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* UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS FISIOLÓGICAS Profa. Dra. IZA MARINEVES ALMEIDA DA ROCHA * * 1. Introdução - D-Glicose: Principal combustível da maioria dos organismos e ocupa um papel central no Metabolismo. Molécula relativamente rica em energia potencial; Fácil Mobilização; - Precursor Versátil de inúmeros intermediários metabólicos; Glicose Aminoácidos, Nucleotídeos, Co-enzimas, Ác. Graxos, etc. Esqueletos de Carbono * * 2. Glicólise (Via Glicolítica) Do grego Glykys “doce” & Lysis “quebra” Quebra da molécula de glicose em uma série de reações catalisadas por enzimas para produzir 2 moléculas de piruvato e parte da Energia liberada é conservada na forma de ATP; Uma das primeiras Vias Metabólicas a ser conhecida e uma das melhores entendidas: Fermentação: Descoberta por Eduard Buchner (em 1897) Extratos de Leveduras; Reconhecimento Completo por Fritz Lipmann & Herman Kalckar (1941) Extratos de Levedura e músculos; Via Central do Catabolismo da Glicose e praticamente Universal; Em alguns tecidos, a glicose é a única ou principal fonte de energia metabólica através da glicólise. * 2.1. Visão Geral da Glicólise - Via Metabólica Linear; - Ocorre no citoplasma celular; - Envolve 10 reações; 2.2. Fases da Glicólise A Via Glicolítica pode ser dividida em duas fases principais: - Fase Preparatória - Fase de Pagamento 1 Molécula de Glicose (6 Carbonos) 2 Moléculas de Piruvato 2 x (3 Carbonos) * 1ª Reação * 2ª Reação * 3ª Reação * 4ª Reação * 5ª Reação * 6ª Reação * 7ª Reação * 8ª Reação * 9ª Reação * 10ª Reação * Fase Preparatória - Fosforilação da Glicose no C-6; - Conversão de Glicose-6-Fosfato para Frutose-6-Fosfato; - Fosforilação da Frutose-6-Fosfato no C-1, gerando Frutose-1,6-bifosfato; - Quebra da Molécula de Frutose-1,6-BP em duas moléculas: Gliceraldeído-3P e Diidroxiacetona-P; - Isomerização da molécula de Diidroxiacetona-P para Gliceraldeído-3-P; - Grupos P provenientes de moléculas de ATP Gasto de 2 moléculas de ATP. * Fase de Pagamento - Nova fosforilação da molécula de Gliceraldeído-3P, formando 1,3 bifosfoglicerato Pi como doador de P; - Fosforilação ao nível de substrato Formação de 2 ATPs; Formação de 2 duas moléculas de NADH+H+; Formação de 2 moléculas de Piruvato. * * * 2.3. Reação Geral da Glicólise Glicose + 2NAD++ 2ADP + 2Pi 2 piruvato + 2NADH + 2H+ + 2ATP + 2 H2O - Oxidação completa da Glicose a CO2 e H2O G0’=2840 KJ / Mol; - Liberação pela Glicólise G0’= -146 KJ / Mol; - Eficiência da Glicólise: Aproximadamente 5,2%. * 2.4. Importância dos Intermediários Fosforilados - Ionização dos grupos P em pH 7,0 Intermediários da Glicose ficam com carga negativa Moléculas carregadas não se difundem através da membrana; - Os grupos P são componentes essenciais na conservação enzimática da energia metabólica; - Ligação dos grupos P aos sítios ativos das enzimas fornece energia de ligação que contribui para a diminuição da energia de ativação e o aumento da especificidade das reações catalisadas por enzimas. * 2.5. Destino do Piruvato * Fermentação Termo geral que denota a degradação anaeróbica (ausência de O2) da Glicose ou outros nutrientes orgânicos em vários produtos (característicos para diferentes organismos) para obtenção de energia na forma de ATP. Primeiros Organismos: Atmosfera sem O2 Quebra anaeróbica da Glicose está provavelmente entre os mecanismos biológicos mais antigos para a obtenção de energia em moléculas orgânicas. Via Metabólica muito conservada - Proteínas muito similares nos diferentes grupos de seres vivos com apenas pequenas diferenças no modo de regulação. * Fermentação Láctica * Fermentação Láctica Ocorre com freqüência em tecidos animais (músculo sob contração vigorosa, eritrócitos); Enzima Desidrogenase do Lactato; Reciclagem do Lactato formado nos músculos ativos dos animais vertebrados Carreados pelo sangue até o fígado, onde são convertidos novamente em glicose através do Ciclo de Cori. Importância da Re-oxidação do NADH + H+; Regeneração do NAD+ em condições anaeróbicas; * Glicólise Fermentação * CICLO DE CORI * Fermentação Alcoólica Leveduras e outros microorganismos; Enzimas Piruvato descarboxilase e álcool desidrogenase; * 3. Regulação da Via Glicolítica Pontos de Regulação da Via Glicolítica: Enzima Hexoquinase: Inibida Reversivelmente em [Glicose-6-P]; (2) Fosfofrutoquinase-1 (PFK-1): Vários Sítios de Regulação Alostérica Inibida por: ATP, citrato e ác. Graxos Ativada por: ADP e AMP Ativada por Frutose-2,6-Bifosfato. (3) Enzima Piruvato Quinase: Inibida ATP e Acetil-CoA. * * * 4. Vias Afluentes da Glicólise Outros carboidratos que entram na Via Glicolítica: Glicogênio e amido (polissacarideo de armazenamento); Maltose, lactose, trealose, sacarose (dissacarídeos); Monossacarídeos (frutose, manose e galactose). O glicogênio e o amido entram na via através da ação seqüencial de duas enzimas: Fosforilase do glicogênio (similar nos vegetais): cliva um resíduo de glicose de uma das extremidades do polímero formando glicose-1-fosfato. Fosfoglicomutase: converte a glicose-1-fosfato a glicose-6-fosfato (1o intermediário). Saldo de 3 ATP * * Via das Pentose-fosfato (Via do fosfoglicolato) IMPORTÂNCIA Produção: 1. NADPH – força redutora para: biossíntese dos ácidos graxos p/ reduzir ligações duplas e grupos carbonila intermediários (glândula mamária, tecido adiposo, córtex adrenal e fígado) 2. Gerar pentoses: D-ribose p/ síntese dos ácidos nucléicos. *
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