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PROCESSOS DE TRATAMENTO DA ÁGUA PARA CONSUMO HUMANO (1)

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Universidade Estadual de Montes Claros – UNIMONTES
Centro de Ciências Exatas – Departamento de Ciências Exatas 
Curso: Engenharia Civil
Período: 7º
Disciplina: Professor:
 Acadêmicos:
________________________________________________________________________________________
PROCESSOS DE TRATAMENTO DA ÁGUA PARA CONSUMO HUMANO
Montes Claros, 16/03/2017
PROCESSOS DE TRATAMENTO DA ÁGUA PARA CONSUMO HUMANO
O tratamento da água para consumo humano tem por finalidade primeira torná-la potável. Em síntese, procura-se tornar a água atrativa e segura para o consumo. Tal processo acontece nas ETA e a qualidade da água final é regulada pelo ministério da saúde, sendo que, no que diz respeito ao processo convencional de tratamento de água, este é dividido em fases. Em cada uma delas existe um rígido controle de dosagem de produtos químicos e acompanhamento dos padrões de qualidade.. Portanto, os principais objetivos do tratamento são de ordem sanitária (remoção e inativação de organismos patogênicos e substâncias químicas que representem riscos à saúde) e estético-organoléptica (por exemplo: remoção de turbidez, cor, gosto e odor).
Em uma abordagem mais ampla, o tratamento da água para consumo humano tem por objetivos:
Atender ao padrão de potabilidade exigido pelo Ministério da Saúde:
 Prevenindo a veiculação de doenças de origem microbiológica ou química;
Estimulando a aceitação para consumo.
Prevenir a cárie dentária, por meio da fluoretação.
Proteger o sistema de abastecimento dos efeitos da corrosão e da deposição/incrustação.
De acordo como Art. 5º. da portaria 2914/2011, temos as seguintes definições:
I - água para consumo humano: água potável destinada à ingestão, preparação e produção de alimentos e à higiene pessoal, independentemente da sua origem; 
II - água potável: água que atenda ao padrão de potabilidade estabelecido nesta Portaria e que não ofereça riscos à saúde; 
III - padrão de potabilidade: conjunto de valores permitidos como parâmetro da qualidade da água para consumo humano, conforme definido nesta Portaria; 
IV - padrão organoléptico: conjunto de parâmetros caracterizados por provocar estímulos sensoriais que afetam a aceitação para consumo humano, mas que não necessariamente implicam risco à saúde; 
V - água tratada: água submetida a processos físicos, químicos ou combinação destes, visando atender ao padrão de potabilidade; 
VI - sistema de abastecimento de água para consumo humano: instalação composta por um conjunto de obras civis, materiais e equipamentos, desde a zona de captação até as ligações prediais, destinada à produção e ao fornecimento coletivo de água potável, por meio de rede de distribuição; 
VII - solução alternativa coletiva de abastecimento de água para consumo humano: modalidade de abastecimento coletivo destinada a fornecer água potável, com captação subterrânea ou superficial, com ou sem canalização e sem rede de distribuição;
MÉTODOS DE TRATAMENTO DA ÁGUA
Apesar da existência de uma vasta panóplia de processos tecnológicos para a produção de água para consumo humano, os princípios gerais de purificação, são aproximadamente os mesmos. Estes princípios proporcionam a seguinte lista de procedimentos primários a serem realizados:
Remoção de contaminantes heterogêneos da água, por sedimentação ou coagulação e sedimentação, filtração, e, flutuação. Como resultado de tal tratamento, os índices de turvação e cor da água são reduzidos.
Eliminação de mistura de bactérias patogênicas e prevenção da sua reprodução (desinfecção de água) por cloração, iodação, ozonização, prateamento, radiação eletromagnética e eletroquímica, entre outros métodos.
Ajustamento da composição da água em misturas dissolvidas. Esta fase pode incluir uma grande diversidade de processos tecnológicos, dependendo da composição e qualidade da água inicial. Primeiramente, isto inclui a eliminação do odor, sabor, e vestígios de poluentes tóxicos da água, através de métodos como aeração e desgaseificação, oxidação, absorção, e remoção de ferro, manganês, silício, e fluoretos da água. A fase final do tratamento da água pode incluir fluoração e amolecimento da água (remoção da dureza). Numa região com falta de água doce, mas com disponibilidade de recursos de água salobra e salgada, pode também ser necessário levar a cabo o processo de dessalinização da água.
Tratamento da água específico, por exemplo, através do método de radiação, assim como a sua purificação no que toca a contaminantes específicos, incluindo problemas radioativos, ou particularmente, químicos altamente tóxicos.
Os processos e as tecnologias utilizadas para remover os contaminantes da água, e para melhorar a sua qualidade, são reconhecidos em todo o mundo. A escolha sobre qual o tratamento a usar, com uma grande variedade de processos disponíveis, depende das características da água, o tipo de problemas na qualidade de água que estão presentes, e os custos dos diferentes tratamentos. Existem diferentes métodos de tratamento da água, a solução sobre qual utilizar, depende do tipo de fonte, e do objetivo de utilização da água.
PROCESSOS DE TRATAMENTO
A água que consumimos diariamente passa por três estágios antes de chegar à nossa casa. A captação, o tratamento e a distribuição passam através de uma rede de tubulações. O primeiro passo é a captação da água “bruta” para uma estação de tratamento de água. Esta parte é realizada por intermédio de adutoras em mananciais superficiais (lagos, rios e nascentes) ou subterrâneos (poços).
A necessidade de alguns, ou todos estes tratamentos depende somente da qualidade da água disponível. 
Triagem – A maioria dos objetos grandes e visíveis, tais como árvores, galhos, paus, vegetação, peixes, vida animal etc., presentes na água á superfície, podem ser removidos através de operações de seleção e triagem;
Pré-cloração – Adição de cloro assim que a água chega à estação para facilitar a retirada de matéria orgânica e metais;
Pré-alcalinização – Adição de cal ou soda à água para ajustar o ph aos valores exigidos para as fases seguintes do tratamento;
Coagulação – Adição de sulfato de alumínio, cloreto férrico ou outro coagulante, seguido de uma agitação violenta da água para provocar a desestabilização elétrica das partículas de sujeira, facilitando sua agregação;
Floculação – Floculação é o processo onde a água recebe uma substância química chamada de sulfato de alumínio. Este produto faz com que as impurezas se aglutinem formando flocos para serem facilmente removidos. Assim, a água já coagulada movimenta-se de tal forma dentro dos tanques que os flocos misturam-se, ganhando peso, volume e consistência.
Decantação – Na decantação, como os flocos de sujeira são mais pesados do que a água caem e se depositam no fundo do decantador; Dessa forma, os flocos formados anteriormente separam-se da água, sedimentando-se, no fundo dos tanques.
Filtração A água ainda contém impurezas que não foram sedimentadas no processo de decantação. Por isso, ela precisa passar por filtros constituídos por camadas de areia ou areia e antracito suportadas por cascalho de diversos tamanhos que retêm a sujeira ainda restante. Nesta fase, a água passa por várias camadas filtrantes onde ocorre a retenção dos flocos menores que não ficaram na decantação. A água então fica livre das impurezas; 
Estas três etapas: floculação, decantação e filtração recebem o nome de clarificação. Nesta fase, todas as partículas de impurezas são removidas deixando a água límpida. Mas ainda não está pronta para ser usada. Para garantir a qualidade da água, após a clarificação é feita a desinfecção.
Desinfecção – uma vez filtrada à água recebe “cloro” para garantir a destruição de organismos causadores de doenças. Para a inativação de organismos patogênicos;
Absorção – A água resultante, apesar de agora ser segura, pode ainda não ser atrativa para a língua dos consumidores. Gostosdesagradáveis e odores que podem ser removidos com a adição de certos compostos químicos como o carvão ativado;
Cloração – A cloração consiste na adição de cloro. Este produto é usado para destruição de microrganismos presentes na água. A água é fluoretada, em atendimento à Portaria do Ministério da Saúde. Consiste na aplicação de uma dosagem de composto de flúor (ácido fluossilícico). Reduz a incidência da cárie dentária, especialmente no período de formação dos dentes, que vai da gestação até a idade de 15 anos.
Fluoretação – A fluoretação é uma etapa adicional. O produto aplicado tem a função de colaborar para redução da incidência da cárie dentária;
Recarbonizarão – Adição de dióxido de carbono para prevenir o depósito de carbonato de cálcio;
Dessalinização – Remoção de sal excessivo, caso esteja presente.
Aeração, entre outros.
Por fim, independentemente da qualidade da água bruta, cabe destacar o disposto na Portaria MS no 2914/2011:
Art. 23º. Os sistemas e as soluções alternativas coletivas de abastecimento de água para consumo humano devem contar com responsável técnico habilitado. 
Art. 24º. Toda água para consumo humano, fornecida coletivamente, deverá passar por processo de desinfecção ou cloração. 
Parágrafo único. As águas provenientes de manancial superficial devem ser submetidas a processo de filtração. 
Art. 25º. A rede de distribuição de água para consumo humano deve ser operada sempre com pressão positiva em toda sua extensão. 
Art. 26º. Compete ao responsável pela operação do sistema de abastecimento de água para consumo humano notificar à autoridade de saúde pública e informar à respectiva entidade reguladora e à população, identificando períodos e locais, sempre que houver: 
I - situações de emergência com potencial para atingir a segurança de pessoas e bens; 
II - interrupção, pressão negativa ou intermitência no sistema de abastecimento; 
III - necessidade de realizar operação programada na rede de distribuição, que possa submeter trechos a pressão negativa; 
IV - modificações ou melhorias de qualquer natureza nos sistemas de abastecimento;
V - situações que possam oferecer risco à saúde.
Após o tratamento, a água tratada é armazenada inicialmente em reservatórios de distribuição e depois em reservatórios de bairros, espalhados em regiões estratégicas das cidades.
Desses reservatórios a água vai para as tubulações maiores (denominadas adutoras) e depois para as redes de distribuição até chegar aos domicílios.
Depois das redes de distribuição, a água geralmente é armazenada em caixas d'água. A responsabilidade da companhia de água é entregar água até a entrada da residência onde estão o cavalete e o hidrômetro (o relógio que registra o consumo de água). A partir daí, o cliente deve cuidar das instalações internas e da limpeza e conservação do reservatório.
Reservação
A água é armazenada em reservatórios, com duas finalidades:
- manter a regularidade do abastecimento, mesmo quando é necessário paralisar a produção para manutenção em qualquer uma das unidades do sistema;
- atender às demandas extraordinárias, como as que ocorrem nos períodos de calor intenso ou quando, durante o dia, usa-se muita água ao mesmo tempo (na hora do almoço, por exemplo).
Quanto à sua posição em relação ao solo, os reservatórios são classificados em subterrâneos  (enterrados), apoiados e elevados.
Redes de distribuição
Para chegar às casas, a água passa por vários canos enterrados sob a pavimentação das ruas da cidade. Essas canalizações são chamadas redes de distribuição.
Para que uma rede de distribuição possa funcionar perfeitamente, é necessário haver pressão satisfatória em todos os seus pontos. Onde existe menor pressão, instalam-se bombas, chamadas boosters, cujo objetivo é bombear a água para locais mais altos.
Muitas vezes, é preciso construir estações elevatórias de água, equipadas com bombas de maior capacidade. Nos trechos de redes com pressão em excesso, são instaladas válvulas redutoras.
Ligações domiciliares
A ligação domiciliar é uma instalação que une a rede de distribuição à rede interna de cada residência, loja ou indústria, fazendo a água chegar às torneiras.
Para controlar, medir e registrar a quantidade de água consumida em cada imóvel, instala-se um hidrômetro junto à ligação. A tarifa mínima da COPASA dá direito a um consumo residencial de 6.000 litros de água por mês.
Referências:
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria Nº 2914, de 14 de Dezembro de 2011. Estabelece os procedimentos e responsabilidades relativos ao controle e vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade, e dá outras providências.
BRASIL. Decreto Nº 5.440, de 4 de Maio de 2005b. Estabelece definições e procedimentos sobre o controle de qualidade da água de sistemas de abastecimento e institui mecanismos e instrumentos para divulgação de informação ao consumidor sobre a qualidade da água para consumo humano.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Boas práticas no abastecimento de água: procedimentos para a minimização de riscos à saúde / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde. – Brasília : Ministério da Saúde, 2006. Disp em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/boas_praticas_agua.pdf>
Pesquisas no sites: 
http://site.sabesp.com.br/site/interna/Default.aspx?secaoId=47
http://www.copasa.com.br/

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