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CASO CONCRETO PRÁTICA SIMULADA I - SEMANA 03.pdf

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA CIVIL DA 
COMARCA DE VITÓRIA/ES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANTÔNIO, SOBRENOME, nacionalidade, estado civil, profissão, portador do RG nº, 
inscrito no CPF/MF sob o nº, com endereço eletrônico (e-mail), e MARIA, 
SOBRENOME, nacionalidade, estado civil, profissão, portadora do RG nº, inscrita 
no CPF/MF sob o nº, com endereço eletrônico (e-mail), ambos residentes e 
domiciliados na Rua, nº, no bairro de, Vila Velha/ES - CEP, vem por meio de seu 
advogado, com endereço profissional na Rua, nº, no bairro de, cidade/UF - CEP, 
onde recebe intimações, vem respeitosamente perante Vossa Excelência propor a 
presente 
 
AÇÃO DE ANULAÇÃO DE NEGÓCIO JURÍDICO 
com fulcro no artigo 496 c/c artigo 533, inciso II, ambos do CC. 
 
em face de JAIR, SOBRENOME, nacionalidade, estado civil, profissão, portador do 
RG nº , inscrito no CPF/MF sob o nº, com endereço eletrônico (e-mail), e FLÁVIA, 
SOBRENOME, nacionalidade, estado civil, profissão, portadora do RG, inscrita no 
CPF/MF sob o nº, com endereço eletrônico (e-mail), ambos residentes e 
domiciliados na Rua, nº, no bairro de, Vitória/ES - CEP, e seu filho JOAQUIM, 
SOBRENOME, nacionalidade, estado civil, profissão, portador do RG, inscrito no 
CPF/MF sob o nº, residente e domiciliado na Rua, nº, no bairro de, cidade/UF - CEP, 
pelas seguintes razões de fato e de direito que passa a expor: 
I - DOS FATOS 
Os pais dos Autores, Réus, devidamente qualificados nos autos, efetuaram a venda 
de um imóvel para o filho mais novo, réu também nos autos, com o intuito de 
ajudar o filho. 
Contudo o imóvel alienado não teve a devida autorização dos demais 
descendentes. O imóvel vendido está situado no município de Vitória/ES, sendo na 
época que foi realizado o negócio jurídico o valor de mercado do imóvel era de R$ 
450.000,00 (quatrocentos e cinquenta mil reais). 
Porém o valor ajustado para a celebração do negócio jurídico foi de R$ 200.000,00 
(duzentos mil reais), através de Escritura de Compra e Venda lavrada no dia 20 de 
dezembro de 2013, no Cartório de Notas da Comarca de Vitória e devidamente 
transcrita no respectivo Registro Geral de Imóveis. 
A venda do imóvel realizada pelos pais dos Autores por um valor bem abaixo do 
valor de mercado causa efetivo prejuízo aos Autores, uma vez que são herdeiros 
necessários. 
Diante desse prejuízo, os Autores vêm a juízo postular a anulação do negócio 
jurídico realizado entre seus pais e o irmão. 
 
II - DO DIREITO 
Para a realização de compra e venda de bens de ascendentes para descendentes é 
necessário que ocorra expressamente o consentimento dos outros descendentes. 
No caso em tela não houve se quer o consentimento verbal dos demais 
descendentes, assim deve-se aplicar o art. 496, do Código Civil Brasileiro, ao qual 
prever que é anulável esse tipo de negócio caso não haja expressamente o 
consentimento dos demais descendentes. 
Assim, também deve ser levando em consideração o dispositivo previsto no art. 
533, inciso II, do Código Civil Brasileiro. 
Onde reforça a ideia de que é anulável o negócio realizado entre ascendentes e 
descendentes sem a autorização dos demais. 
Observa-se também o enunciado da Súmula 494, do STF: 
 
Súmula 494, STF - A ação para anular venda de ascendente a 
descendente, sem consentimento dos demais, prescreve em 
vinte anos, contados da data do ato, revogada a Súmula nº 
152. 
 
Perante esse enunciado, fica evidente que os Autores vêm a este juízo postular a 
anulação do negócio realizado dentro do prazo previsto. 
A anulação postulada vem com o objetivo de que seja sanada a injustiça cometida 
com os Autores, que possuem direitos iguais ao seu irmão mais novo. Dessa forma, 
pugnam pela a anulação do negócio firmado por seus pais. 
 
III - DAS PROVAS 
Os Autores requerem a produção de todas as provas em Direito admitidas, em 
especial a prova documental e suplementar, pericial, testemunhal e o depoimento 
pessoal dos Réus sob pena de confesso, caso não compareça ou comparecendo se 
recuse a depor. 
 
IV - OPÇÃO PELA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO 
Desde já os Autores informam que buscam a composição amigável entre as partes, 
sendo assim eles optam para que seja usado técnicas de conciliação e mediação, 
conforme prever art. 319, inciso VII, do NCPC. 
Assim, desejam que seja realizado audiência de conciliação ou mediação. 
 
V - DOS PEDIDOS 
Diante do exposto, requerem os Autores: 
1) Citação dos Réus nos endereços acima citados para apresentar contestação 
no prazo legal sob pena de preclusão, revelia e confissão; 
 
2) Que sejam julgados totalmente procedentes os pedidos; 
 
3) Que seja anulado o negócio jurídico celebrado entre os Réus, com a devida 
expedição de ofício ao cartório competente de Registro Geral de Imóvel, 
para a devida notificação da presente lide; 
 
4) A condenação dos Réus no pagamento dos ônus sucumbenciais e honorários 
advocatícios, não inferiores a 20% do valor da condenação. 
 
5) Protesta provar o alegado por todos os meios de provas admitidos em 
Direito, especialmente a prova documental, pericial, o depoimento pessoal 
do representante da reclamada, bem como a oitiva de testemunhas, sem 
prejuízo de outras provas eventualmente cabíveis. 
 
6) Que seja realizado audiência de conciliação ou mediação. 
 
Dá-se à causa o valor de R$ 450.000,00 (quatrocentos e cinquenta mil reais) 
 
Nestes termos, 
pede deferimento. 
 
 
Vitória/ES, data 
 
 
ADVOGADO 
OAB/UF nº 
 
Cíntia Andrade – Mat. 201307384544 
6º PERÍODO

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