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1 SÍNDROME METABÓLICASÍNDROME METABÓLICA Profa Rita de Cássia de Aquino HISTÓRICO DA SM • ASSOCIAÇÃO entre o risco cardiovascular e DCNT: obesidade, H.A., DM, Dislipidemia e Hiperuricemia (Gota); • Aumento na mortalidade 1,5 a 2,5 vezes; • Outras denominações “antigas”: Síndrome “X” e Síndrome Plurimetabólica; • Reunião Multidisciplinar para a realização de uma Diretriz de importantes sociedades (SBC, SBH, SBEM, SBD, ABESO): “I Diretriz Brasileira de Diagnóstico e Tratamento da Síndrome Metabólica (2005)”. DEFINIÇÃO “Síndrome metabólica (SM) é um transtorno complexo representado por um conjunto de fatores de risco cardiovascular relacionado à deposição central de gordura e resistência à insulina”. I Diretriz Brasileira de Diagnóstico e tratamento da Síndrome Metabólica, 2005. 2 INSULINA • Captação da GLICOSE; • Captação de AA em tecidos periféricos (estímulo a síntese proteica); • Estímulo a LIPOGÊNESE (estímulo a produção de lipase lipoproteica) e inibição a LIPÓLISE (inibição da lipase hormônio sensível). RESISTÊNCIA A INSULINA • “Resposta diminuída às ações da INSULINA ou incapacidade da insulina em exercer suas ações no metabolismo de CHO, lipídios e na sua ação anabólica”; • RESISTÊNCIA A INSULINA � HIPERINSULINISMO; • Resistência a INSULINA � HIPERGLICEMIA (DM 2). HIPERINSULINEMIA � Hipertrofia da musculatura lisa vascular (atividade mitogênica da insulina)➨ DISFUNÇÃO ENDOTELIAL; � � na produção de “fator inibidor de plasminogênio” ➨ ativador de coagulação; � Estímulo a LIPOGÊNESE; � � liberação de ácidos graxos livres devido a resistência a insulina e necessidade muscular para fonte de energia; HIPERINSULINEMIA � AG livres retornam para o fígado (esteatose hepática), aumentam a produção de TG (� HDL e �LDL); � Efeito antinatriurético � retenção renal de H20 e Na � aumento da PA; ETIOPATOGENIA � PREDISPOSIÇÃO GENÉTICA � SEDENTARISMO � TABAGISMO � HIPERTENSÃO ARTERIAL � OBESIDADE CENTRAL � RESISTÊNCIA A INSULINA 3 GORDURA VISCERAL GORDURA VISCERAL ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE (1999) PELO MENOS DOIS DOS FATORES RELACIONADOS • Intolerância à Glicose ou DM 2 • Resistência à insulina • ↑ PA (≥ 140/90mmHg) • ↑ Triglicerídeos (≥ 150mg/dl) e/ou ↓ HDL colesterol < 35mg/dL para homens < 39mg/dL para mulheres • Obesidade Central Razão cintura/quadril > 0,90 (H) e > 0,85 (M) e/ou IMC > 30kg/m2 • Microalbuminúria (disfunção endotelial) Excreção urinária de albumina ≥ 20 µg/min ou Razão Albumina/Creatinina ≥ 30mg/g World Health Organization. Definition, diagnosis and classification of diabetes mellitus and its complications. Part I: Diagnosis and classification of diabetes mellitus. WHO Department of Noncommunicable Disease Surveillance; 1999. CIRCUNFERÊNCIA ABDOMINAL x RELAÇÃO CINTURA/QUADRIL CIRCUNFERÊNCIA ABDOMINAL • CIRCUNFERÊNCIA DA CINTURA (CC): PONTO MÉDIO da distância entre a crista ilíaca e o rebordo costal inferior; CIRCUNFERÊNCIA ABDOMINAL • CIRCUNFERÊNCIA ABDOMINAL (CA): MAIOR circunferência medida; • Outros autores: 2 cm acima (ou “um dedo”) da cicatriz umbilical; • Dificuldades “práticas”. 4 NCEP- III (2001)/ DIRETRIZ ATUAL(2005) PRESENÇA DE TRÊS OU MAIS FATORES DE RISCO • PA ≥ 130 ou ≥ 85mmHg • Triglicérides ≥ 150mg/dL • HDL- colesterol: < 40mg/dL para homem < 50mg/dL para mulher • Obesidade Abdominal/Circunferência Abdominal >102 cm para homem > 88 cm para mulher • Glicemia de jejum > 110mg/dL (???) • Glicemia ≥ 100mg/dL (NCEP III “revisto”) é atualmente adotado Third report of the National Cholesterol Education Program’s Adult (NCEP/ATP III) Expert Panel on detection, evaluation and treatment of high blood cholesterol in adults. FEDERAÇÃO INTERNACIONAL DE DIABETES (IDF) (2005) OBESIDADE CENTRAL E PRESENÇA DE DOIS OU MAIS FATORES DE RISCO • PA ≥ 130 ou ≥ 85mmHg • Triglicérides ≥ 150mg/dL • HDL- colesterol: < 40mg/dL para homem < 50mg/dL para mulher • Glicemia de jejum > 100mg/dL FEDERAÇÃO INTERNACIONAL DIABETESFEDERAÇÃO INTERNACIONAL DIABETES IDF(2005) CC (especificidade étnica) H M Europeus 94 cm 80 cm Sul Asiáticos (Chineses) 90 cm 80 cm Sul americanos/Africanos 90 cm 80 cm Japoneses 85 cm 80 cm 1 Internacional CongressMetabolic Syndrome Internacional Diabetes Federation, 2005. EXAMES LABORATORIAIS • PADRÃO – Glicemia de jejum – Dosagem de HDL e TG • COMPLEMENTARES – Perfil Lipídico – TTOG – Avaliação da resistência a insulina (HOMA-IR) – Ureia, Creatina e Albuminúria – Proteína C reativa RESISTÊNCIA A INSULINA Avaliação da Resistência à insulina HOMA = glicemia (mMol/L) x insulina (µg/mL) 22,5 Valor esperado = 2,6 + 0,9 PROTEINA C REATIVA (PCR) � Fator de risco para doença coronariana; � Prediz Infarto Agudo do Miocárdio; � Relaciona-se ao aumento de outras citocinas pró- inflamatórias (interleucina 6; fator de necrose tumoral); � Fator de risco para o desenvolvimento de DM 2; � Marcador mais eficiente que LDL para eventos CV; 5 MUDANÇA NO ESTILO DE VIDAMUDANÇA NO ESTILO DE VIDA MEVMEV TRATAMENTO •• REDUÇÃO DE PESO DE 5% A 10% ➙➙➙➙ ↓↓↓↓ 0,5 A 1,0 kg/semana • MODESTA PERDA DE PESO ➙➙➙➙ MELHORA NO PERFIL METABÓLICO DA SM I Diretriz Brasileira de Diagnóstico e Tratamento da SM, 2005. TRATAMENTO DA OBESIDADE CONDUTA DIETOTERÁPICA SOBREPESO • Redução de 300 a 500 kcal/dia e perda de 0,2-0,5kg/s OBESO • Redução de 500 a 1000 kcal/dia e perda de 0,5 a 1kg/s • EVITAR DIETAS COM MENOS DE 800 kcal/dia • 20 a 25 kcal/kg de PESO ATUAL/dia ATIVIDADE FÍSICA DIÁRIA • 30 minutos por dia de atividades aeróbicas CARBOIDRATOS/FIBRAS • PRIORIZAR cereais integrais (1 porção/dia), legumes e verduras, frutas e leguminosas; • Consumo eventual de açúcar; • Dietas com BAIXO ÍNDICE GLICÊMICO (???) – Evidências não suficientes – Difícil manutenção – Impacto observado em alguns estudos • 20 a 30 g/dia de FIBRAS ALIMENTARES. LIPÍDIOS • Uso reduzido e controlado: – AG saturados (origem animal) – AG trans – Colesterol Dietético • Priorizar AG ÔMEGA 3 (AGPI/PUFAs); • Utilizar AG monoinsaturados; LIPÍDIOS • Participação no VET mínima de 15%; • Participação máxima de 30% e 35% para indivíduos muito ativos; • Completar o VET com AG monoinsaturados; 6 LIPÍDIOS • Uso de alimentos desnatados e sem gordura aparente (carnes); • Não utilizar alimentos preparados com gordura hidrogenada (algumas margarinas, biscoitos, chocolates, sorvetes e salgadinhos); • Consumir peixes 2 a 3 vezes/semana e óleos vegetais com moderação; • Inserir azeite e as frutas oleaginosas na alimentação. PROTEINAS • 0,8 a 1,0 g/kg/dia • Participação em 15% do VET; • Embora dietas HIPERPROTEICAS e com quantidades diminuídas em CHO tenham impacto no peso e glicemia, não está estabelecida sua efetividade a longo prazo. CARBOIDRATOS 50% -60% do VET FIBRAS 20g – 30g/dia AGS < 10% do VET (LDL c >100mg/dL) < 7% do VET I Diretriz Brasileira de Diagnóstico e Tratamento da SM, 2005 RECOMENDAÇÕES DIETÉTICAS AGPI até 10% do VET AGMI até 20% do VET COLESTEROL < 300mg/dia (LDL-c >100mg/dL) < 200mg/dia PROTEÍNA 0,8/1,0g/kg 15% do VET RECOMENDAÇÕES DIETÉTICAS SAL DE COZINHASAL DE COZINHA EVITAR: alimentos processados, embutidos, conservas, enlatados, salgadinhos; UTILIZAR SAL com moderação: 6 gramas/dia Utilizar modelo DASH (Dietary Approaches to Stop Hypertension): FLV, cereais integrais, produtos lácteos desnatados e carnes magras e <6g de sal/dia. I Diretriz Brasileira de Diagnóstico e Tratamento da SM, 2005 VITAMINAS E MINERAISVITAMINAS E MINERAIS 22 aa 44 porçõesporções dede frutasfrutas;; 33 aa 55 porçõesporções dede hortaliçashortaliças cruascruas ee cozidascozidas;; PreferirPreferir alimentosalimentosintegraisintegrais (mínimo(mínimo 11 porção/dia)porção/dia) ouou utilizarutilizar dede farelosfarelos ouou similaressimilares.. I Diretriz Brasileira de Diagnóstico e Tratamento da SM, 2005
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