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CCJ0053-WL-A-REV-Teoria Geral do Processo - Revisão AV1-01

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Revisão AV1 (Waldeck Lemos)
Fonte: Sala de Aula Estácio.
	
	
	
	Aula-01
	
	Teoria Geral do Processo
Bibliografia:
-Fredie Didier - 5 Livros.
-Luiz Guilherme Marinoni.
-José de Albuquerque Rocha.
E-mail: rodrigodmelo@hotmail.com
	
	Aula-02
	
	Teoria Geral do Processo - Prof. Rodrigo Duarte de Melo – Aula-01
CONCEITO, FONTES E PRINCÍPOIS DO PROCESSO
1 – Conceito
Trata-se de um meio de solução de conflito.
Teoria Unitária X Teoria Dualista
Direito Material – Ocorre o conflito. Ex: Direito civil, penal, tributário, trabalhista e etc... (Preocupação com a relação entre os sujeitos e suas consequências).
Direito Processual (Formal) – Meio (instrumento) pelo qual o Estado irá solucionar o conflito de direito material. Ex: Direito Processual civil, penal, trabalhista e etc... (Preocupação com os procedimentos, da jurisdição e com os princípios processuais).
Atenção: Cuidado para não confundir processo com procedimento.
Numa sociedade é inevitável a existência de interesses conflitantes. Desde o surgimento da humanidade, essa é uma máxima, uma constante, e os homens recorrreram a diferentes meios de "compor" (solucionar) estes conflitos, como a autotutela, a autocomposição, métodos mais primitivos, e, enquanto evoluía a civilização, a heterocomposição.
Portanto, todo conflito resistido de interesse o direito irá denominar de LIDE!
FORMAS DE RESOLUÇÃO DE CONFLITO
Autotutela – Emprego da força física para resolução dos conflitos (extremamente desagregadora). Em regra não é admitido pelo direito. (D. internacional). Direito Internacional Público => Guerra. Exceção: Legítima Defesa.
Autocomposição – Forma de resolução extremamente arcaica, no entanto, um pouco mais avançada que a autotutela. Caracteriza-se pela participação exclusiva dos interessados na celebração de um acordo que pudesse evitar o emprego da força física.
Heterocomposição – Forma de resolução de conflito que conta com a participação de um terceiro não interessado. A heterocomposição divide-se em: mediação (não possuindo poder de decisão) e arbitragem (existe o poder de decisão).
O processo como sendo um direito público, subjetivo, abstrato e autônomo. (PSAA).
Direito Público X Privado
Só para relembrar!
FONTES
- FORMAIS (vinculante): LEI em sentido amplo.
- MATERIAIS (discricionária): Princípios Gerais do Direito, Doutrina, Jurisprudência e o Costume.
PRINCÍPIOS PROCESSUAIS
INSTITUTIVOS: Não se pode abrir mão nunca, são obrigatórios.
1 – Princípio do Devido Processo Legal: (celeuma: art. 285-A).
2 – Princípio do Contraditório.
3 – Princípio da Ampla Defesa.
4 – Princípio da Isonomia.
5 – Princípio da Celeridade.
6 – Princípio da Razoável Duração do Processo.
INFORMATIVOS: Deveria estar presentes em todos os processos. Não é obrigatória a sua presença no processo.
7 – Princípio da Oralidade.
8 – Princípio da Publicidade.
9 – Princípio da Lealdade Processual.
10 – Princípio da Economia Processual.
11 – Princípio do Informalismo ou Instrumentalidade das Formas: (basta atender a finalidade).
PRINCÍPIOS DA JURISDIÇÃO:
12 – Princípio da investidura.
13 – Princípio da inafastabilidade da função jurisdicional.
14 – Princípio da indelegabilidade.
15 – Princípio da aderência,
16 – Princípio da inércia.
17 – Princípio da vinculação da atividade jurisdicional ao pedido.
18 – Princípio do juízo natural.
	
	Aula-03
	
	Teoria Geral do Processo - Prof. Rodrigo Duarte de Melo – Aula-02
PRINCÍPIOS PROCESSUAIS
INSTITUTIVOS:
1 – Princípio do Devido Processo Legal: (celeuma: Art. 285-A) (CAI NA PROVA).
- Art. 5º, LIV e LV da CF. Art. 5º, LIV da CF. Ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal. Art. 5º, LV da CF. Aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes.
- Não haverá condenação (ou qualquer outra espécie de sanção) sem o devido processo legal.
- Qualquer princípio que for violado, afetará o princípio do devido processo legal. O processo deve seguir seus trâmites legais, sempre observando os ditames da lei.
- Por conta disso a lei estabelece vários ritos:
Procedimento Comum: Ordinário e Sumário;
Procedimento Especial;
Procedimento Sumaríssimo.
Principio do devido processo legal: não basta as partes terem o direito de acesso ao judiciário. Para que o socorro jurisdicional seja efetivo é preciso que o órgão jurisdicional observe um processo que assegure o respeito aos direitos fundamentais, o devido processo legal.
O artigo 285-A permite que o juiz dispense a citação e julgue improcedente o pedido do autor quando a matéria controvertida for unicamente de direito e no juízo já houver sido prolatada sentença em caso semelhante.
A Lei nº 11.277/2006 incluiu o Art. 285-A no Código de Processo Civil, com a seguinte redação:
“Art. 285-A. Quando a matéria controvertida for unicamente de direito e no juízo já houver sido proferida sentença de total improcedência em outros casos idênticos, poderá ser dispensada a citação e proferida sentença, reproduzindo-se o teor da anteriormente prolatada.
§ 1° Se o autor apelar, é facultado ao juiz decidir, no prazo de 5 (cinco) dias, não manter a sentença e determinar o prosseguimento da ação.
§ 2° Caso seja mantida a sentença, será ordenada a citação do réu para responder ao recurso”.
2 – Princípio do contraditório:
- Consiste na igualdade de oportunidades de manifestação das partes em todos os atos processuais. Tem de ser respeitado em todo o processo e não apenas na contestação.
Art. 5°, LV CRFB: Aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral, são assegurados o contraditório e a ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes.
- Art. 5º, LV da CF. – É um corolário do princípio do devido processo legal.
- Trata-se do direito de defesa – “defesa genérica”.
- Possibilidade de contestar tudo que foi apresentado.
Principio do contraditório: deriva também do principio do devido processo legal. É uma exigência da estrutura dialética do processo. Diz respeito às relações entre as partes. Seu pressuposto é a ideia de que a verdade só pode ser evidenciada pelas teses contrapostas das partes.
3 – Princípio da ampla defesa:
- Consiste na igualdade de oportunidades de manifestação das partes em todos os atos processuais. Tem de ser respeitado em todo o processo e não apenas na contestação.
Art. 5°, LV CRFB: Aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral, são assegurados o contraditório e a ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes.
ATENÇÃO PARA SÚMULA VINCULANTE Nº 14 – STF
“É direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos elementos de prova que, já documentados em procedimento investigatório realizado por órgão com competência de polícia judiciária,digam respeito ao exercício do direito de defesa”.
- Trata-se da defesa técnica, com defensor devidamente habilitado. – “defesa específica”.
A pretensão à tutela jurisdicional, que corresponde exatamente à garantia consagrada no art. 5º, LV da Constituição, contém os seguintes direitos:
Direito de informação, que obriga o órgão julgador a informar à parte contrária dos atos praticados no processo e sobre os elementos deles constantes; (contraditório).
Direito de manifestação de forma oral ou por escrito;
Direito de ter os seus argumentos analisados.
Princípio da ampla defesa: refere-se às relações entre as partes e o juiz, significa que as partes têm o poder de reagir, imediatamente e eficazmente, contra atos do juiz violadores de seus direito.
4 – Princípio da isonomia:
- Tratamento igualitário entre as partes. Porém existe a possibilidade de tratamento desigual quando existir parte hipossuficiente no processo.
Artigo 125 CPC: O juiz dirigirá o processo conforme as disposições desse Código, competindo-lhe:
I - Assegurar as partes igualdade de tratamento;
- Igualdade Formal – Todos são iguais perante a lei.
- Igualdade Material – Visa diminuir as desigualdades sociais. (Tratar desigualmente os desiguais na medida da sua desigualdade).
Princípios da igualdade: deriva do devido processo legal. É a aplicação ao processo da igualdade formal. De fato, se todos são iguais perante a lei com maior razão perante o juiz concretizador da lei.
5 – Princípio da celeridade:
- Obrigatoriedade de aplicar meios adequados e eficientes para a solução do conflito. O magistrado deve determinar atos processuais com o máximo de resultado e o mínimo esforço.
Inserido no Art. 5º, LXXVIII da CF: - A todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação.
6 – Princípio da razoável duração do processo:
Inserido no Art. 5º, LXXVIII da CF: - A todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação.
- Os processos devem atender um tempo razoável, garantindo a utilidade do resultado final.
INFORMATIVOS
7 – Princípio da oralidade;
- Alguns atos processuais podem ser contestados oralmente. Possibilita o uso em conjunto da palavra oral com a palavra escrita. 
O juiz e as partes, sempre que possível, devem praticar os atos processuais de forma oral. Respaldo no art. 336, CPC.
Existência de um contato direto do magistrado com as partes e provas.
Principio da oralidade: refere-se à forma de expressão dos atos processuais. Nesse sentido, significa que os atos processuais se desenvolvem conforme a um sistema predominantemente oral.
O mesmo divide-se em:
Concentração: decorrência lógica do sistema oral. Com efeito, se a atividade processual desenvolve-se oralmente, é necessário que os atos que compõem realizem-se em uma ou em poucas audiências próximas, para que não desapareçam da memória do juiz.
Imediação: é outra decorrência do sistema oral. Traduz-se na necessidade de o juiz manter relação direta e mediata com os meios de prova e com o material fático em geral.
Identificação física do juiz: se as provas são produzidas oralmente só o juiz que assistiu o debate está em condições de tomar a decisão.
Publicidade: é exigência do estado democrático fundado na soberania popular, o qual deve conforma-se a atividade jurisdicional pelo judiciário. A publicidade tem duas direções: a) destina-se às partes e b) destina-se ao público. Só esta última pode ser limitada por interesse público.
8 – Princípio da publicidade:
- A sociedade é o principal fiscal da lei, sendo assim, os atos processuais serão públicos. Porém em processos em que houver Clamor Público, Interesse de Incapaz ou Causas de Família, o juiz poderá, a requerimento das partes, ou de ofício, requerer Segredo de Justiça.
Art. 155 CPC: Os atos processuais são públicos. Correm, todavia, em segredo de justiça os processos:
I - em que o exigir o interesse público;
Il - que dizem respeito a casamento, filiação, separação dos cônjuges, conversão desta em divórcio, alimentos e guarda de menores. (Redação dada pela Lei nº 6.515, de 1977).
Parágrafo único. O direito de consultar os autos e de pedir certidões de seus atos é restrito às partes e aos seus procuradores. O terceiro, que demonstrar interesse jurídico, pode requerer ao juiz certidão do dispositivo da sentença, bem como de inventário e partilha resultante do desquite.
Todos os atos processuais devem ser de conhecimento público. Permitindo que toda sociedade investigue os atos processuais. – Art. 93, IX da CF. Art. 93. Lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, disporá sobre o Estatuto da Magistratura, observados os seguintes princípios: IX - todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a preservação do direito à intimidade do interessado no sigilo não prejudique o interesse público à informação.
Tal princípio pode sofrer algumas mitigações: art. 155, CPC (segredo de justiça).
9 – Princípio da lealdade (e boa-fé) processual:
- As partes devem agir com lealdade processual, sendo totalmente reprovável o uso de meios fraudulentos.
Art. 14 CPC: São deveres das partes e de todos aqueles que, de qualquer forma, participarem do processo:
I – expor os fatos em juízo conforme a verdade;
II – proceder com lealdade e boa-fé.
- Comportamento legal das partes perante o processo (dever de lealdade e probidade).
- Visa combater a litigância de má-fé, estabelecendo punições para aquele que violar o referido princípio.
10 – Princípio da economia processual:
- Obrigatoriedade de aplicar meios adequados e eficientes para a solução do conflito. O magistrado deve determinar atos processuais com o máximo de resultado e o mínimo esforço.
- Necessidade de se praticar o menor número de atos processuais possíveis para se chegar ao resultado almejado. (decisão judicial);
- Economia processual = celeridade certa.
- Os atos devem ser econômicos, sem perder de vista as garantias constitucionais, sob pena de nulidade.
Principio da economia: muito sucintamente podemos dizer que o principio da economia processual caracteriza-se por ter a função de evitar o desperdício da atividade processual mediante o uso racional dos instrumentos e formas processuais. A premissa teórica do principio da economia é a ideia de que as formas processuais não são um fim em si, mas instrumentos finalizados à persecução de escopos púbicos situados fora do processo. A partir dessa concepção da instrumentalidade coloca-se a necessidade de adequar o processo aos fins a que serve, utilizando-se critérios de economia possibilitadores do alcance mais rápido e mesmo dispendioso de seus fins.
11 – Princípio do informalismo ou instrumentalidade das formas: (basta atender a finalidade):
- Forma pela qual estabelece o processo como instrumento de efetivação do direito material.
- Certos atos processuais podem ser praticados de qualquer modo, desde que obtenham o resultado pretendido. Ex: Juizados Especiais.
Principio da instrumentalidade: a ideia do processo como instrumento é bastante conhecida para exigir mais explicações, uma vez que a “instrumentalidade é da essência do processo” encerra uma tautologia já que a nota da instrumentalidade, como dissemos, é inseparável do processo. Afirmar a instrumentalidade do processo equivale a dizer ser ele um meio para conseguir fins, pois a característica do instrumento é não ter um fim em si mesmo, mas servir a um fim que está fora dele. Na verdade, o processo é, sempre, um instrumento, cujas funções podem ser jurídicas e extrajurídicas.
	
	Aula-04
	
	Teoria Geral do Processo - Prof. RodrigoDuarte de Melo – Aula-03
CONCEITO, FONTES E PRINCÍPOIS DO PROCESSO
PRINCÍPIOS DA JURISDIÇÃO
12 – Princípio da investidura:
O processo deverá ser julgado por quem for regularmente inserido no cargo de juiz, através de concurso público. Deve possuir o poder jurisdicional.
Não exercem atividade jurisdicional:
a) Juiz de paz (não utilizamos).
b) Juiz leigo.
c) Conciliador.
13 – Princípio da inafastabilidade da função jurisdicional – Também chamado de Acesso à Justiça.
Art. 5º, XXXV da CF/88 "a lei não excluirá da apreciação do poder judiciário lesão ou ameaça a direito".
O cidadão não pode sofrer nenhuma limitação para ter acesso à justiça. (Ex: custas, espaço físico, localização e etc...).
O princípio pressupõe a possibilidade de que todos, indistintamente, possam pleitear as suas demandas junto aos órgãos do Poder Judiciário, desde que obedecidas às regras estabelecidas pela legislação processual para o exercício do direito.
14 – Princípio da indelegabilidade:
Proibição do “non liquet”.
O magistrado não pode deixar de decidir. O judiciário sendo provocado, não pode deixar de proferir a decisão. (Jurisdição não pode ser delegada).
15 – Princípio da aderência: (Relacionado à COMPETÊNCIA)
O magistrado se vincula ao território de abrangência da lei processual (vincula a uma determinada área de atuação).
	
	Aula-05
	
	Teoria Geral do Processo - Prof. Rodrigo Duarte de Melo – Aula-03 - Continuação
CONCEITO, FONTES E PRINCÍPIOS DO PROCESSO
16 – Princípio da inércia: (CAI NA PROVA) – Princípio da ação ou demanda:
A ação não pode ser iniciada de ofício, cabe a parte iniciar a ação (provocar o juízo).
- A Jurisdição é Inerte. Mesmo que o magistrado visualize a ofensa de direitos, só poderá prestar a tutela jurisdicional quando a parte interessada provocá-la.
Art. 2° CPC: Nenhum juiz prestará a tutela jurisdicional senão quando a parte ou o interessado a requerer, nos casos e formas legais.
17 – Princípio da vinculação da atividade jurisdicional ao pedido:
 O Juiz deve se limitar ao que foi pedido.
● Ultra petita: (Além do Pedido, o juiz julgou além do valor pedido => vício de sentença).
● Citra petita: ou infra petita (Ausência de fundamentação do juiz) Ver art. 93, IX, CRFB/88).
● Extra petita: (Fora do que foi pedido, o juiz não pode criar novo pedido => vício de sentença).
18 – Princípio do juízo natural:
- O juiz deve pré-existir à causa, ou seja, é necessário que já esteja na função antes da instauração do processo.
O magistrado deve ser previamente estabelecido para cada caso. Não se pode escolher um julgador depois que o caso já tenha ocorrido (tribunal de exceção).
Juízes que legalmente ocupam os cargos nos juízos e tribunais constitucionalmente previstos (Art. 92, incisos. I a VII) e os criados pela legislação infraconstitucional.
A parte não pode escolher um juiz. Este princípio está atrelado a imparcialidade. 
OUTROS PRINCÍPIOS:
19 – Princípio do impulso oficial
- No processo, existem determinações feitas automaticamente pelo magistrado, sem o requerimento das partes. O juiz tem o dever de impulsionar o processo praticando atos inerentes ao seu cargo. Exemplo: Juntada de petição.
Art. 262 CPC: O processo civil começa por iniciativa das partes, mas se desenvolve por impulso oficial.
20 – Princípio da imparcialidade
- O magistrado não pode possuir qualquer interesse na causa (relação de parentesco, amizade, inimizade com qualquer das partes no processo). Caso haja Impedimento (o juiz é parente de qualquer uma das partes), ou Suspeição (o juiz tem algum envolvimento com uma das partes), é possível tirar o juiz do processo. Entra-se com recurso em qualquer momento, enquanto corre a sentença ou até 2 anos após o trânsito em julgado.
21 – Princípio da Identidade Física do Juiz
- O magistrado que participou da Fase Instrutória do Processo deve ser o mesmo a proferir a sentença de mérito. Porém, quando o juiz for transferido, licenciado ou se aposentar, será necessário que outro magistrado assuma o processo. Nessa situação, o novo magistrado pode entender que as provas produzidas não formam seu livre convencimento, então poderá determinar nova produção de provas.
22 – Princípio da Proibição das Provas Ilícitas
- O Processo só poderá ser instruído através de Provas Lícitas. A decisão judicial baseada em provas ilícitas poderá ser anulada.
Art. 332 CPC: Todos os meios legais, bem como os moralmente legítimos, ainda que não especificados neste Código, são hábeis para provar a verdade dos fatos, em que se funda a ação ou defesa.
23 – Princípio da Persuasão Racional do Juiz
- O juiz olha as provas, analisa o conjunto probatório dos Autos e julga de acordo com o seu entendimento, com o seu livre convencimento. Porém, é necessário que fundamente sua decisão.
Art. 131 CPC: O juiz apreciará livremente a prova, atendendo aos fatos e circunstâncias constantes nos autos, ainda que não alegados pelas partes; mas deverá indicar, na sentença, os motivos que lhe formaram o convencimento.
23 – Princípio da Livre Investigação das Provas
- Mesmo que o juiz esteja restrito ao conjunto probatório fornecido pelas partes, poderá determinar, requisitar ou mesmo interferir de ofício quanto às provas a serem produzidas.
Art. 130 CPC: Caberá ao juiz de ofício ou a requerimento da parte, determinar as provas necessárias à instrução do processo, indeferindo as diligências inúteis ou meramente protelatórias.
24 – Princípio da Motivação das Decisões Judiciais
- Todas as decisões, sejam elas Interlocutórias (Proferidas no curso do processo) ou de Mérito (Decisões que resolvem conflitos), devem ser fundamentadas conforme determina os artigos 165 e 458 do CPC – Nos dois casos cabe recurso.
Art. 165 CPC: As sentenças e acórdãos serão proferidos com observância do disposto no artigo 458; as demais decisões serão fundamentadas, ainda que de modo conciso.
Art. 458 CPC: São requisitos essenciais a sentença;
I – O relatório, que conterá os nomes das partes, a suma do pedido e da resposta do réu, bem como o registro das principais ocorrências havidas no andamento do processo;
III – O dispositivo, em que o juiz resolverá as questões, que as partes lhe submeteram.
25 – Princípio do Duplo Grau de Jurisdição
- Determina a possibilidade de revisão, por um Grau Superior (ad quem) das decisões judiciais (a quo), sejam elas Interlocutórias (Proferidas no curo do processo) ou de Mérito (Decisões que resolvem conflitos).
26 – Princípio da Concentração dos Atos Processuais
- Reunião de atos processuais produzidos em um mesmo momento. Exemplo: Audiência de Instrução e Julgamento, onde o juiz irá ouvir as testemunhas, os peritos, os memoriais das partes e poderá ainda, proferir sentença.
Art. 452 CPC: As provas serão produzidas na audiência, nessa ordem:
I – O perito e os assistentes técnicos responderão aos quesitos no prazo e na forma do artigo 435;
II – O juiz tomará os depoimentos pessoais, primeiro do autor, depois do réu;
III – Finalmente, serão inquiridas as testemunhas arroladas pelo autor e pelo réu.
27 – Princípio da Disponibilidade
- A parte pode escolher abrir mão do direito. Pode dispor do direito em juízo, salvo quando se tratar de Direito Material Indisponível. Possui natureza privada, cabe a parte requererem seus direitos. Há possibilidade de recurso até a última instância.
Art. 447 CPC: Quando o litígio versar sobre direitos patrimoniais de caráter privado, o juiz, de ofício, determinará o comparecimentos das partes ao início da audiência de instrução e julgamento.
28 – Princípio da Indisponibilidade
- É dever do Estado punir o agente infrator, já que o crime é uma lesão à sociedade. Haverá exceção à regra quando se tratar de crime condicionado à representação.
Art. 5° CPRFB/88: “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantido-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentesno país a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:”
	
	Aula-06
	
	Teoria Geral do Processo - Prof. Rodrigo Duarte de Melo – Aula-03 - Continuação
JURISDIÇÃO
Diante disso, conceituam jurisdição como sendo uma das funções do Estado, mediante a qual este se substitui aos titulares dos interesses em conflito para, imparcialmente, buscar a pacificação do conflito que os envolve.
Dessa forma, a jurisdição é ao mesmo tempo, poder, função e atividade:
● PODER - é a manifestação do poder estatal, ao decidir imperativamente e impor suas decisões.
● FUNÇÃO - uma vez que expressa o encargo que têm os órgãos estatais em promover a pacificação de conflitos, mediante a realização do direito justo.
● ATIVIDADE - a jurisdição é exercida através do processo, formado pelo complexo de atos praticados pelo juiz, exercendo o poder e cumprindo a função que a lei lhe comete.
Características da jurisdição: (7) (MILDIUS)
A jurisdição tem por características: a substitutividade, a imparcialidade; a lide, o monopólio, a inércia, a unidade e a definitividade (coisa julgada).
● Substitutividade => não se pode fazer justiça com as próprias mãos, a vontade do particular é SUBSTITUIDA pelo ESTADO.
● Imparcialidade => o juiz não pode tomar partido.
● Lide => conflito de interesse resistido.
● Monopólio => Só o Estado detém o Poder de Jus Puniendi.
● Inércia => a jurisdição precisa ser provocada.
● Unidade => ela é a mesma em todo território nacional. Ela é UNA.
● Definitividade (coisa julgada) =>princípio da segurança jurídica.
Espécies de jurisdição
Como visto, a jurisdição, como poder estatal soberano, não comporta divisões. (jurisdição é una).
As espécies de jurisdição classificam-se: Segundo o modo como o juiz se comporta diante do conflito, em jurisdição contenciosa e voluntária:
● A jurisdição contenciosa é a atividade inerente do Poder Judiciário. - Jurisdição propriamente dita, isto é, aquela função que o Estado desempenha na pacificação ou composição dos litígios. Há doutrinadores que acreditam que a expressão jurisdição contenciosa é redundante ou pleonástica, pois jurisdição já induz, indubitavelmente, a idéia de litígio.
● Na jurisdição voluntária o juiz apenas realiza gestão pública em torno de interesses privados (Homologa as vontades das partes). Tal expressão "jurisdição voluntária" também chamada por muitos de jurisdição graciosa. O objeto dessa atividade não é uma lide, não há conflitos de interesses, mas apenas um negócio, com a participação do magistrado.
Conforme a matéria, em jurisdição civil e penal.
Segundo a justiça competente, em jurisdição comum e especial.
De acordo com a posição hierárquica do órgão julgador, em jurisdição inferior e superior.
A jurisdição como Poder emanado de um Estado Soberano e Democrático de Direito que estabeleceu princípios e garantias fundamentais, onde o exercício da jurisdição é uma garantia fundamental.
“A jurisdição é, justamente, a função estatal que tem a finalidade de garantir a eficácia do direito em última instância no caso concreto, inclusive recorrendo à força, se necessário”. José de Albuquerque Rocha em Teoria Geral do Processo.
	
	Aula-07
	
	Teoria Geral do Processo - Prof. Rodrigo Duarte de Melo – Aula-03 - Continuação
DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO
Princípio do Contraditório e da Ampla Defesa.
-Orgãos do Judiciário => Art. 92, CF (Pessoa Física / Pessoa Jurídica).
Composição
-Monocrático (1° Grau).
-Colegiado (2° Grau e Tribunais Superiores).
Exceção do 1° Grau
-1° Grau da Justiça Militar (Conselhos).
-1° Grau da Justiça Eleitoral (Juntas).
-Alguns Orgãos do 1° Grau da Justiça Federal e Estadual.
-Tribunal do Júri => 7 Jurados.
STF (11 Ministros)
Tribunal Superior
STJ
(33 Ministros)
TST
(27 Ministros)
TSE
(7 Ministros)
STM (15)
10-Militares
05-Civis
2° Grau
TJ
42 Desemb.
TRF
TRT
TRE
* SP e RS
1° Grau
Jus. Estadual
Jus. Federal
Jus. Trabalho
Jus. Eleitoral
Jus. Militar
	
	Aula-08
	
	NÃO HOUVE AULA.
	
==XXX==
MD/Direito/Estácio/Período-04/CCJ0053/Revisão-AV1/WLAJ/DP
MD/Direito/Estácio/Período-04/CCJ0053/Revisão-AV1/WLAJ/DP

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