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GENÉTICA MICROBIANA Professora Dra. Janaina Viana de Melo O QUE É UM GENE? • Unidade básica da hereditariedade • Sequência linear de nucleotídeos do DNA • Consiste na unidade funcional de um cromossomo ou plasmídeo CROMOSSOMO BACTERIANO • Molécula de DNA em forma de fita circular em muitas bactérias • Estrutura do DNA: – Dupla cadeia de nucleotídeos – Arranjo em forma de hélice – Pares de bases dos nucleotídeos ligam-se por pontes de hidrogênio GENOMA PROCARIÓTICO HAPLÓIDE Estrutura do DNA e RNA NUCLEOTÍDEO BASE GRUPO FOSFATO DESOXIRIBOSE Estrutura do DNA e RNA Estrutura do DNA e RNA Replicação do DNA Replicação Bidirecional Replicação Bidirecional Replicação Bidirecional Replicação Bidirecional TRANSCRIÇÃO E TRADUÇÃO TRANSCRIÇÃO TRADUÇÃO CONTROLE DA EXPRESSÃO GÊNICA Mecanismos que regulam a o processo de transcrição do DNA para sintetizar RNA e a tradução desses para gerar proteínas. CONTROLE DA EXPRESSÃO GÊNICA OPERON Operon: grupo de genes são expressos como uma unidade, além do promotor e das regiões regulatórias Geralmente, os genes de um operon codificam proteínas que atuam numa mesma via metabólica, geralmente catalisando reações sequenciais. CONTROLE DA EXPRESSÃO GÊNICA CONTROLE DA EXPRESSÃO GÊNICA CONTROLE DA EXPRESSÃO GÊNICA CONTROLE DA EXPRESSÃO GÊNICA PRINCÍPIOS BÁSICOS DA REGULAÇÃO GÊNICA EM PROCARIOTOS: 1. Esses organismos necessitam ter mecanismos rápidos e eficientes de adaptação a mudanças no ambiente; 2. Produtos gênicos que funcionam em conjunto, normalmente tem regulação da expressão semelhante, ou estão organizados em operons; 3. A transcrição da maioria dos genes em um estado “bloqueado”, pela ligação de proteínas inibidoras; 4. A dissociação dessas depende de um indutor, normalmente uma molécula pequena, que “sinaliza” a mudança ambiental. CONTROLE DA EXPRESSÃO GÊNICA • Evitar síntese desnecessária de metabólitos, desperdício energético, acúmulo intracelular de metabólitos tóxicos. • Interação entre DNA e Proteínas Reguladoras Regulam síntese de RNAm e Atividade de enzimas específicas. (Ex. Operon Lac em E.coli ( Operon Indutível); Operon Trp de E. coli (Operon repressível) POR QUE CONTROLAR OU REGULAR??? Bactérias: Onde encontramos genes????????? DNA Bacteriano, Plasmídios, Transposons ELEMENTOS GENÉTICOS EXTRACROMOSSOMAIS Plamídeos: Segmentos de DNA fita dupla, circulares, tamanho varia entre 1500 a 400.000 pb, auto-duplicam independentemente do cromossomo. Carregam informação genética não essencial à célula, mas podem prover uma vantagem seletiva para as bactérias que os possuem. Ex: genes de resistência múltipla a antibióticos, bacteriocinas, toxinas. ELEMENTOS GENÉTICOS EXTRACROMOSSOMAIS Transposons: também chamados genes saltadores ou sequências de inserção (IS), são elementos genéticos móveis que podem transferir DNA dentro de uma célula, de uma posição para outra no genoma ou entre diferentes moléculas de DNA (plasmídio-plasmídio ou plasmídeo- cromossomo). Possuem tamanho variando de 150 a 1500 pb, com repetições invertidas de 15 a 40 pb em suas extremidades e informação genética mínima necessária para sua própria transferência. ELEMENTOS GENÉTICOS EXTRACROMOSSOMAIS ELEMENTOS GENÉTICOS EXTRACROMOSSOMAIS VARIABILIDADE GENÉTICA EM BACTÉRIAS As bactérias podem apresentar variações que conduzem à formação de clones com propriedades distintas do clone “selvagem”original. A variação se dá através de mutação ou recombinação. MUTAÇÃO alteração na sequencia de bases nitrogenadas do DNA, geralmente resultantes de deleção, inserção ou substituição de um ou mais nucleotídeos. Esta alteração genética pode modificar o produto (proteína). As mutações podem ser neutras, desvantajosas ou benéficas. RECOMBINAÇÃO processo de variabilidade genética que envolve transferência de material genético entre duas células. VARIABILIDADE GENÉTICA EM BACTÉRIAS VARIAÇÕES FENOTÍPICAS X VARIAÇÕES GENOTÍPICAS VARIAÇÕES FENOTÍPICAS Ø Resultam das adaptações das bactérias ao meio ambiente. São reversíveis, sem comprometimento genético. Serratia marcescens: 37oC – sem pigmento; à 25oC – vermelhas Bacillus sphaericus: 2% peptona (células vegetativas); 0,1% peptona (esporos) Gram positivas: Culturas novas – células azuis; Cultura velhas – células vermelhas VARIABILIDADE GENÉTICA EM BACTÉRIAS VARIAÇÕES FENOTÍPICAS X VARIAÇÕES GENOTÍPICAS VARIAÇÕES GENOTÍPICAS Ø Resultam de alterações na sequencia de nucleotídeos. São irreversíveis (através dos processos de mutação e recombinação. Ahmed ety al. Nature Reviews Microbiology6, 387-394 (May 2008) A absorção de elementos genéticos móveis (fagos, plasmídeos de virulência, ilhas de patogenicidade), e perda de porções de DNA-cromossômico em linhagens distintas de E. coli, possibilitou surgimento de clones de diferentes patotipos de E. coli associados a sintomas de doenças específicas. LEE-locus of enterocyte effacement; PAIs -pathogenicity island; pEAF-enteropathogenic E. coliadhesion factor plasmid; pENT-enterotoxin-encoding plasmids; Stx-Shiga-toxin-encoding bacteriophage. VARIABILIDADE GENÉTICA EM BACTÉRIAS Embora as mutações sejam responsáveis pela expressão de várias novas características por uma célula, muitos fenótipos procarióticos são decorrentes da aquisição de novos fragmentos de DNA, por meio de processos de transferência horizontal de genes: TRANSFORMAÇÃO CONJUGAÇÃO TRANSDUÇÃO MECANISMOS DE RECOMBINAÇÃO GENÉTICA EM BACTÉRIAS RECOMBINAÇÃO GENÉTICA por transformação – a bactéria absorve moléculas de DNA dispersas no meio e às incorpora à cromatina. Esse DNA pode ser proveniente, por exemplo, de bactérias mortas. Este processo ocorre espontaneamente na natureza. Os cientistas utilizam a transformação como técnica de Engenharia Genética, para introduzir genes de diferentes espécies em células bacterianas. MECANISMOS DE RECOMBINAÇÃO GENÉTICA EM BACTÉRIAS MECANISMOS DE RECOMBINAÇÃO GENÉTICA EM BACTÉRIAS MECANISMOS DE RECOMBINAÇÃO GENÉTICA EM BACTÉRIAS As bactérias não-encapsuladas vivas absorveram material genético das encapsuladas mortas pelo calor e passaram a produzir cápsula, o que lhes conferiu a capacidade de causar doença. As bactérias não- encapsuladas foram transformadas em encapsuladas. Experimentos subsequentes comprovaram que o fator de transformação era DNA. Frederick Griffith, 1928 - Evidência da transformação bacteriana (Streptococcus pneumoniae) MECANISMOS DE RECOMBINAÇÃO GENÉTICA EM BACTÉRIAS RECOMBINAÇÃO GENÉTICA por conjugação – bactéria doadora doa uma cópia de um dos seus plasmídios para a bactéria receptora, através de uma ponte citoplasmática estabelecida pelo pili (pelo sexual; fímbria sexual). MECANISMOS DE RECOMBINAÇÃO GENÉTICA EM BACTÉRIAS A conjugação está associada à presença de plasmídeos F. Estes plasmídeos contêm genes que permitem a transferência do DNA plasmidial de uma célula para outra ou, em outras palavras, a capacidade conjugativa. Quando a célula porta um plasmídeo de natureza F é denominada F+, doadora, enquanto células desprovidas de tais plasmídeos são denominadas F-, receptoras. A capacidade conjugativa está associada à presença de genes localizados em um operon denominado tra que conferem características envolvidas na conjugação como a síntese do pilus F, responsável pelo reconhecimento e contato entre as células; e a transferência do DNA plasmidial. MECANISMOS DE RECOMBINAÇÃO GENÉTICA EM BACTÉRIAS MECANISMOS DE RECOMBINAÇÃO GENÉTICA EM BACTÉRIAS MECANISMOS DE RECOMBINAÇÃO GENÉTICA EM BACTÉRIAS (Tatum e Lederberg - 1947 - E.coli)RECOMBINAÇÃO GENÉTICA por transdução – moléculas de DNA são transferidas de uma bactéria a outra usando vírus como vetores (bactériófagos). Estes, ao montarem-se dentro das bactérias, podem incluir pedaços de DNA da bactéria que lhes serviu de hospedeira. Ao infectar outra bactéria, o vírus que leva o DNA bacteriano o transfere junto com o seu. Se a bactéria sobreviver à infecção viral (ciclo lisogênico), pode passar a incluir os genes de outra bactéria em seu genoma. MECANISMOS DE RECOMBINAÇÃO GENÉTICA EM BACTÉRIAS Conversão lisogênica - transferência de DNA de uma partícula viral para uma bactéria. A própria lisogenização torna a bactéria imune a outras infecções por este fago, mas além disso, outros fenótipos podem ser adquiridos. - ex: conversão de células atoxigênicas de Corynebacterium diphtheriae em toxigênicas, pelo fago ß; a bactéria recebe um gene que codifica uma toxina, sendo este gene de origem viral. MECANISMOS DE RECOMBINAÇÃO GENÉTICA EM BACTÉRIAS OBRIGADA!!!!
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