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SENSORIAMENTO REMOTO APLICADO AO MEIO AMBIENTE 
Conceituação básica e os princípios 
físicos do Sensoriamento Remoto 
Um breve histórico 
•1839 - 1a fotografia de que se tem notícia 
•1840 - uso recomendado para fins cartográficos 
•1858 - Corpo de Engenharia da França 
•inicia o uso sistemático de fotografias tomadas 
a partir de balões para fins de levantamento 
cartográfico do território francês 
•1909 - Fotografias tiradas a partir de avião 
•1930 - Desenvolvimento de fotografias coloridas 
•1940 - Desenvolvimento de fotografias sensíveis ao 
infravermelho 
•1956 - Aplicações civis de fotografias aéreas 
•1958 - Levantamento aéreo da Bacia Terciária do Vale do Paraíba 
(Projeto da aproveitamento das Várzeas e aproveitamento 
hidrelétrico) 
•1858 - Corpo de Engenharia da França 
•inicia o uso sistemático de fotografias tomadas 
a partir de balões para fins de levantamento 
cartográfico do território francês 
•1960 - Termo Sensoriamento Remoto é usado pela 
primeira vez 
•1960 - Advento de Sistemas de Imageamento Radar 
•1960 - Primeiras fotografias obtidas a partir de plataformas 
orbitais 
•1972 - É colocado em órbita o primeiro satélite da série Landsat 
•1978 - Primeiro RADAR Orbital - Seasat 
•1980 - Programas Espacias Nacionais: Japão, Canadá, 
Comunidade Européia (ESA); India, China-Brasil 
•1990 - Disponibilidade de grande diversidade de 
dados de Sensoriamento Remoto 
O C A M P O D A S G E O T E C N O L O G I A S 
Geotecnologia – é a arte e a técnica de estudar a superfície da terra e adaptar as 
informações às necessidades dos meios físicos, químicos e biológicos. Fazem parte 
da geotecnologias, o Sensoriamento Remoto, o Processamento Digital de Imagens 
(PDI), a Geoestatística e os SIG´s. 
Processamento digital de imagens (PDI) - Conjunto de técnicas envolve o 
tratamento da imagem como um sinal bi-dimensional, no qual são aplicados 
padrões de processamento de sinal. 
Geoestatística – Ramo da Estatística desenvolvido na indústria mineira que 
agrega um conjunto de procedimentos matemáticos e estatísticos que propiciaram a 
determinação de reservas minerais. 
Sistema de Informações Geo-referenciadas (SIG´s) – uma tecnologia que possui 
o ferramental necessário para realizar análises com dados espaciais e, portanto, 
oferece, ao ser implementada, alternativas para o entendimento da ocupação e 
utilização do meio físico. 
 
Uma espécie de fusão da ciência, arte e tecnologia que promoveu a aglutinação de um 
sistema de gerenciamento de informações (bando de dados) com o ferramental 
derivado da ciência da computação (equipamentos e aplicativos), proporcionando 
capturar, gerenciar, manipular, analisar, modelar e exibir dados espaciais 
geograficamente referenciados para aplicações diversas. 
Em outras palavras, um banco de dados contendo uma discreta representação da 
realidade geográfica na forma estática que dar suporte ao planejamento e gestão. 
 
Elementos básicos de SIG : 
Equipamentos (hardwares), 
aplicativos (softwares), 
pessoal especializados (peoplewares) e 
bancos de dados (datawares) 
Sensoriamento Remoto 
Definição clássica : 
O conjunto de técnicas destinado à obtenção de 
informação sobre objetos, sem que haja contato 
físico com eles. 
 
Esquema Conceitual do Sensoriamento Remoto 
Fonte 
Sensor Alvo 
Esquema Conceitual do Sensoriamento Remoto 
LUZ 
LUZ RADIAÇÃO ELETRO-MAGNÉTICA (REM) 
Trajetória da REM 
ENERGIA : NA GRANDE MAIORIA DAS VEZES REFERE-SE A ENERGIA ELETROMAGNÉTICA OU 
RADIAÇÃO ELETROMAGNÉTICA. 
SENSORES : SÃO EQUIPAMENTOS CAPAZES DE COLETAR ENERGIA PROVENIENTE DO OBJETO, 
CONVERTÊ-LA EM SINAL PASSÍVEL DE SER REGISTRADO E APRESENTÁ-LO EM FORMA ADEQUADA À 
EXTRAÇÃO DE INFORMAÇÕES. 
IMPORTÂNCIA DA TRAJETÓRIA 
Um fluxo de radiação eletromagnética ao se propagar pelo espaço pode interagir com 
superfícies ou objetos, sendo por estes refletido, absorvido e mesmo reemitido. As 
variações que essas interações produzem no fluxo considerado, dependem fortemente das 
propriedades físico-químicas dos elementos na superfície. 
Radiação Eletromagnética (REM) 
elemento de ligação entre todos os componentes 
Fonte de REM 
 Sol 
Terra 
Antenas 
 
SENSOR Instrumento capaz de coletar e registrar a REM 
 refletida ou emitida 
 
Objeto ou alvo 
Elemento do qual se pretende 
extrair informação 
O SENSORIAMENTO REMOTO COMO UM SISTEMA 
Princípios Físicos Gerais 
 
•A teoria corpuscular da luz 
 
•A teoria ondulatória da luz 
 
•A teoria eletromagnética 
 
•O espectro eletromagnético 
 
•O corpo negro 
 
•Teoria sobre a radiação eletromagnética 
 
•Conceitos radiométricos 
A N A TU REZA CO RPU SCU LA R D A LU Z 
René Descartes (1637) – Estabeleceu que a propagação da luz dava-se por 
meio de impulso, ou seja, a luz era uma perturbação que se propaga através 
de um meio. 
"Parece provável para mim que Deus no começo formou a matéria em partículas 
movíveis, impenetráveis, duras, volumosas, sólidas, de tais formas e figuras, e com tais 
outras propriedades e em tal proporção ao espaço, e mais conduzidas ao fim para o qual 
Ele as formou; e que estas partículas primitivas, sendo sólidas, são incomparavelmente 
mais duras do que quaisquer corpos porosos compostos delas; mesmo tão duras que 
nunca se consomem ou se quebram em pedaços; nenhum poder comum sendo capaz 
de dividir o que Deus Ele próprio, fez na primeira criação.“ 
 
Isaac Newton 
 
A N A TU REZA CO RPU SCU LA R D A LU Z 
Isaac Newton (1642 – 1727): Explicações da natureza corpuscular da luz 
segundo a mecânica clássica . 
1675 – Isaac Newton lançou um tratado sobre a emissão no qual tentou 
estabelecer que: 
 
1) As fontes luminosas emitem corpúsculos muito pequenos que se 
deslocavam em grande velocidade em linha reta; 
2) A variação da intensidade da fonte luminosa era proporcional à quantidade 
de corpúsculos emitidos em determinado tempo; 
Luz corpuscular é quase sinônimo de luz material e esbarra na aceitação ou 
não da idéia de que os corpos materiais macroscópicos e a luz seriam 
conversíveis entre si através de emissão e absorção de luz pelos mesmos. 
A NATUREZA CORPUSCULAR DA LUZ 
3) A reflexão da luz consistia na incidência desses corpúsculos em 
forma oblíqua sobre a superfície de incidência, de forma que variava 
a direção, porém não variava o meio. 
4) A igualdade dos ângulos de incidência e reflexão se devia a mesma 
velocidade dos corpúsculos, antes e depois da reflexão. 
5) Na refração, os corpúsculos incidem obliquamente na superfície de 
separação de dois meios com distintas densidades, sendo atraído 
pela massa do meio mais denso. 
6) A velocidade da luz aumentaria nos meios mais densos. 
A N A TU REZA O N D U LA TÓ RIA D A LU Z 
A idéia de luz ondulatória tem muito a ver com a noção intuitiva de onda mecânica 
e, em especial, com a propagação de vibrações em meios fluidos como o ar ou a 
água. 
 
Christian Huyghens (1629-1695), ao conceber a luz ondulatória, não se fez de 
rogado e, ao dar conta da propagação da luz no vácuo, assumiu a existência de um 
éter a permear o universo. 
 
A transmissão de uma perturbação 
(onda), através de um meio 
intermediário, se assemelha a uma 
colisão entre bolas, que transmitem 
sucessivamente o movimento. 
Adaptado de ilustração do Traité d'Óptique de Huyghens, apud Franco. 
CONCEITOS GERAIS SOBRE ONDAS 
Onda é uma perturbação oscilante de alguma grandeza física no espaço e periódica no 
tempo. A oscilação espacial é caracterizada pelo comprimento de onda e a periodicidadeno 
tempo é medida pela freqüência da onda, que é o inverso do seu período. Estas duas 
grandezas estão relacionadas pela velocidade de propagação da onda. Ondas podem ser 
descritas usando um número de variáveis, incluindo: frequência, comprimento de onda, 
amplitude e período. 
 
A amplitude de uma onda é a medida da magnitude de um distúrbio em um meio durante um 
ciclo de onda. Por exemplo, ondas em uma corda têm sua amplitude expressada como uma 
distância (metros) e ondas de som como pressão (pascals). A amplitude pode ser constante 
(neste caso a onda é uma onda contínua), ou pode variar com tempo e/ou posição. 
 
CONCEITOS GERAIS SOBRE ONDAS 
O período é o tempo(T) de um ciclo completo de uma oscilação de uma onda. A freqüência (F) 
é período dividido por uma unidade de tempo (exemplo: um segundo), e é expressa em hertz 
(f = 1/ T). 
A EQUAÇÃO UNIVERSAL DA ONDA 
A forma mais simples desta equação é: v = λ.f 
Sendo v (velocidade da onda), λ (comprimento de onda) e f (frequência de onda). 
1 = Elementos de uma onda 
2 = Distância 
3 = Deslocamento 
λ = Comprimento de onda 
γ = Amplitude 
A TEO RIA O N D U LA TÓ RIA D A LU Z 
Entre 1800 a 1820, Thomas Young e Augustin Fresnel (que não se conheceram) 
realizaram uma série de experimentos provando que a luz tem um comportamento de 
uma onda. 
Augustin Fresnel deduz os efeitos decorrentes de uma teoria ondulatória da luz, a 
partir de umas poucas hipóteses fundamentais: 
I. as vibrações de luz são senoidais 
II. a difração se deve a superposição de ondas provenientes das extremidades da 
fenda (o que é incorreto) 
III. há interferência da luz, conforme seu estado vibratório: ``em fase'' ou em 
``oposição de fase'', conforme as expressões cunhadas por Fresnel. 
A TEO RIA O N D U LA TÓ RIA D A LU Z 
Thomas Young (1773 – 1829) leu o Opticks de Newton e rejeitou sua explicação sobre 
os anéis de interferência. Para explicar a interferência, imaginou que a luz poderia ser 
sempre refletida, mas que certas ondas podem se aniquilar, produzindo as cores que 
vemos. 
 
Raciocinou a respeito da luz em analogia com as vibrações sonoras e comparou tal 
aniquilação com o então já conhecido fenômeno dos batimentos sonoros. 
 
Utilizando-se da água como meio intermediário, em vez do ar, notou que bastava uma 
espessura menor para obter o mesmo retardo na velocidade da luz. Concluindo que na 
água a velocidade da luz devia ser menor (a mesma conclusão de Huyghens). 
 
Os experimentos conduziram Young a concluir que a luz seria composta de ondas que 
se propagam no éter a 300.000 km/s. As cores corresponderiam a diversos 
comprimentos de onda da luz. 
A TEO RIA ELETRO MA G N ÉTICA 
A primeira previsão da existência de ondas eletromagnéticas foi feita, em 1864, pelo 
físico escocês, James Clerk Maxwell. Ele conseguiu provar teoricamente que uma 
perturbação eletromagnética devia se propagar no vácuo com uma velocidade igual à 
da luz. 
E a primeira verificação experimental foi feita por Henrich Hertz, em 1887. Hertz 
produziu ondas eletromagnéticas por meio de circuitos oscilantes e, depois, 
detectou-se por meio de outros circuitos sintonizados na mesma freqüência. Seu 
trabalho foi homenageado posteriormente colocando-se o nome "Hertz" para 
unidade de freqüência. 
A TEO RIA ELETRO MA G N ÉTICA 
Maxwell estabeleceu algumas leis básicas de eletromagnetismo, baseado nas já 
conhecidas anteriormente, como a Lei de Coulomb, a Lei de Ampère, a Lei de Faraday, 
etc. 
Na realidade, Maxwell reuniu os conhecimentos existentes e descobriu as correlações 
que havia entre alguns fenômenos, mostrando que a eletricidade, o magnetismo e 
óptica são de fato manifestações diferentes do mesmo fenômeno físico. 
O físico inglês Michael Faraday já havia afirmado que era possível produzir um campo 
a partir de um campo magnético variável. 
Maxwell verificou que o contrário também era possível. Um campo elétrico variável 
podia gerar um campo magnético. 
Considere o imã perpendicular ao plano do 
anel. Movendo-se ou o imã ou o anel, 
aparecerá uma corrente no anel, causado 
por um campo elétrico criado devido à 
variação do fluxo magnético no anel. 
Em duas placas paralelas sendo carregadas 
progressivamente, e ao crescerem as cargas, 
o campo elétrico aumenta, produzindo um 
campo magnético (devido a variação do 
campo elétrico). 
• Um campo elétrico variável no tempo produz um campo magnético. 
• Um campo magnético variável no tempo produz um campo elétrico. 
Maxwell mostrou que a velocidade de propagação de uma onda 
eletromagnética, no vácuo, é dada pela expressão: 
 
 
 
 
onde ε0 é a permissividade elétrica do vácuo e μ0 é a permeabilidade 
magnética do vácuo. Aplicando os valores de ε0 e de μ0 na expressão 
acima, encontra-se a velocidade: 
 
 
 
 
 
(valor exato obtido por definição) que é igual a velocidade da luz. 
Nisso Maxwell se baseou para afirmar que a luz também é uma onda 
eletromagnética. 
Podemos resumir as características das ondas eletromagnéticas no seguinte: 
• São formadas por campos elétricos e campos magnéticos variáveis. 
• O campo elétrico é perpendicular ao campo magnético. 
• São ondas transversais (os campos são perpendiculares à direção de 
propagação). 
• Propagam-se no vácuo com a velocidade "c" . 
• Podem propagar-se num meio material com velocidade menor que a obtida no 
vácuo. 
E= Campo Elétrico ; 
M = Campo Magnético; 
 XZ= Plano de excitação do campo elétrico; 
 YZ= Plano de excitação do campo magnético; 
 Z=Direção de propagação da onda eletromagnética; 
 
l = Comprimento de onda ; 
Espectro eletromagnético 
conjunto de comprimentos de onda que 
compõem a REM e que pode ser dividido, 
didaticamente, em um certo número de 
regiões espectrais. 
Fisicamente, não há intervalos 
no espectro. Podemos ter ondas 
de qualquer freqüências que são 
idênticas na sua natureza, 
diferenciando no modo como 
podemos captá-las. 
 
Observe que algumas 
freqüências de TV podem 
coincidir com a freqüência de 
FM. Isso permite algumas vezes 
captar uma rádio FM na 
televisão ou captar um canal de 
TV num aparelho de rádio FM. 
O RI G EM D A RA D I A ÇÃ O SO LA R 
Radiação solar é a designação dada à energia radiante emitida pelo Sol, em particular 
aquela que é transmitida sob a forma de radiação eletromagnética. Cerca de metade 
desta energia é emitida como luz visível na parte de freqüência mais alta do espectro 
eletromagnético e o restante na do infravermelho próximo e como radiação 
ultravioleta. A radiação solar fornece anualmente para a atmosfera terrestre 1,5 x 1018 
kWh de energia. 
 
A superfície aparente do Sol chamada de fotosfera apresenta uma temperatura média 
de 5.770° K. Essa temperatura é gerada pelo desencadeamento de fusões nucleares 
que transformam núcleos de hidrogênio em núcleos de hélio com perda de massa, a 
qual é compensada em liberação de energia (radiação ß). 
 
H1
1 + H1
1 → H1
2 + radiação ß 
 
H1
2 + H1
1 → H2
3 (hélio instável) 
 
H2
3 + H1
1 → H2
4 (hélio estável) + radiação ß 
 
O Espectro de Emissão Solar 
TEO RIA SO BRE A RA D IA ÇÃ O 
ELETROMAGNÉTICA 
O CORPO NEGRO – MODELO TEÓRICO IDEAL 
Gustav Robert Kirchoff (1824 – 1887) definiu corpo negro como um objeto que 
absorve toda luz que incide sobre ele, sem refletir nada de radiação, por isso, parece 
negro para a vista humana. 
 
→Para estar em equilíbrio termodinâmico, o corpo negro deve irradiar energia na 
mesma taxa em que absorver, do contrário sua energia variava. 
 
→ Portanto, paraser corpo negro é necessário comporta-se como um absorvedor e 
emissor perfeito. 
 
→ Outra característica: Quando aquecido, o corpo negro emite radiação em 
diferentes comprimento de ondas e ao resfriar-se apresenta cor vermelha. 
LEI D E PLA N CK 
O problema de Max Planck(1858 – 1947): explicar a variação do espectro de energia 
emitida (variação de λ das ondas eletromagnéticas) por qualquer corpo quando 
aquecido. 
 
Na abordagem, Planck aplicou o conceito da descontinuidade da energia, ou seja , 
supôs que o átomo emite radiação em pacote de energia (quantum) e considerou que a 
freqüência da oscilação magnética seria proporcional à energia do quantum. De suas 
deduções matemáticas, derivou a lei da radiação emitida (M λ) do corpo negro ou lei de 
Planck: 
 M (λ,T) = ε C1_____ em Wm
-2µm-1 
 λ5 [exp (C2/ λT) – 1] 
M λ = radiação emitida espectralmente, ε = emissividade, é a razão de emitância de 
um corpo real em relação ao corpo negro (Mcr/Mcn), T= temperatura em kelvin, λ = 
comprimento de onda, C1 e C2 constantes, C1 = 3,74 x 108 Wm-2µm-4, C2 = 1,44 x 104 
µmK 
LEI D E STEFA N - BO LTZMA N N 
 
 Deriva-se da integração variando λ de 0 ao ∞ da equação de Planck 
 
 M (T) = ( 2∏5 k4 ) x T4 em Wm-2 
 15c2h3 
 
 Fazendo 2∏5 k4/ 15c2h3 = ∂ (constante de Stefan-Boltzmann), logo 
 
M(T) = ∂ T4 (para um corpo negro) e 
M(T) = ∂ ε T4 (para um corpo real). 
 
CONCLUSÃO: A radiação de um corpo negro representa o limite máximo da radiação 
que um corpo real pode emitir em um dado comprimento de onda, a dada 
temperatura. 
L E I D O D E S LO C A M E N TO D E W I E N ( L E I D E W I E N ) 
Em 1893, o físico Wilhelm Wien derivou uma equação da lei de Planck para determinar o 
comprimento de onda de máxima emitância espectral a dada temperatura, ou seja, o 
comprimento de onda (λ) em que a radiação emitida é máxima. 
λ (máx)= C / T 
 
Onde C= 2,898. 103 K (para λ em µm) ou 
0,898 em K (para λ em nm) sendo 
denominada de constante de Wien, T= 
temperatura absoluta em Kelvin. 
 
Conclusão: A lei de Wien mostra que o 
comprimento de onda da emissão máxima 
de um corpo negro é inversamente 
proporcional a sua temperatura 
L E I D E K I R C H O F F 
Essa lei relaciona a radiação emitida por um corpo real (Mcr) com a 
emissão de um corpo negro por meio da seguinte equação: 
Mcn = Mcr . α-1 (Wm-2) 
 
Em que α (absortância) é uma constante de proporcionalidade (0 < 
α <1). 
 
A lei de Kirchoff demonstra que um material bom emissor numa 
dada faixa espectral, necessariamente, também é um bom 
absorvedor e um pobre refletor. 
L E I D E K I R C H O F F 
No caso do sensoriamento remoto, essa lei tem muita 
utilidade prática para determinar a temperatura real de um 
objeto a partir de sua temperatura de brilho. 
 
A temperatura de brilho (Tb), ou temperatura aparente, é 
aquela na qual um corpo negro teria uma radiância total 
igual à radiância total de um corpo real considerando sua 
temperatura real (Tr). Sendo Tb= ε
¼ Tr, logo Tb é sempre 
menor do que Tr. 
O E F E I TO F OTO E L É T R I C O 
Quando um raio de luz atinge uma superfície metálica limpa, no vácuo, a placa metálica 
emite elétrons. Este fenômeno chamado de efeito fotoelétrico foi descoberto e 
investigado em 1887 pelo físico alemão Heinrich Rudolf Hertz (1857 -1894). As 
principais características do efeito fotoelétrico são: 
 
a) Os elétrons não são ejetados até que a radiação atinja certa freqüência mínima 
característica do metal; 
 
b) A energia cinética dos elétrons emitidos pela superfície metálica ao ser atingida pela 
luz aumenta linearmente com a freqüência luminosa; 
 
c) A energia cinética dos elétrons não depende da intensidade da luz, somente da 
freqüência; 
 
d) A quantidade de elétrons ejetados é proporcional à intensidade da radiação 
luminosa; 
 
e) Não há intervalo de tempo entre a radiação incidente e os elétrons ejetados. 
O E F E I TO F OTO E L É T R I C O 
Quando a luz incide no prato emissor, os elétrons são emitidos e coletados pelo prato 
coletor gerando uma corrente elétrica. Variando a potencia da bateria pode-se 
interromper a corrente de elétrons. Desta forma, a energia cinética dos elétrons emitidos 
pode ser medida. 
O E F E I TO F OTO E L É T R I C O 
Em 1905, o físico teórico alemão Albert Einstein (1879 –1955) forneceu uma elegante 
explicação para o efeito fotoelétrico. Do ponto de vista clássico, a energia da radiação 
incidente é absorvida continuamente e é compartilhada entre todos os elétrons do 
metal. Cada elétron recebe uma pequena parte da energia total. Einstein supôs que a 
energia da luz estivesse concentrada em pacotes de energia, quanta de energia de 
Planck (E=h.ν, h=constante de Planck). 
 
Einstein ainda supôs que um quantum de energia fosse absorvido por um único 
elétron e que não pudesse ser dividido com os demais. Logo, a energia do elétron, 
após receber um quantum de energia, deve ser hν e deve ser igual à energia total do 
elétron ejetado: 
 
 
 
 
A Equação acima é a famosa equação fotoelétrica proposta por Einstein em 1905. Por 
este trabalho, Einstein foi laureado com o prêmio Nobel em 1921. 
 
Natureza Dual da Luz 
 Essa intercalação de idéias entre ondas e partículas com relação 
à luz é aceita na comunidade científica como a Natureza Dual da 
Luz; pois em determinados fenômenos (interferência, refração, 
difração...) a teoria eletromagnética consegue explicar e a teoria 
corpuscular está associada aos fenômenos de absorção e emissão 
de energia. 
 
No ano de 1924, o físico francês Louis De Broglie (1892 – 1897), 
utilizando da idéia de que na natureza existe simetria, trabalhou 
a hipótese da partícula se comportar como onda, através da 
expressão matemática ( ) ele relacionou o comprimento 
de onda de uma partícula à quantidade de movimento da mesma. 
Conceitos Radiométicos 
Para que se possa compreender melhor como se viabiliza a aplicação das técnicas de SR 
no estudo dos recursos naturais, faz-se necessária a apresentação de pelo menos quatro 
parâmetros radiométricos. O primeiro deles, refere-se à Irradiância. Em termos bastante 
simplificados, a Irradiância representa a intensidade do fluxo radiante, proveniente de todas 
as direções, que atinge uma dada superfície. A Figura abaixo ilustra o aspecto geométrico 
mencionado. Vale salientar que neste fluxo radiante estão contidos todos os diversos 
comprimentos de onda que são radiados pela fonte segundo suas próprias características. 
E= ∆Ф/∆ a em Wm-2 
Irradiância Espectral quando a fonte é o sol 
O ângulo sólido pode ser definido como aquele que, visto do 
centro de uma esfera, percorre uma dada área sobre a superfície 
dessa esfera. Trata-se do equivalente tridimensional do ângulo 
ordinário e também podem ser definidos como a elevação ao 
quadrado dos graus ordinários. Ângulos sólidos assim definidos 
são medidos em esferorradianos e representados pela letra Ω . 
 N G U LO SÓ LID O 
APLICAÇÃO EM SR: Todo sensor possui uma abertura pela qual a REM refletida ou emitida 
pelos objetos passa em direção ao chamado “detector”, que é o elemento que realmente 
“sente” a REM. Essa abertura possui dimensões variáveis e dependentes das características 
tecnológicas do instrumento ou da própria natureza das operações de coleta de dados. De 
qualquer forma, entre esta abertura e o ponto da superfície do objeto passa a ser definido um 
cone por onde trafega a REM. Esse coneé denominado de ângulo sólido. 
Ω = A / r 
 
Ω = A / R2 A=R2 Ω= 1 sr 
r 
A 
Radiância é uma grandeza radiométrica que descreve a radiação no espaço. 
 
Assim, o que realmente é medido pelos sensores de um satélite é a intensidade de todos 
os infinitos fluxos contidos nos ângulos sólidos dos pontos da área da qual ele é capaz 
de observar. Esta intensidade é denominada de Radiância. 
 
A Radiância é portanto a intensidade do fluxo radiante por unidade de ângulo 
sólido e seu conceito pode ser comparado ao conceito de brilho, ou seja, um objeto é 
considerado mais brilhante quanto maior for sua radiância medida. 
L= ∆Ф / ∆ω . ∆a. cosθ (W.m-2.sr-1) 
 
 
Radiância espectral L(λ) = ∆Ф / ∆a / ∆A. cosθ ∆ .ω . ∆ λ (W.m-2.sr-1. µm-1) 
Representação esquemática do 
conceito de Radiância medida 
através de um sensor remotamente 
localizado. 
Em SR mede-se o fluxo radiante vindo de uma superfície em direção ao detector por 
unidade de tempo. No caso das câmaras fotográficas o tempo de exposição é fração de 
segundo. 
 
O fluxo é a quantidade de energia radiante (Q) que passa por uma unidade de área em 
cada segundo, descrito como Фi = L / 4π R2 
Intensidade radiante é o fluxo radiante que provém de uma fonte por unidade de ângulo 
sólido na direção considerada, Io = ∆Ф / ∆ω , medido em Wsr-1. 
•A temperaturas superiores à 0 Kelvin os átomos e 
moléculas mantêm-se em constante agitação 
provocando emissão de radiação eletromagnética. 
•Portanto, todo corpo com temperatura (T) > 0 K é uma 
 fonte de radiação eletromagnética 
• Intensidade: fluxo de energia por unidade de ângulo sólido 
Ângulo plano 
Grau; radiano 
Ângulo sólido 
 esferorradiano (sr) 
Unidade = watt/sr 
Intensidade Radiante 
•Função: 
•a temperatura do corpo 
•a composição do corpo 
Reflectância representa uma relação entre a radiância refletida de um dado 
objeto pela irradiância. Nota-se portanto que a reflectância expressa as 
propriedades intrínsecas dos objetos em refletir a REM sobre eles incidente. Ela 
é expressa em percentagem, possuindo então um caráter relativo. 
 
É através da reflectância que são estudadas as características intrínsecas dos 
objetos em refletir a REM incidente, pois ela é dependente das suas 
propriedades físico-químicas. 
 
Este estudo é denominado de estudo do comportamento espectral de alvos, cujos 
principais aspectos serão apresentados oportunamente. 
REFLECTÂNCIA 
i r 
r = r/i 
Reflectância 
ABSORTÂNCIA 
Absortância 
i 
a 
a = a/i 
Absortância representa uma relação entre a radiância absorvida de um dado 
objeto pela irradiância. 
TRANSMITÂNCIA 
Transmitância 
i 
t 
t = i/t 
Transmitância representa uma relação entre a radiância transmitida de um 
dado objeto pela irradiância. 
Quando a radiação interage com um objeto, pode ser refletida, absorvida ou mesmo 
transmitida (no caso de objetos transparentes). Em geral a parte absorvida é 
transformada em calor ou em algum outro tipo de energia e a parte refletida se espalha 
pelo espaço. O fator que mede a capacidade de um objeto de refletir a energia radiante 
indica a sua reflectância, enquanto que a capacidade de absorver energia radiante é 
indicada pela sua absortância e, da mesma forma, a capacidade de transmitir energia 
radiante é indicada pela sua transmitância. Certamente um objeto escuro e opaco tem 
um valor baixo para a reflectância, alto para a absortância e nulo para a transmitância. 
A reflectância, absortância e a transmitância costumam ser expressas em percentagem 
(ou por um número entre 0 e 1). 
r + t + a = 1

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