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Dto. Ambiental Aula 3

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Os Princípios Jurídicos 
do Direito Ambiental
Princípios Jurídicos Gerais 
do Direito Ambiental
1. Superioridade normativa; 
2. Estruturam e organizam (dão coerência) 
3. Orientam o entendimento sobre a legislação; 
4. Se aplicam imediatamente 
5. Podem ser expressos, ou não, e podem ser 
oriundos de tratados/convenções internacionais
1. Princípio do direito 
fundamental ao desenvolvimento 
ecologicamente equilibrado
1.2. Prescreve: instrumentos de redução e proteção do 
meio ambiente e dos recursos de forma a realizar o bem-
estar social
2. Princípio do 
desenvolvimento sustentável
1.1 Conteúdo: considera (agrega) o meio ambiente ao 
conceito de desenvolvimento
1.3 Previsão normativa: Art 225, caput; Art. 6º, inciso IV 
(Lei nº 12.305/2010 – PNRS); Art. 4º, inciso I e VI 
(Política Nacional do Meio Ambiente)
1.4 Jurisprudência:
QUESTÃO DA PRECEDÊNCIA DO DIREITO À PRESERVAÇÃO 
DO MEIO AMBIENTE: UMA LIMITAÇÃO CONSTITUCIONAL 
EXPLÍCITA À ATIVIDADE ECONÔMICA (CF, ART. 170, VI) - 
D E C I S Ã O N Ã O R E F E R E N D A D A - C O N S E Q Ü E N T E 
INDEFERIMENTO DO PEDIDO DE MEDIDA CAUTELAR. A 
PRESERVAÇÃO DA INTEGRIDADE DO MEIO AMBIENTE: 
E X P R E S S Ã O C O N S T I T U C I O N A L D E U M D I R E I T O 
FUNDAMENTAL QUE ASSISTE À GENERALIDADE DAS 
PESSOAS […] 
O princípio do desenvolvimento sustentável, além de impregnado 
de caráter eminentemente constitucional, encontra suporte 
legitimador em compromissos internacionais assumidos pelo 
Estado brasileiro e representa fator de obtenção do justo equilíbrio 
entre as exigências da economia e as da ecologia, subordinada, no 
entanto, a invocação desse postulado, quando ocorrente situação 
de conflito entre valores constitucionais relevantes, a uma condição 
inafastável, cuja observância não comprometa nem esvazie o 
conteúdo essencial de um dos mais significativos direitos 
fundamentais: o direito à preservação do meio ambiente, que 
traduz bem de uso comum da generalidade das pessoas, a ser 
resguardado em favor das presentes e futuras gerações. 
(ADI 3540 MC, Relator(a): Min. CELSO DE MELLO, Tribunal 
Pleno, julgado em 01/09/2005, DJ 03-02-2006 PP-00014 EMENT 
VOL-02219-03 PP-00528) 
1.1: Conteúdo: a incerteza científica não pode ser 
utilizada para afastar ações/instrumento para evitar e 
minimizar danos potenciais (riscos - dano abstrato)
3. Princípio da 
Precaução
“[…] quando exista ameaça de sensível redução ou 
perda de diversidade biológica, a falta de plena certeza 
não deve ser usada como razão para postergar medidas 
para evitar ou minimizar essa ameaça[…]” – Convenção 
da Diversidade Biológica
1.2.Prescreve: instrumentos de avaliação (relatórios e 
estudos prévios) de impacto, restrições a certas 
atividades, e medidas precaucionais (obrigação da adm. 
pública segundo o Art. 225 §1º e seus incisos) – com 
inversão do ônus da prova
1.3. Previsão normativa: Art. 1º da Lei de Biossegurança 
(Lei n. 11.105/2005); Art. 6º Art. 12.1.1 (anexo I Decreto 
n. 4.339/2002)
1.4 Jurisprudência:
[…]Dada a nocividade do metamidofós, demonstrada especialmente em 
estudos científicos independentes realizados em vários países[…]Assim posta 
a questão e não obstante os fundamentos em que se amparou a decisão 
agravada, merece prosperar, na espécie, a pretensão recursal deduzida pela 
Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA, tendo em vista que a sua 
atuação, no caso em exame, encontra-se, em princípio, dentro do exercício 
regular do seu poder de polícia sanitária, mormente quando há indícios dos 
efeitos maléficos que o referido produto possa causar ao consumidor, 
impondo-se, pois, a adoção das medidas necessárias à sua reavaliação 
toxicológica, em homenagem ao princípio da precaução (AGRAVO DE 
INSTRUMENTO, TRF 1ª REGIÃO, n. 0042663-13.2011.4.01.0000/DF. 
P r o c e s s o n a O r i g e m : 3 4 1 4 1 7 9 2 0 1 1 4 0 1 3 4 0 0 . R E L ATO R A : 
DESEMBARGADORA FEDERAL SELENE MARIA DE ALMEIDA) 
4. Princípio da 
Prevenção
1.1: Conteúdo: diante dos perigos de danos irreversíveis, 
procura-se prevenir, prevenção é diretamente ligada a 
proteção e preservação – perigo concreto, conhecido 
cientificamente
1.2.Prescreve: instrumentos de fiscalização, educação, 
investigação , licenciamento e estudos de impacto, 
planejamento, uso da melhor tecnologia disponível, bem 
como sanções que visam desestimular
1.3. Previsão normativa: Art. 225; Legislação ambiental 
em geral (maneira implícita)
1.3. Jurisprudência: 
AGRAVO DE INSTRUMENTO - AÇÃO CIVIL PÚBLICA POR AGRESSÃO AMBIENTAL - 
DECISÃO AGRAVADA CARENTE DE FUNDAMENTAÇÃO - SUPOSTA VIOLAÇÃO AO 
ART. 93 , INCISO IX , DA CRFB/88 - INOCORRÊNCIA - ALEGAÇÃO DE 
IMPOSSIBLIDADE JURÍDICA DO PEDIDO AFASTADA - EMPRESA DO RAMO TÊXTIL - 
AT IV IDADE POTENCIALMENTE POLUIDORA - CONSTATAÇÃO DE 
IRREGULARIDADES REITERADAS NO DESENVOLVIMENTO DAS ATIVIDADES - 
VISTORIAS REALIZADAS PELO ÓRGÃO MUNICIPAL COMPETENTE - PRESENÇA 
DOS REQUISITOS PERICULUM IN MORA E FUMUS BONI IURIS - SITUAÇÃO QUE 
FERE O DIREITO AO MEIO AMBIENTE ECOLOGICAMENTE EQUILIBRADO E SADIO - 
OBSERVÂNCIA AOS PRINCÍPIOS AMBIENTAIS DA PRESERVAÇÃO E DO POLUIDOR-
PAGADOR - DECISÃO MANTIDA - RECURSO DESPROVIDO. - Na hipótese dos autos, 
o fumus boni juris consubstancia-se no direito coletivo ao meio ambiente sadio e 
ecologicamente equilibrado (art. 225 da CRFB/88 ), enquanto o periculum in mora, a 
seu turno, configura-se na exata medida em que os documentos acostados ao caderno 
processual comprovam o receio de dano irreparável ao meio ambiente e a sociedade 
que vive nas proximidades das instalações da empresa agravante, o que justifica, 
portanto, a concessão da liminar que, visando coibir futuras agressões ao meio 
ambiente, fixou multa no valor de R$ 100.000,00 para cada nova infração constatada 
pelos órgãos ambientais, ou, caso referida medida não surta os efeitos esperados 
poderá ocorrer a suspensão das suas atividades. Nesse intento, perfeitamente aplicável 
ao caso o princípio da prevenção, que segundo o ambientalista Paulo de Bessa 
Antunes "aponta para a necessidade de prever, prevenir e evitar na origem as 
transformações prejudiciais à saúde humana e ao meio ambiente." (Direito ambiental 
brasileiro. 17. ed. rev., atual. e ampl. São Paulo: Malheiros, 2009. p. 90). - Aplicável, 
ainda, o princípio do poluidor-pagador, cuja orientação segue no sentido de prevenir e 
reparar a degradação do meio ambiente em virtude de atividades que exploram os 
recursos naturais, por meio da imposição… (AI 458305 SC 2010.045830-5 –TJ-SC, 
2011)
5. Princípio da 
Responsabilização 
(reparação)
1.1: Conteúdo: diante da consumação do dano, e da 
ineficácia de medidas ligadas a prevenção e precaução, 
cabe a responsabilização do agente causador do dano 
1.2.Prescreve: sanções administrativas, civil e penais 
(vistas também como instrumentos de prevenção e 
precaução
1.3. Previsão normativa: Art. 225, §3º CF; Art. 4º, inciso 
VII da Lei n. 6.938/81 (civil); Lei. 9.605/98 (penal)
6. Princípio do 
poluidor(usuário)-
pagador
1.1: Conteúdo: procura impedir a privatização dos lucros 
e a socialização do prejuízo – internalização dos custos 
das externalidades negativas
1.2.Prescreve: custeio das ações de mitigação, de 
correção de danos, e compensação (usuário-pagador)
1.3.Previsão normativa: Art. 225, §3º CF; Art. 4º, inciso 
VII da Lei n. 6.938/81
1.4. Jurisprudência: 
PROCESSO CIVIL. DIREITO AMBIENTAL. AÇÃO CIVIL PÚBLICA PARA TUTELA 
DO MEIO AMBIENTE. OBRIGAÇÕES DE FAZER, DE NÃO FAZER E DE PAGAR 
QUANTIA. POSSIBILIDADE DE CUMULAÇÃO DE PEDIDOS. ART. 3o DA LEI 
7.347/85. INTERPRETAÇÃO SISTEMÁTICA. ART. 225, § 3o, DA CF/88, ARTS. 2o 
E 4o DA LEI 6.938/81, ART. 25, IV, DA LEI 8.625/93 E ART. 83 DO CDC. 
PRINCÍPIOS DA PREVENÇÃO, DO POLUIDOR-PAGADOR E DA REPARAÇÃO 
INTEGRAL. 
O sistema jurídico de proteçãoao meio ambiente, disciplinado em normas 
constitucionais (CF, art. 225, § 3o) e infraconstitucionais (Lei 6.938/81, arts. 2o e 
4o), está fundado, entre outros, nos princípios da prevenção, do poluidor-
pagador e da reparação integral. Deles decorrem, para os destinatários (Estado 
e comunidade), deveres e obrigações de variada natureza, comportando 
prestações pessoais, positivas e negativas (fazer e não fazer), bem como de 
pagar quantia (indenização dos danos insuscetíveis de recomposição in natura), 
prestações essas que não se excluem, mas, pelo contrário, se cumulam, se for o 
caso. 
PROCESSO CIVIL. DIREITO AMBIENTAL. AÇÃO CIVIL PÚBLICA PARA TUTELA 
DO MEIO AMBIENTE. OBRIGAÇÕES DE FAZER, DE NÃO FAZER E DE PAGAR 
QUANTIA. POSSIBILIDADE DE CUMULAÇÃO DE PEDIDOS. ART. 3o DA LEI 
7.347/85. INTERPRETAÇÃO SISTEMÁTICA. ART. 225, § 3o, DA CF/88, ARTS. 2o 
E 4o DA LEI 6.938/81, ART. 25, IV, DA LEI 8.625/93 E ART. 83 DO CDC. 
PRINCÍPIOS DA PREVENÇÃO, DO POLUIDOR-PAGADOR E DA REPARAÇÃO 
INTEGRAL. 
(...) 
2. O sistema jurídico de proteção ao meio ambiente, disciplinado em normas 
constitucionais (CF, art. 225, § 3o) e infraconstitucionais (Lei Art. 225, §3º CF; Art. 
4º, inciso VII da Lei n. 6.938/81.
7. Princípio do protetor 
recebedor
1.1: Conteúdo: nas atividades humanas podem ser 
produzidas externalidades positivas (protetivas), e estas 
devem ser incentivadas
1 .2 .P re sc reve : incen t ivo ( sanções pos i t iva s , 
extrafiscalidade) ao agente que protege o meio ambiente
1.3.Previsão normativa: Art. 6º, inciso II da Política 
Nacional de Resíduos Sólidos (Lei 12.305/2010); Art. 41, 
I, do Código Florestal
8. Princípio da 
informação
1.1: Conteúdo: a informação é central para a 
possibilidade de proteção, reparação e tomada de 
decisões
1.2.Prescreve: dever do Poder Público e de ONGs de 
informar; direito de ser informado
1.3.Previsão normativa: Art. 5º, XIV e Art. 225 §1º, inciso 
IV da CF/88; Art 2º da Lei nº 10.650; 
9. Princípio da 
participação
1.1: Conteúdo: por ser o meio ambiente interesse 
comum, e pertencente ao povo, o direito ambiental se 
pauta pelo princípio da participação
1.2.Prescreve: direito de participar, dever de observar 
mecanismos participativos – audiência pública, ações 
civis públicas, ação popular, decisões colegiadas, 
consultas públicas
1.3.Previsão normativa: Art. 1º, 18, e Art. 225; PNRH; 
PNEA; PNRS
10. Outros Princípios
10.1: Princípio da vedação do retrocesso ecológico
10.2: Princípio da obrigatoriedade da intervenção do 
Poder Público
10.3: Princípio do mínimo existencial ecológico
10.4: Princípio da solidariedade intergeracional
10.5: Princípio da função socioambiental da propriedade 
10.6: Princípio da cooperação (princípio das 
responsabilidades comuns, mas diferenciadas)
10.7: Princípio da ubiquidade

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