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CCJ0053-WL-B-AMRP-07-A antecipação dos efeitos da tutela

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TEORIA GERAL DO PROCESSO. Aula nº 07. 
Professor: Rodolfo Kronemberg Hartmann / www.rodolfohartmann.com.br 
 
Antecipação dos efeitos da tutela. 
Na própria petição inicial, normalmente também vem formulado o 
requerimento para que o juiz conceda a antecipação dos efeitos da tutela. 
Aliás, a teor do que dispõe o art. 273 do CPC, o juiz somente pode concedê-la 
se houver requerimento do interessado, o que sugere que a mesma não pode 
ser concedida ex officio. O tema talvez seja revisto em razão do recente art. 3º, 
da Lei nº 12.153/09, que autoriza a concessão ex officio. 
 Também são importante as lições de Luiz Guilherme Marinoni, para 
quem: “é correto dizer que a técnica antecipatória visa apenas a distribuir o 
ônus o tempo do processo... o tempo do processo sempre prejudicou o autor 
que tem razão... o juiz que se omite é tão nocivo quanto o juiz que julga mal” 
(MARINONI, Luiz Guilherme. A antecipação da tutela. 6ª Ed. São Paulo: 
Malheiros, 2000, p. 229). 
 
Requisitos para a antecipação dos efeitos da tutela satisfativa. 
 prova inequívoca da verossimilhança da alegação (art 273, caput, CPC); 
 possibilidade de reversibilidade dos efeitos do provimento jurisdicional (art. 
273, parágrafo 2º CPC); 
 a existência do periculum in mora (art. 273, inciso I, CPC) ou, 
alternativamente, a caracterização do abuso do direito de defesa do réu 
decorrente de conduta manifestamente protelatória (art. 273, inciso II, CPC). 
 
Compatibilidade ou não no processo civil, penal e trabalhista. 
Este instituto é perfeitamente possível no processo civil ou trabalhista. 
No processo penal, já se revela de certa maneira incompatível pois não se 
pode satisfazer provisoriamente a pretensão punitiva que é exercida pelo 
Ministério Público ou pelo querelante. É que existe o princípio constitucional do 
favor rei, pela qual ninguém é presumido culpado até a sentença condenatória 
transitar em julgado. Porém, admite-se a prisão cautelar, o que não faz 
presumir culpabilidade do agente no evento. 
 
Concessão de tutela antecipada em face da Fazenda Pública. 
No que tange ao instituto da tutela antecipada genérica (art. 273 do 
CPC) e a específica (art. 461 do CPC), a Lei nº 9.494/97 veda que o 
magistrado conceda tutela antecipada desfavorável a Fazenda em algumas 
situações. Alguns magistrados, no entanto, não estavam aplicando a lei, por 
considerá-la inconstitucional por ofensa ao art. 2º da CRFB (separação dos 
poderes), já que não poderia o Poder Legislativo criar obstáculo para a 
atividade do Judiciário. Esta controvérsia possibilitou o ajuizamento de uma 
ação declaratória de constitucionalidade (ADC nº 4), que foi julgada pelo STF, 
concluindo que o texto normativo em questão é CONSTITUCIONAL. Vale dizer 
que esta decisão tem efeito vinculante e que o descumprimento da mesma 
acarreta não só a possibilidade do manejo de recurso como, também, da ação 
autônoma denominada “RECLAMAÇÃO”. Também é possível que o 
interessado se valha do requerimento de suspensão dos efeitos da tutela 
antecipada ou da segurança (STA ou SS – Lei nº 8.437/92 e Lei nº 12.016/09). 
Mas há exceção, como aquela indicada na súmula 729 do STF. 
 
Síntese extraída da obra: HARTMANN, Rodolfo Kronemberg. Teoria Geral 
do Processo. Niterói: Impetus, 2012.

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