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O empregado recebeu comissão por vendas efetuadas

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SANDRA MARIA CARVALHO DE FARIAS MATRICULA 20670848
ANDREY HUMBERTO FROZ DE BORBA MATRICULA 
O empregado recebeu comissão por vendas efetuadas. Posteriormente a transação se desfez e o empregador determinou a devolução da quantia paga de comissão. O procedimento está correto? Pode o empregador pedir a devolução?
Não, não pode pedir a devolução de venda efetuada. 
Exemplos:
A Telelistas LTDA. foi condenada pelo Tribunal Regional do Trabalho do Rio Grande do Sul (TRT-RS) a devolver comissões a um vendedor. Os valores eram estornados pela empresa quando os clientes atendidos pelo empregado tornavam-se inadimplentes ou cancelavam contratos. 
A decisão é da 7ª Turma Julgadora e reforma, neste aspecto, sentença da juíza Fabiane Rodrigues da Silveira, da 20ª Vara do Trabalho de Porto Alegre. Conforme os desembargadores do TRT-RS, comissões só podem ser estornadas nos casos em que os clientes são declarados insolventes. Ainda cabe recurso.
Segundo informações do processo, o vendedor trabalhou para a reclamada entre abril e setembro de 2008, sendo remunerado por comissões. Após ser dispensado sem justa causa, ajuizou ação na Justiça do Trabalho exigindo parcelas e diferenças de salário, dentre elas a devolução de comissões estornadas devido à falta de pagamentos ou rescisões de contratos por parte dos clientes. Em suas alegações, defendeu que o artigo 462da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) proíbe descontos salariais, salvo os resultantes de adiantamentos, previstos em lei ou acordados coletivamente. Sustentou, ainda, que o termo insolvência não pode ser utilizado para clientes que não efetuam ou atrasam pagamentos, e sim para indicar que todos os meios possíveis para solver a dívida já foram utilizados. 
O empregado também argumentou que a cláusula contratual prevendo o estorno de comissões pelo atraso ou falta de pagamento dos clientes é nula perante a CLT, segundo a qual disposições do contrato de trabalho são limitadas pelas normas legais de proteção ao trabalhador. O pedido, entretanto, foi negado pela juíza de primeiro grau, o que gerou recurso ao TRT-RS. 
A desembargadora Maria da Graça Ribeiro Centeno, relatora do acórdão, destacou a previsão da CLT, em seu artigo 2, pela qual os riscos do empreendimento são exclusivos do empregador. "Estando prevista em lei a impossibilidade de se transferir ao empregado o risco do negócio, é nula a cláusula do contrato de trabalho que preveja o estorno de comissões em razão da inadimplência dos compradores", afirmou a magistrada, que citou como exceção a esses casos a insolvência do cliente, caracterizada pela insuficiência de seu patrimônio para quitar as dívidas, o que não se confunde com atraso de pagamentos, mesmo que acarretem em cancelamento de contratos. Procedente o recurso, a empresa deverá devolver as comissões estornadas, observados os reflexos nas demais verbas trabalhistas a que tem direito o empregado. 
Processo 0139400-21.2009.5.04.0020 (RO)
Um vendedor não pode ter descontado de sua comissão o valor de cheque sem fundo emitido por cliente, devendo o prejuízo ser arcado pelo empregador.
O entendimento é da 6ª Turma do TST (Tribunal Superior do Trabalho) e foi firmado no julgamento do recurso movido pela Editora Gráfica Industrial de Minas Gerais contra decisão do TRT (Tribunal Regional do Trabalho) da 3ª Região. Segundo o ministro Horácio Senna Pires, relator do recurso, os riscos pelo negócio devem ser suportados pelo empregador. 
Para o TRT mineiro, “o direito à comissão começa a surgir no momento em que o empregado estabelece o contato com o freguês”. É nesse sentido a interpretação dada à expressão “ultimada a transação”, citada no artigo 466 da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho). O ministro Horácio Senna Pires manteve o entendimento. De acordo com o relator, a lei só possibilita o estorno da comissão quando o comprador se vê impossibilitado de pagar o que deve, encerrando a negociação, não no caso de não-pagamento. “É nula a cláusula contratual prevendo o estorno ou não-pagamento de comissão quando não efetivado o pagamento da compra pelo devedor”, destaca. Para o advogado Leonardo Tadeu, coordenador da área de direito do trabalho do projeto Jurisway, “sempre foi costume, no mundo dos negócios, o fato de empregadores tentarem, sempre que possível, repassar os prejuízos da atividade econômica para seus empregados”. 
Segundo ele, na maioria dos casos este procedimento encontra-se expressamente previsto em contratos de trabalho de frentistas de postos de gasolina e, também, para os trabalhadores comissionistas. “Desta forma, mesmo admitindo-se a hipótese do vendedor, que após fechado o negócio, já tenha recebido a comissão, o desconto em seu salário será procedimento normal, em se verificando algum problema com a venda realizada”, ensina Leonardo. No entando, destaca, não obstante ser costume a realização de tais procedimentos no comércio, no mundo jurídico, esta conduta encontra grandes restrições. 
Leonardo explica que em se tratando de direito, as hipóteses de descontos diretamente no salário do empregado são reduzidíssimas e somente são admitidas quando a conduta do trabalhador tenha contribuído para aquele prejuízo, como por exemplo, no caso de um trabalhador frentista receber um cheque em um posto de gasolina, e não verificar se esse cliente tem alguma restrição de crédito, contrariando assim o procedimento da empresa. “Desta forma, ressalvadas hipóteses em que a culpa do trabalhador é notória, nosso ordenamento jurídico tem vedado a possibilidade do desconto direto no salário do empregado”, enfatiza o coordenador do JurisWay. 
Ele destaca que tal diretriz encontra-se expressamente calcada no artigo 2º da CLT que estabelece que o empregador, além de dirigir seu negócio, admitindo empregados, pagando salários e tomando decisões, tem o ônus de suportar os riscos da atividade econômica. Para Leonardo, esta decisão teve como fundamento legal o fato de ser ônus exclusivo do empregador suportar os riscos da atividade econômica, sendo nula qualquer cláusula contratual que preveja o estorno da comissão quando não efetivado o pagamento da compra realizada.
 
O empregado recebia adicional de tempo de serviço triênio 6% do salário. Pretendia ingressar com reclamatória para fazer repercutir esse valor em seus repousos remunerados. Analise a questão.
Cabe apenas se estiver em acordo coletivo.
Exemplos:
O adicional ou gratificação por tempo de serviço integra o salário para todos os efeitos (Súmula 203/TST). 
A base de cálculo da gratificação depende do ajuste entre as partes do contrato de trabalho ou da norma coletiva (acordo coletivo, convenção coletiva e sentença normativa). 
Via de regra, o adicional por tempo de serviço é estipulado em um percentual por ano (anuênio) ou por anos (biênio, triênio, qüinqüênio, etc.) de trabalho calculado sobre o salário básico do empregado.
Existindo, ao mesmo tempo, gratificação por tempo de serviço outorgada pelo empregador e outra da mesma natureza prevista em acordo coletivo, convenção coletiva ou sentença normativa, o empregado tem direito a receber, exclusivamente, a que lhe seja mais benéfica (Súmula 202/TST). 
Como dito acima, a gratificação por tempo de serviço, paga mensalmente, não repercute no cálculo do repouso semanal remunerado (Enun. 225/TST ), apenas nos domingos e feriados trabalhados em dobro.
TST Enunciado nº 225 - Res. 14/1985, DJ 19.09.1985 - Mantida - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003
Gratificações de Produtividade e por Tempo de Serviço - Cálculo do Repouso Semanal Remunerado
   As gratificações de produtividade e por tempo de serviço, pagas mensalmente, não repercutem no cálculo do repouso semanal remunerado.
A gratificação por tempo de serviço percebida pelo bancário integra o cálculo das horas extras (Súmula 226/TST). 
Por exemplo, o adicional por tempo de serviço calculado sobre o salário básico mensal do empregado reflete em horas extras, adicional noturno, domingos e feriados trabalhados sem folga compensatória em dobro, adicional de periculosidadedo eletricitário, adicional de transferência, aviso prévio indenizado, 13ºs salários, férias e FGTS, incluídos os depósitos do FGTS sobre os reflexos, salvo nas férias indenizadas.

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