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Regulação dos Processos Motores e Secretores no Intestino Fisiologia do Sistema Digestório Recife 2013 Profa. Mariana Barros Universidade Federal de Pernambuco Centro de Ciências da Saúde Departamento de Nutrição Intestino delgago Região imediatamente caudal ao esfíncter pilórico até o esfíncter ileocecal; Constitui-se de duodeno, jejuno e íleo (5, 40 e 55% do total da víscera); Tubo (5 a 6m de comprimento e 4cm de diâmetro) onde occorre a maior parte dos processos digestivos e absortivos; Ocorrem processos de controle endócrino (produz e secreta hormônios p o sangue). Superfície Mucosa do intestino delgado Microvilisidades Borda em escova ou estriada, revestida por uma camada amorfa rica em açucares neutros e aminados, com função protetora (glicocálice). Aumentar a superfície de absorção (nutrientes, eletrólitos e água); Participar da digestão por meio de enzimas da borda em escova (dissacaridases, dipeptidases, e enzimas envolvidas na degradação de ácidos nucleicos). Permite ao intestino: Superfície Mucosa do intestino delgado Células absortivas ou enterócitos - Possuem microvilosidades (melhora absorção). Células caliciformes - Produzem muco (proteger e lubrificar o epitélio intestinal). Células de Paneth - Localizadas na porção basal das glândulas intestinais; - São exócrinas (de secreção acidófila); - Seus grânulos contêm lisozima (atividade antimicrobiana – auxilia no controle da flora intestinal). Células enteroendócrinas - Secretoras de serotonina, gastrina, secretina, colecistocinina, glucagon e somatostatina. Células M - Recobrem os linfonodos agregados das placas de Peyer (situadas na submucosa do íleo). - Localizadas na submucosa intestinal; - Produzem muco alcalino e espesso. Muco - lubrificar o epitélio intestinal; - proteger contra o HCl; - Favorecera ação das secreções entérica, pancreática e biliar no lúmen do int delgado. - É a base p os movimentos de segmentação e peristálticos; - Proporciona a mistura do quimo com as secreções digestivas e movimentos q favorecem seu deslocamento ao longo do órgão. Camada muscular do intestino delgado Glândulas de Brunner ou duodenais Intestino grosso Compõe aprox os últimos 100cm do tubo digestório; Diâmetro maior que o delgado; Início após a válvula íleocecal; Abrange o ceco, o apêndice vermiforme, o colo (ascendente, transverso, descendente e sigmóide), o reto e o canal anal. Funções do intestino grosso Absorção de água e eletrólitos Produção de muco Formação do bolo fecal Superfície Mucosa do intestino grosso - Lisa, com pregas apenas na porção anal; - Não apresentam vilosidades; - Há uma delgada borda estriada (microvilosidades) q proporciona maior superfície absortiva; Componentes celulares - Células absortivas e mucosas; - Células fonte e enteroendócrinas; Glândulas intestinais ou de Lieberkuhn - Possuem muitas céls caliciformes, céls fonte e poucas enteroendócrinas. - Diferem do delgado por apresentarem fibras longitudinais concentradas em 3 faixas espessas (tênias do colo); - Realiza movimentos de segmentação (ou haustrais) e movimentos de massa, semelhantes à peristalse do delgado. Camada muscular do intestino grosso Pâncreas Porção endócrina (10%) – ilhotas de Langerhans = excretam hormônios (insulina, glucagon); Porção exócrina (90%) – glândulas acinosas = secretam os componentes aquoso e enzimático do suco pancreático; Glândula mista, localizada na porção superior esquerda da cavidade abdominal; Região dos ductos Glândulas acinosas pancreáticas Região dos ácinos Secreção de enzimas e pro- enzimas digestivas como tripsinogênio, quimiotripsonogênio, carboxipeptidase, ribonuclease, desoxirribonuclease, amilase e lipase. Secreção de volume variável de suco alcalino, rico em bicarbonato. A alcalinidade do suco é essencial p a ativação das proenzimas necessárias aos processos de digestão e absorção. Trânsito Gastrintestinal Regulação da Motilidade do Intestino Delgado Período Pós-prandial Segmentação é o movimento mais freqüente (ondas lentas); Peristaltismo de curto alcance (frequência menor que segmentação); Resultado = propulsão lenta do quimo. A estimulação mecânica ou química pelo conteúdo luminal seria o principal fator p o início e a continuação da peristalse. Atividade Motora do Intestino Delgado Ondas lentas regulares (ritmo elétrico básico) ocorrem ao longo de todo o intestino; O ritmo elétrico básico depende da INERVAÇÃO INTRÍNSECA (plexos); A excitabilidade das células musculares lisas do ID é influenciada por: hormônios, SNA e neurônios entéricos; A INERVAÇÃO EXTRÍNSECA é essencial para reflexos intestinais de longo alcance. Reflexos Intestinais Contrai Relaxa Lei do Intestino Respostas motoras do intestino mediadas por nervos intrínsecos (curto alcance) e/ou extrínsecos (longo alcance) Estômago Funções motoras e secretoras Íleo + motilidade no íleo terminal Reflexo intestinointestinal Reflexo ileocecal Regulação da Motilidade do Intestino Delgado Jejum Contrações MAIS fortes e propulsivas; Complexo Mioelétrico Migratório (CMM); Secreção de motilina (induz o CMM); Contrações fracas ou ausentes do CMM levam ao crescimento bacteriano excessivo no íleo; Esvaziamento Ileocecal Abertura e fechamento desse esfíncter são coordenados(principalmente) por neurônios dos PLEXOS INTRÍNSECOS; INERVAÇÃO EXTRÍNSECA é importante na regulação de LONGO ALCANCE (reflexo gastroileal) Assim q nos alimentamos, interrompe-se o CMM e passam a vigorar as contrações de segmentação. Ex.: Intensidade da segmentação ileal aumenta durante o esvaziamento gástrico (REFLEXO GASTROILEAL – mediado pelo vago); Atividade contrátil em várias regiões do ID pode ser alterada por reflexos iniciados em diferentes segmentos do tubo digestivo; Peristaltismo de curto alcance na porção terminal do íleo provoca relaxamento do esfíncter ileocecal (REFLEXO DE ALÇA CURTA); Abertura e fechamento do esfíncter ileocecal são coordenados principalmente por neurônios entéricos (REFLEXO DE ALÇA CURTA). Agentes farmacológicos alteram a motilidade do Intestino Delgado Óleo de rícino - O efeito se baseia, em parte, na acumulação de água no intestino e, por outra, na irritação das mucosas que aceleram o esvaziamento do sistema intestinal. Codeína e outros opiáceos (derivados do ópio) - provocam REDUÇÃO da motilidade intestinal, que leva a maior absorção de água – o resultado são fezes duras (constipação). Motilidade do Cólon Motilidade do Cólon Progressão do conteúdo colônico é lenta; MOVIMENTO DE MASSA ocorre de 1 a 3 vezes ao dia; Inervação parassimpática do cólon ASCENDENTE e TRANSVERSO é feita pelo VAGO; Inervação parassimpática do cólon DESCENDENTE e SIGMÓIDE é feita pelo NERVO PÉLVICO ESTIMULAÇÃO SIMPÁTICA inibe movimentos do estômago e intestino delgado mas AUMENTA movimentos colônicos; Estimulação vagal acarreta haustrações na parte proximal do cólon; Estimulação dos nervos pélvicos (parassimpáticos) acarreta movimentos de massa do cólon distal; Os plexos entéricos controlam diretamente as contrações colônicas e o SNAmodula a contratilidade colônica por meio do SNE. Defecação DEFINIÇÃO ↓ freqüência de eliminação das fezes (< 3x/semana) associada à dificuldade ao evacuar < fezes ressecadas e endurecidas Sintomatologia complexa e subjetiva (USA: 25%) CAUSAS - Idiopática (< defeito na motilidade do cólon ou < disfunção neuromuscular na região reto-anal) - Dieta pobre em fibras - Falta de exercícios - Hábito intestinal irregular - Medicamentosa: opiáceos,antimuscarínicos - Mecânica: obstrução, tumor TRATAMENTO NÃO FARMACOLÓGICO - Fluidos e fibras (25-30 g / dia) - Exercícios para ↑ tônus intestinal - Manter regularidade intestinal CONSTIPAÇÃO DIARRÉIA DEFINIÇÃO • Perda excessiva de água e eletrólitos, ↑ frequência de evacuações e ↓ consistência das fezes CLASSIFICAÇÃO Osmótica ou secretória: • Bactérias (E. coli, salmonela, shigela, cólera ) • Vírus (rotavirus, adenovirus entérico ) • Protozoários (Giarda lamblia, ameba ) Motilidade aumentada: • Síndrome do intestino irritado Regulação das Secreções Pancreáticas e Biliares Regulação Hormonal da Secreção de Bicarbonato e de Enzimas Pancreáticas Regulação do Esvaziamento da Vesícula Biliar FASE CEFÁLICA E GÁSTRICA: Contração vesicular e relaxamento do esfíncter de Oddi– mediados pelo vago (Ach) e gastrina (metade da potência da CCK) FASE INTESTINAL Contração vesicular e relaxamento do esfíncter de Oddi – sofre forte ação da CCK. Referências Bibliográficas Fisiologia. Robert Berne & Matthew Levy. 4a. ou 5a. Edição. Editora Guanabara Koogan. Fisiologia Humana- os mecanismos das funções corporais. Vander, Sherman & Luciano. 9a. Edição. Editora Guanabara Koogan. Fisiologia Básica. Rui Curi & Joquim Procopio. Editora Guanabara Koogan. 2009.
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