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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ITAJUBÁ CIÊNCIAS BIOLÓGICAS LICENCIATURA FÍSICA EXPERIMENTAL ELEMENTO RESISTIVO LINEAR ANA PAULA PEREIRA Turma 03 BRUNA TERRIBILE Turma 03 FERNANDA AMORIM Turma 02 ISADORA SOUZA Turma 03 JAQUELINE PAIVA Turma 03 PROF. JOÃO RICARDO NEVES DA SILVA ITAJUBÁ 2016 1. INTRODUÇÃO Eletricidade pode ser definido como uns dos ramos da física que estuda os fenômenos originados do fluxo de elétrons. Para melhor compreensão deste conteúdo haverá uma pequena contextualização do que se conhece a respeito da eletricidade. Partindo do princípio e com base na estrutura de um átomo é possível encontrar as cargas fundamentais da eletricidade, sendo o elétron a carga negativa, próton a carga positiva e nêutron a carga neutra. Segundo Gussow (2009) um átomo neutro possui uma quantidade de energia que é dada pela soma das energias dos seus elétrons, logo a energia dos elétrons é dada pela distância do núcleo do átomo, ou seja, os elétrons estão dispostos em camadas em torno do núcleo, sendo o elétron mais energético aquele que está mais distante. A carga elétrica é dada pela transferência de elétrons de um corpo para o outro, logo quando dois corpos tiverem cargas diferentes, seja um positivo e outro negativo (opostas), conforme a leis das cargas tem-se: “Cargas iguais se repelem, cargas opostas se atraem. ” [1] Após a definição de carga elétrica é possível compreender que a corrente é um fluxo de elétrons, ou seja, para se produzir uma corrente elétrica em um fio de cobre, por exemplo, é necessário haver uma diferença de potencial e de uma fonte de eletricidade, conforme demonstrado no esquema: Figura 1– Esquema de corrente elétrica (Gussow, 2009) Como a ênfase deste relatório é a construção de um circuito elétrico, segundo Gussow (2009) “Na prática um circuito elétrico é constituído de pelo menos quatro partes: (1) uma forma de força eletromotriz (FEM), (2) condutores, (3) uma carga e (4) instrumentos de controle. ”[1], como demonstrado no esquema: Figura 2 – Circuito elétrico (Gussow, 2009) Este esquema é um circuito fechado, pois consiste em um percurso para a correnteque se inicia na FEM passa pela carga e retorna a fonte, já um circuito é denominado incompleto se houver interrupção que impeça a corrente de completar o percurso. Os resistores podem ser fixos ou variáveis; os fixos são aqueles que possuem um valor único e constante de resistência e os resistores variáveis são aqueles que podem varias a quantidade de resistência em um circuito, e podem ser chamados também de potenciômetros ou reostatos. Já que este relatório tem por objetivo calcular a tensão e resistência dentro de um circuito elétrico é neste ponto que se coloca em prática a Lei de Ohm que define a relação entre a corrente (I), tensão (U) e resistência (R), esta lei é expressa na seguinte fórmula: 𝑅 = 𝑈 𝐼 Equação 1– Lei de Ohm [1] O circuito elétrico pode conter seus resistores ligados em séries ou em paralelo, quando em série, diz-se que os elementos do circuito estão todos ligados em sequência e há apenas um caminho para a corrente elétrica, quando em paralelo, por definição, significa que os resistores estão em paralelo ou seja, haverá uma rota alternativa para a corrente. [1] 2. OBJETIVOS Construir circuitos resistivos simples e efetuar medidas de corrente, tensão e resistência elétrica. Verificar a curva característica U x I de um resistor linear. 3. MATERIAIS ● Fonte de tensão digital; ● Multímetro digital; ● Painel de ligações; ● Resistores ôhmicos (~200 a 300 ohms); ● Cabos e conectores de ligação. ● Amperímetro Os materiais utilizados estão na figura 1 abaixo: Figura 1 – Materiais utilizados no experimento 3. DESCRIÇÃO DO EXPERIMENTO Primeira parte: Resistência de um único resitor Primeiramente foi feito uma leitura da resistência (R) dos resitores ôhmicos, para isso utilizou-se o Código de Resistores fornecido pelo fabricante como mostra a figura 2 abaixo: Figura 2 – Código de cores fornecido pelo fabricante do resitor A leitura apresentou o valor de 10 x 103 Ω ± 5% para o resistor 1 (R1) e 15 x 103 Ω ± 5% para o resistor 2 (R2). Então, foi montado um circuito conforme a figura 3, utilizando os seguintes materiais: painel de ligação, resistor ôhmico de menor valor (R1), fonte de tensão (E), cabos de ligação e multímetro digital no modo de medição de corrente contínua (A): Figura 3 – Circuito com o multímetro, fonte de tensão e um resitor Em seguida, deu-se início a verificação da variação de tensão 1 V até 10 V, fornecidos pela fonte de tensão. Os valores de corrente (I) obtidos em cada voltagem (U) foram anotados na tabela 1, em miliampére. Segunda parte: Resitores em série e em paralelo Na segunda parte do experimento foi montado um novo circuito com os dois resistores ligados primeiramente em série. Foi utilizado painel de ligação, dois resitores ôhmicos (R), fonte de tensão (E), cabos de ligação, multímetro no modo de medição contínua (A) e o voltímetro (V), conforme a figura 4 abaixo: Figura 4 – Circuito com resistores em série Logo após a montagem do novo circuito, aplicou-se uma tensão de 5 V e os valores obtidos no multímetro e no amperímetro foram anotados, conforme consta na tabela 2. Em seguida realizou-se o mesmo procedimento descrito acima, no entanto os resitores foram colocados em paralelo como na figura 5, completando assim a tabela 3. Figura 5 – Circuito com resistores em paralelo 5. ANÁLISE DE DADOS As leituras obtidas na primeira parte do experimento encontram-se na tabela 1, a seguir. Com esses dados foi possível construir um gráfico de tensão por corrente, em que a função é linear e crescente. U (V) I (mA) 1,03 0,10 2,00 0,20 2,96 0,30 4,04 0,41 5,00 0,51 5,97 0,61 6,94 0,71 7,83 0,81 8,97 0,92 9,94 1,03 Tabela 1 – Variação de Tensão e Corrente para R1 Gráfico 1 – Tensão (V) x Corrente (mA) No gráfico, encontra-se a equação que satisfaz a reta por regressão linear para V × i, e sabendo que a equação é dada por y = a.x + b, temos que o coeficiente angular é a = 9,6107 e o coeficiente linear b = 0,086. O coeficiente angular corresponde a resistência do circuito montado e poderia ser representado por 9,61 x 103 Ω e está próximo ao valor lido para o resistor 1, que foi de 10 x 103 Ω. Dessa forma, pode-se afirmar que o resistor fornecido pelo fabricante é capaz de suportar as tensões e as correntes experimentadas. Os dados para os resistores colocados em série e em paralelo estão nas tabelas 2 e 3 a seguir: EM SÉRIE U (V) I (mA) 2,00 0,20 Tabela 2 – Tensão e corrente para resistores em série EM PARALELO U (V) I (mA) 4,96 0,85 Tabela 3 – Tensão e corrente para resistores em paralelo Tendo ainda o resistor 1 com 10 x 103 Ω ± 5% e o resistor 2 com 15 x 103 Ω ± 5% com base no Código de Resistores, é possível calcular o valor da resistência total equivalente (RT) para os dois casos de associação dos resistores: y = 9,6107x + 0,086 0 2 4 6 8 10 12 0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 U ( V ) I (mA) EM SÉRIE RT = R1 + R2 RT = 10 x 103 + 15 x 103 RT = 25 x 103 Ω EM PARALELO 1/RT = 1/R1 + 1/R2 1/RT = 1/(10 x 103) + 1/(15 x 103) 1/RT = 1 x 10-4 + 6 x 10-5 RT = 6 x 103 Ω Os resultados encontrados foram distantes e demonstramo que diz a teoria. Na associação em série, todos os resistores são atravessados pela mesma corrente e a resistência equivalente é maior, pois é a soma da resistência de R1 e R2. Na associação em paralelo a resistência é menor porque todos os resistores da associação apresentam a mesma queda de tensão e a corrente é dividida entre eles. [2] 6. CONCLUSÃO Através deste experimento foi possível observar que no gráfico da ddp pela corrente, construído com os dados recolhidos no experimento, os resistores são componentes ôhmicos e que o comportamento da intensidade da corrente é proporcional ao da tensão, ou seja, quanto mais aumentava a tensão, consequentemente aumentava a corrente. Os valores encontrados na equação e os dados de corrente e tensão fornecidos pelo fabricante são condizentes. 7. REFERÊNCIAS [1] GUSSOW, Milton. Eletricidade Básica. 2ª ed. Porto Alegre: Bookman, 2009. [2] Associação de resistores – UNIP. Disponível em: http://adm.online.unip.br/img_ead_dp/20176.PDF, acessado em 1º out 2016.
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