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AULA 01 Conceito Autonomia e Eficácia da Norma Jurídica

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DIREITO DO TRABALHO: CONCEITO, AUTONOMIA E 
EFICÁCIA DA NORMA JURÍDICA 
 
 
1- Conceito 
 
 PEREZ BOTIJA – É o conjunto de princípios e normas que regulam as 
relações entre empregados e empregadores e de ambos com o Estado, para 
efeitos de proteção e tutela do trabalho. 
 
JAIME MONTALVO CORREIA – É o sistema de princípios e normas 
emanados do Estado e dos próprios interlocutores sociais no exercício de sua 
autonomia coletiva, para regular o esforço laborativo prestado para outrem no 
âmbito da relação de trabalho. 
 
EDUARDO GABRIEL SAAD – É a parte do ordenamento jurídico que rege 
as relações de trabalho subordinado, prestado por uma pessoa a terceiro, sob a 
dependência deste e em troca de uma remuneração contratualmente ajustada. 
 
EVARISTO DE MORAES FILHO – É o conjunto de princípios e normas 
que regulam as relações jurídicas oriundas da prestação do serviço 
subordinado a outros aspectos deste último, como consequência da situação 
econômico-social das pessoas que o exercem. 
 
AMAURI MASCARO DO NASCIMENTO – É o ramo da ciência do 
dir4eito que tem por objeto as normas jurídicas e os princípios que 
disciplinam as relações de trabalho subordinado, determinam os seus sujeitos 
e as organizações destinadas a proteção desse trabalho em sua estrutura e 
atividade. 
SEGADAS VIANA – Conjunto de normas jurídicas que regulam, na 
variedade de seus aspectos, as relações de trabalho, sua preparação, seu 
desenvolvimento, consequências e instituições complementares dos elementos 
pessoais que nela intervém. 
 
Para explicar a estrutura essencial do denominado "Direito do Trabalho", os 
juristas adotam posicionamentos distintos que podem ser agrupados em três 
grandes grupos: subjetivista, objetivista e misto ou complexo. 
 
Critério subjetivista = enfatiza os sujeitos das relações jurídicas reguladas 
pelo Direito do Trabalho, posicionando a classe trabalhadora como objeto de 
suas conceituações. 
 
Critério objetivista = enfatiza o objeto das relações reguladas pelo Direito 
do Trabalho. Este critério busca determinar, não as pessoas a que se aplicam 
as normas trabalhistas, mas as matérias por elas reguladas. 
 
Critério misto ou complexo = caracterizam-se pela combinação dos dois 
elementos anteriores: o sujeito e a matéria disciplinados pelo Direito do 
Trabalho. 
 
 
DIVISÃO 
 
 Individual ->relação entre sujeitos de direito, considerando interesses 
individuais. 
 
 Coletivo ->relação entre sujeitos de direito, mas como membro de 
determinada coletividade. 
 
AUTONOMIA 
 
Diz-se autônomo, quando um ramo jurídico possuir princípios, 
objeto, instituições e normas próprias. Atualmente, não há dúvidas quanto à 
autonomia do Direito do Trabalho. Vejamos: 
 
Autonomia legislativa = existência da Consolidação das Leis do Trabalho - 
CLT, que representa um estatuto próprio e independente, bem como a 
existência de um grande número de leis esparsas tratando de matéria 
trabalhista. 
 
 Autonomia doutrinária = existência de uma bibliografia própria. 
 
Autonomia jurisdicional = existência de um órgão especializado do Poder 
Judiciário que aplica o ramo jurídico em estudo: a Justiça do Trabalho. 
 
Autonomia científica = formulação de institutos e princípios próprios, 
distintos dos institutos e princípios do Direito Civil e dos demais ramos 
jurídicos. 
 
Natureza jurídica – controvertida: 
 
Direito Privado – posto que se refere a contrato de trabalho entre partes 
capazes, sujeitos privados. Amauri Mascaro, Paulo Nader. 
 
Direito Público – proteção estatal. Regras inafastáveis, imperativas, 
irrenunciáveis. Miguel Reali, Gonçalves da Mota, Ronaldo Poletti. 
Direito Social – protegem o interesse de toda a sociedade, dos 
economicamente mais frágeis. Cesarino Junior. 
 
Direito Misto – Tanto normas de direito público, quanto normas de direito 
privado, paralelamente. Dualismo normativo. Hermes Lima, Orlando Gomes, 
Carnelutti, Peréz Botija. 
 
Direito Unitário – As normas de direito privado e de direito público se 
fundem criando um novo ramo, o Direito Unitário. Arnaldo Sussekind, 
Evaristo de Morais Filho, Durval Lacerda. 
 
2 - Aplicação das Normas de Direito do Trabalho 
A complexidade do ordenamento jurídico trabalhista resulta 
da coexistência de diferentes tipos de normas produzidas através das várias 
fontes existentes no direito do Trabalho. 
No direito do trabalho, ao interpretar as normas jurídicas 
aplicáveis ao caso concreto, deve-se levar em conta a norma mais favorável ao 
empregado. Um exemplo claro disso está preceituado no art. 620 da CLT, ao 
dizer que “as condições estabelecidas em convenção, quando mais favoráveis, 
prevalecerão sobre as estipuladas em acordo”. 
No entanto, para suprir as lacunas existentes na norma 
jurídica, o interprete terá que utilizar as técnicas jurídicas, sendo elas: Analogia, 
Eqüidade, Princípios Gerais do Direito e a doutrina. 
 
3. EFICÁCIA 
Eficácia significa a aplicação ou execução da norma jurídica 
ao caso concreto, ou seja, é a produção de efeitos jurídicos concretos ao 
regular as relações. A eficácia da norma jurídica pode ser divida em relação ao 
tempo e ao espaço. 
3.1 Eficácia no tempo 
A eficácia da lei trabalhista no tempo refere-se à entrada da 
lei em vigor. Normalmente, as disposições do Direito do Trabalho entram em 
vigor a partir da data de publicação da lei, quando houver disposição na lei. 
No entanto, como regra geral, inexistindo disposição 
expressa na lei, esta começara a entrar em vigor 45 dias após a publicação da 
sentença (vacatio legis). 
Importante ressaltarmos que se um contrato de trabalho já 
estiver terminado, a lei nova não vai irradiar seus efeitos sobre o referido 
pacto, contudo, se o ato ainda não foi terminado deve-se observar a lei vigente 
à época de sua prática. 
Irretroatividade: segundo o princípio da irretroatividade, a 
lei nova não se aplica aos contratos de trabalho já terminados; acrescente-se 
que nem mesmo os atos jurídicos já praticados nos contratos de trabalho em 
curso no dia do início da sua vigência. 
Efeito imediato: de acordo com o princípio do efeito 
imediato, quando um ato jurídico, num contrato em curso, não tiver ainda 
sido praticado, o será segundo as regras da lei nova; quer dizer que entrando 
em vigor, a lei se aplica, imediatamente, desde logo, às relações de emprego 
que se acham em desenvolvimento. 
 
3.2 - Eficácia no espaço 
Princípio da territorialidade: as leis trabalhistas vigoram em um determinado 
território ou espaço geográfico; é o princípio da territorialidade que prevalece, 
significando, simplesmente, que a mesma lei disciplinará os contratos 
individuais de trabalho tanto dos empregados brasileiros como de outra 
nacionalidade; aos estrangeiros que prestam serviço no Brasil, é aplicada a 
legislação brasileira. 
Previa a Súmula 207 do TST que Relação Jurídica Trabalhista - Conflitos 
de Leis Trabalhistas no Espaço - Princípio da "Lex Loci Executionis” 
A relação jurídica trabalhista é regida pelas leis vigentes no país da prestação de serviço e 
não por aquelas do local da contratação. Todavia, houve o CANCELAMENTO 
da referida súmula. 
Desta forma, qual a lei de direito material e de direito processual a ser aplicada 
quando da hipótese de empregado brasileiro, contratado no Brasil, mas, que 
realiza suas atividades em país estrangeiro? Ocorre que restou CANCELADA 
a citada súmula (207), prevalecendo a incidência da legislação brasileira, 
considerada mais benéfica ao trabalhador. 
* Leis 7.064/82 e 11.962/09. 
- ARTIGO 651 DA CLT 
 
2-Fontes do Direito do TrabalhoO dicionário Aurélio conceitua fonte como: “Fonte: [do lat. 
Fonte] (...) 6.Fig. Aquilo que origina ou produz; origem, causa (...) 8.Fig. O 
texto original de uma obra. 9.Que fornece informação sobre determinado 
tema.” 
 
No direito trabalhista as fontes podem ser dividas em 
Materiais e Formais. 
 
As fontes materiais são aqueles acontecimentos 
responsáveis pelo nascimento da regra jurídica, ou seja, é o fato social, 
econômico, filosófico ou político que inspira o legislador. Importante 
ressaltarmos que a necessidade de proteção tutelar (proteção do 
hipossuficiente), a necessidade da organização profissional (igualdade de 
contratar) e a necessidade de colaboração incorporam as fontes materiais do 
Direito do Trabalho. 
 
Já as fontes Formais, no entanto, são as leis propriamente 
ditas, sendo o meio através do qual o direito se manifesta. As formais se 
classificam em Autônomas e Heterônomas. Estão no artigo 8º da CLT. 
 
-> Fontes Autônomas: São aquelas fontes criadas pelas próprias partes 
interessadas, ou seja, por quem irá utilizar a norma. 
 
-> Fontes Heterônomas: São aquelas fontes impostas por um agente 
externo, ou seja, são aquelas que originam a norma jurídica de fora para 
dentro, em relação à vontade individual dos sujeitos da relação do trabalho. 
Não são elaboradas pelas partes que irão beneficiar da norma. Temos como 
exemplo a Constituição Federal, leis, decretos, sentença normativa e etc. 
 
Art. 8º da CLT - Integração das normas jurídicas trabalhistas 
Art. 8º - As autoridades administrativas e a Justiça do Trabalho, na falta de disposições 
legais ou contratuais, decidirão, conforme o caso, pela jurisprudência, por analogia, por 
eqüidade e outros princípios e normas gerais de direito, principalmente do direito do 
trabalho, e, ainda, de acordo com os usos e costumes, o direito comparado, mas sempre de 
maneira que nenhum interesse de classe ou particular prevaleça sobre o interesse público. 
Parágrafo único - O direito comum será fonte subsidiária do direito do trabalho, naquilo em 
que não for incompatível com os princípios fundamentais deste. 
 
FONTES FORMAIS HETERÔNOMAS 
 
 Constituição Federal; 
 Emendas à Constituição; 
 Medidas Provisórias; 
 Leis; 
 Regulamentos Normativos; 
 Tratados e Convenções Internacionais; 
 Sentenças normativas. 
 Súmulas vinculantes editadas pelo STF 
 
Obs: As súmulas vinculantes editadas pelo STF são fontes formais 
heterônomas de direito. (Art. 103-A da CRFB/88). Temos duas Súmulas 
Vinculantes do STF importantes que se aplicam ao Direito do Trabalho, a de 
nº 4 e a de nº 6. 
 
CONSTITUIÇÃO FEDERAL 
 
Lei Maior. Carta Magna. Os direitos trabalhistas vêm sendo resguardados pela 
Constituição Federal desde a carta magna de 1934, sendo a partir daí 
resguardada em todas as Constituições. Na Carta Magna de 1988 se encontra 
disposta nos art. 7 a 11 e o art. 10 da ADCT; 
- art. 7º e incisos (direitos e garantias mínimos); 
- art. 8º e incisos (atividade sindical); 
- art. 9º e parágrafos (direito de greve); 
- art. 10 (participação paritária em órgãos colegiados); 
- art. 11 (representação nas empresas com mais de 200 empregados); 
- art. 10 das ADCT 
 
 
SENTENÇAS NORMATIVAS: 
 
Decisões proferidas pelos Tribunais (TRT e TST) em dissídios 
coletivos. 
 
Art. 868 - Em caso de dissídio coletivo que tenha por motivo novas 
condições de trabalho e no qual figure como parte apenas uma fração de 
empregados de uma empresa, poderá o Tribunal competente, na própria 
decisão, estender tais condições de trabalho, se julgar justo e conveniente, aos 
demais empregados da empresa que forem da mesma profissão dos 
dissidentes. 
Parágrafo único - O Tribunal fixará a data em que a decisão deve entrar em 
execução, bem como o prazo de sua vigência, o qual não poderá ser superior a 
4 (quatro) anos. 
 
Art. 869 - A decisão sobre novas condições de trabalho poderá também ser 
estendida a todos os empregados da mesma categoria profissional 
compreendida na jurisdição do Tribunal: 
a) por solicitação de 1 (um) ou mais empregadores, ou de qualquer sindicato 
destes; 
b) por solicitação de 1 (um) ou mais sindicatos de empregados; 
c) ex officio, pelo Tribunal que houver proferido a decisão; 
d) por solicitação da Procuradoria da Justiça do Trabalho. 
 
Art. 870 - Para que a decisão possa ser estendida, na forma do artigo anterior, 
torna-se preciso que 3/4 (três quartos) dos empregadores e 3/4 (três quartos) 
dos empregados, ou os respectivos sindicatos, concordem com a extensão da 
decisão. 
§ 1º - O Tribunal competente marcará prazo, não inferior a 30 (trinta) nem 
superior a 60 (sessenta) dias, a fim de que se manifestem os interessados. 
§ 2º - Ouvidos os interessados e a Procuradoria da Justiça do Trabalho, será o 
processo submetido ao julgamento do Tribunal. 
 
Art. 871 - Sempre que o Tribunal estender a decisão, marcará a data em que a 
extensão deva entrar em vigor. 
 
TRATADOS E CONVENÇÕES INTERNACIONAIS 
Tratados internacionais são acordos internacionais concluído entre Estados 
em forma escrita e regulado pelo Direito Internacional. Como exemplos de 
Tratados Internacionais, temos as convenções da Organização Internacional 
do Trabalho. 
 
LEIS 
Clovis Beviláqua – Regra geral que, emanada de autoridade competente, é 
imposta coativamente à obediência de todos. Lei, preceito comum, que se 
dirige a todos, obrigando face a sua força coercitiva e provido de autoridade 
competente. 
 
 
FONTES FORMAIS AUTÔNOMAS 
 
 Costume; 
 Acordo Coletivo; 
 Convenção Coletiva; 
 Contrato de Trabalho. 
 
# Regulamento da empresa. 
 
COSTUME -> prática reiterada que gera uma norma jurídica. Regras de ação 
coletiva, que diferem de grupo para grupo social. São obrigatórias 
moralmente. VICENTE RAO – Costume é regra de conduta criada 
espontaneamente, pela consciência comum do povo, que observa de forma 
constante e uniforme, sob a convicção de corresponder a uma necessidade 
jurídica. 
 
REGULAMENTO DA EMPRESA -> Normas internas da empresa. 
 
 CONVENÇÃO COLETIVA E ACORDO COLETIVO DE 
TRABALHO 
 
 
Convenção Coletiva -> Art. 611 - Convenção Coletiva de Trabalho é o 
acordo de caráter normativo, pelo qual dois ou mais Sindicatos 
representativos de categorias econômicas e profissionais estipulam condições 
de trabalho aplicáveis, no âmbito das respectivas representações, às relações 
individuais de trabalho. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967) 
 
Acordo Coletivo -> Art. 611 § 1º É facultado aos Sindicatos representativos 
de categorias profissionais celebrar Acordos Coletivos com uma ou mais 
empresas da correspondente categoria econômica, que estipulem condições de 
trabalho, aplicáveis no âmbito da empresa ou das acordantes respectivas 
relações de trabalho. (Parágrafo único remunerado pela Lei nº 2.693, de 
23.12.1955 e alterado pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967) 
 
Convenção -> SINDICATO REPRESENTATIVO DA CATEGORIA 
ECONÔNIMA (PATRONAL) E SINDICATO REPRESENTATIVO 
DA CATEGORIA PROFISSIONAL (LABORAL) 
 
Acordo -> SINDICATO DA CATEGORIA PROFISSIONAL 
(LABORAL) E EMPRESA (S) 
 
PREVALÊNCIA ENTRE CONVENÇÃO OU ACORDO -> Art. 620 
da CLT. 
 
Art. 620. As condições estabelecidas em Convenção quando mais favoráveis, 
prevalecerão sobre as estipuladas em Acordo. (Redação dada pelo Decreto-lei 
nº 229, de 28.2.1967) 
 
PREVALÊNCIA DA CONVENÇÃO OU ACORDO SOBRE O 
CONTRATO DE TRABALHO -> ART. 619. 
 
Art. 619. Nenhuma disposição de contrato individual de trabalho que 
contrarie normas de Convenção ou AcordoColetivo de Trabalho poderá 
prevalecer na execução do mesmo, sendo considerada nula de pleno direito. 
(Redação dada pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967) 
 
PRAZO DO ACORDO OU CONVENÇÃO -> Art. 614 § 3º da CLT. 
Art. 614. (...) 
 
§ 3°. Não será permitido estipular duração de Convenção ou Acordo superior 
a 2 (dois) anos. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967) 
 
 
Contrato Individual –> O contrato é fonte de direito entre as partes que 
celebram. Acordo tácito ou expresso que corresponde à relação de emprego. 
 
Regulamento da empresa -> somente será fonte se elaborado por ambas as 
partes. 
 
São consideradas fontes supletivas a jurisprudência, a analogia, a equidade, e 
os outros princípios e normas de Direito do trabalho e de direito, os usos e 
costumes e o direito comparado. 
 
� A Jurisprudência: Considera-se jurisprudência a reunião de decisões 
reiteradas dos Tribunais em um mesmo sentido para suprir lacunas do 
ordenamento jurídico. É importante lembrar que a Súmula é a jurisprudência 
pacificada de determinado Tribunal e a Orientação Jurisprudencial é o 
entendimento majoritário de determinado Tribunal. 
 
� A Analogia: A analogia é a aplicação de dispositivos legais que tratam de 
casos semelhantes. Ela divide-se em Analogia “Legis” e Analogia “Iuris”, a 
primeira ocorrerá quando o aplicador do direito recorrer a determinado 
dispositivo legal que regula uma matéria semelhante, na ausência de 
dispositivo legal relativo ao tema. Já a Analogia “Iuris” ocorrerá quando não 
existir um preceito legal semelhante e o aplicador do direito recorrer aos 
princípios gerais do direito, por exemplo. 
 
� A Equidade: O conceito de equidade derivado próprio nome, sendo 
considerada a disposição de agir com Justiça, equilibrando a justa medida 
entre as coisas. É oportuno 
ressaltar que o juiz somente poderá decidir por equidade nos casos previstos 
em lei, conforme dispõe o art. 127 do CPC. 
 
� Os Princípios Gerais do Direito do Trabalho: O princípio é o que 
orienta o aplicador do direito na sua atividade interpretativa. Ele também 
orienta e guia o legislador em sua função legiferante. 
 
� Os Princípios Gerais do Direito: Como o da isonomia, da lealdade, da 
boa-fé, etc. 
 
� Os Usos e costumes: Há quem faça a distinção entre os usos e os 
costumes. Mas para o nosso estudo o importante é saber que os costumes 
contra a lei não são admitidos. Apenas serão admitidos os costumes “praeter 
legem”, ou seja, para suprir as lacunas da lei. 
 
� O Direito Comparado: Permite-se a utilização de direito estrangeiro 
quando a legislação pátria não oferecer solução para determinado conflito de 
interesses. Ressalta-se que o direito comparado somente poderá ser utilizado 
como fonte supletiva (art. 8º da CLT).

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