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Prof.º Ms José Edison Rodrigues junior A CONCEPÇÃO DA LOUCURA AO LONGO DA HISTÓRIA A LOUCURA NA ANTIGUIDADE - atribuição dos Deuses; A LOUCURA NA IDADE MÉDIA - possessão demoníaca; A LOUCURA NA MODERNIDADE - doença; A LOUCURA NA CONTEMPORANEIDADE - o louco cidadão ANTES CHAMADO DE LOUCO, DEPOIS DOENTE MENTAL... Louco é: alguém que perdeu a razão; que está fora de si; um alucinado que não tem bom senso; que não se porta de maneira conveniente; é esquisito; diz coisas absurdas; é imprudente; que foge às regras da normalidade. Na “Psiquiatria” doença mental pode ser entendida como uma variação mórbida do normal, variação esta capaz de produzir prejuízo na performance global da pessoa (social, ocupacional, familiar e pessoal) e/ou das pessoas com quem convive. AURÉLIO, 2010 ANTES CHAMADO DE LOUCO, DEPOIS DOENTE MENTAL... Segundo o “dicionário Aurélio” louco é: alguém que perdeu a razão; que está fora de si; um alucinado que não tem bom senso; que não se porta de maneira conveniente; é esquisito; diz coisas absurdas; é imprudente; que foge às regras da normalidade. Na “Psiquiatria” doença mental pode ser entendida como uma variação mórbida do normal, variação esta capaz de produzir prejuízo na performance global da pessoa (social, ocupacional, familiar e pessoal) e/ou das pessoas com quem convive. CONSTRUÇÃO DE CIDADANIA PARA O PORTADOR DE SOFRIMENTO PSÍQUICO HÁ NECESSIDADE DE: Vídeo 1 O QUE É SAÚDE MENTAL? DEFINIÇÃO DE SAÚDE MENTAL A Organização Mundial de Saúde afirma que não existe definição "oficial" de saúde mental. Diferenças culturais, julgamentos subjetivos, e teorias relacionadas concorrentes afetam o modo como a "saúde mental" é definida. ENTÃO O QUE É LOUCURA? SER LOUCO? DOENTE MENTAL? ENTÃO, O QUE É LOUCURA? 1.Estado ou condição de louco; insanidade mental; 2.Ato próprio de louco; 3.Falta de discernimento; irreflexão, absurdo, insensatez, doidice, louquice; 4.Imprudência, temeridade, louquice; 5.Tudo que foge às normas, que é fora do comum; grande extravagância; louquice; AURÉLIO, 2010 SER LOUCO? 1.Que perdeu a razão; alienado, doido, demente; 2.Que está fora de si; contrário à razão ou ao bom senso, insensato; 3.Dominado por paixão intensa; apaixonado, perdido: 4.Que se porta de maneira pouco sensata, inconveniente; esquisito, excêntrico: 5.Imprudente, imoderado, temerário: 6.Estróina, extravagante, doidivanas: 7.Travesso, brincalhão, folgazão. 8.Fora do comum; incomum, enorme, extraordinário: 9.Diz-se daquilo que revela loucura: AURÉLIO, 2010 DOENTE MENTAL? Uma pessoa é avaliada como normal ou não, levando em conta a orientação da psiquiatria, através do critério estatístico, isto é, um indivíduo normal é o mais próximo numericamente falando da maioria. Quando uma pessoa começa a fugir dos padrões de comportamentos praticados pela maioria, passa a ser observada como alguém que tem uma doença mental. TERAPÊUTICA ABSURDAS TREPANAÇÃO A trepanação era um procedimento médico muito realizado, com o objetivo de eliminar os maus espíritos e demônios do paciente, mas sem nenhum significado terapêutico prático. A sobrevivência ao procedimento nos séculos antes da Idade Média era de aproximadamente 70%, mas durante os séculos XIV a XVIII caiu praticamente a zero, devido ao pouco cuidado dos realizadores de tal prática, que acabavam perfurando as meniges do paciente e causando uma hemoragia. Foi desenvolvida em 1935 pelo médico neurologista português Antonio Egas Moniz (1874-1955), em equipe com o cirurgião Almeida Lima, na Univercidade de Lisboa . Egas Moniz veio a receber com este trabalho o Nobel de Filosofia e Medicina de 1949. LEUCOTOMIA ou LOBOTOMIA Contensão Mecânica ELETROCONVULSOTERAPI A (ECT) É um tratamento psiquiatrico no qual são provocadas alteraçoes na atividade eletrica do cerebro induzidas por meio de passagem de corrente elétrica, sob condição de anestesia geral. Depressão grave, sendo também usada para tratar a esquizofrenia , a mania, a catatonia, a eplepsia e a doença bipolar. Vídeo A Casa dos Mortos Perguntamos: "Isto é tratamento? Trancar cronifica? Nada prova que trancar recupera! Tratamento é fundamental!? MANICÔMIOS VS HOSPÍCIO MANICÔMIO HOSPÍCIO Hospital destinado ao tratamento de psicopatas; Local de doentes mentais; Casa de loucos; Depósitos de alienados; Casa de Doido Hospital Fulano ... Casa onde se hospedam e/ou tratam pessoas pobres ou doentes, sem retribuição; asilo. Asilo de loucos, com retribuição ou sem ela; manicômio. Lugar onde se recolhem e tratam animais abandonados. MODELO HOSPITALOCÊNTRICO Necessidade de Mudança! Motivos: Exclusão social; Violência social; Maus tratos; Abandono Estigma – cicatrizes da alma INFLUÊNCIAS CRUCIAIS NA SAÚDE MENTAL PHILIPE PINEL (1745-1826): Pai da Psiquiatria Inovação do tratamento asilar. Movimento de Desinstitucionalização Psiquiátrica Teve início na Déc. 70 em resposta ao modelo institucional FRANCO BASAGLIA (1978): Lei Basaglia (...) há sempre um resto de razão no mais alienado dos alienados. MOVIMENTO DA LUTA ANTIMANICOMIAL Trata-se de um movimento que articula, em diferentes momentos e graus, relações de solidariedade; Conflito e de denúncias sociais tendo em vista as transformações das relações e concepções pautadas na discriminação e no controle do "louco" e da "loucura" em nosso país; Como Surgiu? A luta nacional por uma sociedade sem manicômios; Há vinte e três anos comemora-se o dia 18 de maio como o dia da Luta Antimanicomial; No dia 18/05/1987, na I Conferência Nacional de Saúde Mental; Foi elaborado o documento final do evento, que propunha a reformulação do modelo assistencial em saúde mental; O QUE PROPUNHA? Propunha a reformulação do modelo assistencial em saúde mental e consequente reorganização dos serviços, privilegiando o atendimento extra-hospitalar e as equipes multiprofissionais; Hoje podemos comemorar que mais da metade dos hospitais psiquiátricos do país já foram extintos e o número de Centros de Atenção Psicossocial (Caps) aumenta cada vez mais. O processo da Reforma Psiquiátrica Premissa: se se consolidou um processo histórico e político de “Reforma”, é por que havia URGÊNCIA e NECESSIDADE A Reforma está no campo da saúde mental, das políticas públicas, dos saberes sobre a loucura, da formação e produção de conhecimento, da cultura A mudança do modelo hospitalocêntrico para o comunitário, como Política Nacional de Saúde Mental (PNSM) é o desafio central da Reforma. Reforma como processo histórico-político e Política Nacional de Saúde Mental Política Nacional de Saúde Mental (PNSM) Constitui-se a partir de 1991, com as primeiras diretrizes já no âmbito do SUS Tem sua sustentação jurídica com a lei 10216 de 2001 Articula-se estruturalmente com a Política do SUS Abre-se para a Intersetorialidade como único futuro possível Legitima-se em sua efetividade e no apoio social Legislação e Diretrizes do SUS: aspectos relevantes Constituição 1998, Leis 8080 e 8142 NOAS e NOBs Conferências nacionais de saúde Estruturação: Atenção Básica Rede de média complexidade Dispositivos de alta complexidade Rede, território, articulação, acesso Papel do controle social – Conselhos e Conferências É possível mesmo uma gestão tripartite ? Reforma como processo histórico-político e Política Nacional de Saúde Mental Reforma Psiquiátrica (RPb) Nasce da crítica à violência e ineficácia do manicômio Sustenta-se em tradições teóricas e históricas diversas Apoia-se fortemente nos movimentos sociais e no protagonismo de usuários e familiares Incide sobre os centros de formação e produção de conhecimento Agenda política Alguns Marcos da Reforma Psiquiátrica • 1970: Inicia-se amplo processo de mobilização pela redemocratização do país; 1978: criação do Movimento dos Trabalhadores em Saúde Mental. • 1980: CAPS Professor Luiz da Rocha Cerqueira- SP e Intervenção da Casa de Saúde Anchieta- Santos/SP; 1987-I Conferência Nacional de Saúde Mental e o posterior II Encontro Nacional dos Trabalhadores em Saúde Mental- “Por uma Sociedade sem Manicômios”; 1989- o deputado Paulo Delgado (PT-MG) apresentou o projeto de lei no 3.657/89. Alguns Marcos da Reforma Psiquiátrica • 2000: 2001 – Lei 10.216 (06 de abril) – redireciona o modelo assistencial em saúde mental. • 2010: Portaria 4279, de 30 de dezembro de 2010- Estabelece diretrizes para a organização da Rede de Atenção à Saúde no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS); Decreto presidencial 7508, que regulamenta a LOS nº 8.080/ 1990, institui as regiões de saúde e garante o cuidado em saúde mental nas RAS; Portaria 3.088, RAPS (23 DE DEZEMBRO DE 2011) Institui a Rede de Atenção Psicossocial para pessoas com sofrimento ou transtorno mental e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas, no âmbito do Sistema Único de saúde (SUS). 2001- Sanção da lei 10.216 (autoria do Dep. Paulo Delgado, PT Minas Gerais, passou mais de uma década em tramitação); 2001- Assembleia Mundial de Saúde; 2001- III Conferência Nacional de Saúde Mental. A Reforma Psiquiátrica Brasileira - termo convencionado na XI Conferência Nacional de Saúde, para o reordenamento da atenção em saúde mental no contexto do SUS TEM EM SUA ESSÊNCIA : A Busca incessante do direito e da cidadania’ na realização de uma nova prática. Esta nova prática segue uma diretriz clara: superar a “lógica manicomial”. A REFORMA PSIQUIÁTRICA BRASILEIRA REESTRUTURAÇÃO DA ASSISTÊNCIA PSIQUIÁTRICA HOSPITALAR 1.– Desinstitucionalização O programa de redução planificada de leitos / PNASH- Psiquiatria O programa “DE VOLTA PARA CASA” Expansão dos serviços residenciais terapêuticos Reorientação dos manicômios judiciários Leitos em Hospitais Gerais Reforçar a Luta antimanicomial REESTRUTURAÇÃO DA ASSISTÊNCIA PSIQUIÁTRICA HOSPITALAR CONT. 2.Expansão e consolidação da rede de Atenção Psicossocial (CAPS, ambulatórios, centros de convivência, etc.); 3. Inclusão das ações de saúde mental na Atenção Básica; 4. Atenção integral a usuários de álcool e outras drogas; 5. Inclusão social e empoderamento: geração de renda e trabalho, intervenções na cultura, mobilização de usuários e familiares; 6. Programa Permanente de Formação de profissionais para a Reforma Psiquiátrica; Reforma como processo histórico-político e Política Nacional de Saúde Mental Reforma Psiquiátrica (RPb) Nasce da crítica à violência e ineficácia do manicômio Sustenta-se em tradições teóricas e históricas diversas Apoia-se fortemente nos movimentos sociais e no protagonismo de usuários e familiares Incide sobre os centros de formação e produção de conhecimento Agenda política Alguns Marcos da Reforma Psiquiátrica • 1970: Inicia-se amplo processo de mobilização pela redemocratização do país; 1978: criação do Movimento dos Trabalhadores em Saúde Mental. • 1980: CAPS Professor Luiz da Rocha Cerqueira- SP e Intervenção da Casa de Saúde Anchieta- Santos/SP; 1987-I Conferência Nacional de Saúde Mental e o posterior II Encontro Nacional dos Trabalhadores em Saúde Mental- “Por uma Sociedade sem Manicômios”; 1989- o deputado Paulo Delgado (PT-MG) apresentou o projeto de lei no 3.657/89. Alguns Marcos da Reforma Psiquiátrica • 2000: 2001 – Lei 10.216 (06 de abril) – redireciona o modelo assistencial em saúde mental. • 2010: Portaria 4279, de 30 de dezembro de 2010- Estabelece diretrizes para a organização da Rede de Atenção à Saúde no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS); Decreto presidencial 7508, que regulamenta a LOS nº 8.080/ 1990, institui as regiões de saúde e garante o cuidado em saúde mental nas RAS; Portaria 3.088, RAPS (23 DE DEZEMBRO DE 2011) Institui a Rede de Atenção Psicossocial para pessoas com sofrimento ou transtorno mental e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas, no âmbito do Sistema Único de saúde (SUS). A POLITICA NACIONAL DE SAUDE MENTAL Antes da Reforma Psiquiátrica Cuidado Centrado na internação em Hospital Psiquiátrico: Isolamento; Normatização dos sujeitos; Lógica da Instituição total; Violação dos direitos humanos. Depois da Reforma Criação de ampla rede de cuidado em saúde: Territorial; Complexificação do objeto de cuidado; Ampliação das práticas e saberes; Co-responsabilização pelo cuidado. REDE DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL DIRETRIZES PARA PROMOVER A COESÃO • Fortalecimento de Rede de saúde mental diversificada, integrada, articulada, considerando as especificidades loco-regionais de base comunitária, atuando na perspectiva territorial; • Promoção da equidade, reconhecendo os determinantes sociais da saúde; • Combate a estigmas e preconceitos favorecendo a inclusão social com vistas à promoção de autonomia e ao exercício da cidadania; • Garantia do acesso e da qualidade dos serviços, ofertando cuidado integral e assistência multiprofissional, sob a lógica interdisciplinar; • Atenção humanizada e centrada nas necessidades das pessoas; REDE DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL: DIRETRIZES PARA PROMOVER A COESÃO Participação dos usuários e de seus familiares no controle social; Organização dos serviços em rede de atenção à saúde, com estabelecimento de ações intersetoriais para garantir a integralidade do cuidado; Promoção de estratégias de educação permanente; Desenvolvimento de estratégias de Redução de Danos; Desenvolvimento da lógica do cuidado para pessoas com transtornos mentais e com necessidades decorrentes do uso de álcool, crack e outras drogas, tendo como eixo central a construção do projeto terapêutico singular. TRATAMENTO MORADIA TRABALHO GARANTIA DOS DIREITOS DE CIDADANIA PARA A EMANCIPAÇÃO SOLIDÁRIA Perspectiva para Ações Inter-setoriais A POLITICA NACIONAL DE SAUDE MENTAL Antes da Reforma Psiquiátrica Cuidado Centrado na internação em Hospital Psiquiátrico: Isolamento; Normatização dos sujeitos; Lógica da Instituição total; Violação dos direitos humanos. Depois da Reforma Criação de ampla rede de cuidado em saúde: Territorial; Complexificação do objeto de cuidado; Ampliação das práticas e saberes; Co-responsabilização pelo cuidado. REDE DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL DIRETRIZES PARA PROMOVER A COESÃO • Fortalecimento de Rede de saúde mental diversificada, integrada, articulada, considerando as especificidades loco-regionais de base comunitária, atuando na perspectiva territorial; • Promoção da equidade, reconhecendo os determinantes sociais da saúde; • Combate a estigmas e preconceitos favorecendo a inclusão social com vistas à promoção de autonomia e ao exercício da cidadania; • Garantia do acesso e da qualidade dos serviços, ofertando cuidado integral e assistência multiprofissional, sob a lógica interdisciplinar; • Atenção humanizada e centrada nas necessidades das pessoas; REDE DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL: DIRETRIZES PARA PROMOVER A COESÃO Participação dos usuários e de seus familiares no controle social; Organização dos serviços em rede de atenção à saúde, com estabelecimento de ações intersetoriais para garantir a integralidade do cuidado; Promoção de estratégias de educação permanente; Desenvolvimento de estratégias de Redução de Danos; Desenvolvimento da lógica do cuidado para pessoas com transtornos mentais e com necessidades decorrentes do uso de álcool, crack e outras drogas, tendo como eixo central a construção do projeto terapêutico singular. TRATAMENTO MORADIA TRABALHO GARANTIA DOS DIREITOS DE CIDADANIA PARA A EMANCIPAÇÃO SOLIDÁRIA Perspectiva para Ações Inter-setoriais Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) A Política Nacional de Saúde Mental busca consolidar um modelo de atenção aberto e de base comunitária. A proposta é garanti r a livre circulação das pessoas com problemas mentais pelos serviços, pela comunidade e pela cidade. A Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) estabelece os pontos de atenção para o atendimento de pessoas com problemas mentais, incluindo os efeitos nocivos do uso de crack, álcool e outras drogas. A Rede integra o Sistema Único de Saúde (SUS). Rede De Atenção Psicossocial (RAPS) A Política Nacional de Saúde Mental busca consolidar um modelo de atenção aberto e de base comunitária. A proposta é garanti r a livre circulação das pessoas com problemas mentais pelos serviços, pela comunidade e pela cidade. A Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) estabelece os pontos de atenção para o atendimento de pessoas com problemas mentais, incluindo os efeitos nocivos do uso de crack, álcool e outras drogas. A Rede integra o Sistema Único de Saúde (SUS). PRINCÍPIOS DA REFORMA PSIQUIÁTRICA BRASILEIRA Reorientação do modelo assistencial Mudança na maneira de cuidar Mudança na maneira de olhar o território Mudança na clinica (clinica da atenção psicossocial, clínica ampliada, clínica da reforma) Mudança na gestão (gestão participativa, com o protagonismo dos usuários) Mudança política (micro e macro política) Mudança cultural (representações sociais sobre a loucura e sobre o cuidado) SURGEM OS CAPS Objetivo do CAPS é oferecer atendimento à população, realizar o acompanhamento clínico e a reinserção social dos usuários pelo acesso ao trabalho, lazer, exercício dos direitos civis e fortalecimento dos laços familiares e comunitários. Os CAPS são considerados a principal estratégia do processo de reforma psiquiátrica. TIPOS DE CAPS Existem 6 tipos de CAPS , além dos centros de convivência e vida e residências terapêuticas CAPS I – são destinados para atendimento diário de adultos com transtornos mentais severos e persistentes, em municípios com população entre 20 e 70 mil habitantes. Funciona em dias úteis das 8 às 18 horas. Sua equipe mínima pode atender 20 clientes por turno. TIPOS DE CAPS •CAPS II - são destinados para atendimento diário de adultos com transtornos mentais severos e persistentes, em municípios com população entre 70 e 200 mil habitantes. Funciona em dias úteis das 8 às 18 horas, em dois turnos, podendo haver um terceiro turno até às 21 horas. •CAPS III – atendem municípios com populações acima de 200 mil habitantes, são destinados para atendimento de adultos com transtornos mentais severos e persistentes, durante 24h, diariamente,. Sua equipe técnica comporta 40 pacientes por turno, sendo o limite máximo 60 pacientes/dia. TIPOS DE CAPS CAPSi – destinado para atendimento diário de crianças e adolescentes com transtornos mentais. Atendem municípios com população acima de 200 mil habitantes. CAPS ad II – realizam atendimento diário à população em municípios com mais de 100 mil habitantes, destina-se a pacientes com transtornos decorrentes do uso e dependência de substâncias psicoativas, como álcool e outras drogas. Esse tipo de CAPS possui leitos de repouso com a finalidade ao tratamento de desintoxicação. CAPS AD III – segue a normativas do AD II e CAPS III CAPS COMO DISPOSITIVO ESTRATÉGICO: Serviços abertos de atenção diária; Acolhimento da crise; Ordenador da porta de entrada da rede de saúde mental; Atenção diária que possa promover a redução das internações em hospitais psiquiátricos; Articulador dos recursos do território: criação de redes (sócio-sanitárias, jurídicas, sociais e educacionais); Suporte e Apoio às ações de SM na atenção básica. OS CAPS PODEM OFERECER: Atendimento individual (psicológico, médico, orientações, entre outros); Atendimento em grupo – oficinas terapêuticas, expressivas, de geração de renda, atividades esportivas, etc; Atendimento à família; Atividades comunitárias; Assembléias ou reuniões de organização do serviço Visitas domiciliares; Outras atividades utilizando habilidades da equipe. OS CAPS DEVEM: Poder ofertar cuidados intensivos para os casos graves; Construir projetos terapêuticos individualizados ; Promover a reinserção social e cidadania; Dialogar com o hospital psiquiátrico em seu território tendo em vista à desinstitucionalização; Garantir cuidados contínuos - crise como continuum na vida; Trabalhar com as famílias e a rede de relações dos usuários – parceiros no tratamento; Reconhecer-se no território onde se situa. Os Serviços Residenciais Terapêuticos, também conhecidos como Residências Terapêuticas, são casas, locais de moradia, destinadas a pessoas com transtornos mentais que permaneceram em longas internações psiquiátricas e impossibilitadas de retornar às suas famílias de origem. As Residências Terapêuticas foram instituídas pelo Ministério da Saúde e são centrais no processo de desinstitucionalização e reinserção social dos egressos dos hospitais psiquiátricos. São mantidas com recursos financeiros anteriormente destinados aos leitos psiquiátricos. Assim, para cada morador de hospital psiquiátrico transferido para a residência terapêutica, um igual número de leitos psiquiátricos deve ser descredenciado do SUS e os recursos financeiros que os mantinham devem ser realocados para os fundos financeiros do estado ou do município para fins de manutenção dos Serviços Residenciais Terapêuticos. Em todo o território nacional existem mais de 470 residências terapêuticas. QUE REDE É ESSA ? CAPS (CAPS I, II, III, AD, e infanto- juvenil (CAPSi) ações na atenção básica ambulatórios leitos em hospitais gerais para moradores: residências (SRT) e Programa de Volta para Casa centros de convivência organizações de geração de renda articulações intersetoriais rede social EM SAÚDE MENTAL É NECESSÁRIO CONSIDERAR: PENSAR EM UMA REDE DE CUIDADOS 1. Critérios epidemiológicos; 2. Critérios populacionais; 3. Perfil da rede de saúde e de saúde mental já existentes; 4. Fluxo das demandas de saúde mental; 5. Histórico do município e da região . A POLÍTICA DE ÁLCOOL E OUTRAS DROGAS Alta prevalência e graves consequências familiares e sociais Alto índice de internação em hospitais psiquiátricos Política intersetorial que enfrenta embates e interesses pesados da indústria das bebidas alcoólicas – ex.: restrição da propaganda e da venda de bebidas Cenário institucional: superposição e conflito – justiça, segurança pública, associações religiosas e filantrópicas, entre outros 2002: álcool e drogas como questão de saúde pública; 2010; o crack e drogas associadas. A POLÍTICA DE ÁLCOOL E OUTRAS DROGAS Mudança do modelo assistencial – instituições fechadas, baseadas na abstinência para uma rede de atenção integral que reduza a exclusão e a falta de cuidados, evitando internações desnecessárias Rede de atenção deve incluir: Centros de atenção psicossocial AD, Hospitais Gerais, ações na atenção básica e articulação com uma rede de suporte social Redução de danos como estratégia valiosa Integração Intra e Intersetorial /Revisão e construção de um suporte legal e normativo Loucura é uma palavra muito forte! Existem pessoas com transtornos mentais, que necessitam de tratamento especializado, mas também do convívio familiar e social. O importante é o bem- estar do doente e da sua família“. Defendem os profissionais da Saúde Mental. Até a próxima
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