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aula de revisão dppI

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DPP
Aula Revisão 14/01
O mais importante da prova é de Bodin pra frente. Dificilmente vai ter uma dissertativa de reforma e contrarreforma, normalmente está em múltipla escolha, a dissertativa de mais ponto é Hobbes e Bodin. Vamos relembrar alguns pontos principais. 
Em reforma e contra reforma, há um surgimento da ideia de Estado, a partir do final da idade média entrando na idade moderna, apesar do termo não ser tão preciso assim e não ter ocorrido em todos os lugares ao mesmo tempo. Enquanto no séc. XVI alguns estados já tinham estrutura estabilizada como França e Espanha, outros ainda tinham uma configuração feudal, como a Itália e a Rússia. Enquanto a França chega ao ápice do absolutismo no século XVII com o rei Luís XIV, a Inglaterra já tinha passado por isso 100 anos antes. É impreciso falar quando surgiu o Estado, mas é nesse período.
Qual a importância da reforma protestante? Ela não foi meramente um movimento religioso ela teve um sentido político? Se sim qual foi esse sentido? ( fortalecer o absolutismo?)O que a gente pode pensar sobre o protestantismo? Houve sempre uma ideia de fazer uma separação ainda que não absoluta entre igreja e Estado, que vinha se desenhando nos sécs. XV e XVI e formalizado na Paz de Wesfália no século XVII, que é também quando juridicamente surge o Estado moderno surge o direito internacional. 
Havia diversos acordos entre os soberanos, ninguém tinha um acordo múltiplo nesse sentido. Existia soberania antes da modernidade? Para chevallier não, tinham outras formas de instituições políticas, pode se falar em estado medieval, mas isso não se aplica à instituição moderna. Uma característica da modernidade é o reconhecimento da soberania estatal.
A ideia da reforma protestante foi o rompimento do predomínio da igreja católica no seu domínio político em relação ao príncipe. Diversos príncipes do sacro império romano germânico se aliavam ao protestantismo, até o próprio luteranismo veio de lá, para não se submeter aos poderes do imperador e não se submeter ao poder do vaticano. A própria guerra dos 30 anos(sec XVII), que termina na paz de Westfalia, foi uma guerra entre católicos e protestantes pelo poder político na Europa. O sentido de Reforma Protestante foi esse.
O sentido de Maquiavel, primeiramente, é instaurar uma inédita ética própria na política a ser seguida pelos governantes, na qual o Príncipe, no sentido original do maquiavelismo, baseado no pessimismo antropológico. Ele também vai discorrer a ideia de razão de Estado. Maquiavel escreve o Príncipe já que, na Itália havia pequenos reinados e passou por muitos anos de dominação, seja pelo Império Romano, seja os Franceses, ou seja, os Espanhóis, que estavam invadindo a Itália quando ele escrevia esse livro.
A Itália estava sendo invadida pela Espanha porque a Itália vivia sendo invadida?, segundo ele, pois faltava a ideia de união, de centralização, na qual se vive um início da decadência forte do Vaticano, enfraquecendo o poder do Papa e o poder forte dos outros soberanos. O sentido disso é que a união, a centralização do poder na Itália é o que fará com que ela fique forte. Logo, precisa de um poder forte, que está em toda a mitologia de seu livro para dar sentido à necessidade da unificação. Em certo momento, Chevallier trabalha no texto fazendo uma analogia ao Centauro, que o Príncipe deveria ser como Aquiles, tendo respeito às leis dos homens, mas ao mesmo tempo tendo força de animal.
Logo, há uma própria ética política rompendo com a igreja e as instituições medievais. O príncipe forte tem que fazer o que for possível para a manutenção do Estado, que é um termo criado pelo mesmo, derivado de "estável", que é o que o Príncipe deve almejar alcançar, a estabilidade, com o uso das leis e da força. O pessimismo antropológico, o homem não é bom atualmente, ele deve ser liderado por alguém para que possa viver em sociedade. No fundo, ele é um republicano, mas com um estado de semi-anarquia, deve-se passar por um estado de Estado forte para depois passar para uma República, que é diferente da República que falamos hoje, que querem falar algo próximo a um Estado. (alguns autores acreditam ser republicano, mas não como democracia, sentido de estado com representação)
Quanto a visão de Maquiavel, ele rompe com o modelo de Lei Eterna - Natural - Dos Homens, a teoria da razão divina. Nela, os intérpretes das leis naturais e eterna eram os clérigos, que não faziam parte da interpretação da lei dos homens, do poder temporal, na mão dos príncipes. A ética política de Tomás de Aquino é essa, sempre um poder temporal dependente do poder espiritual. Maquiavel não vem desse pensamento, a ética não provém dessa submissão do poder temporal ao espiritual. Ele vai basear que a legitimação do Estado é ele se manter. Se o Príncipe precisar tomar medidas que contrariassem ao poder espiritual ele tem que fazer, já que o fim dele é o poder do Estado. Tomás de Aquino está dentro de uma tradição aristotélica, refazendo os preceitos do autor nos pensamentos cristãos. Aristóteles acreditava na teoria do "animal político", corroborada por Tomás de Aquino.
		Pensamento de Thomas de Aquino
A lei dos homens depende da lei eterna
Maquiavel rompe com isso, ele defende que o poder temporal não depende do poder divino, é preciso ter um príncipe forte. Daí vem a razão do Estado. O príncipe não depende do clero para tomar suas ações. Há uma ruptura com Aristóteles com a geração espontânea do Estado, esse, para Maquiavel, se consolida a partir do momento que se tem um príncipe forte para assegurar o mesmo com boas leis e boas armas para manter o poder.
Bodin resgata alguns pensamentos de Aristóteles e contraria a Maquiavel. Ele é um teórico do absolutismo em outro viés. Ao invés de romper com a tradição escolástica, ele vai resgatar a escolástica e desenvolver uma teoria a partir dos argumentos da escolástica. A ideia de organização espontânea do Estado a partir do agrupamento de famílias no qual se legitima a figura do monarca Em vez de romper com a tradição tomista e aristotélica, ele vai resgatar algumas ideias desses em sua teoria do absolutismo, como a legitimação do monarca. Bodin inaugura algo importante, ele não repete a ideia medieval, mas apenas a resgata, e cria a ideia de soberania, do indivíduo soberano. O soberano para Bodin pode ser uma pessoa, mas a soberania não é o rei enquanto pessoa, o Rei ocupa uma posição. O rei morre, a coroa fica e um novo rei toma seu lugar e independente disso a soberania não se extingue, ela é atemporal e perpétua. Por isso, o Estado é perpétuo e, uma vez que é perpétuo, é indivisível, já que somente em um órgão, seja no caso da monarquia, apenas esse órgão pode estabelecer as leis. Ainda não há divisão do poder para Bodin, isso será elaborado por Locke posteriormente.
Qual o limite da soberania?Para Maquiavel, o Príncipe não tem limites nas suas ações, o limite é sempre aquele que o mesmo acha necessário para não manter o Estado. Bodin acredita que o absoluto não é ilimitado, o limite da soberania é o direito natural e o direito das gentes, o soberano está acima das leis desde que não faça isso de forma a destruir sua própria soberania. 
Qual o sentido do direito natural e das gentes? A propriedade, a família?(pergunta da aluna)
Essa ideia de natureza está dentro da ideia de natureza física. Se impostos demasiados acabam afetando a manutenção de uma família ou o direito à propriedade, isso acaba por ferir o próprio conceito de Estado, que para Bodin surge com o agrupamento das famílias. O direito das gentes são os direitos em relação aos outros soberanos, são todos os limites que as relações entre soberanos impõem uns aos outros. A forma de governo para Bodin é a monarquia, embora admita as três formas de governo. O órgão aristrocrático é um órgão composto por várias pessoas ainda é um único órgão, assim como a democracia, mas por sua vez como a monarquia tem um órgão singular no monarca, dentro do sistema de governo que ele quiser estabelecer, ele pode fazerqualquer coisa, mas a última palavra é sempre do rei, sendo a melhor forma de centralizar o poder. 
Pergunta da lei: Pra Bodin a lei é maior do que o costume, então se o soberano quiser mudar o costume ele pode?
Na idade média tínhamos um sistema de direito basicamente costumeiro ao mesmo tempo compartilhava direitos canônicos e direitos do Estado, com a consolidação do Estado moderno e o conceito de soberania cujo conceito abrange o de emitir leis livremente e se necessário revogar um costume por uma lei isso será feito. 
Em Hobbes, apesar da propriedade ser um direito natural, a propriedade está à mercê do soberano. Entre todos os autores do início da modernidade, Hobbes é a ruptura mais radical. Ele vai, dentro de todo esse pensamento e da situação que ele vivia, elaborar uma teoria de grande peso, inclusive com o Leviatã, que rompe definitivamente com todo o modelo escolástico medieval. Ele vai elaborar uma teoria que ao mesmo tempo legitima o pensamento absolutista e inaugura a ideia de Estado moderno. Toda filosofia até então, desde a idade antiga, até o Hobbes, geralmente os autores sempre tratavam o tema da metafísica, tudo aquilo que está extra-físico, tanto a ideia dos poderes divinos e espirituais, o próprio mundo das ideias, isso tudo faz parte da metafísica. Hobbes vai reduzir toda a metafísica na natureza, todos esses mundos e conceitos abstratos pertencem ao homem, é ele quem gera isso tudo, em uma ideia de movimento, sendo uma liberdade com uma ideia de expressões físicas.
Essa natureza, para ele, se reduz a um assunto principal que é o homem. Tudo o que existe, existe em relação ao homem. O homem seria uma criatura negativa, que tende a uma relação de predadorismo ao outro, que tende a destruição do próximo, que não é sociável naturalmente como diriam Bodin e Aristóteles. Hobbes diz que não é Deus quem estabelece os direitos naturais, mas sim o homem como um todo, sua razão quem diz isso. 
Pergunta da aluna: Podemos dizer que Maquiavel se conecta com a teoria organicista do Estado e Hobbes é mecanicista? Sim
No sentido de propriedade do Hobbes não existe, já que todos têm direito a tudo, suprime naturalmente seus direitos naturais. Mas o homem é propenso a se destruir, as pessoas não vão entrar em acordo umas com as outras. Já que não é um homem sociável, movido por seus desejos, eles movimentam-se para a sua própria destruição pelo conflito, já que não existe justiça, isso é um valor individual. Isso é reflexo de uma ideia hipotética baseada nos embates entre puritanos e protestantes. Dentro de um lapso de racionalidade entre todos os homens, eles decidem fazer um pacto e, a partir daí, ganham obrigações, sendo esse pacto de que todos se compactuam entre si, de forma a renunciar esses direitos naturais individuais para uma pessoa que irá proteger a vida. Essa pessoa seria o Estado, o Leviatã. A partir daí, as leis do Estado seriam o direito positivo, o Estado tendo direitos inerentes à sua soberania, essas leis sendo produto da vontade do Estado, que tem único dever de manter a ordem. Seria uma espécie de positivismo jurídico, que possui apenas a fonte da lei como a que é positivada.
Os súditos não conservam seus direitos naturais depois da configuração do Estado. Não existe uma excessão para o poder do soberano, porém, há uma exceção que o indivíduo não comete injustiça é quando o Estado manda o súdito tirar a própria vida, já que o Estado deveria prezar pela vida. O Estado não cometeria uma injustiça, mas sim, o indivíduo escolheria não aceitar sua morte. Como as brigas entre religiões trazem conflitos, o Estado tem a religião do soberano, mesmo que possam haver outras religiões, é obrigatório que os indivíduos aceitem as regras daquela religião do Estado. 
O monismo jurídico é onde somente a lei do Estado é legítima, tendo o monopólio da execução e da força, rompendo com a ideia de pluralismo jurídico do Estado medieval. O Estado é artificial e produto da racionalidade dos homens. O objetivo do Estado é a paz e a segurança.

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