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CINE SOCIAL: UMA REFLEXÃO SOBRE AS ORGANIZAÇÕES SOCIAIS NO BRASIL Faculdade Anhanguera São José dos Campos – UNIDERP Serviço Social Profª EAD:* ORGANIZAÇÃO SOCIAL NO BRASIL * * * * * Tutora presencial: * Tutora à distância: * Junho de 2013 INTRODUÇÃO Encontramos-nos em contradição quando queremos a liberdade, mas não podemos deixar de lado a participação na estrutura social. Não tendo uma organização social perfeita, a realidade social não deixa de ser organizada, pois se não houvesse estrutura o caos estaria totalmente instalado em nossa sociedade. ORGANIZAÇÃO SOCIAL NO BRASIL A distribuição das organizações sociais no Brasil interferem diretamente nos dados socioeconômicos. Análises e pesquisas de diferentes órgãos indicam que existem uma variedade de situações, mas pode se afirmar que onde há melhor relação entre habitantes por organizações sociais existem melhores indicadores econômico-sociais. A Elite Econômica por sua vez, usa as suas instituições para manter o controle sobre os demais grupos sociais, em discursos demagógicos produzem violências físicas e psicológicas, surgindo assim vários grupos sociais dominantes, porém há indivíduos que resistem a esse modelo, fazendo a distribuição de poder suprindo a necessidade de cada um do grupo. O Estado aliado com beneficiários de serviços, integram uma administração organizada, constituídas por associações sem fins lucrativos, que são orientadas diretamente para o atendimento do interesse público, mediante a um decreto específico. ORGANIZAÇÃO SOCIAL NO BRASIL A organização social se dá através do exercício de uma atividade funcional, submetida aos mandamentos da lei e às exigências do bem comum; surgem assim cooperativas, associações, fundações e ONGs. São redes de estruturas sociais interligadas, onde cada um dos indivíduos possuem seus determinados papéis, que juntos dão movimento à sociedade. Tendo como objetivo a melhora da qualidade de vida das comunidades, há um fortalecimento e estímulo do espírito de coletividade e solidariedade, suprindo muitas vezes a ausência e isolamento do Estado, mas construindo e fortalecendo o capital social nas regiões. Uma sociedade civil organizada é capaz de superar problemas presentes e futuros e de tornar estes atributos de organização solidária uma variável chave para alcançar o desenvolvimento do país. REALIDADE CINEMATOGRÁFICA Gênero: Drama Direção: Mauro Lima Roteiro: Guilherme Fiúza, Mariza Leão, Mauro Lima Elenco: André de Biase, Cássia Kiss, Eva Todor, Luis Miranda, Rafaela Mandelli, Selton Mello Produção: Mariza Leão Fotografia: Ulrich Burtin Trilha Sonora: Marcos Tommaso Duração: 107 min Baseado no livro homônimo escrito por Guilherme Fiúza, Meu Nome Não É Johnny conta a história real de João Guilherme Estrela, que hoje atua como produtor musical. João Guilherme é a prova viva de que é viável recuperar as pessoas. É o atestado de que a nossa luta não é em vão. No início dos anos 70, João Guilherme Estrela, de uma família da classe média, tinha tudo menos limites. Do primeiro cigarro de maconha experimentado na adolescência passou a consumir cocaína. De usuário passou a vender e com toda sua característica marcante da juventude, João no início dos anos 90 já tinha se tornado o maior vendedor de drogas do asfalto carioca. Na primeira real dificuldade, a separação e a doença do pai, João não tem parceria para a dor e o luto, além da droga, a qual se entrega de corpo e alma, com uma ingenuidade quase pueril. Com o passar dos anos e com o crescente sucesso o mesmo deixa rastros, passa a frequentar o banco dos réus em vez de festas, o apresentando à uma nova realidade, a vida no sistema carcerário e o Manicômio Judiciário. A sensibilidade da juíza federal que analisou o caso foi fundamental para a vida de João Estrela. O filme retrata a péssima condição desumana do sistema penitenciário, onde se pretende a impossível recuperação de um ser humano, o sofrimento, o medo, a violência, o descaso e a humilhação. João Estrela dá a volta por cima e inspira filmes, livros e adolescentes a acreditarem que possuem e merecem uma segunda chance. MEU NOME NÃO É JOHNNY Gênero: Drama Direção: Hector Babenco Roteiro: Fernando Bonassi, Hector Babenco, Victor Navas Elenco: Caio Blat, Floriano Peixoto, Gero Camilo, Lázaro Ramos, Luiz Carlos Vasconcelos, Milton Gonçalves, Nelson Machado, Ricardo Blat, Robson Nunes, Rodrigo Santoro, Sabotage, Wagner Moura Produção: Flávio Tambellini, Hector Babenco Fotografia: Walter Carvalho Trilha Sonora: André Abujamra Carandiru são fatos reais e é baseado no livro Estação Carandiru, do médico Dráuzio Varella. REALIDADE CINEMATOGRÁFICA Em 1989, o médico Luiz Carlos Vasconcelos, se propõe a fazer um trabalho voluntário de prevenção à AIDS no maior presídio da América Latina: a Casa de Detenção de São Paulo, que foi vítima de um dos dias que marcaram a história do Brasil. Quando a Polícia Militar do Estado de São Paulo, a pretexto de manter a lei e a ordem, fuzilou 111 pessoas. Lá, ele entra em contato com a violência, superlotação, instalações precárias, falta de assistência médica e jurídica, doenças como tuberculose, leptospirose, caquexia, além de pré-epidemia de AIDS. Porém, o médico testemunha solidariedade, organização e uma grande disposição de viver. Não importa a pena a que tenham sido condenados, todos estavam sujeitos às normas do controle de comportamento que era vigente na instituição. Um aspecto curioso em relação ao filme é o “direito” criado pelos presos para poderem sobreviver ao aprisionamento, eles criam um verdadeiro direito paralelo que surge dos costumes, com leis para matar, para os estupradores do setor amarelo, enfim tudo muito bem organizado. É um filme sobre como os homens, com a perda da liberdade e a restrição do espaço, têm de criar novas regras de comportamento para preservar a integridade do grupo, é impossível falar de Carandiru sem pensar em Direitos Humanos ou da dignidade humana, a qual se vê que falta do começo ao fim no filme. CARANDIRU Gênero: Drama Direção: Laís Bodanzky Roteiro: Luiz Bolognesi Elenco: Caco Ciocler, Cássia Kiss, Gero Camilo, Jairo Mattos, Luis Miranda, Marcos Cesana, Othon Bastos, Rodrigo Santoro, Valéria Alencar Produção: Fabiano Gullane, Maria Ionescu Fotografia: Hugo Kovensky Trilha Sonora: André Abujamra, Arnaldo Antunes O filme é baseado no livro Canto dos Malditos de Austregéliso Carraro, Bicho de Sete Cabeças é uma grave denúncia contra a situação dos doentes mentais internados pelo país. REALIDADE CINEMATOGRÁFICA A trama se desenvolve no seio de uma família de classe média, que não aceita passar por nenhum constrangimento e com a falta de diálogo e entendimento, que envolve também a omissão da mãe, figura apagada e silenciosa, transforma uma situação delicada em uma tragédia familiar. O pai, Wilson, conservador e intransigente, despreza o mundo do filho, Neto, e este não suporta a presença do pai. Vivendo em um mundo rebelde, com seu skate, pichação e se arriscando em sexo sem preservativo, Neto faz uso de maconha ocasionalmente. Seu pai, quando descobre, não consegue enxergar nada além de vergonha e de um viciado, optando em uma internação, sem consentimento, em um manicômio, o traumatizando. Surgi então uma realidade chocante e desumana, semelhante a carceragem, com uma superlotação, condições desfavoráveis, preconceito, onde os internos são devorados por um sistema corrupto e cruel. Sem apoio psicológico, exames especializados, e violência de todos os lados, Neto é simplesmente jogado em uma jaula, e só consegue sair quando sua mãe sofre com sua ausência. Mas a reintegração na sociedade é difícil, pois os pesadelos não o deixam caminhar, ele retorna em outro manicômio, sofrendo uma perseguição por parte da equipe médica e se revoltando, decidi deixar de viver. Sendo salvo, e presenciando um pai sensibilizado, começa sua grande e vitoriosa luta antimanicomial. BICHO DE SETE CABEÇAS ESTRATÉGIAS ASSISTÊNCIAIS As políticas públicas podem ser formuladas principalmente por iniciativa dos poderes executivo, ou legislativo, separada ou conjuntamente, a partir de demandas e propostas da sociedade, em seus diversos seguimentos. É visível a falta de políticas públicas nos principais aspectos sociais abordados nos filmes, que são: família, dependentes químicos, reformas psiquiátricas, juventude, sistema penitenciário, violência, e reintegração social. Trabalharíamos com cada membro da família; respeitando á hierarquia da organização; fazer do diálogo um hábito; orientar sobre prevenção; esclarecer dúvidas; direitos; ressocialização do preso; acompanhar e organizar projetos na educação, saúde, trabalho, profissionalização, jurídica e psicossocial, convívio social; compreensão nos principais problemas sociais; trabalhos em grupos; reuniões interdisciplinares; ações com os empregados. A verdadeira reforma não deve focar apenas a recuperação da governança e sim capacitar à construção do regime democrático brasileiro. CONCLUSÃO As estruturas sociais possuem grande poder de influência em nossos pensamentos, ações, interações, emoções e escolhas; pois fazemos parte dessa estruturação. Regem nossa vida social, com princípios de hierarquia e centralização do poder, causando diferenças e conflitos sociais, mas estamos de qualquer forma envolvidos nas organizações sociais, que possuem cada qual sua dinâmica. REFERÊNCIAS DIAS, Reinaldo. Introdução à Sociologia. São Paulo: Pearson, 2009. Ficha técnica. Disponível em: <http://www.cineclick.com.br/> Massacre Carandiru. Disponível em: <http://www.dhnet.org.br/direitos/militantes/cavallaro/carandiru.html> Mídia independente. Uma pequena análise sobre organização social. 2004. Disponível em: <http://www.midiaindependente.org/pt/red/2004/08/287814.shtml> NETO, Joffre do Rêgo Castello Branco; LIMA, Vanessa Batista Oliveira.REFORMA PSIQUIÁTRICA E POLÍTICAS PÚBLICAS DE SAÚDE MENTAL NO BRASIL: RESGATE DA CIDADANIA DAS PESSOAS PORTADORAS DE TRANSTORNOS MENTAIS. Disponível em: <http://teresina.fap.com.br/revista/index.php/direito/article/view/17> Publicação da Lei 9.637/98. Organizações Sociais (Transcrições). 1998. Disponível em: <http://www.pge.sp.gov.br/centrodeestudos/bibliotecavirtual/Congresso/wtese 21.htm> SILVA, Sylvio B. de Mello e; SILVA, Barbara C. Nentwig; SILVA, Maina Pirajá. Organização social e indicadores socioeconômicos no Brasil: um estudo exploratório. 2009. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103- 49792009000300013&script=sci_arttext> TURNER, Jonathan. Sociologia: conceitos e aplicações. São Paulo: Pearson, 2005.
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