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Aula_7_Schumpeter

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*Giorgio Romano, 14.maio.2008
 
*
*
Joseph Schumpeter
Capitalismo, Socialismo e Democracia
Prof. Giorgio Romano
7ª aula
http://tidia.ufabc.edu.br:8080/
Membership: Prof. Giorgio Romano
*Giorgio Romano, 14.maio.2008
 
*
*
Schumpeter – século XX
Marx	1818-1883
Schumpeter 	1883-1950
Keynes 	1883-1946
Schumpeter nasceu no Império Áustro
-Húngaro (na atual Rep. Checa)
1932 - fugiu do nazismo para os EUA e se
tornou professor em Harvard
1942 Capitalismo, Socialismo e Democracia
*Giorgio Romano, 14.maio.2008
 
*
*
Destruição criadora - creative destruction 
Contribuição mais importante Schumpeter: 
Teoria sobre ciclos econômicos/ desenvolvimento
econômico/ evolução do capitalismo => 
novo olhar sobre renda monopolista e inovação 
Inovação: ato do empresário empreendedor
visando obtenção do lucro extraordinário
Lucro extra-ordinário: o lucro acima da média
exigida pelo mercado para que haja novos
investimentos e transferências de capitais entre
diferentes setores 
 
*Giorgio Romano, 14.maio.2008
 
*
*
Crítica à teoria clássica 
Na teoria clássica: visão idílica da concorrência
perfeita => a grande empresa e as formas
monopolistas de mercado não favorecem o
desempenho da produção (mercado imperfeito)
lucros extraordinários => exercício do poder
monopolista à custa dos consumidores. 
Schumpeter: a essência das grandes empresas 
modernas é que suas condições de custo sejam,
para grande parte da produção, muito mais
favoráveis
*Giorgio Romano, 14.maio.2008
 
*
*
Destruição ciradora - creative destruction e Marx 
O desenvolvimento da grande empresa e a 
formação de posições de monopólio que aparecem
em Capitalismo, Socialismo e Democracia podem
perfeitamente caber na idéia da lei de tendência à
concentração e à centralização do Capital de Marx
Schumpeter: “renda capitalista” lucros-extras que
a ordem capitalista atribui à implantação bem
sucedida de novas mercadorias, novos métodos de
produção ou novas formas de organização”. 
Marx: A burguesia não pode existir sem
revolucionar permanentemente os instrumentos
de produção;
*Giorgio Romano, 14.maio.2008
 
*
*
Revivel Schumpter 
Final década de 1970/década de 1980: renovado
interesse por Schumpeter
No centro das mudanças então observadas está um conjunto de inovações => papel da tecnologia na sociedade como o motor do desenvolvimento econômico 
As mudanças se originam, portanto, no lado da
produção, na maneira distinta de combinar
materiais e forças para produzir
*Giorgio Romano, 14.maio.2008
 
*
*
Economia evolucionista 
=> An Evolutionary Theory of Economic Change de Richard R. Nelson e Sidney Winter, publicada em 1982: marco no pensamento do que viria ser a corrente neoschumpeteriana ou evolucionária:
Palavras-chave: processo de busca de inovações
como diferencial competitivo, o mercado como
mecanismo de seleção e o papel das instituições e
da história na dinâmica capitalista 
=> Journal of Evolutionary Economics
*Giorgio Romano, 14.maio.2008
 
*
*
Capitalismo, Socialismo e Democracia 
Livro tenta explorar relação entre ordem socialista
da sociedade e o método democrático de governo. 
Dividido em cinco temas centrais – trabalhos
quase autônomos de análise:
Doutrina Marxista – a sua importância é
	completamente à parte de sua aceitação ou
	rejeição
II 	Poderá sobreviver o capitalismo – o capitalismo está sendo liquidado pelos seus próprios méritos
	=> 
*Giorgio Romano, 14.maio.2008
 
*
*
Capitalismo, Socialismo e Democracia 
III 	Será viável o socialismo: uma
	possibilidade prática que se pode tornar
	imediatamente real em consequência do atual
	conflito
IV 	Socialismo e Democracia
V. 	Tentativa de síntese – esboço histórico dos partidos socialistas
*Giorgio Romano, 14.maio.2008
 
*
*
Capitalismo, Socialismo e Democracia 
Prefácio da 2ª edição americana 1946:
“este livro não é de natureza política” => não 
pretende desviar a atenção do leitor com
 “discussões a respeito do que deve ser feito”
Defensores do capitalismo acusaram o
Schumpeter de derrotismo. 
Resposta: “ A comunicação de que o navio via a
pique nada tem de derrotista. O espírito em que é
recebida a comunicação, sim, pode ser
classificado de derrotista”.
*Giorgio Romano, 14.maio.2008
 
*
*
Capitalismo, Socialismo e Democracia 
Prefácio 3ª edição inglesa (1949)
Caracterização situação política na Grã-Bretanha
pós-guerra:
“...os interesses trabalhistas dominam e ...o farol
da livre iniciativa se encontra toldado por uma
cortina de fumaça” e “...nada nos impressionou
tanto como a fraqueza da resistência oferecida à
evolução para o socialismo” => 
“prova de que o ethos capitalista desapareceu”.
*Giorgio Romano, 14.maio.2008
 
*
*
Doutrina Clássica da democracia 
Democracia na Doutrina Clássica:
Arranjo institucional para se chegar a certas decisões políticas que realizam o bem comum
Cabe ao próprio povo decidir através por meio da eleição
Premissas:
O “bem comum” como “o farol orientador da
	política”
A vontade do povo como a vontade de todas as pessoas sensatas que corresponde exatamente ao interesse, bem-estar comum
	(=> saber objetivo sobre bom e mau)
*Giorgio Romano, 14.maio.2008
 
*
*
Crítica à Doutrina Clássica da democracia 
1) 	Não há um bem comum inequivocamente
	determinado que o povo aceite ou que possa
	aceitar por força de argumentação racional. 
Por que?
	a) Para diferentes indivíduos/grupos, o bem
 	comum significará coisas muito diversas (não
 	tem como chegar à definição do bem comum
 	por meio de argumentação racional).
	b) As pessoas podem desejar outras coisas que não o bem comum.
2) 	Existência potencial de dissensões básicas a respeito dos próprios fins
*Giorgio Romano, 14.maio.2008
 
*
*
Crítica à Doutrina Clássica da democracia 
3) 	Vontade do povo / Volontê gênêrale?
para rômaticos (idealismo Hegel): Vontade do
 	povo vem de “entidade semimística, a alma
 	do povo.
para utilitaristas: Vontade do povo se baseia na
 	vontade individual. Transformação do
 	conjunto de vontades individuais em vontade
 	do povo por meio da racionalidade.
Schumpeter: focar no processo, não no resultado 
Decisões políticas produzidas pelo processo
democrático baseado nas vontade individuais não
representam o que pode ser chamado de vontade
do povo (vontade da maioria)
*Giorgio Romano, 14.maio.2008
 
*
*
Crítica à Doutrina Clássica da democracia 
O que existe como “vontade do povo” é criado
por grupos políticos “não é uma vontade genuína,
mas artificialmente fabricada” => “a vontade do
povo é o resultado e não a causa primeira do
processo político” 
(Ex. Métodos de publicidade, inclusive dialogar com o
subconsciente)
*Giorgio Romano, 14.maio.2008
 
*
*
Crítica à Doutrina Clássica da democracia 
4) Outro problema com a vontade do povo baseada na
	vontade individual: significaria atribuir à vontade do
 	indivíduo uma independência e uma qualidade racional que são irrealistas=>
	A personalidade humana não é uma unidade
	homogênea com “vontade definida como mola
 	propulsora” (hipótese da racionalidade humana) =>
 	importância de elementos irracionais e extra-racionais
	
Compara com a escolha racional da economia clássica:
necessidades não são absolutamente tão definidas
ações provocadas por essas necessidade nada que pareça racional (irracionalidade como incapacidade de agir racionalmente para realizar determinado fim)
*Giorgio Romano, 14.maio.2008
 
*
*
Crítica à Doutrina Clássica da democracia 
5) Outro problema com a doutrina clássica da 
	democracia: caráter fortemente igualitário.
 	Isso foi parcialmente resolvido com a
 	introdução da noção de “igualdade de
 	oportunidade”, mas ficou a noção de
 	equiparar a desigualdade de todos os tipos à
 	injustiça. 
*Giorgio Romano, 14.maio.2008
 
*
*
Críticaà Doutrina Clássica da democracia 
Doutrina clássica de democracia e o socialismo
mais tarde: substituto/ complemento para a crença
Cristã=> 
Na esfera metafísica: bem comum/ valores
supremos/ voz do povo, que é a voz de Deus/
homens nascem livres e iguais (o redentor morreu
por todos nós)/ credo democrático como
evangelho de razão e melhoramento =>
democracia deixa de ser um simples método para
se tornar um ideal, parte de um sistema ideal de
coisas => “democrata desse tipo...poderá aceitar
também qualquer desvio desses ideais”.
*Giorgio Romano, 14.maio.2008
 
*
*
Definição Schumpeter método/ processo democrático 
“um sistema institucional para a tomada de
decisões políticas no qual o indivíduo adquire o
poder de decidir mediante uma luta competitiva
pelos votos do eleitor”
Considerações:
Frisar o “modus procedendi” critério objetivo
	para distinguir o governo democrático de
	outros tipos. (“A vontade do povo” da teoria
	clássica, pode ser servido tão bem ou melhor
	por outros governos.)
*Giorgio Romano, 14.maio.2008
 
*
*
Definição Schumpeter método/ processo democrático 
2) 	Papel vital de liderança. Os corpos coletivos
 	atuam quase exclusivamente pela aceitação da
 	liderança.
3)	Mesmo os casos específicos em que há
	realmente vontade coletiva autêntica (não
 	manufaturada), esse deve ser transformado
 	em fator político em algum líder ao incluí-la
 	no seu programa de ação. 
Luta pela liderança comparável ao conceito
	de concorrência na esfera econômica:
	“concorrência livre pelo voto livre”, porém 
 	raramente perfeita (concorrência desleal,
 	fraudulenta/ limitação da concorrência)
*Giorgio Romano, 14.maio.2008
 
*
*
Definição Schumpeter método/ processo democrático 
Relação democracia x liberdade individual:
	método democrático não garante
	necessariamente maior medida de liberdade
 	individual.
	Seria preciso garantir que todos fossem livres para concorrer à liderança política => liberdade de expressão para todos.
Função primária do eleitorado é formar o
	governo. Mas temos que limitar idéia de
 	controle pelo eleitorado do seus líderes
 	políticos (ex. não pode dissolver o governo).
 	Ações políticas para derrubar o governo
 	contrárias ao espírito do método democrático. 
*Giorgio Romano, 14.maio.2008
 
*
*
Definição Schumpeter método/ processo democrático 
Decisões tomadas pela maioria dos votos =>
	outro argumento para abrir mão da noção da
 	vontade do povo. Mesmo se existisse não
 	poderia ser decidido por simples maioria (“a
 	vontade da maioria é apenas a vontade da
 	maioria e não a vontade do povo”
*Giorgio Romano, 14.maio.2008
 
*
*
Definição Schumpeter método/ processo democrático: Partido Político
Por consequência o partido não é como na
doutrina clássica um grupo de homens que
tenciona promover o bem-estar público baseado
em algum princípio comum. 
Schumpeter: “O partido é um grupo cujos
membros resolvem agir de maneira concertada na
luta competitiva pelo poder político” => 
isso explica porque os diversos partidos adotam
“exatamente, ou quase exatamente, os mesmos
programas =>
A propaganda política (a psicotécnica) não
constitui acessório, mas a essência da política.
*Giorgio Romano, 14.maio.2008
 
*
*
Definição Schumpeter método/ processo democrático
Essência é método político: arranjo institucional
para chegar a uma decisão política => 
a livre concorrência entre possíveis
líderes pelo voto do eleitorado. => político como
profissão (outra discordância com a doutrina
clássica que defendia que a política não deve ser
uma profissão). O homem da política é como o
homem de negócio, só que ao invés de petróleo,
negocia em votos. (Frívolo e cínico é quem se
manifesta em público a favor de slogans que, na
vida privada, nenhum respeito nos merecem.) 
Obs. não exclui idéias e sentido de dever. 
*Giorgio Romano, 14.maio.2008
 
*
*
Debilidades do governo democrático
Debilidades do governo democrático:
Em virtude da tremenda perda de energia que
	a luta incessante dentro e fora do parlamento
 	causa às principais figuras do regime; 
pela necessidade de adaptar a política às
	exigências da luta política. => ex. adotar
 	opiniões a curto prazo e torna difícil servir
 	aos interesses a longo prazo (política
	estrangeira corre perigo de degenerar em
 	política interna)
Essa debilidades são fontes para sentimento
antidemocrático. 
*Giorgio Romano, 14.maio.2008
 
*
*
Condições necessárias para o êxito do método democrático
Premissa:
método democrático depende do cumprimento de
certas condições
Def. êxito : não pode se referir ao resultado
“O caso em que o processo democrático se
reproduz constantemente, sem criar situações que
obriguem à inovação de métodos não
-democráticos”
*Giorgio Romano, 14.maio.2008
 
*
*
Condições necessárias para o êxito do método democrático
Existência de um número suficiente de
	indivíduos com as necessárias qualidades e
 	padrões morais. Por definição o método
 	democrático não se refere a selecionar entre a
 	população, mas “entre os elementos da
 	população que estão dispostos a fazer uma
 	carreira política” => pressupõe existência de
 	uma camada social particular: a sociedade
 	cujos membros considerem a política como
 	vocação (classe política).
Para Schumpeter um dos fatores que explica
surgimento nazismo: falta de liderança
democrática inspiradora.
*Giorgio Romano, 14.maio.2008
 
*
*
Condições necessárias para o êxito do método democrático
2) Restringir o campo real de decisões políticas 
 Critério da doutrina clássica: que fossem tratados
 	pela máquina política apenas os assuntos que
 	o povo em geral pudesse entender e sobre os
 	quais tivesse opinião formada
Critérios Schumpter:
assuntos que podem ser resolvidos com
êxito por um governo sujeito às tensões de uma
luta incessante por sua sobrevivência política
qualidade dos homens que formam o governo
tipo de máquina política
quadro da opinião pública com que deve
trabalhar
*Giorgio Romano, 14.maio.2008
 
*
*
Condições necessárias para o êxito do método democrático
Obs: não pode haver qualquer limite legal que
impeça o parlamento/governo de equacionar
qualquer assunto => parlamento/ governo deve
impor-se certos limites + aceitar conselho de
especialistas
Essa discussão remete a
1) 	“limitação correspondente das atividades do Estado”
a democracia não necessita que todas as
funções do Estado sejam sujeitas ao seu método político
(Ex. Banco Central) => margem para ampliar a esfera
pública sem ampliar a esfera da decisão política (nesses
casos o governo/parlamento se limitem às medidas de
criação/concessão de poderes a uma determinada agência e
a sua qualidade de órgão supervisor)
*Giorgio Romano, 14.maio.2008
 
*
*
Condições necessárias para o êxito do método democrático
3) Serviços de uma bem-treinada burocracia com
forte sentido esprit de corps (burocracia
weberiana)
“Tal burocracia constitui o maior desmentido do
falado governo de amadores” => obs. “os leitores
não devem deixar-se influenciar indevidamente
pelas conotações que a palavra adquiriu na
conservação habitual”
Também nesse caso surge “a questão do material
humano” => pressupõe existência de camada
social de boa qualidade que possa ser explorada
em busca de novos recrutas
*Giorgio Romano, 14.maio.2008
 
*
*
Condições necessárias para o êxito do método democrático
Características da burocracia eficaz:
eficiente na administração dos assuntos correntes e tenha competência para dar conselhos;
suficientemente forte para guiar e, se necessário, instrui os políticos;
capaz de criar princípios próprios (ex nomeações, promoções) e ser suficientemente independente
=> “Deve, em suma, ser um poder por direito próprio”
*Giorgio Romano, 14.maio.2008
 
*
*
Condições necessárias para o êxito do método democrático
Autocontrole democrático:grupos
importantes da nação estejam dispostos a
aceitar todas a medidas legislativas (contrapartida:
evitar medidas que não levem em conta os direitos
de outros grupos => regras de procedimento/
etiqueta parlamentar + tolerância com as
diferenças de opinião 
Outro elemento: autocontrole dos eleitores:
devem respeitar divisão de trabalho entre si e os
políticos que elegem=> uma vez tendo eleito
determinado cidadão, a ação política passa a ser
dele e não sua => eleito deve abster-se de instrui
-lo sobre o que fazer (X doutrina clássica)
*Giorgio Romano, 14.maio.2008
 
*
*
Relação Democracia - Capitalismo
Democracia presidiu ao processo de
 	transformações políticas e institucionais
 	através do qual a burguesia modificou e
 	racionalizou a estrutura social (o método
 	democrático foi a arma política dessa
 	reconstrução)
Democracia moderna, produto do sistema capitalista.
Obs. Governo democrático jamais foi
implementado por ato isolado, mas evoluiu
lentamente, como parte de um processo social
 mais geral.
*Giorgio Romano, 14.maio.2008
 
*
*
Democracia burguesa
democracia burguesa: 
solução para o problema de reduzir as decisões da
esfera política a proporções que podem ser
controladas pelo método da liderança competitiva
 
=> idéia do Estado modesto (mínimo):
garantir a legalidade burguesa
fornecer estrutura firma à iniciativa individual em todos os campos 
Porém isso implica aceitação de padrões “hoje
já não observamos”
*Giorgio Romano, 14.maio.2008
 
*
*
Ditadura do proletariado
tentativa da minoria de impor sua vontade 
ou
remoção das obstruções levantadas contra os
	desejos/ interesse do povo por instituições
 	controladas por grupos interessados em sua
 	preservação
método de conseguir decisões aparentemente 
	democráticas por meios não-democráticos 
=> 	anulação da democracia durante os períodos de transição => soluções provisórias desse tipo podem durar centenas de anos. 
*Giorgio Romano, 14.maio.2008
 
*
*
Socialismo democrático
Extensão do método democrático, da esfera da
política, a todos os assuntos econômicos
Mas: ampliação da esfera da administração
pública não significa necessariamente uma
extensão correspondente da administração
política. Em particular para absorver os assuntos
econômicos
=> 	desafio do problema de organização econômica no socialismo
*Giorgio Romano, 14.maio.2008
 
*
*
Socialismo democrático
Desafio: organizar e administrar a economia
evitando a interferência de políticos e de
“incômodos comitês de cidadãos ou de operários”
 => distanciar o gerenciamento da economia da atmosfera do conflito político (por definição imperfeito => ineficiências)
2º passo: conter as ineficiências que possam surgir
na própria burocracia: exige concentração de
responsabilidades/ sistema de bem escolhidos
incentivos/ penalidades ligados a nomeação
/promoção => evitar eu os gerentes perdessem “a
vitalidade capitalista” (porque não se trata de
ditadura do proletariado, mas “sobre o
proletariado)

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