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MANUAL ABERC de Práticas de Elaboração e Serviço de Refeições para Coletividades 20"-1--- : 3-' j-: i.: ;.'j •. / g/21l1l- sPNII2BI A PORTARIA MUNICIPAL M BASE N EolCAIl REVISADA eu COMISSÃO TÉCNICO-OPERACIONAL: Diretora da Comissão: Dr' Marys Léia R. Marques Coordenador Técnico: D1'.Eneo Alves da Silva J1'. ABERC - Associação Brasileira das Empresas de Refeições Coletivas Rua Estela, 515 Bloco B Cj. 62 - Paraíso - SP - CEP 04011-904 São Paulo Fones: (11) 5572-9070 - 5573-9835 - Fax: 5571-5542 e-mail: aberc@aberc.com.br - Web Site: www.aberc.com.br ~ Associação Brasileira das Empresas de Refeições Coletivas É PROIBIDA A REPRODUÇÃO TOTAL OU PARCIAL DESTE MANUAL; SEM A AUTORIZAÇÃO EXPRESSA DAABERC. DIRETORIA EXE,CUTIVA ABERC 20.1212013 Presidente Marco Aurélio Crescente 1°Vice Presidente 20 Vice Presidente 30 Vice Presidente 40 Vice Presidente Rogério da Costa Vieira Daniel Eugênio Rivas Mendez Vincent Bouvet Sérgio De Nadai Diretor Superintendente Diretor de Adm. e Finanças Vice Diretor de Adm. e Finanças Diretor de Eventos e Comunicação Vice Diretor de Eventos e Comunicação Diretor Jurídico Fiscal Vice Diretor Jurídico Fiscal Diretor de Planej amento e Mercado Diretor de Recursos Humanos e Gestão Vice Diretora de Rec. Humanos e Gestão Diretor de Suprimentos Vice Diretora de Suprimentos Diretora Técnica Operacional Vice Diretora Técnica Operacional Antonio Guimarães Walter Francisco de Mello Nelson Chiteco Jr. Luiz Carlos Flores José Adão Batisteti Edson G. Blanco Rodrigo R. Gasparetto Adilson Den Julio Gonçalves Eliezer P. Souza Renata Silva José Maria Martins Rosilene Dias Me1ero Marys Léia R. Marques Simone Bernini 1 ABERC Associação Brasileira das Empresas de Refeições Coletivas E.>te-"-1~ 0 [ruro do- tvahct1Jto- J vliYWy pv~ mcLtY queremov ~ LM11.CV ~ eçpectal: Cv VRA. C9NÍRIA ARRUVA FIGUEIREV(9~ cv pv~ qU0 ~ o- [ormaxo- do- pv~~ lv1~ desde. }tA.aI Ial Edição: ti«; com; todo- o- J-eU;etnp0Jltho; .~ cv p~ pCLVCV ~~ ~ ~~~ oy~ ~ cv~ ~icv~ÍAIlt"~ I~~ 0»11 I3!12!20I2~ ela. deucou. ~cv vúUv. S~lA'JItO;Y 0 ~L-Y~ ~ ~ e- de- .rew t-vahct1Jto- pvofícuo-; A Diretoria. 3 ABERC Associação Brasileira das Empresas de Refeições Coletivas Agradecemos a todos que, direta ou indiretamente, colaboraram na elaboração e nas diversas revisões deste MANUAL, desde sua r Edição até hoje, em especial à: Dr. ENEO ALVES DA SILVA JR. pela coordenação técnica e atualização. Dra. ONÍRIA ARRUDA FIGUEIREDO pelo trabalho de análise, compilação e editoração da 1a até a 9a edição. Dra. ROSANA P. DOS ANJOS TEIXEIRA pela valiosa colaboração na atualização de todo material, inclusive desta nova edição. Srta. VIVIANE SCHIMITTEL pelo trabalho de digitação da 1a edição e das alterações das demais. Sra. ANA MARIA UCCELLA pela colaboração na digitação e editoração da revisão final desta nova edição. Dr. Eneo Alves da Silva Jr. Dr" Rosana Pereira dos Anjos Teixeira CRBM: 072 CRN3: 5824 REVISARAM E ATUALIZARAM ESTA NOVA EDIÇÃO: 5 I ABERC Associação Brasileira das Empresas de Refeições Coletivas PREFÁCI() l<tOO1çIQ; Senso de Equipe, Sentido de Comunidade, Apoio Técnico Opcracional com Segurança Alimentar, Busca da Excelência Empresarial com Ética, Embasamento no polinômio: ALIMENTAÇÃO - SAÍJDE - QUALIDADE DE VIDA SUSTENTABILIDADE - RESPONSABILIDADE SOCIAL. Sempre buscando a qualidade continuada e assumindo que a ABERC, a cada gestão, se firma como entidade cidadã, acrescentamos, ao nosso trinômio, neste ínterim, mais duas bandeiras norteando nossas ações, transformando-se no POLINÔMIO acima. Como das vezes anteriores, agradecemos aos excelentes profissionais, tanto os efetivos das nossas Comissões Técnicas como aos convidados, que com sua eficaz colaboração cada vez mais engrandecem os trabalhos da ABERC. Em especial destacamos os esforços dos Doutores Rosana Pereira dos Anjos Teixeira e Eneo Alves da Silva Junior, responsáveis pela atualização desta Edição. MARCO AURÉLIO CRESCENTE Presidente GESTÃO 12/13 7 --- ABERC "..... Associação Brasileira das Empresas de Refeições Coletivas PREFÁCIO ~OOiçlQ Senso de Equipe, Sentido de Comunidade, Apoio Técnico Operacíonal com Segurança Alimentar, Busca da Excelência Empresarial com Ética, Embasamento no trinômio: ALIMENTAÇÃO - SAÚDE - QUALIDADE DE VIDA Sempre buscando a qualidade continuada e assumindo que a ABERC, a cada gestão, se firma como entidade cidadã, ratificamos o prefácio da S" edição. Não só nos preocupamos com o desempenho das nossas associadas, em termos éticos e profissionais, mas também nos esforçamos em sermos multiplicadores de tecnologias e conhecimentos que detemos sobre a sadia e adequada alimentação à comunidade. Nesse sentido, colocamos esta ferramenta ao público especializado objetivando difundir o saber acumulado pela Associação em duas décadas e meia. Acreditamos que nesse quarto de século crescemos como entidade e nos firmamos como Associação séria, ética e atuante, não só para o segmento de refeições coletivas, mas também para todos os profissionais e consumidores de alimentação fora do lar. ,,-. Como das vezes anteriores, agradecemos aos excelentes profissionais, tanto os efetivos das nossas Comissões Técnicas como aos convidados, que com sua eficaz colaboração cada vez mais engrandecem os trabalhos da ABERC. LUCÍLIO TADEU CASTELO DE LUCA Presidente Gestão 08/09 9 r". ABERC r--, Associação Brasileira das Empresas de Refeições Coletivas PR,'E·F'Á"'C··IO:". " ...-:' ; o ••••••••••••• : •• ", ••••• , •• ',7 Senso de Equipe, ..Sentido de Comunidade, Busca da Excelência Empresarial com destaque para o SAQ - SELO ABERC DE QUALIDADE EMPRESARIAL, e para a meta ALIMENTAÇÃO - SAÚDE em especial: PROJETO "VIDA COM QUALIDADEÉ COMPROMISSO NACIONAL" Sempre buscando a qualidade continuada e assumindo que a ABERC, a cada gestão, se firma como entidade cidadã, não só preocupada com o desempenho das suas associadas em termos éticos e profissionais, mas também como multiplicadora de tecnologias e conhecimentos que detém sobre a sadia e adequada alimentação à comunidade, resolveu para esta gestão 2002/2003 incursionar sobre uma ação que atingisse a população brasileira utilizando o saber acumulado pela associação em quase duas décadas. Trata-se de amplo Projeto que a ABERC entregou aos 4 principais presidenciáveis, em agosto de 2002, antes do Projeto Fome Zero ser divulgado e iniciado. Seu título é ALIMENTO É VIDA, VIDA COM QUALIDADE É COMPROMISSO NACIONAL e seu conteúdo, digno de análise, pode ser visto na íntegra pelo site www.aberc.com.br. ~ Mais uma vez, agradecemos aos excelentes profissionais, tanto os efetivos das nossas Comissões Técnicas como aos convidados, que com sua eficaz colaboração cada vez mais engrandecem os trabalhos da ABERC. ROGÉRIO DA COSTA VIEIRA Presidente Gestão 02/03 II ABERC Associação Brasileira das Empresas de Refeições Coletivas .'"'-. MANUAL ABERC de Práticas de Elaboração e Serviço de Refeições para Coletividades 8a Edição COMISSÃO TÉCNICO-OPERACIONAL: Diretora da Comissão (1996/ 2()03): Coordenador Técnico (1996/ 2003): Coordenadora da Sub-Comissão Legislação: Dra. Oníria Arruda Figueiredo Dr. Eneo Alves da Silva Jr. Dra. Rosana Pereira dos Anjos Teixeira Revisaram e atualizaram esta nova edição Dr. Eneo Alves da Silva Jr. (CDI.) CRBM: 072 Dra. Oníria Arruda Figueiredo (O.T.M./ F.J.S.) Dra. Rosana Pereira dos Anjos Teixeira (O.T.M) 13 ABERC Associação Brasileira das Empresas de Refeições Coletivas Diretor Presidente Rogério da Costa Vieira Diretores vice Presidentes Ralph Rowe Lucílio Tadeu Castelo de Luca Marcos A. Laranjeira PHni-odeOliveira Diretor Superintendente Diretor de Planejamento e Mercado Diretor de Administração e Finanças Diretor JurídicoFiscal Diretor de Suprimentos Diretora Técnica Operacional Diretor deRec.Humanos e Gestão Diretor de Eventos e Comunicação Antonio Guimarães Márcio Roberto Graf Walter Francisco de Mello A. Décio Rodrigues Guerreiro Antonio Carlos M. de Almeida Oníria Arruda Figueiredo Maurício Barros-de Vasconcelos DilcIéia Fornaciari Secretárias Viviane Schimittel Ana Maria Uccella 15 ABERC Associação Brasileira das Empresas de Refeições Coletivas Senso de Equipe, Sentido de Comunidade, Busca da Excelência Empresarial com destaque para o SAQ - SELOABERC DEQUALIDADEEMPRESARIAL, ea meta ALIMENTAÇÃO-SAÚDE ! Nos prefácios anteriores fizemos um breve histórico dos objetivos das gestões que nos antecederam, destacando o sentido de Comunidade da ABERC e antevendo, na nossa gestão, a criação do Selo ABERC. Felizmente, e graças ao trabalho de excelentes profissionais, tanto contratados como das nossas Comissões Técnicas, na sa edição foi possível anunciar mais uma ferramenta para engrandecer o Mercado - o Selo de Qualidade. ,,-.. Em 1999 foram intensificadas pesquisas junto a empresas tomadoras de nossos '"""' serviços, questionários-teste em empresas associadas e, nos últimos meses reuniões semanais, isso tudo para que o nosso Selo fosse singular, eminentemente técnico e de análise global. 17 Demonstrando mais uma vez o sentido de Comunidade e a forte posição de transparência, decidimos criar, como a última instância para dirimir qualquer dúvida e deliberar sobre modificações do SAQ, o CODESAQ - Conselho Dcliberativo do Selo ABERC de Qualidade Empresarial - composto de profissionais de reconhecida vivência e ilibado conceito nas atividades empresariais e acadêmicas no campo da Administração, Qualidade e Alimentação para Coletividades, com 09 membros, 06 dos quais da Comunidade e 03 representantes da nossa Associação. Neste ano de 2.000 muitas associadas poderão ter a certificação de qualidade empresarial e utilizar o Selo ABERC. o caminho do sucesso, para todos os profissionais que atuam no nosso segmento, é o domínio de técnicas que assegurem a qualidade dos produtos e serviços, sempre focados sobre os clientes, o consumidor. Neste sentido, a ABERC cumpre seu papel, editando este Manual. o projeto do SAQ - Selo ABERC de Qualidade Empresarial teve um grande facilitador, uma base forte de apoio, que foi o presente Manual ABERC de Práticas de Elaboração e Serviço de Refeições para Coletividades, formatado sobre um conjunto moderno, claro e orientativo sobre as Boas Práticas de controle de processo de garantia de qualidade de produção de alimentos e da excelência dos serviços. Como novidade para este ano de 2000, e que deverá ser incorporada na próxima edição, estamos desenvolvendo um Sub Projeto do nosso Planejamento Estratégico 2000/2001 a incorporação da "FUNÇÃO DE AGENTE DE SAÚDE, MOTIVAÇÃO E PRODUTIVIDADE". Nossos agradecimentos à Diretora Técnica Operacional, Dra. Oníria Arruda Figueircdo, ao Coordenador Técnico da Comissão Técnico Opcracional, Dr. Eneo Alves da Silva Jr. e à Sub Comissão de Revisão e Atualização, pelo trabalho de alto nível, e de grande esforço, sem os quais este excelente serviço não estaria à disposição da Comunidade, ROGÉRIO DA COSTA VIEIRA Presidente ABERC - Gestão 00/01 ABERC Associação Brasileira das Empresas de Refeições Coletivas PRBFÂCIO S:'OOiç'iQ; Senso de Equipe, Sentido de Comunidade e a Busca da Excelência Empresarial, E, DE CONCRETO O SAQ - SELO ABERC DE QUALIDADE EMPRESARIAL! No prefácio anterior fizemos um breve histórico dos objetivos das gestões anteriores à nossa, destacando o sentido de Comunidade da ABERC e antevendo, na nossa gestão, a criação do Selo ABERC. Felizmente, e graças ao trabalho de excelentes profissionais, tanto contratados como das nossas Comissões Técnicas, foi possível trazer mais uma ferramenta para engrandecer o Mercado - o Selo de Qualidade, a partir de 1999. Neste último ano as ações tiveram que ser intensificadas com pesquisas junto a empresas tomadoras de nossos serviços, questionários-teste em empresas associadas e, nos últimos meses reuniões semanais, isso tudo para que o nosso Selo fosse singular, eminentemente técnico e de análise global. Conforme previmos, no ano 2.000 muitas associadas poderão ter a certificação de qualidade empresarial e utilizar o Selo ABERC. 19 Demonstrando mais uma vez o sentido de Comunidade e a forte posição de transparência, decidimos criar, como a última instância para dirimir qualquer dúvida e deliberar sobre modificações do SAQ, o CODESAQ - Conselho Deliberativo do Selo ABERC de Qualidade Empresarial - composto de profissionais de. reconhecida vivência e ilibado conceito nas atividades empresariais e acadêmicas no campo da Administração, Qualidade e Alimentação para Coletividades, com 09 membros, 06 dos quais da Comunidade e 03 representantes da nossa Associação. o caminho do sucesso, para todos os profissionais que atuam no nosso segmento, é o domínio de técnicas que assegurem a qualidade dos produtos, sempre focados sobre os clientes. Neste sentido, a ABERC cumpre seu papel, editando este Manual. o projeto do SAQ - Selo ABERC de Qualidade Empresarial só foi possível porque tem uma base forte de apoio, que é o Manual ABERC de Práticas de Elaboração e Serviço de Refeições para Coletividades, formatado sobre um conjunto moderno, claro e orientativo sobre as boas práticas de controle de processo e garantia de qualidade de produção de alimentos. o presente Manual ABERC de Práticas de Elaboração e Serviço de Refeições para Coletividades, conforme já dito no prefácio anterior, procura ser cada vez melhor, incorporando técnicas, conceitos e legislações atuais sobre a alimentação. Nossos agradecimentos à Diretora Técnica Operacional, Dra. Oníria Arruda Figueiredo, ao Coordenador Técnico da Comissão Técnico Opcracional, Dr. Eneo Alves da Silva JI. e à Sub Comissão de Revisão e Atualização, pelo trabalho de alto nível, e de grande esforço, sem os quais este excelente serviço não estaria à disposição da Comunidade. ROGÉRIO DA COSTA VIEIRA Presidente ABERC - Gestão 98/99 ABERC Associação Brasileira das Empresas de Refeições Coletivas MANUAL ABERC de Práticas de Elaboração e Serviço de Refeições para Coletividades sa/ 63 e 7aEdições COMISSÃO TÉCNICO-OPERACIONAL: Diretora da Comissão (1996/ 20(1): Coordenador Técnico (1996/ 2001): Dra. Oníria Arruda Figuciredo Dr. Eneo Alves da Silva Jr. Subcomissão que revisou e atualizou com base na CVS-6/99: .-'""""' Dra. Maria Cecília A. Savazzi (PANELÃO) CRBM: 072 CRN3: 1149 CRN3: 5055 CRN3: 5131 CRN3: 1454 CRN3: 2202 CRN3: 1088 CRN3: 5824 Dr. Eneo Alves da Silva Jr. (CDL) Dra. Lenir Picco1otto Nori (Le) Dra. Márcia Elaine de Carvalho Bastos (EMBRASA) .~ Dra. Maria Filomena S. Almeida (E.R.J.) Dra. Myrian Cristina Scholz (G.R.) .~. Dra. Oníria Arruda Figueiredo (F.J.S.) Dra. Rosana Pereira dos Anjos Teixeira 21 ABERC Associação Brasileira das Empresas de Refeições Coletivas PREFÁCIO (4a edição) Senso de Equipe, Sentido de Comunidade e a Busca da Excelência Empresarial! Desde sua fundação a ABERC dedicou-se a alavancar a evolução do Setor de Refeições I~ Coletivas. Nos seus 14 anos de existência vários focos foram dados pelas suas Diretorias. No início, procuramos o senso de equipe e a cooperação para a evolução conjunta embasada nas Técnicas e na Qualidade. Em seguida, foi dado ênfase ao profissionalismo gerencial e à sintonia com a Comunidade. Atingidos esses dois objetivos, mais recentemente, partimos para um planejamento estratégico na ______ busca do futuro do segmento de refeições coletivas. Para essa terceira etapa foram cobertas algumas lacunas visando obter-se um sólido alicerce para suportar metas condizentes com a entrada do próximo século. Neste sentido, nos organizamosem Equipes de Produtos Estratégicos . (EPE) para uma eficaz evolução. Pretendemos chegar ao ano 2000 com a grande maioria dos nossos associados portando o Selo de Qualidade Empresarial e com um mercado mais elástico e atrativo para todos os associados. O caminho do sucesso, para todos os profissionais que atuam no nosso segmento, é o domínio de técnicas que assegurem a qualidade dos produtos, sempre focados sobre os clientes. Neste sentido, a ABERC cumpre o seu papel, editando este Manual. O presente Manual ABERC de Práticas de Elaboração c Serviço de Refeições para Coletividades procura ser cada vez melhor, incorporando técnicas e conceitos atuais sobre a alimentação coletiva. Nossos agradecimentos à Diretora Técnica Operacional, Dra. Oníria Arruda Figueiredo, ao Coordenador Técnico da Comissão Técnico Operacional, Dr. Eneo Alves da Silva Jr. e à Sub Comissão de revisão e Atualização pelo trabalho de alto nível, e de grande esforço, sem os quais este excelente serviço não estaria à disposição da Comunidade. ROGÉRIO DA COSTA VIEIRA Presidente ABERC - Gestão 98/99 23 ABERC Associação Brasileira das Empresas de Refeições Coletivas MANUAL ABERC de -Práticas de Elaboração e Serviço de Refeições para Coletividades.-.. 1998 4a edição COMISSÃO TÉCNICO-OPERACIONAL: Coordenadora da Comissão (96/99): Dra. Oníria Arruda Figueiredo Coordenador Técnico (96/99): Dr. Eneo Alves da Silva Jr. Comissão que revisou, atualizou e ampliou ()Manual em 1998: Dra. Alda Bernardinelli (NUTRITN A) Dra. Doris Deborah Massulo (NUTRILABOR) Dra. Elke S. Clemente (FRESH & FREEZE)* r». Eneo Alves da Silva Jr. (CDL) Dra. Hermínia Maria Carvalho (BOM GOURMET)':' Sra. June Ruegger (UCATA) Dra. Lenir Piccolotto Nori (LC)* Dra. Liane Gonçalves (SANTA HELENA) Dra. Luciana Wiederin Maschietto (CDL / APAN)* Dra, Maria Cecília A. Savazzi (PANELÃO)* Dra. Maria Filomena S. Almeida (E.RJ.)* Dra. Myrian Cristina Scholz (G.R.) Dra. Oníria Arruda Figueiredo (F.J.S.)* Dra. Rosana Pereira dos Anjos Tcixeira (NUTRITN A) Dra. Silvana Montenegro Rondelli (BIMI)* CRN3: 6007 CRN3: 3154 CRN3: 4651 CRBM: 072 CRN3: 1317 CRN3: 100223 CRN3: 1149 CRN3: 3517 CRN3: 5542 CRN3: 5131 CRN3: 1454 CRN3: 2202 CRN3: 1088 CRN3: 5824 CRN3: 5351 ""' OBS.: * = SUBCOMISSÃO responsável pela revisão técnica final. 25 ABERC Associação Brasileira das Empresas de Refeições Coletivas PREFÁCIO (3a edição) Sentido de COMUNIDADE, crescimento global sinérgico Conforme previsto na Ia edição, o Manual ABERC de Práticas de Elaboração e Serviço de Refeições para Coletividades foi muito bem recebido pela comunidade relacionada com refeições fora do domicílio. Faculdades, Institutos, Associações, empresas e profissionais estão utilizando o trabalho tão bem desenvolvido pela nossa COMISSÃO TÉCNICO-OPERACIONAL. Face às solicitações, estamos apresentando mais esta edição. Nosso objetivo é a evolução do segmento como um todo para, embasados num esforço sinérgico, praticarmos uma cidadania efetiva e responsável. PAULO DE OLIVEIRA PIRES Presidente ABERC - Gestão 96/97 27 ABERC Associação Brasileira das Empresas de Refeições Coletivas PREFÁC.IO (1a e 2a edições) Senso de EQUIPE, Sentido de COMUNIDADE! o presente trabalho só se tornou realidade pelo esforço de uma pequena equipe que deu o melhor de si, dedicando-se horas e dias em reuniões, pesquisas e discussões, marcadas pelo espírito associativo e de solidariedade. A princípio, o Manual era destinado aos associados da ABERC mas, a medida de seu desenvolvimento, considerou-se que ele seria de grande valia para todos que trabalham com Alimentação, principalmente para coletividades. Consolidando o sentido de comunidade da ABERC, profissionais e entidades poderão ter o nosso Manual. Consoante à mesma diretriz foram neles inseridas as traduções das REGRAS DE OURO, da WHO - World Health Organization (Organização Mundial da Saúde), e das NORMAS TÉCNICAS DO "CODEX ALIMENTARIUS" , da FAO - Food and Agriculture Organization of the United Nations (Organização de Alimentos e Agricultura das Nações Unidas). EURICO VARELA Presidente ABERC - Gestão 94/95 29 ABERC Associação Brasileira das Empresas de Refeições Coletivas MANUAL ABERC de Práticas de Elaboração e Serviço de Refeições para Coletividades 1a e 2a Edições Realização da COMISSÃO TÉCNICO-OPERACIONAL EM 1994: Coordenador da Comissão (94/95): Dr. Paulo Bertacco Coordenador Técnico: Dr. Eneo Alves da Silva Jr. Coordenadora de Editoração (94/95): Dra. Oníria Arruda Figueiredo Comissão que elaborou o Manual em 1994: Dra. Al1aMaria P. A. Taricano (SILLUS) Dra. Catarina T. Tongu (BIMI) Dra. Cátia Vergaças Daher (ABELA) Dra. Celina Kamon Imaeda (BOM GOURMET) Dra. Cristina Giordani Paschoal (BOM GOURMET) Dra. Doris Deborah Massulo (TICKET SERVo - GR) Dra. Elaine Cristina Lach (SEIVA) Dra. Lenir Piccolotto Nori (LC) Dra. Maria Tereza Casulli (ALLISERV) Dra. Maristela de Amorim Marchezetti (EXAL) Dra. Oníria Arruda Figueiredo (ALLISERV) Dra. Regina de Moura Danzi (SERVEBEM) Dra. Regina Helena S. P. Agneli (NUTRIN) Dra. Rosa Perrucci (EXCEL) Dra. Rosana Pereira dos Anjos (NUTRITIVA) Dra. Sílvia Dollo (INDUSERVICE) Dra. Solemar Ap. Ciampone (LC) Sra. Ivone Ap. de Cristofaro (ELBON) CREA: 177990 CRN-3: 2721 CRN-3: 2768 CRN-3: 3008 CRN-3: 1274 CRN-3: 3154 CRN-3: 3654 CRN-3: 1149 CRN-3: 1967 CRN-3: 1797 CRN-3: 1088 CRN-3: 2881 CRN-3: 2458 CRN-3: 3161 CRN-3: 4487/P CRN-3: 0068 CRN-3: 2832 CRN-3: 100588 como também os coordenadores: Dr. Eneo Alves da Silva Jf. (CDL) Dr. Paulo Afonso Simão Bertacco (NUTRITIVA) 31 SUMÁRIO I - UNIDADE DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO (UAN) CONDIÇÕES ESTRUTURAIS: EDIFÍCIOS E INSTALAÇÕES A) - CONDIÇÕES ESTRUTURAIS/ EDIFICAÇÃO A I) Planejamento A2) Áreas Externas A3) Localização A4) Configuração geométrica A5) Iluminação A6) Ventilação, temperatura e umidade A7) Cor A8) Sonorização A9) Pisos e Ralos A 1O) Paredes e divisórias A I I) Portas e janelas A12) Forros e tetos A 13) Instalações Hidráulicas, Caixa d'água, Abastecimento de água A 14) Outras condições estruturais B) - ÁREAS DA UNIDADE DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO (UAN) B I) Área para recebi mento de mercadorias B2) Área de inspeção, pesagem e higienização de mercadorias B3) Área para armazenamento à temperatura ambiente B4) Área para armazenamento à temperatura controlada B5) Área para pré-preparo e preparo B.5.1) - Área para preparação de carnes vermelhas, aves e pescados B.5.2) - Área para preparação de hortifruti B.5.3) - Área para preparação de massas e sobremesas B.S.4) - Área para outros preparos B6) Área para cocção B7) Área para higienização de mãos B8) Área para expedição das preparações B9) Área para higienização dos utensílios usados no processamento B 10) Área para distribuição das refeições B 11) Área de consumação / refeitório / salão de refeições B 12) Área para higienização de bandejas e utensílios de mesa B 13) Área para sala da administração B 14) Área para descarte de embalagens B 15) Área para depósito de lixo B 16) Área para guarda de botijões de gás (GLP) B 17) Área para depósito e higienização do material de limpeza B 18) Área para instalações sanitárias e vestiários C) - EQUIPAMENTOS E UTENSÍLIOS C I) Equipamentos C2) Móveis C3) Utensílios 43 45 45 45 45 45 46 47 47 47 48 48 48 49 49 50 51 51 51 51 52 52 53 53 53 53 53 53 54 54 54 54 55 55 55 55 55 56 56 57 57 58 58 33 II-AVALIAÇÃO TÉCNICA DE FORNECEDORES 59 A) - AVALIAÇÃO DE FORNECEDORES 61 B) - REQUISITOS MÍNIMOS PARA QUALIFICAR FORNECEDOR 61 C) - AVALIAÇÃO TÉCNICA DE PROCEDIMENTOS E PROCESSOS PRODUTIVOS 62 C 1)Manipuladores C2) Matéria prima C3) Fluxo de produção C4) Armazenamento de produtos processados C5) Empacotamento do produto final C6) Controle de Qualidade do produto final C7) Visitantes62 62 62 63 63 63 63 D) - TRANSPORTE DA MATÉRIA PRIMA, PRODUTOS SEMI ELABORADOS E PRODUTOS PRONTOS 64 DI) PORTARIA CVS 15 DE 7/11/91 - CENTRO DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA 64 Características mínimas necessárias dos meios de transporte de acordo com o produto (Anexo da Portaria) 68 111- HIGIENE DOS MANIPULADORES 69 ~ ---- A) - HIGIENE PESSOAL 71 r-.. AI) Higiene corporal 71 r"' A2) Higiene das mãos 72 »-r-; A.2.1) - Frequência obrigatória para lavar as mãos 72 ---- A.2.2) - Procedimentos para higienização e antissepsia das mãos 72 ,-.., A.2.3) - Uso de escova para unhas 73 A3) Utilização de luvas 73 A.3.1) - Uso de luvas descartáveis 73..-.. A.3.2) - Uso de luvas de malha de aço 74 '" A.3.3) - Uso de luvas térmicas 74 ~ A.3.4) - Uso de luvas de borracha/Cano longo 74 ~ ---o B) - UNIFORMES 75 ,,-,. B 1) Considerações gerais 75 ,-... B2) Uso de máscaras 75 - ""' C) - HÁBITOS PESSOAIS DOS MANIPULADORES 76 ~ ,-.. D) - CONTROLE DE SAÚDE DOS MANIPULADORES 77 """' '"' "'"' E) - VISITANTES 78 F) - LEGISLAÇÃO REFERENTE À ANTISSEPSIA DAS MÃOS 78 35 C) - PERIODICIDADE DA LIMPEZA - "Quadro-resumo" ~ " »< 79 81 81 82 82 ~ 82 83 83 83 .----' 83 84 84 84 ~ 85 85 86 86 86 87 87 87 87 -r--, 88 88 89 89 r---. 92 93 .-" 94 94 94 95 96 97 " 97 97 IV - HIGIENE AMBIENTAL A) - HIGIENE DAS INSTALAÇÕES AI) Ambiente em geral A2) Ambiente em geral "Uso Racional da Água" A3) Paredes A4) Pisos e rodapés A5) Janelas e portas A6) Telas A7) Luminárias, interruptores, tomadas e outros A8) Bancadas e mesas de apoio A9) Ralos A IO) Teto ou forro AlI) Condutas em relação ao lixo e resíduos B) - HIGIENE DE UTENSÍLIOS, EQUIPAMENTOS E MATERIAIS AFINS B I) Higienização manual de utensílios B2) Higienização mecânica de utensílios B3) Higienização de equipamentos em geral B4) Higienização da máquina de suco B5) Higienização de refrigeradores, câmaras e freezeres B6) Higienização do sistema de exaustão B7) Higienização do balcão térmico B8) Higienização de panos B9) Higienização de caldeiras B IO) Higienização de caixa de gordura B I I) Higienização da caixa d' água Recomendações da SABESP D) - LEGISLAÇÃO REFERENTE À HIGIENIZAÇÃO DE UTENSÍLIOS (Decreto n° 7206 de 3/12/75 - D.O. de 4/l2/75) E) - RECOMENDAÇÕES COMPLEMENTARES PI HIGIENE AMBIENTAL E I) Recomendações Gerais E2) Controle Integrado de Pragas E3) Notas importantes relativas à Higiene Ambienta] E4) Produtos permitidos para desinfecção ambiental E5) Diluições de produtos para desinfecção ambienta1. E.5.l) - Solução clorada a 200 ppm - 250 ppm E.5.2) - Solução clorada a 20 - 25 ppm (para desinfecção de caixa d'água) v - POI>s- PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS PADRONIZADOS 99 A) - POPs - PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS PADRONIZADOS RDC N°216 DE 15 DE SETEMBRO DE 2004 - ANVISA 101 AI) A ABERC E OS POPs A.l.I) - Objetivo A.l.2) - Campo de aplicação A. 1.3) - Definição A.IA) - Documentação A.I .5) - Responsabilidade A.I.6) - Descritivo Técnico A.I.7) - Monitoramento A.1.8) - Registro A.I.9) - Ação Corretiva A.I.I0) - Verificação 102 102 102 102 102 102 102 102 102 102 102 VI - HIGIENE DOS ALIMENTOS 103 A) - DEFINIÇÕES DAS ETAPAS BÁSICAS DOS FLUXOS OPERACIONAIS AI) Recebimento A2) Armazenamento A.2.I) - Armazenamento sob Congelamento A.2.2) - Armazenamento sob Refrigeração A.2.3) - Armazenamento em Estoque Seco A3) Resfriamento A4) Refrigeração AS) Congelamento A6) Descongelamento A7) Pré-preparo / Preparação A8) Reconstituição A9) Dessalgue AIO) Cocção AlI) Espera pós-cocção A 12) Porcionamento A 13) Reaquecimento A 14) Espera para fornecimento / distribuição A 15) Distribuição B3) Recebimento de carnes B.3.1) - Recomendações B.3.2) - Temperaturas recomendadas para o recebimento 105 105 105 105 105 105 105 105 105 105 106 106 106 106 106 106 106 106 106 107 107 108 108 108 108 108 108 B) - PROCEDIMENTOS PARA O RECEBIMENTO B 1) Recomendações gerais B2) Recebimento de produtos quentes B .2.1) - Recomendações B.2.2) - Temperaturas recomendadas para o recebimento B4) Recebimento de hortifrutis B .4.1) - Recomendações BA.2) - Temperaturas recomendadas para o recebimento 109 109 109 37 B5) Recebimento de leite e derivados B.5.1) - Recomendações B.5.2) - Temperatura recomendada para o recebimento B6) Recebimento de estocáveis B.6.1) - Recomendações B.6.2) - Temperatura recomendada para o recebimento B7) Recebimento de massas frescas e doces confeitados B.7 .1) - Recomendações B.7.2) - Temperatura recomendada para o recebimento B8) Recebimento de sucos B.8.1) - Recomendações B.8.2) - Temperaturas recomendadas para o recebimento B9) Critérios de temperatura no recebimento da matéria-prima / Quadro Resumo B 10) Recebimento de descartáveis, produtos e materiais de limpeza C) - PROCEDIMENTOS PARA O ARMAZENAMENTO C 1) Recomendações básicas C2) Critérios gerais para o armazenamento da matéria-prima C3) Recomendações para o armazenamento pós-manipulação C4) Sistema de etiquetas de identificação C.4.1) - Modelos de etiqueta C.4.2) - Prazo de validade dos produtos. C5) Critérios de Uso C6) Armazenamento de descartáveis, produtos e materiais de limpeza D) - PROCEDIMENTOS PARA A REFRIGERAÇÃO E O CONGELAMENTO DI) Recomendações básicas D2) Critérios de temperatura e tempo para o resfriamento seguro D3) Critérios de temperatura e tempo para a refrigeração D4) Critérios de temperatura e tempo para o congelamento E) - PROCEDIMENTOS PARA O DESCONGELAMENTO E 1) Recomendações básicas F) - PROCEDIMENTOS PARA O PRÉ-PREPARO E A PREPARAÇÃO FI) Recomendações para os alimentos em geral F2) Recomendações para os alimentos enlatados e em outras embalagens F3) Recomendações para os cereais e leguminosas F4) Recomendações para carnes F5) Recomendações para o dessalgue F6) Recomendações para alimentos perecíveis em geral F7) Recomendações para os hortifrutis F.7.1) - Procedimentos gerais para hortifrutis F.7.2) - Procedimentos especiais para hortifrutis F.7.3) - Recomendações para ovos F8) Produtos recomendados para desinfecção dos alimentos F9) Diluição de Produtos para desinfecção dos alimentos 109 109 109 109 109 109 110 110 110 110 110 110 110 11 1 III 111 112 114 I15 115 115 116 117 117 117 118 118 119 119 119 120 120 120 '" 121 121 121 122 " 122 122 122 123 124 124 .~ F.9.1) - Solução clorada a 200 ppm - 250 ppm 124 G) - PROCEDIMENTOS PARA A COCçÃO E O REAQUECIMENTO 125 G 1) Recomendações gerais 125 G2) Recomendações para óleo de fritura em tachos ou panelas 126 G3) Recomendações pl óleo de fritura (equipamentos cl filtros e controle de temperatura) 126 H) - PROCEDIMENTOS PARA O PORCIONAMENTO 127 1) - PROCEDIMENTOS PARA A ESPERA 11) Espera pós-cocção 12) Espera para o fornecimento ou a distribuição 127 127 127 J) - PROCEDIMENTOS PARA A DISTRillUIÇÃO 11) Recomendações gerais J2) Condutas e critérios para distribuição de alimentos quentes B) Condutas e critérios para distribuição de alimentos frios J4) Controle de alimentos prontos (colheita de amostras de refeições) 128 128 128 128 129 L) - PROCEDIMENTOS PARA A UTILIZAÇÃO DE SOBRAS 129 LI) Tipos de sobras L2) Utilização de sobras L3) Condutas para utilização de sobras de alimentos quentes L4) Condutas para utilização de sobras de alimentos frios LS) Considerações finais sobre utilização e doação de sobras 129 129 129 130 130 M) - PROCEDIMENTOS PARA O TRANSPORTE DE REFEIÇÕES Ml) Recomendações gerais 131 131 N) - PROCEDIMENTOS FRENTE AOS RISCOS DE CONTAMINAÇÃO 132 O) - PROCEDIMENTOS PARA A UTUJZAÇÃO DE TERMÔMETROS O I) Recomendações para a correta medição das temperaturas 02) Recomendações para a medição durante a distribuição de refeições 03) Monitoramentoe controle das temperaturas 133 133 133 133 P) - PROCEDIMENTOS PARA O CONTROLE DA 'ÁGUA PARA CONSUMO" P 1) Recomendações gerais P2) Padrões para análise microbiológica da água 134 134 '134 39 VII - USO RACIONAL DA ÁGUA A) - INTRODUÇÃO 135 137 B) - INFORMAÇÕES BÁSICAS SOBRE O PROGRAMA 138 C) - CONSUMO DE ÁGUA EM UNIDADES DE ALIMENTAÇÃO Cl) Apresentação do Programa desenvolvido pela SABESP C2) Observações levantadas na fase do Projeto-Piloto C3) Procedimentos sugeridos pelo PROGRAMA da SAJ3ESP C4) Implantação do Programa "USO RACIONAL DA AGUA" 139 139 139 140 141 VIII - MICROIHOLOGIA DE ALIMENTOS (NOÇÕES BÁSICAS) por Dr. Eneo Alves da Silva Lunior 143 A) - CONTAMINAÇÃO MICROBIOLÓGICA DOENÇAS RELACIONADAS AO CONSUMO DE AUMENTOS DOENÇAS AUMENTARES - CLASSIFICAÇÃO DOENÇAS TRANSMITIDAS POR AUMENTOS 145 145 145 147 B) - AGENTES ETIOLÓGICOS 149 B 1) CAUSADORES DE GASTRENTERITES COM TOXINA PRODUZIDA NO AUMENTO 149 B2) CAUSADORES DE GASTRENTERITES COM TOXINA PRODUZIDA NO INTESTINO 150 C) - ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO PARA AVALIAÇÃO DE SURTOS DE D.T.AS.- DOENÇAS TRANSMITIDAS POR AUMENTOS 151 D) - AMOSTRAS DE ALIMENTOS PARA ANÁLISES MICROBIOLÓGICAS 152 E) - PROCEDIMENTOS P/ COLETA E TRANSPORTE DE AMOSTRAS 155 F) - LAUDOS DE ANÁLISES MICROBIOLÓGICAS DE ALIMENTOS E SUA RELAÇÃO COMO INDICADORES DE D.T.As ANVISA - AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA RESOL UCÃO RDC N° 12 de 2 de J anei ro de 2001 DOU 10/0 1/2001 156 IX - SISTEMA APPCC / (NOÇÕES BÁSICAS) por Dr. Eneo Alves da Silva Lunior 159 A) - INTRODUÇÃO B) - SÍNTESE DO SISTEMA APPCC 161 163 C) - IMPLANTAÇÃO DO SISTEMA APPCC D) - DEFINIÇÕES DO SISTEMA APPCC 164 165 E) - DETALHAMENTO DO MÉTODO APPCC El) Perigo (Hazard) E2) Severidade (Severity) E3) Pontos Críticos (Critical Points) E4) Ponto Crítico de Controle (Critical Control Point) E5) Critérios (Criteria) E.5.1) - Critérios técnicos E.5.2) - Critérios de temperatura e tempo E.5.3) - Critérios de higiene E.5.4) - Critérios de saúde E6) Monitoramento (Monitoring) E7) Risco (Risk) E8) Verificação (Verification) E9) Fluxograma (Draw food-flow diagram) 167 167 167 167 168 169 169 170 171 172 172 172 173 173 F) - PRINCIPAIS ETAPAS E AVALIAÇÃO DOS PCs e dos PCCs. 174 x -RESIJONSABILIDADE TÉCNICA 175 A) - PORTARIA N° 1428 - 26/11/93 - MINISTÉRIO DA SAÚDE 177 AI) Resumo da Legislação 177 A2) Obrigatoriedade do serviço médico-laboratorial p/ funcionários de empresas na área de Alimentos A3) Referências bibliográficas oficiais da Portaria 1428 178 179 B) LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR SOBRE RESPONSABILIDADE TÉCNICA 180 XI - LEGISLAÇÃO 181 LEGISLAÇÃO ENVOLVIDA COM PRODUTOS/ PROCESSOS E MANWULADORES, NO CONTROLE HIGIÊNICO-SANITÁRIOS DE AUMENTOS 183 A - Geral B - Boas Práticas de Manipulação C - Licença e Autorização de Funcionamento/Cadastro Estadual e Municipal D - Rotulagem de Produtos E - Registro e Dispensa de Registro de Produtos 183 185 193 194 196 * BIBLIOGRAFIA * 197 A) PUBLICAÇÕES OFICIAIS QUE EMBASAM ESTE MANUAL AI) Federal A2) Estadual! São Paulo 199 199 199 41 A3) Municipal/ São Paulo A4) Definições Específicas 200 200 B) BIBLIOGRAFIA DE APOIO C) CRITÉRIOS REVISADOS BASEADOS NAS SEGUINTES REFERÊNCIAS 201 204 * APÊNDICE * 205 A) REGRASDEOURODAOMSSOBREAPREPARAÇÃOINÓCUADOSALIMENTOS 207 B) CINCO CHAVES PARA A INOCUIDADE DOS ALIMENTOS 210 (OPAS - ORGANIZAÇÃO PANAMERICANA DA SAÚDE) C) ANÁLISE SENSORIAL DE ALIMENTOS E BEBIDAS - ABNT - NBR 12806 213 D)GLOSSÁRIO 214 DI) Algumas definições importantes 214 D2) Definições RDC 216/04 221 D3) Definições Portaria 2619/11 223 r-., .--., I ~, ~ " " r-r-; rr>; '"" '""- UNIDADE DE ALIMENTAÇAO E NUTRIÇAO (UAN) CONDIÇÕES ESTRUTURAIS: EDIFÍCIOS E INSTALAÇÕES r>. 43 A) - CONDIÇÕES ESTRUTURAIS: EDIFÍCIOS E INSTALAÇÕES AI) - PLANEJAMENTO A fase de planejamento físico da Unidade de Alimentação e Nutrição (UAN) deve ser realizada por uma equipe multiprofissional, sendo imprescindível a presença do profissional que entenda sobre Gestão de Unidade de Alimentação e Nutrição. O planejamento deve ser detalhado desde a sua instalação, aquisição de equipamentos e organização até a implantação do serviço. Para o cálculo de área, são vários os itens considerados, influindo nesta etapa: o número de refeições a serem servidas, o sistema de distribuição empregado, a diversificação do serviço, a quantidade do pessoal operacional, o tipo e a quantidade de equipamentos, entre outros aspectos. Na escolha e dimensionamento dos equipamentos é importante diversificar o tipo de energia (gás, eletricidade, vapor, etc.) para o funcionamento dos mesmos, de modo a evitar sobrecargas e/ ou interrupção total de serviço, na eventual ausência de um tipo de energia. A2) - ÁREAS EXtERNAS A construção da Unidade de Alimentação deve ser em área onde os arredores sejam pavimentados e não ofereçam riscos às condições gerais de higiene e sanidade, ou seja, em área livre de focos de insalubridade, de lixo, objetos em desuso, animais, insetos e roedores. O acesso deve ser direto e independente, não comum "a outros usos (habitação). O ideal é que possuam calçadas contornando as instalações, de pelo menos 1 metro de largura e com declive suficiente para o escoamento. Os pátios e vias de circulação ao redor das áreas de recebimento e expedição de alimentos devem ter piso resistente ao trânsito sobre rodas. A3) - LOCALIZAÇÃO A UAN (Unidade de Alimentação e Nutrição) deve, sempre que possível, localizar-se em pavimento térreo, de forma a proporcionar fácil acesso externo para abastecimento, iluminação natural e ótimas condições de ventilação. Na impossibilidade da localização no andar térreo, sugere-se a instalação de elevadores e/ou monta cargas específicos. Seu projeto, suas instalações e suas áreas circundantes devem facilitar as operações de manutenção e jimpeza, evitar as contaminações ambientais e impedir a entrada e/ou proliferação de animais, pássaros, insetos, roedores e demais pragas. A4) - CONFIGURAÇÃO GEOMÉTRICA Tecnicamente, a forma mais indicada é a retangular, desde que o comprimento não exceda mais de 1,5 a 2 vezes a largura e os cantos entre pisos e paredes sejam arredondados. Esta forma, além de propiciar melhor disposição dos equipamentos, minimiza caminhadas supérfluas e conflitos de circulação, reduz as fases operacionais, facilita a higienização e a supervisão dos trabalhos. A configuração das áreas de preparação dos alimentos deve propiciar um fluxo linear, sem cruzamento de atividades entre os vários gêneros de alimentos. Se não houver áreas separadas para os vários gêneros, deve existir no mínimo um local para pré-preparo (produtos crus), um local para preparo final (produção quente e produção fria), além das áreas de retorno de bandejas sujas e área de lavagem de utensílios, evitando a contaminação cruzada. Importante observar que as áreas de tráfego devem ter no mínimo 1,5m, sendo recomendado cerca de O,90m de espaço entre os equipamentos e 1,20m distante das panelas a vapor. Evitar degraus, adotando rampas com revestimento antiderrapante 45 A5) - ILUMINAÇÃO A iluminação deve ser distribuída uniformemente pelo ambiente, garantindo boa visibilidade, livre de ofuscamentos, sombras, cantos escuros, reflexos fortes e contrastes excessivos. Deve incidir numa direção que não prejudique os movimentos nem a visão dos manipuladores. A iluminação mais recomendada é a natural. A iluminação artificial, quando necessária, deve ser de natureza tal que não altere as características sensoriais (visuais) dos alimentos. As lâmpadas e luminárias devem possuir sistema de segurança contra explosão e quedas acidentais. Não é recomendável que sejam instaladas sobre linha de produção ou transporte de insumos e produtos. Devem estar limpas e em bom estado deconservação. Todo o sistema elétrico deve apresentar-se em bom estado de conservação e possuir conexões isoladas que possibilitem a limpeza. Recomenda-se seguir os padrões indicados a seguir para cada área: • Áreas de inspeção = 1000 lux • Áreas de processamento = 250 lux • Outras áreas = 150 lux NOTA: Cálculo da Intensidade de Iluminação: LUX lLUX = Intensidade de Iluminação = 1 LUMEM/m2 LUMEM = fluxo luminoso W = potência instalada em Watts O = fluxo luminoso (lumem) E = intensidade desejada em LUX A = área a ser iluminada N = eficiência de distribuição do fluxo sobre a área (= 0,5) Fator de correção = p/compensar a perda de fluxo luminoso da lâmpada quando velha (= 1,25) FÓRMULA: => => O = E x 1,25 x A N LÂMPADA INCANDESCENTE: (de tungstênio) = 10 lumem/watt LÂMPADA FLUORESCENTE OU VAPOR DE MERCÚRIO ....................... = 50 lumem/watt Exemplo: E = 1000 LUX e A = 50 m2, logo: O = E x 1,25 x A = 1000 x 1,25 x 50 N 0,5 => O = 125.000 lumcm No caso de adotar-se lâmpada fluorescente (= 50 lumem/watt): W = 125000 lumem = 2.500 Watts = 50 lâmpadas fluorescentes 50 lumem/watt A6) - VENTILAÇÃO, TEMPERATURA E UMIDADE A ventilação deve ser adequada para proporcionar a renovação do ar, remover o ar viciado, garantir o conforto térmico e manter o ambiente livre de fungos, gases, fumaça, gordura e condensação de vapores. O conforto térmico pode ser garantido por aberturas de paredes (janelas) que permitam a circulação natural do ar, com área equivalente a 1/8 da área do piso. Quando este conforto não puder ser assegurado por meio natural, o mais indicado é recorrer a meios artificiais. Nas áreas de manipulação e produção, a circulação de ar deve ser assegurada por meios naturais ou por equipamentos bem conservados e devidamente dimensionados, através de sistemas de insuflação de ar, controlado por filtros, ou sistemas de exaustão, não sendo permitido o uso de ventiladores, aparelhos de ar condicionado e c1imatizadores com aspersão de neblina. Nestas áreas, o fluxo de ar deve ser direcionado da área limpa para a área suja. Cabe ressaltar que o ar condicionado, o ventilador e o climatizador com aspersão de neblina são equipamentos que não atendem a estes requisitos e portanto não devem ser utilizados nas áreas de processamento e manipulação de alimentos. Para operações em Unidades de Alimentação, considera-se compatível uma temperatura de 22° a 26°C com umidade relativa de 50 a 60%. A7) - COR A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) determina as cores que devem ser usadas nos locais de trabalho para prevenir acidentes: • o vermelho é usado para distinguir e identificar equipamentos e aparelhos de proteção e combate a incêndio, sendo muito usado nas áreas de alarme, hidrantes, extintores de incêndio e portas de saída de emergência; • o amarelo é utilizado para indicar cuidado e atenção, sendo comum em parapeitos, corrimões, portas baixas de escadas, etc. • o verde indica segurança, sendo usado em caixas e equipamentos de socorro de urgência, quadro de avisos e exposição de cartazes e • o branco é empregado em áreas de bebedouros, áreas de armazenagem e zonas de segurança. Para as instalações das Unidades de Alimentação e Nutrição deve-se a utilizar cores claras, como branco, creme, areia e outras. A8) - SONORIZAÇÃO A sonorização é um fator importante a ser considerado nos projetos das Unidades de Alimentação e Nutrição, devido sua interferência no comportamento e produtividade dos funcionários. A partir deste conhecimento, deve-se observar: • Evitar ecos, ou seja, as paredes, quando paralelas, não devem ficar a mais de 17m de distância entre si, pois a produção de eco é facilitada a partir desta distância; • Evitar projetos com formas circulares ou côncavas, por concentrarem e conduzirem o som; • Evitar formas triangulares, com equipamentos distribuídos nos vértices do triângulo; • Não instalar equipamentos nos cantos ou junto às paredes, a fim de evitar reflexão de som; • Empregar materiais acústicos e isolantes para o teto e as paredes; • Aplicar material isolante nas bancadas de inox, antes de sua fixação; • Dar preferência a equipamentos silenciosos e carros que se movam sob rodízios de borracha; • Instalar sistema de som (música ambiente), que ajude a diminuir ruídos provocados pelos r-. equipamentos e trabalhadores. 47 A9) - PISO E RALOS O piso deve ser de cor clara e mantido em bom estado de conservação, ou seja, livre de defeitos, rachaduras, trincas e/ou buracos. Deve ser constituído de material liso, antiderrapante, impermeável, lavável, resistente ao tráfego e ao ataque de substâncias corrosivas, e ainda ser de fácil higienização (lavagem e desinfecção), não permitindo o acúmulo de alimentos ou sujidades. O piso deve ter inclinação suficiente para o escoamento de água em direção aos ralos, não permitindo que a mesma fique estagnada. Em áreas que permitam sua existência, os ralos devem ser sifonados, para impedir a entrada de roedores, e devem possuir grelhas com proteção telada ou outro dispositivo adequado, que permita seu fechamento. Deve-se garantir ralos e grelhas em número suficiente ao escoamento dos líquidos e que estejam ligados a rede de esgotos. AIO) - PAREDES E DIVISÓRIAS As paredes devem ter acabamento liso, em cores claras, com características duráveis, impermeáveis, resistentes a limpezas frequentes e isentas de fungos e bolores. Devem ter ângulos arredondados no contato com o piso e teto, de preferência com raio mínimo de 5 em, para facilitar a limpeza. Quando azulejadas devem ser revestidas até a altura mínima de 2 metros, em bom estado de conservação, devendo estar livres de falhas, rachaduras, umidade, bolor e descascamentos. No caso deste tipo de revestimento, deve ficar no mesmo nível da. parede, sem nenhum vão e, se for utilizada divisória, não devem possuir vazios internos, para evitar presença de pragas. Indica-se a aplicação de cantoneiras e barras nos locais de movimentação dos carros para aumentar a resistência do material de revestimento. All) - PORTAS E JANELAS As portas devem ser de cores claras e possuir superfícies lisas, não absorventes e de fácil limpeza. Devem ainda, ser bem ajustadas aos batentes e ter fechamento automático, abertura máxima de I em do piso e proteção inferior nos rodapés. As entradas principais e acessos às câmaras frigoríficas devem ter mecanismos de proteção contra insetos e roedores, podendo-se utilizar cortinas de ar para estes fins. As janelas devem ter telas milimétricas, superfícies lisas e laváveis, bom estado de conservação, ausência de falhas de revestimento e ajustes perfeitos aos batentes. Devem ser fixas e utilizadas preferivelmente para iluminação. As janelas devem estar protegidas de maneira a não permitir a penetração direta do sol sobre os alimentos, superfície de trabalho ou equipamentos mais sensíveis ao calor. Quando usadas para ventilação, estas e outras aberturas devem estar localizadas na parte superior das paredes, uma vez que o ar quente tende a subir, ressaltando-se também a necessidade da instalação de telas. As telas devem ser mantidas em bom estado de conservação, serem facilmente removíveis para limpeza e possuírem abertura menor ou igual a 2 mm. A12) - FORROS E TETOS O teto deve ser isento de vazamentos e goteiras. Deve-se evitar a utilização de telhas que permitam a ocorrência de respingos. O acabamento deve ser liso, impermeável, lavável, em cor clara e em bom estado de conservação. O forro deve ser livre de trincas, rachaduras, umidade, bolor e descascamentos. Deve estar em perfeitas condições de limpeza e não deve possuir aberturas que não estejam protegidas com tela milimétrica ou material similar, removível para limpeza. Entre as paredes e o teto não devem existir aberturas e/ou bordas que propiciem a entrada de pragas e formação de ninhos. O pé direito normal é de 3 m no térreo e 2,7 m nos andares superiores.Recomenda-se que estruturas aéreas e/ou subterrâneas, quando existentes, sejam de fácil limpeza. A13) - INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS, CAIXAD' ÁGUA E ABASIECIMENTO DE ÁGUA O abastecimento de água potável deve estar ligado à rede pública, ou outra fonte com potabilidade atestada. Em ambos os casos, a potabilidade deve ser atestada através de laudo de análise periódica, válido por 6 meses. A água para consumo deve ser Iímpida, transparente, insípida e inodora. A água utilizada para o consumo direto, ou no preparo dos alimentos, deve ser controlada, independente das rotinas de manipulação dos alimentos. A existência de reservatório de água é obrigatória. O reservatório de água deve ser provido de superfície lisa, impermeável, feita de material atóxico, inodoro e resistente aos produtos e processos de higienização; ter capacidade e pressão suficientes e fácil acesso para higienização e inspeção; isento de rachaduras, livre de infiltrações e deve ser mantido sempre tampado. Além disso, deve ser limpo e desinfetado nas seguintes situações: >- quando for instalado >- a cada 6 meses >- na ocorrência de acidentes que possam contaminar a água (animais, sujeira, enchentes) Para higiene (lavagem e desinfecção) dos reservatórios, devem ser utilizadas metodologias oficiais. É permitida a utilização de sistema alternativo de abastecimento de água isolada ou integrada com o sistema público, porém somente após a outorga da licença concedida pela autoridade sanitária competente. As águas de poços, minas e outras fontes alternativas, para serem usadas, devem estar livres de risco de contaminação (fossa, lixo, pocilga) e devem ser submetidas a tratamento de desinfecção, de acordo com orientação da Vigilância Sanitária local. Independente do tipo de fonte de abastecimento, após a desinfecção da água e/ou do reservatório, deve-se realizar a análise bacteriológica da água, em laboratório próprio ou terceirizado. O vapor, quando utilizado em contato com produtos ou superfícies que entram em contato com alimentos, não pode representar riscos de contaminação. O gelo para utilização em alimentos deve ser fabricado com água potável, de acordo com os Padrões de Identidade e Qualidade vigentes. 49 A14) - OUTRAS CONDIÇÕES ESTRUTURAIS As áreas das Unidades de Alimentação devem contar com suprimento adequado de eletricidade monofásica e trifásica; gás; água tratada (fria e quente) e esgoto. Os dejetos devem ter ligação direta com a rede de esgoto ou, quando necessano, devem ser tratados adequadamente para serem eliminados de acordo com recomendações do órgão governamental competente. A caixa de gordura e a de esgoto não podem localizar-se no interior das áreas de processamento de alimentos. Devem possuir dimensão compatível ao volume de resíduos, apresentando-se em adequado estado de conservação e funcionamento. Quando forem necessárias reformas civis, devem ser executadas fora do horário de preparo dos alimentos ou de forma que não cause a contaminação destes. B) - ÁREAS DA UNIDADE DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO (UAN) Essas áreas devem seguir uma linha racional de produção, obedecer a um fluxo coerente e evitar cruzamentos entre as atividades. Na total impossibilidade de áreas separadas para cada gênero, deve-se prever no mínimo um local para preparo de produtos crus e outro para produtos prontos. Além disso, as áreas devem impedir a contaminação cruzada entre alimentos e/ou utensílios limpos e o retorno de utensílios sujos. Bl) - ÁREA PARA RECEBIMENTO DE MERCADORIAS A UAN necessita de área própria para o recebimento de mercadorias situada, de preferência, em áreas externas ao prédio, e próximo à estocagem. Esta deve ser de fácil acesso aos fornecedores e ser provida de plataforma de descarga, rampa e marquise para proteção dos produtos na hora da entrega. Não deve existir cruzamento de matérias-primas C lixo. Recomenda-se que esta área tenha pia para pré-higiene dos vegetais e outros produtos. B2) - ÁREA DE INSPEÇÃO, PESAGEM E HIGIENIZAÇÃO DE MERCADORIAS Este local constitui-se num prolongamento da plataforma de descarga, evitando-se as áreas de circulação. Recomenda-se que esta área disponha de espaço suficiente para acomodar a mercadoria no momento do controle e que seja aparelhada com balança tipo plataforma, carros para transporte e tanques ou calhas para pré-higiene das verduras e frutas antes do seu armazenamento. Recomenda-se a existência de um esguicho de pressão para auxiliar nestes procedimentos. Neste caso, o esguicho deve ser dotado de suporte adequado para guardar a mangueira longe do piso, quando fora de uso. B3) - ÁREA PARA ARMAZENAMENTO À TEMPERATURA AMBIENTE Para esta área, são importantes as seguintes condições e características: • Porta única, larga e alta, simples ou em seções, dotadas de fechamento automático; • borracha de vedação na parte inferior das portas (protetores contra insetos e roedores); • piso em materiallavável e resistente; • ausência de ralos para o escoamento de água; • boa iluminação; • ventilação, cruzada ou mecânica, que permita ampla circulação de ar entre as mercadorias; • janelas e aberturas dotadas de telas milimétricas; • temperatura não superior a 26°C; • umidade relativa do ar em torno de 50 a 60%; • inexistência de tubulações de água e de vapor; • prateleiras localizadas a 25cm do piso, com profundidade não superior a 45cm e dispostas de forma que os alimentos fiquem distantes 45cm (depósito) ou no mínimo lOcm (despensa) da parede e 60cm do forro; • estrados pl sacarias, móveis ou fixos, fenestrados, cl pés protegidos com canoplas, elevados do piso no mínimo 25cm quando fixos, instalados de forma que os produtos fiquem distantes 40cm da parede e 60cm do forro, recomendando-se que sejam de material liso, resistente, impermeável e lavável; • locais distintos para armazenagem de produtos de limpeza, higiene, perfumaria, outros produtos químicos e descartáveis, separados dos alimentos. A dimensão da área deve ser compatível com o volume a ser armazenado, isolado por barreiras físicas do ambiente externo e das demais áreas com atividades distintas. 51 Nesta área não devem existir equipamentos (refrigerador, freezer, aquecedor, tubulações de água, vapor, etc.) que possam alterar as condições térmicas ambientais ou a umidade relativa do ar, o que pode interferir na qualidade e nas condições sensoriais dos alimentos. A mesa do estoquista pode permanecer nesta área desde que não interfira no controle de qualidade dos alimentos e/ou no fluxo de armazenamento. B4) . ÁREA PARA ARMAZENAMENTO À TEMPERATURA CONTROLADA Esta área destina-se à estocagem de gêneros perecíveis ou rapidamente deterioráveis em temperatura ambiente. Devido à diversificação das características dos alimentos utilizados, recomenda-se a instalação de câmaras frigoríficas ou refrigeradores em número suficiente para atender a conservação de: • pescados e seus produtos manipulados • até 2°C • carnes e aves refrigeradas, seus produtos manipulados • até 4°C crus e alimentos prontos • sobremesas, massas, frios, laticínios e sucos • até 8°C • hortifrútis e ovos • até 10°C, E importante ressaltar que o ideal é que estes gêneros sejam armazenados separadamente, sempre observando-se o seu prazo para consumo. Entretanto, no caso de possuir apenas 1 (uma) câmara ou refrigerador, a temperatura deve ser regulada para. o alimento que requeira a menor temperatura. A necessidade da instalação de freezer ou câmara de congelamento (-5°C/-18°C) varia de acordo com as facilidades de abastecimento, frequência de uso e quantidade adquirida. É importante que as câmaras apresentem as seguintes características: • antecâmara para proteção térmica; • revestimento de materiallavável e resistente; • nível do piso igual ao da área externa, p/ facilitar o transporte de mercadorias pelos carros; • inexistência de ralos internos, mesmo quando sifonados; • termômetro, tipo mostrador,permitindo a leitura pelo lado externo; • interruptor de segurança localizado na parte externa da unidade refrigerada, com lâmpada piloto indicadora da condição "ligado-desligado"; • prateleiras em aço inox, ou outro material apropriado, que mantenham distância mínima de 25cm do piso e 60 em do forro e de preferência moduladas(flexibilidade p/ novos arranjos); • porta hermética, revestida em aço inox ou outro material adequado, com ferragens cromadas e dispositivos de segurança que permitam abertura por dentro; • sensor de temperatura do ar interno, instalado no local mais quente da câmara. BS) - ÁREA PARA PRÉ-PREPARO E PREPARO As operações preliminares de confecção são realizadas nesta área, comumente subdivida em: • preparação de carnes; • preparação de verduras e frutas; • preparação de massas e sobremesas e • outras preparações. É importante que estas áreas disponham de pia com sistema completo para higienização das mãos, conforme descrito no capítulo lU -Higiene dos Manipuladores. B.S.1) - Área para a preparação de carnes vermelhas, aves e pescados: Independente do número de refeições, esta é uma área necessária a qualquer Unidade de Alimentação e deve dispor de pelo menos uma bancada com tampo de inox ou outro material adequado para manipulação das carnes e um balcão com cuba, onde devem ser dispostos os equipamentos necessários. As bancadas devem ser dispostas de modo a impedir o cruzamento das atividades. O ideal é que seja climatizada entre 12°C a 18°C. B.S.2) - Área para preparação de hortifrutis: Esta área deve ser dotada de bancada com tampo de inox ou outro material adequado; cubas suficientes para a correta lavagem, desinfecção e enxágue dos vegetais; mesas de apoio e local para dispor todos os equipamentos necessários. B.S.3) - Área para preparação de massas e sobremesas: Deve possuir bancada com tampo de inox ou outro material adequado (liso, impermeável e de fácil higienização); cubas, mesas de apoio, tampo de mármore e local para dispor os equipamentos. B.S.4) - Área para outros preparos: No caso de previsão de refeições como lanches, desjejum, café e dietas, devem ser planejadas áreas específicas para estes fins. Para o dimensionamento da quantidade, tamanho e tipos de cubas, balcões e equipamentos da área de processamento, deve-se considerar o número de refeições, padrões de cardápios, sistema e modalidade de distribuição, entre outros fatores, de modo que não ocorra cruzamento das atividades. B~-ÁREAPARACOCÇÃO A área destinada para cocção deve situar-se entre as áreas de preparos prévios e a expedição das preparações. Os equipamentos necessários a esta fase devem ser organizados segundo um fluxo racional e apoiados sobre balcões específicos. Nesta área devem permanecer apenas os equipamentos destinados ao preparo de alimentos quentes, não devendo ter refrigeradores ou congeladores porque o calor excessivo compromete o funcionamento de seus motores e consequentemente a garantia da temperatura específica de cada gênero. É importante que esta área disponha de uma pia com sistema completo para higiene das mãos. B7) - ÁREA PARA HIGIENIZAÇÃO DE MÃOS Em todas as áreas de manipulação devem existir locais específicos para higienização das mãos (lavagem e antissepsia). Esses locais devem contar com: • lavatórios exclusivos para higiene das mãos; • água corrente, de preferência quente a 42°C, com misturador quente / frio; • torneiras acionadas por pedalou outro meio não manual; •. saboneteiras específicas para sabão líquido e para antisséptico alcoólico (álcool gel 70% ou similar) ou apenas uma para sabão antisséptico; • suporte para papel toalha não reciclado ou outro equipamento adequado para secar as mãos (ar quente); • cesto com tampa acionada sem o uso das mãos, para descarte dos papéis usados. 53 Na ausência de lavatórios em cada área de manipulação, é imprescindível a instalação de pelo menos um lavatório em ponto estratégico em relação ao fluxo de preparação dos alimentos. NOTA: Devido ao alto risco de contaminação qumuca dos alimentos, NÃO deve existir sabão e/ou antisséptico para higiene das mãos nas pias e bancadas utilizadas para manipulação e preparo de alimentos. B8) - ÁREA PARA EXPEDIÇÃO DAS PREI>ARAÇÕES Nos casos onde o refeitório é adjacente à cozinha, as refeições podem sair da área de cocção diretamente para a área de distribuição, através de carros transporte ou de "pass-through", para abastecimento do balcão de distribuição. Caso contrário, faz-se necessária a existência de uma área específica para expedição das preparações antes destas atingirem sua etapa final de distribuição local ou transportada. B9) - ÁREA PI IllGIENIZAÇÃO DE UTENSÍLIOS USADOS NO PROCESSAMENTO Deve ser separada e isolada da área de processamento, de preferência, delimitada por parede completa, porém sem prejuízo de iluminação e ventilação. Conforme o volume de refeições, justifica-se a instalação de esguicho de pressão cl suporte pl mangueira. É importante possuir: • suprimento de água quente e fria; • sistema de drenagem bem dimensionado; • local para dispor os utensílios que aguardam higienização; • cubas profundas e • local para guarda do material após a higienização. O retorno de utensílios sujos NÃO deve oferecer fiSCO de contaminação aos que já foram higienizados e guardados. BlO) - ÁREA PARA DISTRIBUIÇÃO DAS REFEIÇÕES O dimensionamento desta área está relacionado ao tipo ou modalidade de distribuição oferecida à clientela, bem como ao padrão de atendimento. Deve ter as mesmas características estruturais descritas para as áreas de processamento e deve contar com equipamentos adequados que atendam as características dos sistemas eleitos. Bll) - ÁREA DE CONSUMAÇÃO I REFEITÓRIO I SALÃO DE REFEIÇÕES A diversidade de salões por tipo de clientela ou turma de trabalho deve ser analisada de acordo com a política de cada empresa. Independente disso, no refeitório deve haver espaço suficiente para mesas e cadeiras com perfeita circulação entre elas. O refeitório deve ter as mesmas características estruturais descritas para as áreas de processamento, inclusive para instalação de lavatórios, e deve contar com equipamentos adequados que atendam as características dos sistemas eleitos. Os equipamentos que podem permanecer nos refeitórios são: balcão térmico (água entre 80°C a 90°C); estufa ou pass-trough (ambos, 65°C ); balcão refrigerado (pl manter os alimentos até 1QOC); equipamentos pl guarda e apoio de utensílios de mesa; refresqueiras, cafeteiras, bebedouros e geladeira pl bebidas. Os ornamentos e plantas não devem propIcIar contaminação dos alimentos. As plantas não devem ser adubadas com adubo orgânico e não devem estar entre o fluxo de ar e os alimentos, nem próximo a eles (sobre balcão de distribuição e/ou mesas dos usuários). Permite-se a existência de ventiladores no refeitório desde que o fluxo de ar não incida diretamente sobre os ornamentos, plantas e alimentos. B12) - ÁREA I>ARAHIGIENIZAÇÃO DE BANDEJAS E UTENSÍLIOS DE MESA Recomenda-se que esta área seja adjacente ao refeitório, comunicando-se com este através de guichê para recepção de material usado. O ideal é que o "lay-out" desta área esteja de acordo com o sistema de distribuição eleito, de modo que possua local e equipamentos adequados para eficaz higienização dos utensílios usados no refeitório. Dependendo do número de refeições justifica-se a instalação de esguicho de pressão com suporte para mangueiras. O planejamento deve prever local para guarda dos utensílios após a higienização de modo que os utensílios sujos não entrem em contato com os limpos, nem com os alimentos. Cabe ressaltar que o sistema de devolução de utensílios e o sistema de distribuição não devem oferecer riscos de contaminação cruzada. B13) - ÁREA PARA SALA DA ADMINISTRAÇÃO É importante que esta área esteja situada em local estratégico, que facilite a supervlsao das operações do processamentodas refeições. A colocação de piso em nível mais elevado que o da área em que está situada a produção, bem como um visor em toda a extensão da sala, a partir de um metro do piso, facilitam a supervisão do ambiente e das operações de processamento. B14) - ÁREA PARA DESCARTE DE EMBALAGENS É importante a existência de uma área externa destinada à guarda de caixotes, latas, vidros e outras embalagens vazias, retornáveis ou não, para serem armazenadas até que sejam removidas ou descartadas, fora de contato com o piso. BIS) - ÁREA PARA DEPÓSITO DE LIXO Esta área deve ser localizada em ponto que facilite a remoção diária do lixo, ter dimensão compatível com as quantidades geradas, ser fechada e revestida de material lavável. É importante que seja dotada de esguicho de pressão com água fria e quente para limpeza dos latões e do próprio local e ralo ligado a rede de esgoto. Estas instalações devem ser projetadas no sentido de evitar o acesso de pragas ao lixo e de evitar a contaminação dos alimentos, da água potável, do equipamento, do edifício ou das vias de trânsito e de acesso local. O ideal seria substituir esta área por unidade refrigerada a 1Q0e. B16) - ÁREA PARA GUARDA DE BOTIJÕES DE GÁS (GLP) De acordo com as diretrizes da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), esta área de armazenagem, incluindo os recipientes de GLP e seus acessórios, deve ser delimitada para assegurar exclusividade à área e proteção aos elementos da instalação. A delimitação deste local deve ter cerca de tela, grades vazadas ou outros processos construtivos que, além de evitar a transposição de pessoas estranhas à instalação, permitam e assegurem a constante ventilação desta área. ss B17) - ÁREA PARA DEPÓSITO E HIGIENIZAÇÃO DO MATERIAL DE LIMPEZA Os materiais e objetos de limpeza, tais como vassouras, rodos, esfregões, panos de chão, baldes e outros, devem ser higienizados e guardados em área própria, de maneira que não provoquem a contaminação de alimentos, utensílios, equipamentos, etc. Para tal, esta área deve ser exclusiva e possuir tanque provido de água quente e fria. B1S) - ÁREA PARA INSTALAÇÕES SANITÁRIAS E VESTIÁRIOS Devido à. importância da higiene corporal na preservação do grau de higiene dos alimentos, recomenda-se que as instalações sanitárias e vestiários, sejam exclusivos à equipe que trabalha na UAN. Devem ser adequadas, apresenta-se em bom estado de conservação, separadas para ambos os sexos, com vasos sanitários sifonados que possuam tampas, bem como mictórios com descarga automática e lavatórios nas seguintes proporções: • I (uma) bacia sanitária com tampa e descarga em bom estado de conservação e funcionamento, I (um) mictório, I (um) lavatório e 1 (um) chuveiro para cada 20 empregados do sexo masculino; • 1 (uma) bacia sanitária com tampa e descarga em bom estado de conservação e funcionamento , 1 (um) lavatório e '1 (um) chuveiro para cada 20 empregados do sexo feminino. Cabe ressaltar que as instalações sanitárias devem ter papel higiênico sempre disponível e lixeira com tampa e acionamento sem contato manual para descarte de papel higiênico. Os vestiários devem ter 1 (um) armário para cada funcionário, devendo estar organizados de forma a prevenir a contaminação dos uniformes e dispostos de modo a permitir a higienização do local. Os calçados, também devem ser dispostos em local limpo e organizado, prevenindo a contaminação de uniformes, roupas de uso pessoal e demais objetos. As instalações sanitárias e os vestiários devem estar providos com água corrente e serem conectados à rede de esgoto (ou fossa aprovada). O piso deve ser de material liso, resistente, impermeável e de cor clara. As paredes devem ser revesti das com material liso, impermeável, de cor clara: • até a altura mínima de 1,5 metros, para os vestiários, • e até 2 metros para os sanitários. Estas áreas devem ser bem iluminadas e ventiladas. As aberturas para ventilação devem ser teladas. As portas devem ter molas, ou outro sistema para fechamento automático, e protetores inferiores contra insetos e roedores. Os sanitários e vestiários não podem ter comunicação direta com as áreas de produção/armazenagem e refeitórios. Devem dispor de sistema completo para higienização das mãos, conforme descrito no item B7 deste capítulo. Ressalta-se que devem possuir, junto aos lavatórios, coletores com tampa acionados sem contato manual, revestidos com sacos plásticos para o descarte exclusivo de papéis toalhas usados para a higienização das mãos, quando for este O método usado para secagem. C) - EQUIPAMENTOS E UTENSÍLIOS o dimensionamento dos equipamentos e utensílios tem relação direta com o número de refeições, padrão de cardápio e sistema de distribuição. É importante verificar com cuidado os materiais empregados na fabricação dos equipamentos e utensílios, os quais devem ser dotados de superfícies lisas, resistentes, não absorventes, de fácil limpeza e desinfecção e de cor clara; livres de bordas, rebarbas e reentrâncias que dificultem a limpeza; 'sem gotejamento de gordura; livres de porcas, parafusos ou partes móveis que possam cair acidentalmente no alimento; isento de acúmulo de gelo e com manutenção programada e periódica. Quando pintados, a tinta deve ser de boa aderência e não entrar em contato direto com o alimento. Cl) - EQUIPAMENTOS Devem ser localizados no espaço de trabalho, obedecendo ao fluxo operacional e proporcionando fácil acesso aos mesmos, com entorno livre de modo a garantir seu perfeito funcionamento, a circulação de ar e dos operadores, a manutenção, a higienização e o controle de pragas. Devem possuir dispositivos de proteção e segurança, de modo a minimizar ruídos e prevenir acidentes, lembrando a necessidade de assegurar a perfeita adaptação às dimensões corporais do manipulador. Os equipamentos para conservação dos alimentos devem possuir capacidade adequada (cadeia quente e fria), termômetros visíveis bem regulados, manutenção constante e cores claras. De modo geral, os equipamentos devem estar regulados de modo a garantir aos alimentos temperaturas de segurança: NA CADEIA FRIA NA CADEIA QUENTE Câmara Frigorífica ou Refrigerador: Balcão Térmico para Distribuição: • até 2°C • a 65°e ou mais, com água mantida entre • até 4°e 800e a 90oe, trocada diariamente • até s-e • até 10°C Freezer: Equipamento para Etapa de Espera: • de -5°C a -18°C, ou inferior (Estufa, Pass-through, Carros isotérmicos) • a 65°e ou mais Balcão Frio para Distribuição: Lavadora de louça: • até 10°C • lavagem = 55°C a 65°C • enxágue = 80°C a 90°C NOTAS: 1. Os fornos devem, sempre que possível, possuir termostato para controlar a temperatura externamente, de modo a garantir a obtenção da temperatura correta de cocção. 2. As câmaras frigoríficas ou de congelamento devem obedecer aos critérios determinados no item B 4 deste capítulo. 3. O sistema de. exaustão deve ser bem dimensionado e mantido em boas condições de funcionamento. 57 C2) - MÓVEIS Mesas, bancadas, prateleiras e estrados devem ser dimensionados em número suficiente à natureza dos serviços prestados. Estes móveis devem ser de material liso, resistente, lavável e impermeável. As prateleiras da cozinha, do estoque e das câmaras devem ser, de preferência, de aço inox ou alumínio polido ou ainda de plástico (cloreto de polivinila sem cádmio, sintético e superfície lisa) específico para este fim. Os estrados podem ser móveis ou fixos. Quando fixos, devem ser elevados do piso no mínimo 25cm. As prateleiras devem estar localizadas distantes 25cm do piso. Recomenda-se que a profundidade não seja superior a 45cm. Para ambos devem ser observados a instalação distantes da parede, facilitando as operações de limpeza e controle de pragas. C3) - UTENSÍLIOS Os utensílios devem cumprir requisitos importantes para manipulação de alimentos, ou seja, devem ser constituídos de material atóxico, com superfícieslisas que não sejam atacadas pelo produto e não permitam o acúmulo de resíduos. Em relação aos utensílios de mesa (talheres, pratos, etc.) deve-se dimensioná-los em quantidade superior ou igual ao número de refeições servidas, independente de serem lavados manual ou mecanicamente. Os utensílios de preparação devem ser dimensionados em quantidade suficiente de acordo com a natureza e o volume das operações desenvolvidas. Os utensílios destinados ao uso de produtos não comestíveis, produtos de limpeza ou produtos contaminantes, devem ser visivelmente identificados e destinados para uma única finalidade, não podendo ser utilizados em outras operações. -- ~II -A V ALIAÇAO TECNICA DE FORNECEDORES - 59 A) - AVALIAÇÃO DE FORNECEDORES É importante uma avaliação das condições ambientais e operacionais dos estabelecimentos fornecedores de matérias-primas, produtos semi elaborados ou produtos prontos, através de visita técnica, como subsídio para a qualificação e triagem dos fornecedores. No tocante às CONDIÇÕESESTRUTURAISDEEDIFICAÇÃO,NORMASDEHIGIENE,PROCEDIMENTOS OPERACIONAISe demais NORMATIVASTÉCNICASa serem avaliados, deve-se considerar os mesmos itens abordados nos diversos Capítulos deste Manual, tendo em vista que os critérios básicos são os mesmos, tanto para Unidade de Alimentação como para Estabelecimentos Produtores/ Industrializadores de Alimentos. Com o objetivo de fornecer informações e recursos para o credenciamento e avaliação do desempenho de Fornecedores, a ABERC - por meio da CTO - Subcomissão Qualificação de Fornecedores - desenvolveu um Guia para Qualificação de Fornecedores - Produtos e Serviços- Para Unidades de Alimentação e Nutrição, ou seja uma ferramenta de apoio para os profissionais na aquisição de produtos e/ou serviços. Este trabalho visa estimular uma parceria Cliente/Fornecedor, possibilitando, desse modo, aumentar o padrão de qualidade dos fornecedores hoje existentes, visto que após a visita técnica, sugerimos a emissão de um Relatório de Orientações Técnicas, tanto para o setor de Compras como para o próprio Fornecedor, indicando as correções necessárias para as irregularidades encontradas, as informações sobre o padrão higiênico-sanitário e as especificações que serão requeridas e avaliadas a cada entrega ou a cada realização de um serviço, informando e estimulando o Fornecedor a atingir o padrão desejado. B) - REQUISITOS MÍNIMOS PARA QUALIFICAR O FORNECEDOR -"""'\ O estabelecimento Fornecedor deve apresentar ao Cliente: • Licença de Funcionamento emitida pela Vigilância Sanitária; • Razão Social Completa; • Endereço Completo; • CNPJ e IE quando aplicável; • Referência (no mínimo 3) de clientes com telefone e nome para contato. Recomenda-se, ainda: ~ Classificar os Fornecedores em Grupos, do de acordo com o grau de risco de contaminação da matéria e/ou serviço oferecido, ~ Utilizar a Lista de Verificação das Boas Práticas de Fabricação em Estabelecimentos Produtores/lndustrializadores de Alimentos, constante do Anexo II da Resolução ANVISA 275/2004. 61 C) - AVALIAÇÃO TÉCNICA DE PROCEDIMENTOS E PROCESSOS PRODUTIVOS Para qualificação dos Fornecedores, além das Condições Ambientais, outros itens devem ser avaliados, tais como: Técnicas Operacionais: Boas Práticas de Produção, Armazenamento e Distribuição; Higiene Pessoal, Ambiental e dos Alimentos; Transporte; entre outros. Todos esses aspectos, após avaliação e qualificação dos fornecedores, devem ser monitorados constantemente. Resumidamente, os critérios a serem considerados são apresentados a seguir. Cl) - MANIPULADORES Os funcionários, nas áreas de produção, devem estar uniformizados, rigorosamente limpos, com calçados fechados e os cabelos totalmente protegidos. Devem possuir boa apresentação, unhas curtas, sem esmaltes e sem alianças e outros adornos. Devem ter hábitos higiênicos adequados e realizar a lavagem cuidadosa das mãos, antes da manipulação de alimentos, após utilização dos sanitários ou em qualquer mudança de atividade. O estado de saúde do pessoal deve ser controlado com a realização de exames médicos periódicos. Os procedimentos de HIGIENE PESSOAL devem estar descritos em manuais específicos (ver capítulo m deste Manual). C2) - MATÉRIA-PRIMA A origem da matéria-prima deve ser conhecida, proveniente de fornecedores autorizados através de visita técnica complementada por análise sensorial, físico-química e microbiológica. Na total impossibilidade dessa visita técnica, deve-se realizar pelo menos as análises laboratoriais nas entregas iniciais dos fornecedores, para comprovação das condições higiênico-sanitárias dos produtos. A matéria-prima deve possuir embalagens com os dizeres de rotulagem adequados e ser devidamente registrada, quando aplicável, no Ministério da Saúde e/ou Ministério da Agricultura. Deve-se prever uma área espeéífica para o seu acondicionamento, distinta da área de produção e expedição. A conservação da matéria-prima deve ser adequada, em condições de tempo e temperatura, de acordo com a sua natureza, condições tais que garantam a não alteração e a não contaminação do produto. O empacotamento da matéria-prima deve possuir rotulagem adequada, embalagens íntegras e prazo de validade visível e respeitado. C3) - FLUXO DE PRODUÇÃO As áreas de produção devem possuir locais isolados para pré-preparo e preparo dos alimentos, com fluxo adequado que evite a contaminação cruzada. Se não houver áreas separadas para os vários gêneros, deve existir no mínimo um local para produtos crus e outro para produtos prontos, além de áreas distintas para higienização de utensílios e equipamentos. Devem possuir ainda, procedimentos definidos e descritos em Manuais de Boas Práticas e Controle de Processos, apresentando um profissional técnico responsável pela aplicação destas normas. r=>, C4) - ARMAZENAMENTO DE PRODUTOS PROCESSADOS Os produtos devem ser armazenados em temperatura adequada, de acordo com a sua natureza, separados por tipo ou grupo, sobre estrados ou prateleiras de fácil higienização, em local limpo e conservado. (vide capítulo VI deste Manual). CS) - EMPACOTAMENTO DO PRODUTO FINAL O produto deve ser empacotado em embalagens íntegras e ser identificado adequadamente, isto é, com nome; lista de ingredientes (composição); lote; data de fabricação; prazo de validade; razão social, CNPJ ,endereço completo, país de origem e município, número de registro ou código de identificação do estabelecimento fabricante junto ao órgão competente, número de registro do produto no órgão oficial regulamentador (quando pertinente), quantidade (peso) e condições de armazenamento. C6) - CONTROLE DE QUALIDADE DO PRODUTO FINAL Com frequência adequada, devem ser realizadas análises laboratoriais do produto acabado e de todos os lotes produzidos no estabelecimento. C7) - VISITANTES Todas as pessoas que não fazem parte da equipe de funcionários internos das empresas produtoras ou fornecedoras de alimentos são consideradas visitantes, podendo constituir focos de contaminação durante os processos produtivos. Portanto, deve-se considerar como visitantes: • os supervisores, • consultores, • fiscais, • auditores e ..-... • todos aqueles que necessitem entrar nas dependências de um estabelecimento de alimentos. Para o desempenho de suas funções, os visitantes devem estar devidamente paramentados, isto é, devem utilizar uniforme fornecido pela empresa, como avental, rede ou outra proteção para os cabelos e, quando necessário, botas ou protetores para os pés. Os visitantes não devem tocar nos alimentos, equipamentos, utensílios ou qualquer outro material interno do estabelecimento. Vale salientar que durante a visita ao estabelecimento, NÃO devem comer, fumar, mascar goma (chiclete) ou proceder em desacordo com as normas de higiene dos manipuladores descritas no capítulo 111 deste Manual. Ainda cabe ressaltar que os visitantes NÃO
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