais:
Fase Gama – partículas de liga inatacada, principalmente Prata (pela proporção) – 31%;
Fase Gama1 – união química entre Prata e Hg – 69%;
Fase Gama2 – união química entre Estanho e Hg – 10%. Mecanicamente frágil, facilita o aumento da oxidação e aumenta a vedação marginal com o tempo.
Fase ETA – 1962, mais Cobre (até 13%) para melhorar o comportamento da liga):
Gama2 + AgCu (EUTÉTICO);
SnCu (ETA) + Gama1.
Desvantagens das ligas com alto teor de cobre:
Não ocorre o selamento da interface dente-restauração (pouco Gama2).
Ligas com alto teor de cobre:
Eutéticas – Prata e Cobre juntos (composto binário);
Atomizadas – Prata e Cobre separados – recebem tratamento para aumentar a tensão superficial (atomização).
Cavidades para Amálgama
Indicações: classe I e II em posteriores com exceção do 1PMS.
Preparo cavitário para amálgama:
Remoção da dentina cariada;
Forma de contorno;
Forma de conveniência;
Forma de resistência;
Forma de retenção;
Acabamento das paredes de esmalte;
Limpeza da cavidade.
Características indispensáveis para a cavidade ser restaurada com amálgama:
1. Forma de Retenção: a profundidade deve ser maior ou igual que a largura (impedir o deslocamento do material restaurador);
2. Abertura VL: de no máximo 1/3 da dsitância intercuspídea;
3. Eliminar ou proteger o esmalte sem suporte: proteger com materiais adesivos;
4. Profundidade: no mínimo 2mm – fraturar a restauração;
5. Ângulos: definidos como forma de resistência;
6. Se a cavidade for mais larga que profunda: retenções adicionais devem ser executadas. Onde tiver mais dentina – evitar fratura – na base das cúspides.
7. A cavidade deve ser lavada: cavidade possui pH ácido. Usando-se águal de cal (pH alcalino), teremos um processo de reparo maior.
Cavidades de Classe I – áreas de má coalescência de esmalte.
- forma de contorno: deve incluir toda a superfície cariada e permitir que as paredes da cavidade estejam em dentina sadia;
- penetração com broca carbide (556 ou similar) na região central;
- executar uma canaleta no sentido MD;
- envolver o sulco lingual;
- mesmo que a cavidade para amálgama tenha suas características, ela deve ser o mais conservadora possível;
- a cavidade deve ter suas arestas internas arredondadas;
- definição da direção das paredes proximais – levemente divergente para oclusal (acompanhar a direção dos prismas de esmalte);
- desenho da cavidade antes do acabamento – baixa rotação (brocas lisas como a 56);
- com instrumento manual (enxadas) é finalizado o acabamento;
- cavidade concluída – profundidade maior que a largura.
Cavidades de Classe II – faces proximais de dentes posteriores.
- forma de contorno: todas paredes convergem para oclusal, ângulos internos arredondados, retenção em forma de sulco e abertura VL de ¼ da distância intercuspídea;
- a forma de contorno deve envolver a lesão e situar-se em paredes de estrutura sadia;
- área oclusal envolvida para o preparo;
- preparar a caixa proximal – o dente vizinho deve ser protegido com matriz metálica;
- com a broca inclinada para a face proximal, executa-se uma canaleta até abaixo do ponto de contato entre os dentes;
- perfuração da caixa proximal, a crista marginal é rompida com instrumento manual;
- forma de resistência: parede pulpar plana, paralela a parede gengival e estas perpendiculares a parede axial;
- com broca carbide, as paredes V, L, Axial e Gengival são definidas;
- recortador de margem gengival para planificar a parede gengival e arredondar o ângulo áxio-pulpar;
- confecção de retenções adicionais no ângulos áxio-lingual e áxio-vestibular. 
Após a confecção da cavidade se iniciam os procedimentos para a restauração.
Obs: Quando as caviddaes forem atípicas, a indicação do amálgama fica prejudicada. Devemos, então, usar materiais adesivos.
Em restaurações de amálgama de classe II – sempre devemos ter uma radiografia interproximal.
Acabamento do amálgama:
1. Brocas multilaminadas – menor poder de corte;
2. Pedra pomes;
3. Escova tipo pincel preta (em forma de lança).
Polimento do amálgama:
1. Escova branca tipopincel;
2. Amalgloss ou óxido de zinco;
O polimento não deve aquecer demais a restauração (atrito) – volatilizar o Hg.
Os procedimentos de acabamento e polimento servem para dar uma melhor lisura ao material.
Sistemas Adesivos
Adesivo: é um material, em geral um líquido, que solidifica entre dois substratos (dente e material restaurador), sendo capaz de interferir uma carga de um substrato pra o outro.
Força de adesão: mede a capacidade de uma união adesiva suportar carga (Mpa, Kgfcm2).
O período de tempo em que esta adesão permanece estável denomina-se durabilidade.
Tensão superficial: (Energia superficial) – a uma atração um tanto maior entre os próprios átomos da superfície criando assim o fenômeno familiar de tensão superfícial.
Todo líquido que é aplicado deve ter sempre menos energia superficial que a energia superficial do substrato, para que o ângulo de contato seja mais próximo de zero.
O ângulo de contato do material A é mais próximo de zero se comparado com o material B, logo o material A, possui uma menor tensão superficial.
Como são classificados os adesivos resinosos em odontologia:
1. Quanto ao uso do ácido fosfórico 37%:
a) com ácido antes do adesivo;
b) sem ácido antes do adesivo – adesivo autocondicionante.
2. Quanto ao sistema de ativação:
a) quimicamente ativado;
b) fotoativado;
c) dual.
3. Quanto ao solvente:
a) água;
b) álcool;
c) acetona.
4. Quanto a carga:
a) sem carga;
b) com carga – partículas inorgânicas.
Adesão e os substratos dentários.
I. Adesão ao Esmalte:
- ácido fosfórico com concentração de 37%;
- aspecto físico – gel;
- tempo de aplicação – 15s.
1. Agentes e união ao Esmalte:
Resina adesiva ou simplesmente adesivo, baseado no Bis-GMA ou UDMA – monômero viscoso e hidrofílico para penetrar nas porosidades criadas pelo condicionamento ácido.
Obs: Teg-DMA – regula a viscosidade do adesivo, ou seja, o Bis-GMA ou UDMA são diluídos no Teg-DMA.
2. Tática operatória:
a) profilaxia;
b) aplicação do ácido (15 a 30s);
c) lavagem (15s no mínimo) – pra remover todo gel do esmalte;
d) secagem – esmalte com aspecto opaco;
e) aplicação do adesivo.
II. Adesão em Dentina:
Primer: material hidrofílico – capacidade de entrar nos túbulos dentinários. A profundidade onde o adesivo penetra é menor na dentina que no esmalte (3 a 10(m em dentina).
1. Desafiando o substrato:
- dentina possui mais água e material orgânico que o esmalte.
2. Fatores que interferem no processo de adesão:
- smear layer;
- contração de polimerização.
Quando remover a smear layer?
Quando utilizar um sistema adesivo que necessite sua remoção.
Dentina como área de retenção – seca ou úmida?
Secagem estratégica.
Condicionar apenas 15s, pela baixa quantidade de mineral e para não perder estrutura orgânica, ou seja, as fibras colágenas.
Hibridização – formação da camada híbida
- após o condicionamento ácido, a smear layer é removida, deixando os túbulos dentinários abertos;
- a dentina úmida evita o colapso das fibras de colágeno, mantendo a profundidade e a retenção;
- o primer permite a penetração em meio úmido (túbulos) por ser hidrofílico;
- além disso há o HEMA, que transportado para o interior dos túbulos, atrai o mesmo HEMA presente no adesivo.
Camada Híbrida: primer, adesivo, dentina e resina.
- o adesivo (HEMA + Bis-GMA) é polimerizado no interior dos túbulos, produzindo uma forma de retenção.
Contração de polimerização:
- resistência adesiva dentinária e cisalhamento – de 17 a 20Mpa;
- contração de 2,6 a 7,1% em volume;
- alteração dimensional de 3 a 5x a do dente natural (propriedade física das resinas compostas).
Evolução dos sistemas adesivos em Dentina
a) 1ª e 2ª Geração:
- basicamente em Esmalte;
b) 3ª Geração:
- a smear layer através de um promotor de adesão que modifica, alterando ou substituíndo a camada agregada (surgimento dos primers).
c) 4ª Geração:
- condicionamento total;
- remoção da smear layer;
- aplicação do sistema adesivo bifuncional;
- camada híbrida.
Técnica:
1. Condicionamento de 15s esmalte/dentina (iniciando em esmalte);
2. Lavagem abundante;
3. Secagem estratégica (cone absorvente em dentina);
4. Aplicação do Primer;
5. Secagem do solvente;
6. Aplicação do Adesivo;
7. Fotopolimerização por 20s.
d) 5ª Geração:
- Primer e Adesivo no mesmo frasco;
Técnica:
1. Condicionamento de 15s em esmalte/dentina (iniciando em esmalte);
2. Lavagem abundante;
3. Secagem estratégica (cone absorvente em dentina);
4. Aplicação do Sistema Single Bond em 2 camadas;
5. Secagem do absorvente;
6. Fotopolimerização por 20s.
e) 6ª Geração:
- sistemas autocondicionantes;
- não requer aplicação isolada de um ácido para produzir porosidade no substrato dentário.
Obs: não utiliza gel ácido isoladamente para condicionamento.
Não há vantagens quando comparado com força de adesão ao sistema de 5ª ou 4ª Gerações.
Sistema busca compensar as falhas dentro da camada híbrida ocasionadas nos sistemas que utilizam condicionamento ácido isolado (4ª e 5ª Gerações).
Classificação
- Convencionais:
- 3 Passos: Ácido – Primer – Adesivo;
- 2 Passos: Ácido – Primer/Adesivo.
- Autocondicionantes:
- 2 Passos: Primer ácido – Adesivo;
- 1 Passo: Primer ácido/Adesivo.
Técnica (2 Passos):
1. Função de formar camada híbrida com dente;
2. resina de baixa viscosidade e hidrofóbica sem solventes ou água.
Técnica (Único Passo):
1. Uma única solução é aplicada ao substrato não condicionado e desempenha a função de desmineralização, infiltração e união ao material restaurador.
Resinas Compostas – Compósitos
Resina Composta:
- selantes com carga;
- resina para restaurações;
- resina para núcleos;
- cimentos resinosos.
O que são resinas compostas?
São compostos formados por uma matriz orgânica que envolve partículas conhecidas como matriz inorgânica ou carga.
Matriz orgânica: resina que engloba as partículas de carga (matriz inorgânica) – Bis-GMA, URETANO, etc.
Matriz inorgânica: partículas sólidas, de vidro ou similares – sílica, quartzo, vidros cerâmicos, etc.
Classificação das resinas compostas:
- sistema de ativação;
- tamanho de partícula.
Sistema de ativação:
- quimicamente ativada – autopolimerizada;
- fisicamente ativada – fotopolimerizada;
- dual – resinas para núcleos.
Polimerização:
- halógenos de alta e baixa intensidade;
- laser;
- LED;
- plasma.
Estudo: Efeito da distância da ponta do fotopolimerizador, na intensidade de luz e microdureza da resina.
Estudo: Influência da cor e opacidade da resina na profundidade de polimerização.
Tamanho da partícula e quantidade de carga:
Quanto mais carga – menos contração e desgaste.
↓
Contração da matriz orgânica.
Tamanho de partícula:
- convencional (40(m);
- médias;
- micro;
- híbridas (mais de um tamanho de partículas);
- nano (0,04(m).
Cimento de Ionômero de Vidro
Wilson e Kent (1971)
Cimento de Silicato + Policarboxilato de Zinco = CIV
CIV Convencional
Pó: partículas de fluoralumíniosilicato de vidro;
Líquido: solução aquosa de ácido poliacrílico e outros ácidos.
Armazenamento
pó em recipiente fechado, para não ser contaminado com umidade;
líquido fora de refrigerador – sofrer geleificação;
após um ano o líquido aumenta viscosidade;
recuperar viscosidade – frasco do líquido em água aquecida (15min).
Proporção
recomendado pelo fabricante;
atingir característica adequada (superfície brilhante, ou seja, com líquido para adesão ao substrato dentário).
Aglutinação
ato de “misturar” o pó ao líquido;
sem usar pressão (jamais espatular);
ideal – espátulade plástico para fazer a aglutinação;
espátula metálica interfere ma reação de geleificação;
material adequada para inserção – brilhante e viscoso.
Geleificação
1°) deslocamento de íons (no pó);
2°) formação de matriz de poliácidos – policarboxilato de cálcio (8 – 10min);
3°) formação do gel de sílica com incorporação do vidro à matriz – aumento de resistência – policarboxilato de alumínio.
Cuidar manipulação e armazenamento
SINÉRESE – perde água para ambiente;
EMBEBIÇÃO – ganha água do ambiente.
Classificação quanto à natureza
Convencionais;
Reforçados por metais – “mistura milagrosa” – limalha de amálgama – CERMET (túnel);
Reforçados por resina;
Anidro – “ausência de água” – Liofilizado.
Classificação quanto à indicação
Tipo I – cimentação (pinos radiculares, bandas ortod.);
Tipo II – restauração (classe I e V sem comprometer oclusão, base cavitária, decíduos e ART – tratamento restaurador atraumático);
Tipo III – forramento e selamento de fissuras (proteção pulpar);
Tipo IV – Fotoativados (com resina) – restauração, cimentação e forramento.
CIV modificado por resina
 EMBED PBrush 
Evolução:
Anidro – ácido é incorporado ao pó;
Reforçados – prata (CERMET) e monômero resinoso (Fotoativado).
Composição: parte do líquido é substituído por grupos metacrilatos, HEMA e fotoiniciadores.
80% de Ionômero;
20% de Resina (no máximo).
Apresentam 2 ou 3 reações
reação ac/ba normal;
reação por fotoativação (por radicais livres);
polimerização química da fase resinosa
Vantagens da adição de resina:
Propriedades físicas melhoradas;
Melhor combinação inicial de cor;
Liberação de flúor não afetada.
Vantagens:
Características de endurecimento melhoradas;
Maior resistência inicial (menor influência na perda/ganho de água);
Maior resistência total;
Maior estética inicial.
Desvantagens:
Maior contração de polimerização (3,2 a 3,6% - pela resina);
Mudança de cor após 1 ou 2 anos.
Obs: Compômeros:
70% de Resina;
30% de CIV
Em pasta única.
Propriedades dos CIV
Adesividade – pela quelação do cálcio (união química por quelação). É uma difusão iônica que ocorre na estrutura dental. Ao atacar esmalte e dentina, o ácido destaca íons do substrato por ação contínua. A adesão é menor em dentina, pois tem menos cálcio; maior em esmalte, maior quantidade de cálcio.
Liberação de flúor – aumento de 1500 a 5000% no teor de flúor ao redor das restaurações, favorecendo a remineralização. Atua tanto na ecologia da microbiota oral como também um reservatório de flúor (CIV pode se recarregar de flúor).
Coeficiente de expansão térmica linear – dentre os materiais é o mais próximo do substrato dental.
Compatibilidade biológica – difusão do ácido nos túbulos dentinários é restrito (possuem alto peso molecular). Adesividade química e os ácidos são fracos.
Proteção Pulpar
Conhecer estruturas;
Avaliar e minimiza agressão resultante do meio (cárie) ou instrumentação;
Conhecer propriedades físico-mecânicas dos materiais restauradores e protetores;
Conhecer a biocompatibilidade dos materiais, atividade antimicrobiana, a adesividade e o potencial terapêutico.
1. Estruturas
1.1 Esmalte
- origem: ectoderme;
- 96% inorgânico, 3% água e 1% orgânico;
a) Característica
- duro e friável;
- pouco permeável;
- bom isolante térmico;
- resistente ao desgaste.
1.2. Complexo dentino-pulpar
- origem: mesoderme;
- manifestações diferentes de um mesmo tecido;
- dentina, pré-dentina e polpa (zona odontoblástica, acelular, rica em células e polpa pd).
1.3. Dentina
- 70% inorgânico (mineral – hidroxiapatita), 18% colágeno tipo I e 12% água.
a) Características
- resiliente (absorve impacto);
- permeável;
- menor resistência ao desgaste;
- bom condutor térmico (presença de líquido tecidual)
b) Dentina intertubular
- menos mineralizada;
c) Dentina Intratubular
- mais mineralizada – manter líquido no seu interior.
1.4. Polpa
- tecido conjuntivo diferenciado;
- inervado e vascularizado;
- contido por paredes inelásticas.
2. Importância da manutenção da vitalidade da polpa
- esclerosamento dos túbulos;
- formar dentina secundária e terciária (em resposta a estímulos);
- secundária (ao longo da vida – resposta biológica);
- sensibilidade dolorosa.
3. Atividade formadora e protetora da polpa
3.1. Dentina do Manto – une a dentina ao esmalte;
- menos mineralizada que a dentina primária;
- formada por odontoblástos por manutenção.
3.2. Dentina Primária
- formada até o fechamento do ápice;
- extensões citoplasmáticas dos odontoblastos – possuir túbulos;
- define a forma do dente.
Intratubular:
Hipermineralizada – conter líquido tecidual dentro do túbulo;
40% mais mineralizada que a intertubular;
Espessura aumenta com a idade.
Intertubular:
Entre os túbulos;
Rede entrelaçada de colágeno e hidroxiapatita.
3.3. Pré-dentina
- não é mineralizada;
- adjacente a porção apical.
3.4. Dentina Secundária
- fisiológica – após o fechamento do ápice;
- deposição mais lenta;
- mesma composição que a dentina primária.
3.5. Dentina Terciária
- formada em resposta a estímulos patológicos;
- pode ou não ter túbulos;
- mais mineralizada que a dentina primária.
a) Reacional
- estímulo lento de baixa intensidade;
- obliteração dos túbulos;
- deformação da CP;
- produzida por odontoblástos originais.
b) Reparadora
- formada por novos odontoblástos;
- estímulo de maior intensidade;
- resposta rápida;
- células mesenquimáticas (zona rica em células) – odontoblástos;
- não necessariamente tubular.
Odontoblástos
Responsáveis pela formação e nutrição da dentina;
Possui corpo alongado – prolongamentos;
Não sofrem mitoses;
Corpo celular ocupa periferia da polpa.
4. Inervação
4.1. Mielínicas tipo Delta-A
- próximas a junção dentino-pulpar;
- baixo limiar de estimulação – rápida velocidade;
- responde ao frio.
4.2. Amielínicas
- lenta velocidade;
- relação com inflamação;
- responde ao calor.
5. Diagnóstico da condição pulpar
5.1. Reversível
- dor provocada;
- momentânea;
- negativa a percussão;
- baixa duração.
5.2. Irreversível
- dor espontânea;
- contínua;
- positiva a percussão;
- intermitente.
6. Principais causas de injúrias pulpares
6.1. Lesão cariosa
- estímulo inflamatório se difunde até a polpa via túbulo dentinários;
- a gravidade da injúria será determinada pelas características do paciente (idade) e pelas características da lesão (profundidade).
6.2. Preparo cavitário
- fatores técnicos – pressão de corte, calor fricciante, desidratação da dentina;
- fatores clínicos – condição inicial da polpa, quantidade e qualidade da dentina remanescente.
Obs: Intrumentos rotatórios – movimentação do flúido dentinário;
Refrigeração – minimizar o aumento de temperatura – Injúria a polpa (aumento de 6ºC).
Como diminuir o trauma do preparo cavitário:
Instrumentos rotatórios novos (245 – 5 vezes);
Refrigeração abundante;
Diminuir a pressão de corte;
Cortes intermitentes (25s);
Minimizar secagem com ar;
Hidratação constante.
6.3. Trauma oclusal
- restaurações com contatos exagerados transferem carga mastigatória para dentes restaurados, causando pressão intrapulpar – dente mais sensível as variações térmicas (frio).
6.4. Procedimento restaurador
- condicionamento ácido: ação desmineralizante, cauterizadora, de desnaturação, hipertônica;
- cuidar com o tempo de aplicação (em dentina), pode levar a injúria pulpar;
- cuidar a dentina remanescente;
- cuidar a idade do paciente (idosos – atresia pulpar).
Hibridização – a consideração da camada híbrida como barreira permanente aoingresso de irritantes e como procedimento inócuo a polpa tem criado julgamento. Devemos considerar a característica do substrato, profundidade da cavidade e a permeabilidade. Em cavidades profunda devemos realizar uma proteção terapêutica a proteção adesiva.
Procedimento – efeitos tóxicos dos componentes ácidos e de monômeros em estado não polimerizado, bem como a ação mos MO’s que podem gerar contaminação durante o preparo ou também por falha no selamento.
Maior profundidade = menos dentina intertubular.
7. Agentes de limpeza ideal
- remover a smear layer;
- biocompatibilidade ou estimulante;
- não tóxico.
8. Material de proteção pulpar ideal:
- biocompatibilidade;
- ser estimulante a recuperação;
- insolúvel a fluídos bucais;
- adesividade a estrutura dental;
- capacidade de isolante térmico;
- bactericida ou bacteriostático;
- vedar as margens da restauração.
Materiais de Proteção Pulpar
1. Verniz Cavitário
- usado com amálgama;
- não usado com resina.
a) finalidade: 
- vedamento da interface para amálgama;
- barreira contra a difusão de íons.
b) Propriedade:
- aceitável biocompatibilidade;
- bom isolante térmico.
2. Hidróxido da Cálcio
- estimula a formação de dentina esclerótica e reparadora;
- pH alcalino (bactericida e bacteriostático);
- protege a polpa contra estímulos térmicos e elátricos;
- ação antibacteriana.
3. Sistema Adesivo
- monômeros resinosos com diferentes pesos e viscosidade;
- cavidade média ou rasa – vedamento.
4. CIV (Vitre-Bond)
- baixa toxicidade;
- adesão a estrutura dentária;
- liberação de flúor;
- coeficiente de expansão térmico linear próximo a da estrutura dental;
5. Agregado de Trióxido de Mineazal (MTA)
- formação de uma nova dentina (esclerótica reparadora);
- resposta melhor que o Dycal;
- culto alto.
Proteção Indireta – sem exposição pulpar;
Proteção Direta – com exposição pulpar.
PROTEÇÃO INDIRETA	
- restauração imediata;
- tratamento expectante (mais de uma sessão).
Finalidade:
- bloquear estímulos;
- manter ambiente para manutenção ou recuperação pulpar;
- não fraturar com forças de condensação de materiais restauradores.
Cavidade rasa/média – hibridização (sistema adesivo);
Cavidade profunda – CIV + hibridização (avaliar cavidade);
Cavidade muito profunda – Dycal + CIV + hibridização.
Tratamento expectante: 
- jovens com cárie aguda em rápida evolução
- risco de exposição pulpar;
- aguardar nova deposição de dentina.
Objetivos:
Bloquear penetração de agentes irritantes;
Interromper metabolismo das bactérias no assoalho da cavidade;
Inativar bactérias por ação bactericida do material;
Estimular a formação de dentina.
1ª sessão:
- RAD interproximal;
- permanece dentina dúbia no fundo da cavidade;
- lavar com solução de pH alcalino;
- Hidróxido de Cálcio;
- CIV;
- aguardar 60 a 90 dias.
2ª sessão:
- definir diagnóstico;
- testes objetivos e RAD;
- dente sem sintomas de pulpite irreversível;
- remover dentina remanescente cariada;
- proteger como uma cavidade muito profunda.
PROTEÇÃO DIRETA
- material aplicado diretamente na polpa, visando restabelecimento pulpar e a formação de uma barreira mineralizada.
Capeamento pulpar: exposição mecânica ou acidental reversível;
Curetagem: remover parte da polpa coronária suspeita de contaminação.
Pulpotomia: remoção de toda polpa coronária.
Objetivos:
Promover o restabelecimento pulpar;
Permitir formação de barreira mineralizada;
Proteger a polpa de agentes agressores.
Fatores a se observar:
- grau de comprometimento pulpar;
- extensão da lesão;
- tempo de exposição.
Capeamento ou curetagem:
- lavar com soro fisiológico até hemostasia;
- aplicar Otosporin (5min) com algodão autoclavado;
- Hidróxido de Cálcio;
- CIV;
- material restaurador definitivo;
- marcar avaliações e orientar paciente.
Restaurações de Classe III
Classe III: superfície proximal dos dentes anteriores sem comprometer o ângulo incisal.
Orientações Gerais:
- separação dos dentes (Mediata – 48horas com borracha ortodôndica ou Imediata);
- profilaxia;
- escolha da cor – dente e escala de cor úmidos;
- anestesia;
- isolamento absoluto;
- proteção do dente vizinho (tira de matriz metálica e cunha de madeira);
- ponta diamantada esférica (1012/1014 – depende do tamanho da lesão) – em esmalte;
- confecção do bisel – melhor estética, retenção, selamento e maior área para condicionamento ácido – ponta diamantada afilada 1190(F) em 45º, de 0,5 a 3mm.
- acabamento da cavidade com instrumento manual;
- proteção pulpar, quando necessitar;
- condicionamento ácido;
- lavagem abundante;
- secagem estratégica;
- aplicação do sistema adesivo;
- tira de matriz de poliéster – comprimir resina na cavidade;
- técnica incremental de resina composta (2mm);
- acabamento – lâmina de bisturi número 12;
- testar oclusão (movimentos).
Seleção do material restaurador:
- tipos de resina;
- cores.
Acesso à lesão:
- proximal – geralmente acesso por lingual ou para não sacrificar estrutura sadia;
- lingual – mais conservadora e melhor estética;
- vestibular – quando a cárie envolve a face, substituir restauração já existente ou quando o dente se encontra mal posicionado.
Observações:
- ângulos diedros arredondados;
- menor extensão vestibular possível;
- manter ponto de contato (preferência estrutura dental);
- bisel no ângulo cavo-superficial;
- remover dentina cariada com colher de dentina ou broca esférica em baixa rotação.
Acabamento da cavidade:
- alisamento das bordas da cavidade – remover prismas friáveis;
- melhor adaptação do material;
- aumenta a longevidade;
- recortador de margem gengival ou discos/tiras de lixa.
Restaurações de Classe IV (ou Site 2)
Classe IV: superfície proximal de dentes anteriores, com comprometimento do ângulo incisal. Pode envolver um ou os dois ângulos (oblíquo ou horizontal).
Adesão:
1. Hibridização: condicionamento ácido total – remove smear layer – colágeno exposto;
2. Integração: ácido fraco – não remove toda smear layer – cavidades profundas;
3. Quelação superficial do cálcio: CIV – reação lenta (90 horas).
Importante:
Tipo de material (resistência);
Bisel (estética e selamento marginal);
Tipo de adesivo.
Considerações gerais:
- fratura do ângulo incisal;
- perda da região de contato;
- afastamento (afastador de Ivory);
- seleção e recorte da matriz de policarbonato (Abley);
- condicionamento ácido e agente de união;
- cunha de madeira e posicionamento da matriz;
- matriz com resina (40s por vestibular e 40s por lingual);
- remoção da matriz;
- acabamento;
- polimento (uma semana depois);
- glazeamento (adesivo) – brilho e selar fendas.
Restaurações de Classe V
Classe V: terço gengival (L ou V) de superfícies lisas de todos os dentes a partir de um processo de cárie, abrasão ou erosão.
Não cariosas:
1. Erosão: perda de estrutura dentária na região cervical por dissolução química. Bebidas ácidas, alimentos ácidos ou refluxo gástrico.
2. Abrasão: perda de estrutura cervical causada por desgaste mecânico. Escovação traumática, cremes com grande abrasividade ou hábitos deletérios.
3. Abfração: perda de estrutura cervical por flexão dental. Forma de cunha profunda com margens bem definidas.
Abordagem em Dentística Restauradora – Lesões não cariosas:
- quando compromete a integridade dentária;
- risco de exposição pulpar;
- estética;
- hipersensibilidade;
- associada a leão cariosa;
- dificultar controle de placa.
Fatores a considerar:
1. uma das paredes se localiza no limite amelo-cementário, estendendo-se até a dentina ou cemento radicular;2. consideradas profundas quanto ao ponto de vista biológico;
3. caracterizar a proximal com o periodonto marginal, podendo estender-se subgengivalmente.
Para lesões subgengivais ou ao nível do sulco gengival:
1. grampo retrator no. 212 (de Ferrier) ou com fios retratores;
2. procedimento de gengivectomia e retalho total.
Orientações gerais – Resina Composta:
- ângulos diedros arredondados;
- bisel no ângulo cavo-superficial;
- forma de contorno conservadora;
- asperização de superfície esclerótica de dentina com ponta diamantada (condicionar ácido);
- forma de adesão – hibridização, integração ou quelação (CIV).
Escolha do material:
- resina composta microparticulada;
- microparticulada + microhíbridra;
- CIV + micropartícula;
- compômero;
- resina flow;
Procedimento:
- esmalte – ponta diamantada (1012/1014);
- material provisório – broca esférica;
- dentina – broca esférica (baixa rotação) e colher de dentina afiada;
- acabamento – manual (remover prismas de esmalte friáveis) – recortador de magem geng;
- bisel – ponta diamantada (forma de chama fina – 1190);
- proteção do complexo dentino-pulpar;
- sistema adesivo – condicionamento ácido, adesivo, resina (incremental – minimizar contração).
Tratamento de lesões cariosas em dentes posteriores
Resina Composta – Uso em posteriores!!!
Vantagens em relação ao amálgama:
- combinação de cor;
- translucidez e opacidade;
- capacidade de se unir a estrutura dental;
- ausência da toxicidade do mercúrio.
Características desejáveis para dentes posteriores:
- radiopacidade;
- microhíbrida;
- menor índice de contração de polimerização;
- menor sorpção de água;
- resistência ao desgaste;
- capacidade de se unir a estrutura dental.
Protocolo restaurador:
- em esmalte – vigiar ou selar;
- lesão maior – preparo ultraconservativo adesivo;
- lesão grande – preparo conservativo adesivo.
Tática operatória:
- seleção do caso;
- radiografia interproximal;
- anestesia;
- profilaxia – escolha da cor;
- demarcação dos pontos de contato com o antagonista;
- isolamento absoluto;
- cunha de medeira (classe II);
- preparo cavitário – remover tecido cariado (ponta diamantada/broca esférica/colher de dentina);
- limpeza da cavidade;
- proteção do complexo DP e/ou aplicar adesivo;
- matriz e cunha (por lingual);
- aplicar resina (incremental);
- polimerização;
- acabamento e polimento.
Obs: Limpeza da cavidade:
- hidróxido de cálcio;
- água oxigenada a 3% (cuidar oxigênio – polimerização);
- clorexidina a 2%.
Adesivo:
PRIMER – secar com ar;
ADESIVO – fotopolimerizar.
Sucesso:
Estética; Função; Contorno;
Anatomia oclusal; Adaptação marginal; Contatos proximais.

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