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febre Q ou query

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Febre Q
Universidade Federal Da Fronteira Sul
Campus De Realeza
Graduação Em Medicina Veterinária 
Disciplina De Doenças Infecciosas Dos Animais Domésticos 
Prof.ª Dr.ª Susana Regina De Mello Schlemper
Acadêmicas: Alice Vicenzi
	 Aline Biazotto
“Query fever” ou febre do abatedouro;
1935: Laboratório de Microbiologia e Patologia do Departamento de Saúde de Queensland Edward Holbrook Derrick
Anos após o agente infeccioso foi isolado e identificado como uma espécie do gênero Rickettsia. 
 
Histórico
descrição
Menos de 10 germes geram infecção (Categoria B como arma biológica);
Aguda ou crônica;
 morbidade 
 	 mortalidade 
 infectividade 
Distribuição geográfica
DISTRIBUÍDA MUNDIALMENTE
Notificação obrigatória; 
No Brasil: primeiro caso na década de 50;
A notificação obrigatória só a partir de 1999;
Epidemiologia 
Em Portugal foi identificada pela primeira vez em 1948 (20 casos) 
Na França: 50* 
Na Austrália: de 3,1 a 4,9*
Na Inglaterra: de 0,15 a 0,35* 
Período de incubação: de 2 a 4 semanas
Tendência sazonal  período de parto 
* A cada 100.000 habitantes 
Etiologia 
Coxiella burnetti 
Bactéria gram negativa, com 0,2-0,4μm de largura por 0,41μm de comprimento;
Intracelular obrigatória;
Esporulação;
Formação de fagolissomos (acidófilos);
Patogenicidade relativa.
Fonte: https://fineartamerica.com/featured/1-q-fever-bacteria-coxiella-burnetii-tem-niaidcdc.html Acesso em: 23/03/2017
Fontes de infecção
Reservatórios: carcaças, aves e mamíferos: 
Mais comuns: bovinos, ovinos e caprinos.
Aerossóis ou poeira, bem como pelo contato com as secreções dos animais infectados.
 
Modo de transmissão
Direta;
Indireta;
Vertical (de mãe para feto);
Horizontal (através de fômites);
Fecal-Oral.
Porta de entrada 
A infecção pode ocorrer por via:
Sanguínea: através do carrapato;
Respiratória: Inalação de aerossóis;
Digestória: Ingerir leite não pasteurizado.
Via de excreção
Secreções corporais 
Vetor
Carrapato e artrópodes hematófagos
Período de incubação 
2 a 3 semanas
hospedeiro
Homem, mamíferos até aves;
Fonte: http://www.blog.saude.gov.br/index.php/combate-ao-aedes/50994-sintomas-da-febre-q-podem-ser-confundidos-com-dengue Acesso em: 13/03/2017
PORTADOR
Pequenos e grandes ruminantes são os principais reservatórios (portadores);
É uma infecção inaparente nesses animais;
Mamíferos e até aves podem ser acometidos pela infecção.
Hospedeiros suscetíveis 
Pessoas que mantém contato com os animais infectados.
Patogenia
Existem 2 formas estruturais da bactéria:
SCV: extremamente resistentes ao estresse ambiental;
LCV: se acoplam aos macrófagos;
Se replicam nos fagolisossomas das células infectadas;
O crescimento intracelular protege as bactérias da eliminação imunológica;
Capazes de se replicar no ambiente ácido dos fagossomas fundido com lisossomas.
(Murray et al, Microbiologia Médica)
Patogenia
A bactéria forma endósporos, que contribuem para sua persistência e disseminação;
Bactéria bastante resistente ao calor e desinfecção química/física.
Fonte: http://farmaciaminhavida.blogspot.com.br/2013/08/coloracao-de-esporos.html Acesso em: 23/03/3017 
(Microbiologia médica de Jawetz, Melnick e Adelberg)
Quadro clínico 
Em humanos:
Cefaleia intensa
Febre
Calafrios e mal estar
Pneumonia sem erupções cutâneas (atípica)
Pode ocorrer maiores complicações, como hepatite e endocardite.
Microbiologia médica de Jawetz, Melnick e Adelberg
Quadro clínico
Quadro clínico 
Em animais:
Geralmente não ocorre sinais clínicos
Pode haver infecção crônica no úbere das vacas;
Em ovelhas e cabras, pode ocorrer abortos devido a infecção placentária;
Muito raro em bovinos
Fonte: http://searchdoctors.org/q-fever/ Acesso: 13/03/2017
Lesões 
Aspecto macroscópico do pulmão assemelha-se a pneumonia bacteriana;
Aspecto microscópico do pulmão, assemelha-se a pneumonia viral ou psitacose;
Grande número de plasmócitos e leucócitos polimorfonucleares;
Alvéolos: células edemaciadas e descamadas, e a presença de grande células mononucleares.
Lesões
Endocardite causada pela Coxiella burnetii
Fonte: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0037-86822008000400017 Acesso em: 13/03/2017
Diagnóstico 
A bactéria pode ser isolada do sangue;
Sorologia;
Teste de fixação de complemento positivo para antígenos de fase I e II
Se aparece no exame é por que está crônica
Testes de aglutinação, ELISA, imunofluorescência indireta (IFA) são mais sensíveis e potentes que o de fixação de complemento;
Técnicas de PCR.
Diagnóstico diferencial
Se assemelha a diversas doenças, como:
Influenza
Dengue
Pneumonia
Hepatite
Malária
Diversas infecções virais
Importante ao médico saber se houve contato com animais que possuem ectoparasitas
tratamento
Aguda: tetraciclinas;
 
Crônica: doxiciclina associado com ofloxaxin
Doxiciclina com rifampina ou hidroxicloroquina;
Resistência 
Vacina para antígeno de fase I para indivíduos expostos a bactéria.
prognóstico 
Favorável;
Alta morbidade;
Baixa letalidade:
Menos de 1% dos pacientes não tratados vão a óbito;
Taxa menor ainda em pacientes tratados;
Em pacientes crônicos, a taxa aumenta devido à endocardite (5-50%).
profilaxia
Vacinas;
Evitar tomar leite cru;
Controle de poeira nas indústrias;
Incineração de excretas, como fezes e urina, também da placenta.
REFERÊNCIAS 
SANTOS, A. S.; BACELLAR, F.; FRANÇA, A. Febre Q: revisão de conceitos. Revista medicina Interna, dez 2015. 
FIDALGO, L. Quali segurança alimentar- Febre Q. Disponível em: http://www.quali.pt/blog/921-febre-q. Acesso em: 23 mar. 2017
ROAD C. COXIELLA BURNETII. Public Health Agency of Canada. Disponivel em: http://www.phac-aspc.gc.ca/lab-bio/res/psds-ftss/coxiella-burnetii-eng.php . Acesso em: 23 mar. 2017. 
Agência de Defesa Agropecuária do Paraná – ADAPAR. Febre Q, saiba mais sobre esta zoonose. Disponível em: http://www.adapar.pr.gov.br/modules/noticias/article.php?storyid=312&tit=Febre-Q-saiba-mais-sobre-esta-zoonose. Acesso em: 21 mar. 2017. 
Center for disease Control and prevetion. Q Fever. Disponível em: https://www.cdc.gov/qfever/stats/index.html . Acesso em: 21 mar. 2017.
SÁNCHEZ, J. Á. Q fever importance in Europe nowadays. VISAVET Outreach Journal. Disponivel em: https://www.visavet.es/en/articles/q-fever-importance-in-europe-nowadays.php . Acesso em 21 mar 2017.
Advancing Transfusion and Cellular Therapies Worldwide. Q fever. 
Disponível em: https://www.aabb.org/tm/eid/Documents/coxiellaburnetii.pdf ; Acesso em 10 mar. 2017.
MARRIE, J. T. Q Fever: The disease: Volume 1. 255p. 1 ed. 1990. 
MURRAY, PATRICK R.; ROSENTHAL, KEN S.; PFALLER, MICHAEL A. Microbiologia Médica. 6 ed. Ed. Elsevier, 2009.
JAWETZ, E.; MELNICK, J.L. & ADELBERG, E. Microbiologia Médica. 22ª Ed. McGraw-Hill Interamericana do Brasil, 2001.
http://portal.fiocruz.br/pt-br/content/pesquisa-recomenda-inclusao-da-febre-q-no-diagnostico-diferencial-da-dengue 
 
Obrigado pela atenção

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