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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
(UNIDADE SANTA CRUZ)
DIREITO CONSTITUCIONAL III
CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE
1. O Supremo Tribunal Federal, em sede de Ação Direta de Inconstitucionalidade, exige pertinência temática, quando a ação é proposta pelo Governador do Distrito Federal.
Comentários:
O Governador, tanto do DF quanto de qualquer Estado, deverá demonstrar a pertinência temática, ou seja, que é efetivamente interessado na causa da ação. Caso contrário será negada a propositura.
Gabarito: Correto.
2. A Mesa do Congresso Nacional não tem legitimidade para a propositura da Ação Direta de Inconstitucionalidade.
Comentários:
Parece algo estranho, mas é verdade. A relação do art. 103 da Constituição elencou somente as Mesas da Câmara e do Senado, separadamente, como legitimadas à propositura. Não admitiu a Mesa do Congresso Nacional (em conjunto).
Gabarito: Correto.
3. A perda da representação do partido político junto ao Congresso Nacional implica na perda da capacidade postulatória, com consequente extinção, sem resolução do mérito, da Ação Direta de Inconstitucionalidade anteriormente proposta.
Comentários:
Segundo o STF, a perda superveniente de representação parlamentar não desqualifica o partido político como legitimado ativo para a propositura da ação direta de inconstitucionalidade, tal aferição deve ser feita no momento da propositura.
Gabarito: Errado
4. O Supremo Tribunal Federal não reconhece a legitimidade ativa das chamadas associação de associações para fins de ajuizamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade.
Comentários:
O STF, a partir de 2004, reviu a sua jurisprudência e passou a aceitar a legitimidade ativa da "associação de associações".
Gabarito: Errado
5. Não tem legitimidade para propor a ação direta de inconstitucionalidade perante o Supremo Tribunal Federal: O Presidente do Congresso Nacional.
Comentários:
O Presidente do Congresso não está entre os legitimados pelo art.103 da Constituição. Apenas as Mesas do Senado e da Câmara (separadamente) e o Partido Político com representação no Congresso é que poderão, no âmbito parlamentar federal, propor ações diretas ao Supremo.
Gabarito: Correto.
6. A ação declaratória de constitucionalidade NÃO pode
(A) ter por objeto lei estadual.
(B) ter por objeto ato normativo federal.
(C) ser ajuizada por Governador de estado.
(D) ser ajuizada somente depois de demonstrada controvérsia judicial relevante.
(E) ser ajuizada pelo Governador do Distrito Federal.
Comentários:
A ADC tem a particularidade de só tratar de normas federais (obviamente falando da ADC em âmbito federal). É preciso ter muita atenção a isso:
ADI – Só pode veicular (tratar sobre) leis federais ou estaduais;
ADC – Só veicula leis federais;
ADPF – Pode veicular qualquer lei: federal, estadual ou municipal.
As assertivas C e E estão de acordo com o art. 103 da Constituição, e a assertiva D traz uma requisito particular para se propor ADC, previsto na lei 9868/99 (art. 14, III). Assim, a ADC para ser aceita deve ter em sua petição inicial a comprovação da existência de controvérsia judicial relevante sobre a aplicação da disposição objeto da ação declaratória.
Gabarito: Letra A.
7. Qualquer cidadão pode propor ação direta de inconstitucionalidade perante o Supremo Tribunal Federal, desde que demonstre interesse jurídico na solução da questão constitucional subjacente, podendo ser condenado no décuplo das custas o autor da ação considerada temerária.
Comentários:
A ação direta de inconstitucionalidade (ADI) só poderá ser proposta pelos legitimados do art. 103 da Constituição, e o cidadão não está incluído em tal relação.
Gabarito: Errado.
8. Não possui legitimidade para propor ação direta de inconstitucionalidade:
a) a mesa da Câmara dos Deputados. 
b) a mesa do Senado Federal.
c) a mesa do Congresso Nacional.
d) a mesa da Câmara Legislativa do Distrito Federal.
 e) a confederação sindical de âmbito nacional.
 Comentários:
Questão bem interessante. Embora a mesa da Câmara e a mesa do Senado possam, em separado, propor a ADI. A mesa do congresso nacional não poderá fazer esta proposta, já que ela não consta na relação do art. 103 da Constituição.
Gabarito: Letra C.
9. Perante o Supremo Tribunal Federal, a ação direta declaratória de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual em face da Constituição Federal pode ser proposta :
a) pelo Procurador-Geral da República, com exclusividade.
b) pelo Presidente da República, pela Mesa do Senado Federal, pela Mesa da Câmara dos Deputados ou pelo Procurador-Geral da República.
c) pelo Presidente da República, pela Mesa do Senado Federal, pela Mesa da Câmara dos Deputados, por Mesa de Assembleia Legislativa, por Governador do Estado, pelo Procurador-Geral da República, pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, por partido político com representação no Congresso Nacional, por confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional.
d) pelo Procurador-Geral da República, pelo Conselho Federal da
Ordem dos Advogados do Brasil e pelo Advogado-Geral da União.
e) pela Mesa do Senado Federal, pela Mesa da Câmara dos Deputados, por Mesa de Assembleia Legislativa, por Governador do Estado, pelo Procurador-Geral da República, pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, por partido político com representação no Congresso Nacional, por confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional e estadual.
Comentários:
O art. 103 da Constituição Federal, após a EC 45/04 passou a trazer os legitimados tanto para a propositura da ADI, quanto da ADC, e por força da lei 9882/99, estes também são os legitimados para propor ADPF.
A letra A estaria correta se fosse uma "ADI interventiva". Porém, para propor a ADC temos que observar todos aqueles do art. 103 da Constituição. Desta forma, está errado também a letra B e D por serem muito restritas.
A letra E erra, pois excluiu o "presidente da República" e colocou como legitimada a confederação sindical ou entidade de classe de âmbito estadual, quando somente a de "âmbito federal" é que seria a legitimada.
Gabarito: Letra C
10. Quando o Supremo Tribunal Federal apreciar a inconstitucionalidade, em tese, de norma legal ou ato normativo, citará, previamente, o Procurador- Geral da República, que defenderá o ato ou texto impugnado.
Comentários:
Consoante com a Constituição em seu art. 103 § 1º, o Procurador- Geral da República deverá ser previamente ouvido nas ações de inconstitucionalidade e em todos os processos de competência do Supremo Tribunal Federal. Porém, não se pode falar que o PGR irá defender o texto impugnado. Isto é competência do AGU e não do PGR (CF, art. 103 §3º). Aliás, a questão é a perfeita literalidade do disposto na Constituição, art. 103 §3º.
Gabarito: Errado.
11. O Advogado-Geral da União deverá ser previamente ouvido nas ações de inconstitucionalidade e em todos os processos de competência do Supremo Tribunal Federal.
Comentários:
Neste caso, não será o AGU e sim o Procurador-Geral da República (CF, art. 103 §1º).
Gabarito: Errado.
12. Quando o STF apreciar a inconstitucionalidade, em tese, de norma legal ou ato normativo, compete ao Advogado-Geral da União exercer a função de curador especial do princípio da presunção de constitucionalidade da norma, razão pela qual não poderá, em hipótese alguma, manifestar-se pela inconstitucionalidade do ato impugnado.Comentários:
Na época da questão, ela já estava errada pelo uso de "hipótese alguma", já que o AGU não precisaria fazer a defesa caso já existissem precedentes do tribunal que indiquem para a inconstitucionalidade do ato. Atualmente, a questão continua errada, mas pelo fato de que, na atual jurisprudência do STF (questão de ordem na ADI 3916), o entendimento é o de que o AGU possui liberdade de agir, não estando obrigado a defender o ato impugnado em ação direta de inconstitucionalidade.
Gabarito: Errado.
13. Nas ações declaratórias de constitucionalidade, é obrigatória a atuação do Advogado- Geral da União no processo como curador da presunção de constitucionalidade da lei.
Comentários:
Ele será chamado apenas no caso de apreciação da inconstitucionalidade, pois deverá defender o dispositivo impugnado.
Gabarito: Errado.
14. É consequência da rigidez constitucional:
(A) o princípio do Estado Democrático de Direito.
 (B) o princípio da Supremacia da Constituição. 
(C) a inalterabilidade do texto constitucional.
(D) o controle concentrado da constituição.
(E) a presença, em seu texto, de normas fundamentais.
Comentários:
Somente em constituições formais e rígidas é que podemos verificar o fenômeno da "supremacia da constituição", já que, em constituições materiais e flexíveis, qualquer norma que tratasse de assunto essencialmente constitucional seria considerada Constituição.
Gabarito: Letra B.
15. Perante a Constituição brasileira em vigor, a legislação pertinente e a doutrina, o controle de constitucionalidade no Brasil:
a) é misto, com tendência de intensificação do modelo concentrado de controle.
b) adota unicamente o modelo do "judicial review", de origem na decisão da Corte Suprema dos EUA, proferida em 1803.
c) segue, com exclusividade, a linha do modelo kelseniano, introduzido na Constituição da Áustria, de 1920.
d) segue o chamado modelo francês, que adota o sistema de controle jurisdicional preventivo.
e) é misto, com absoluta equivalência entre o sistemas de controle difuso e concentrado.
Comentários:
A resposta correta é a letra A. Veja que a banca não disse apenas "misto" e ponto final, mas explicou (em outras palavras): é misto pois estamos nos referindo a vias concentradas e difusas do controle jurisdicional, havendo predominância pela concentrada.
Gabarito: Letra A.
16. Em relação ao órgão controlador, a ocorrência em Estados onde o órgão que garante a supremacia da Constituição sobre o ordenamento jurídico é distinto dos demais Poderes do Estado caracteriza espécie de controle:
a) indeterminado. 
b) jurídico.
c) judiciário.
d) misto.
 e) político. 
Comentários:
Quando o órgão responsável pelo controle é autônomo, desvinculado dos demais poderes (principalmente do Judiciário), estamos diante do controle político, tal qual ocorre em certos países Europeus que possuem o "Tribunal Constitucional". Gabarito: Letra E.
17. Ao estabelecer que "a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário nenhuma lesão ou ameaça a direito", o inciso XXXV, do artigo 5º, da Constituição Federal está:
a) conferindo aos juízes em geral o poder de controle concentrado de constitucionalidade.
b) conferindo a todos os membros do Judiciário o poder de derrogar uma lei que lese ou ameace um direito fundamental.
c) conferindo aos juízes e tribunais o controle difuso de constitucionalidade.
d) conferindo apenas aos tribunais o controle difuso de constitucionalidade.
e) conferindo tanto aos juízes de primeira instância, como aos tribunais, apenas o controle concentrado de constitucionalidade.
Comentários:
O inciso XXXV do art. 5º nos mostra o chamado "princípio da inafastabilidade do Judiciário" que significa que qualquer cidadão pode acionar diretamente o Poder Judiciário, para que este proteja um direito seu que esteja sendo lesado ou ameaçado de ser lesado, e isso independentemente, em regra, de ter tomado outras medidas anteriores.
O "Princípio da Inafastabilidade do Judiciário" possui diversos desdobramentos. Caso venhamos a aplicá-lo sob o prisma do Controle de Constitucionalidade, veremos claramente que ele é o legitimador do controle difuso, já que através de qualquer das ações próprias, o cidadão poderá invocar o Poder Judiciário (independente de qual órgão) e pedir a sua proteção. Incidentalmente a este processo, o Judiciário poderá declarar inconstitucional uma lei, realizando um controle difuso. Não podemos dizer que a "Inafastabilidade do Judiciário" é legitimadora do controle concentrado, pois este não é uma garantia do cidadão, já que somente aqueles legitimados do art. 103 da Constituição é que poderão tomar a iniciativa das 3 ações próprias para tal.
Gabarito: Letra C.
18. A via de exceção para o controle de constitucionalidade é própria:
(A) do controle difuso.
(B) do controle concentrado.
(C) do controle concentrado e difuso.
(D) do controle feito pelo Magistrado, ex officio.
 (E) da ação popular.
Comentários:
A via de exceção é a via que se faz através de uma defesa no caso concreto. Assim, ela é típica do controle difuso (controle realizado pelos diversos órgãos do Poder Judiciário) onde se analisa dentro do caso concreto o chamado "incidente de inconstitucionalidade", ou seja, faz-se a analise da constitucionalidade da norma para que se alcance o resultado principal que é a resolução do caso concreto. O controle de constitucionalidade é mero incidente, meio para se chegar à decisão do caso, não sendo o pedido principal.
Gabarito: Letra A.
19. Sobre o controle de constitucionalidade, NÃO é espécie de controle concentrado a ação classificada como:
a) direta de inconstitucionalidade por omissão. 
b) direta de inconstitucionalidade genérica.
c) direta de inconstitucionalidade interventiva. 
d) direta de constitucionalidade objetiva.
e) declaratória de constitucionalidade.
Comentários:
Nós temos 3 ações: ADI, ADC e ADPF.
A ADI se divide em Genérica, Interventiva ou Por omissão. Logo, não existe a ação da letra "d": ação direta de constitucionalidade objetiva.
Gabarito: Letra D.
20. O controle abstrato em face da Constituição Federal da República Federativa do Brasil é exercido:
a) concorrentemente pelo Superior Tribunal de Justiça por meio da arguição de descumprimento de preceito fundamental.
b) exclusivamente pelo Supremo Tribunal Federal por meio de ações, dentre outras, a ação direta de inconstitucionalidade interventiva.
c) subsidiariamente pelos Tribunais Superiores por meio de representação, dentre outras, a direta de inconstitucionalidade por omissão.
d) suplementarmente por qualquer Tribunal ou juiz, por meio da ação declaratória de constitucionalidade.
e) privativamente pelo Ministério Público Federal, por meio de ações, entre outras, de arguição de cumprimento de preceito constitucional.
Comentários:
Controle abstrato tendo como o objeto a Constituição Federal é de competência exclusiva do Supremo, através do julgamento de ADI, ADC e ADPF.
Gabarito: Letra B.
21. Considere as seguintes afirmações a respeito do sistema de controle de constitucionalidade vigente no Brasil:
I. A ação declaratória de constitucionalidade pode ser proposta contra lei ou ato normativo federal ou estadual.
II. A arguição de descumprimento de preceito fundamental é cabível contra lei editada anteriormenteà Constituição e com ela incompatível.
III. A ação direta de inconstitucionalidade é cabível contra lei ou ato normativo federal ou estadual anterior à Constituição e com ela incompatível.
IV. Aos juízes de primeiro grau não cabe declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, ainda que incidentalmente no processo, tendo em vista a cláusula de "reserva de plenário" prevista na Constituição Federal.
Está correto SOMENTE o que se afirma em 
a) II.
b) III.
c) I e II.
 d) I e III.
 e) III e IV.
Comentários:
I - Errado. ADC só pode veicular leis federais.
II - Correto. A ADPF será cabível para questionar a compatibilidade de atos anteriores à Constituição, é a única ação que poderá fazer isso em controle abstrato. A outra hipótese seria a ocorrência de um caso concreto.
III - Errado. Só a ADPF pode questionar compatibilidades de atos anteriores à Constituição. A ADI não pode.
IV - Errado. A Cláusula da Reserva de Plenário, que exige como requisito para declarar a inconstitucionalidade, o voto da maioria absoluta dos votos dos membros do pleno ou órgão especial, é obrigatória para os "tribunais". Não se aplica para o juízo monocrático (juiz singular de primeiro grau).
Gabarito: Letra A.
22. De acordo com a teoria da recepção, decreto-lei que tenha sido editado sob a égide de Constituição anterior, e compatível, em princípio, com a nova ordem constitucional,
a) continua válido no ordenamento jurídico e pode ser submetido ao controle de constitucionalidade concentrado por meio de arguição de descumprimento de preceito fundamental.
b) transforma-se, por mutação constitucional, em lei ordinária e passa a incorporar a nova ordem constitucional com uma nova numeração.
c) passa a integrar a nova ordem constitucional com hierarquia inferior à lei complementar e à lei ordinária.
d) insere-se na nova ordem constitucional automaticamente, mas o Supremo Tribunal Federal, por meio de Ação Direta de Inconstitucionalidade, poderá anular seus efeitos.
e) incorpora-se à nova ordem constitucional apenas se, por mutação constitucional, transformar-se em decreto legislativo mediante aprovação do Congresso Nacional.
Comentários:
Sabemos que os decretos-lei, caso materialmente válidos, continuam vigorando em nosso ordenamento jurídico como se leis fossem. Desta forma, eles poderão sofrer controle de constitucionalidade? Sim!
Por via de ADI? Não, já que são atos criados anteriormente à Constituição Vigente. Logo, somente a ADPF (no caso de controle concentrado) ou o controle difuso é que poderiam questionar a validade do ato.
Lembro que a decisão proferida na ADPF, não será pela constitucionalidade/inconstitucionalidade do ato, e sim pela sua recepção/revogação, já que não existe inconstitucionalidade em face de uma Constituição posterior (inconstitucionalidade superveniente), apenas a inconstitucionalidade congênita.
Gabarito: Letra A.
23. A ação declaratória de constitucionalidade, junto ao Supremo Tribunal Federal, NÃO poderá ser proposta:
a) pela entidade de classe de âmbito nacional. 
b) pela Mesa da Câmara Legislativa.
c) pelo Governador do Distrito Federal.
 d) pela confederação sindical.
e) pelo Prefeito Municipal.
Comentários:
Os legitimados para propor ADC encontram-se previstos no art. 103 da Constituição. Da relação ali presente, somente os Prefeitos Municipais não possuem a legitimidade.
Gabarito: Letra E.
24. A omissão do poder público que justifica o ajuizamento da ADI por omissão é aquela relativa às normas constitucionais de eficácia contida de caráter impositivo, em que a CF investe o legislador na obrigação de expedir comandos normativos.
Comentários:
O correto seria dizer que se tratam das normas de eficácia limitada, onde a não edição da norma provoca a inaplicabilidade do dispositivo constitucional.
Gabarito: Errado.
25. A supremacia da Constituição exige que todas as situações jurídicas se conformem com os princípios e preceitos da Constituição, mas ainda não existe instrumento jurídico capaz de corrigir omissão inconstitucional.
Comentários:
Para suprir a omissão inconstitucional está previsto o uso da ação direta de inconstitucionalidade por omissão (ADO), prevista no art. 103 §2º CF.
Gabarito: Errado.
26. A ação direta de inconstitucionalidade interventiva é espécie de controle concentrado.
Comentários:
A ADI interventiva é uma subespécie de ADI. A ADI se manifesta nas suas formas: genérica, por omissão, e interventiva. Todas elas são instrumentos para levar diretamente ao Supremo, controvérsias constitucionais.
Gabarito: Correto.
27. Ação direta de inconstitucionalidade por omissão é espécie de controle difuso.
Comentários:
Trata-se de controle concentrado direto. Gabarito: Errado.
28. Proclamada a inconstitucionalidade do dispositivo, pelo Supremo Tribunal Federal, julgar-se-á improcedente a ação direta de inconstitucionalidade.
Comentários:
Neste caso ela será julgada "procedente", pois o seu objetivo é justamente proclamar uma inconstitucionalidade.
Gabarito: Errado.
29. Por meio da ação direta de inconstitucionalidade não é possível declarar a invalidade de uma lei anterior à atual Constituição, sob o fundamento de que tal lei violara a Constituição em vigor ao tempo da sua edição, mas é possível a declaração da inconstitucionalidade dessa mesma lei, por ser materialmente incompatível com a nova Constituição.
Comentários:
Para que haja inconstitucionalidade de uma lei, esta lei deve “nascer” com o vício, não se admite o que chamamos de “inconstitucionalidade superveniente”, ou seja, a lei se tornar inconstitucional no decurso do tempo. Assim, uma lei só pode ser declarada inconstitucional perante a Constituição da época a qual foi criada, assim, ainda que possível fazer um controle de uma norma anterior a Constituição perante a Constituição vigente, este controle será apenas de “compatibilidade”, analisando-se se a norma foi recepcionada ou revogada pela nova constituição, não será um controle de “constitucionalidade”. Exemplo disto foi o julgamento da ADPF pelo STF que julgou como revogada a lei de imprensa anterior a CF/88, veja que a decisão não foi dada como a lei sendo “inconstitucional”, mas sim como sendo revogada.
Gabarito: Errado.
30. O direito brasileiro não conhece instrumento apto para que o Judiciário pronuncie a inconstitucionalidade de lei anterior à Constituição em vigor, por ser tal lei infringente da Constituição que estava em vigor quando editada.
Comentários:
Poderá ser usado o controle concreto da norma pela via difusa, o que não poderá é se usar o controle concentrado.
Gabarito: Errado.
31. Após alteração do texto constitucional que promoveu a reforma do Poder Judiciário, são legitimados para a propositura da ação direta de inconstitucionalidade interventiva os mesmos legitimados para a propositura da ação direta de inconstitucionalidade por omissão.
Comentários:
Somente o PGR é legitimado a propor ADI interventiva, já a ADI por omissão pode ser proposta pelos mesmos legitimados da ADI genérica que estão no art. 103 da CF.
Gabarito: Errado.
32. Somente caberá arguição de descumprimento de preceito fundamental em decorrência de controvérsia constitucional sobre lei ou ato normativo federal.
Comentários:
No caso de ADPF poderá ser veiculada lei federal, estadual e até mesmo municipal. A ADC é que só pode ser usada para leis federais.
Gabarito: Errado.
33. Leis estaduais e municipais podem ser objeto de açãodeclaratória de constitucionalidade proposta pelo Presidente da República.
Comentários:
A ADC só poderá veicular leis federais (CF, art. 102, I, a). Gabarito: Errado.
34. O Poder Legislativo está autorizado a aprovar lei em cujos dispositivos se declarem nulas e de nenhuma eficácia, por serem inconstitucionais, outras leis de sua autoria.
Comentários:
Segundo o STF, uma lei não é instrumento hábil para fazer controle de constitucionalidade, a referida lei deveria ser submetida à controle de constitucionalidade por via de ação direta no STF, já que no Brasil temos o sistema jurisdicional de controle de constitucionalidade.
Gabarito: Errado.
35. O Ministério Público é parte legítima para propor ação civil pública que impugna instituição inconstitucional de tributo.
Comentários:
A ação civil pública não pode ser usada em substituição às ações do controle direto de constitucionalidade.
Gabarito: Errado.
36. Na ação direta de inconstitucionalidade, a atividade judicante do STF está condicionada pelo pedido, mas não pela causa de pedir, que é tida como "aberta".
Comentários:
É uma característica do controle de constitucionalidade abstrato possuir causa de pedir “aberta”, ou seja, o STF não se vincula ao pedido do impetrante, podendo declarar a inconstitucionalidade com base em outro dispositivo. No entanto, não ocorre dispensa da fundamentação do pedido, apenas, a fundamentação não vincula o Supremo, que poderá achar outras razões para acatar ou não o pedido dada a relevância da controvérsia.
Gabarito: Correto.
37. A ação declaratória de constitucionalidade, junto ao Supremo Tribunal Federal, NÃO poderá ser proposta:
a) pela entidade de classe de âmbito nacional. 
b) pela Mesa da Câmara Legislativa.
c) pelo Governador do Distrito Federal.
 d) pela confederação sindical.
e) pelo Prefeito Municipal.
Comentários:
Os legitimados para propor ADC encontram-se previstos no art. 103 da Constituição. Da relação ali presente, somente os Prefeitos Municipais não possuem a legitimidade.
Gabarito: Letra E.
38. Dentre outros, pode propor a ação direta de inconstitucionalidade e a ação declaratória de constitucionalidade, o Advogado-Geral da União.
Comentários:
O AGU embora participe do processo de controle de constitucionalidade defendendo a lei, não possui legitimidade para interpor ações diretas, pois não foi elencado na relação do art. 103 da Constituição. 
Gabarito: Errado.
39. Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade e a ação declaratória de constitucionalidade, além de outros, o Presidente da Ordem dos Advogados do Brasil e o Controlador-Geral da República.
Comentários:
Somente podem propor tais ações os legitimados pelo art. 103 da Constituição, o qual não elenca os citados na assertiva. Gabarito: Errado.
40. Sobre a ação direta de inconstitucionalidade, podemos afirmar que estão legitimados para sua propositura, dentre outros, o Procurador-Geral da República e o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil.
Comentários:
São legitimados presentes no art. 103 da Constituição, neste artigo podemos achar a relação de todos os legitimados ativos para a propositura das ações diretas.
Gabarito: Correto.
41. O Prefeito Municipal está presente no rol de legitimados à propositura de Ação Declaratória de Constitucionalidade perante o Supremo Tribunal Federal, nos termos da Constituição Federal de 1988.
Comentários:
Este rol está presente no art.103 da Constituição e dele não consta o prefeito municipal.
Gabarito: Errado.
42. A Mesa da Câmara Legislativa do Distrito Federal é legitimada à propositura de Ação Direta de Inconstitucionalidade.
Comentários:
Observando o rol presente no art. 103 da Constituição, que dispõe sobre os legitimados ativos do controle direto, podemos encontrar a mesa da Câmara Legislativa do DF.
Gabarito: Correto.
43. A legitimação para propor ação direta de inconstitucionalidade é de um terço dos membros do Senado Federal ou da Câmara dos Deputados.
Comentários:
A questão tentou confundir o candidato com a legitimidade para propor emendas constitucionais (art. 60). Para propor ADI, deve-se observar o rol do art. 103, onde não está presente o disposto no enunciado.
Gabarito: Errado.
44. O Advogado-Geral da União não tem legitimidade para a propositura da ação direta de inconstitucionalidade e a ação declaratória de constitucionalidade.
Comentários:
Ele não foi contemplado pelo legislador constituinte como um legitimado, através do art. 103 da Constituição Federal.
Gabarito: Correto.
45. A ação direta de inconstitucionalidade por omissão pode ser proposta pelos mesmos legitimados à propositura da ação direta de inconstitucionalidade genérica e da ação declaratória de constitucionalidade.
Comentários:
A ADI, a ADC e a ADPF possuem os mesmos legitimados. São aqueles que estão no art. 103 da Constituição. A ADI, no entanto, pode ser classificada como ADI genérica, ADI por omissão ou ADI interventiva. Somente a ADI interventiva possui a especificidade quanto à legitimação ativa, nesta espécie de ADI, só o Procurador-Geral da República é que poderá ingressar com a ação no STF, mas nenhum outro. Na ADI por omissão, no entanto, não há diferenças para a ADI genérica quanto aos legitimados.
Gabarito: Correto.
46. A aferição da legitimidade do partido político para a propositura de uma ação direta de inconstitucionalidade deve ser feita no momento da propositura da ação, sendo irrelevante a ulterior perda de representação no Congresso Nacional.
Comentários:
Segundo o STF, a perda superveniente de representação parlamentar não desqualifica o partido político como legitimado ativo para a propositura da ação direta de inconstitucionalidade, tal aferição deve ser feita no momento da propositura.
Gabarito: Correto.
47. O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil tem legitimidade ativa para propor ação declaratória de constitucionalidade, nos termos da Lei n.º
9.868/1999.
Comentários:
Após a EC 45/04 os legitimados para ADI e ADC passaram a ser os mesmos, eles estão dispostos do art. 103, entre eles está o Conselho Federal da OAB.
Gabarito: Correto.
48. O Presidente da República não possui legitimidade para ajuizar ação direta de inconstitucionalidade, haja vista poder exercer o seu poder de veto, na Constituição Federal (CF).
Comentários:
Realmente, o Presidente pode exercer o poder de veto, no caso trata- se do veto jurídico que é a forma de o Presidente da República exercer o controle preventivo de constitucionalidade, mas ele também poderá exercer controle repressivo de constitucionalidade e fará isso através do ajuizamento da ação direta, e esta legitimação é conferida pelo art. 103 da Constituição.
Gabarito: Errado
49. O STF reconhece a prefeito municipal legitimidade ativa para o ajuizamento de arguição de descumprimento de preceito fundamental, não obstante a ausência de sua legitimação para a ação direta de inconstitucionalidade.
Comentários:
Os legitimados para propor ADPF são os mesmos legitimados para propor ADI e ADC. Eles estão dispostos no art. 103 da Constituição e, neste rol, não encontramos a legitimidade para os prefeitos municipais.
Gabarito: Errado
50. Não se exige, para fins de ajuizamento e conhecimento da ADI, a prova da pertinência temática por parte das Mesas do Senado Federal, da Câmara dos Deputados, das assembleias legislativas dos estados ou da CâmaraLegislativa do DF.
Comentários:
Os legitimados do art. 103 da Constituição são divididos em 2 grupos: os universais e os especiais. Enquanto os universais podem propor ADI sobre qualquer matéria, os especiais precisam demonstrar que tem interesse na causa (pertinência temática). Assim temos como legitimados universais: o Presidente da República, o PGR, o Conselho Federal da OAB, partido político com representação no CN e, a Mesa de qualquer das Casas Legislativas. Temos como legitimados especiais: a Mesa de Assembleia Legislativa Estadual ou Câmara Legislativa do DF, o Governador de Estado/DF e, a confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional.
Gabarito: Errado
51. O sistema de controle Judiciário de Constitucionalidade repressiva denominado reservado ou concentrado é exercido por via de ação.
Comentários:
Para se impugnar diretamente uma norma no Supremo deve-se fazer uso das ações do controle de constitucionalidade (ADI, ADC e ADPF), por isso ser chamado de "via de ação".
Gabarito: Correto.
52. A partir da promulgação da Constituição de 1988, o cidadão brasileiro conta com uma multiplicidade de formas de participação política sem precedentes na história do País. É uma forma de participação popular na esfera pública a possibilidade de qualquer cidadão propor individualmente Ação Direta de Inconstitucionalidade junto ao Supremo Tribunal Federal.
Comentários:
A ação direta de inconstitucionalidade (ADI) só poderá ser proposta pelos legitimados do art. 103 CF, o qual não inclui o cidadão.
Gabarito: Errado.

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