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Maquiavel, Reforma e Contrarreforma

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Resumo DPP
Maquiavel
O autor irá se inserir em um contexto de transformações que levarão a composição do Estado tal qual conhecemos hoje. Diferen
te do estado medieval, preso pelas leis naturais e a correlação entre leis e costumes, além da submissão do poder do príncipe
pelo poder eclesiástico.
Isso foi influenciado pelo humanismo filosófico e cívico, linha de pensamento que está atrelada ao racionalismo, visto na
obra de Descartes a partir da chamada dúvida metódica, que coloca tudo em dúvida, até mesmo a existência de Deus e do próprio
homem, fazendo com que a dúvida se torne a única certeza e se penso, logo existo. Isso despertará no ser humano uma outra lei
tura de sua própria existência, fazendo com que o homem tenha uma ótica mais racional em relação a sua própria existência,
criando o que chamamos de Ideologia Cientificista, separando a razão da fé. Isso fica claro em Maquiavel em sua dicotomia en
tre Virtu e Fortuna.
Também há a ideia de Humanismo Cívico, que pretendia resgatar conceitos das cidades italianas do Renascimento, retomando a
Aristóteles de que o homem deveria participar da vida pública de forma ativa. Maquiavel então inicia um resgate tanto do pen
samento antigo Grego quanto Romano. Também rompe com o modelo jusnaturalista, afirmando que se Deus deu razão ao homem, era
para usá-la. Cria-se então o Jusracionalismo, o Direito sendo justo, de acordo com a razão humana. Não se nega a existência
de Deus, mas dá autonomia racional ao homem.
Para Maquiavel, o homem não é um ser sociável por natureza e ele revela isso por seu aspecto político. A política não seria
uma coisa boa ou má, o Estado se formará a partir da ação política. Ele diz que temos que estudar como eram as primeiras re
públicas e os principados para entender as razões de porque algumas durarem mais que outras e avaliar quais medidas deram cer
to e quais deram errado, se aproximando de Aristóteles em sua segunda fase.
Em sua primeira obra, Discurso, ressaltará a República Romana, na qual o legislador deveria prezar pela República, porém, em
épocas de enfraquecimento da mesma, é permitido que um homem, o tirano, reconduza a sociedade até um ponto de paz necessário
para se restaurar a república, a qual passaria por um processo de reinclusão das pessoas à vida política.
Já com O Príncipe, Maquiavel tenta estruturar como o soberano, chamado por ele de Príncipe (detentor do principado), deve se
portar para assumir esse estado de anarquia, tendo autoridade plena e sabendo conduzir a nação a um panorama estável. O Prín
cipe rompe com o sentido de bem comum, ele não deve estar preocupado com o indivíduo, mas sim em alcançar a estabilidade de
seu Estado. O Príncipe deve concentrar poderes e ter autoridade plena, tirando o povo da arrogância e guiando para um ideal
repúblicano.
Maquiavel reconhece dois aspectos inerentes à humanidade: fortuna, que diz respeito a coisas importantes que o homem não con
trola, como por exemplo sua família, o tempo que você nasceu e sua sorte; e a virtu, as virtudes do príncipe, ter força, co
ragem, agir com temeridade, dentre outras. Um Príncipe tem que fortalecer sua Virtu para conseguir seguir com seu destino,
parte da Fortuna.
Reforma e Contrarreforma
Ambos movimentos são importantes para a configuração do Estado moderno na teoria política. Isso se evidencia nas primeiras
teses de Lutero, o Logos Agostiniano. Ele deriva da teoria das Duas Espadas agostiniana, falando da Cidade de Deus e da Cida
de dos Homens, tentando resgatar um cristianismo primitivo, afastado das corrupções e indigência internas da Igreja. Lutero
luta contra a hierarquização interna da Igreja, aliada a uma crítica do comportamento dos membros do clero que pregavam algo
e faziam contrariamente.
A doutrina de Lutero em primeiro momento faz um fundamento teológico, seguido de uma crítica à ordem moral. Seu fundamento mo
ral está na crítica da corrupção e hipocrisia do clero e seu fundamento político está baseado na ideia de que os súditos de
vem submissão a seu Príncipe, todas suas ordens devem ser cumpridas pois seu sofrimento resultará no fortalecimento de seu
aspecto espiritual.
É retomada a ideia da universalidade do sacerdócio, no qual cada um com sua fé já teria dispositivos suficientes para profes
sar a fé cristã e contribuir para que a sociedade se organize nesse sentido, então, o Príncipe estaria livre para agir sem
a interferência papal já que estaria guiado pelos preceitos do cristianismo.
Calvino
Calvino valoriza o trabalho e a preparação intelectual, o trabalho dignificando o homem e tudo que é fruto deste também é sa
grado. Os que teriam maior capacidade intelectual teriam a missão de instruir os que não eram capazes de interpretar as escri
turas, mostrando um traço meritocrático.
Para ele, deve-se trabalhar com um duplo regime, o poder religioso não se confundindo com o poder temporal, sendo o primeiro
de controle da sociedade civil e o segundo de controle do soberano.
A sociedade se dividiria em três: o magistrado, a lei e o povo. Os magistrados seriam aqueles que estariam abaixo do príncipe
e acima do povo nessa relação. Ajudariam a cumprir as leis, julgar e auxiliariam a coroa. Eles teriam o papel de suavizar a
tirania do príncipe, uma válvula de escape do calvinismo para o não questionamento das decisões deste, já que a sociedade não
poderia se revoltar contra o príncipe. Eles, em caso de extrema necessidade, deporiam o príncipe e virariam Magistrados Supe
riores, que é uma forma de conter a tirania excessiva sem a necessidade de uma revolução.
Para ele, não importa a forma de governo, desde que assegurem a liberdade, mas há uma certa preferência para o modelo misto,
de controle recíproco, sendo independente da forma, um governo de acordo com os preceitos cristãos.
Entre Hobbes e Bodin
Richalieu: O Príncipe deve obediência ao Papa a menos que este esteja interferindo em assuntos que não sejam de competência
espiritual.
Le Bret: Se for fundamental para o Estado, pode o Príncipe intervir diretamente na vida privada. 
Bellarmino: Defensor do catolicismo ultramontano. Inverte a idéia de Bodin, com o Papa tendo poder subsidiário ao rei. Se es
te não cumprisse com os objetivos de Deus, o Papa poderia depô-lo.
Juan de Mariana: Os homens são primitivos e se associam seja para proteção seja para uma vida melhor. O monarca não seria le
gitimado apenas por Deus, mas também pelos homens simultâneamente, as duas fontes se complementando. Igreja interferindo em
alguns institutos do Estado.
Suarez: É natureza do homem se constituir em Estado. Toda a sociedade é governada em busca de um bem comum, sendo esse poder
a soberania, que promulga a lei. O rei governa sozinho em nome do bem comum. Ius genitum: direito comum entre os povos, os
soberanos se associam livremente para se conservar. Rei submetido à Igreja. Quem esteja ilegítimo no trono pode ser deposto,
mas o legítimo só com autorização do papa.
Althusius: Vai falar de democracia. Reconhece o vínculo enre

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