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Aula 8 Tradução

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Tradução 
Definir a tradução
É a síntese de um polipeptídio dirigida pela 
sequência de RNA mensageiro. É a 
decodificação da informação contida no RNA 
mensageiro, esse traz códons que serão 
complementados por anticódons que carrearão o
aminoácido correspondente e, depois, esses 
aminoácidos serão ligados, mediante a ação da 
riboenzima. Isso finaliza o a síntese de um 
polipeptídeo e, consequentemente, a tradução.
Fonte: Griffiths e Slide disponibilizado pela 
USP.
Compreender o início, meio e fim da 
tradução
A síntese proteica ocorre no ribossomo, presente
no citosol. No ribossomo, o RNA mensageiro é 
traduzido, sendo necessário a intervenção do 
RNA transportador, que retira os aminoácidos 
do citosol e conduz eles ao ribossomo, na ordem
ditada pelo mRNA.
O código genético é a relação entre a trinca de 
nucleotídeos (códon) e os aminoácidos 
correspondentes. É considerado redundante por 
vários códons diferentes codificarem o mesmo 
aminoácido. Eles são parecidos entre si, e 
diferem geralmente no terceiro nucleotídeo, o 
que ficou conhecido como degeneração da 
terceira base da maioria dos códons.
Iniciação
O mRNA segue em direção ao citoplasma pelos 
poros do envoltório nuclear. Já no citosol se liga
a novas proteínas e ribossomos. Entre essas 
proteínas há a CBP que se liga ao cap.
O primeiro códon a ser traduzido é o AUG, que 
codifica a metionina. Aponta o sítio de início da 
tradução – códon de iniciação – e, quando em 
outros sítios, codifica a metionina. 
→ A etapa de iniciação é regulada por proteínas
denominadas fatores de iniciação, que 
ocasionam dois fatos concomitantes, um na 
extremidade 5’ e outro na subunidade menor 
do ribossomo. 
Primeira etapa (5’)
As sequências de nucleotídeos localizadas entre 
o cap e o códon de iniciação são reconhecidos 
pelo FI-4, que se liga a elas se o mRNA estiver 
ligado à proteína CBP. (Gasto de energia).
Segunda etapa 
O metionil-tRNA(met) posiciona-se no sítio P 
da subunidade menor do ribossomo, requer o 
FI-2 (Gasto de energia), agora, o FI-3 posiciona
a extremidade 5’ sobre a face da subunidade 
menor do ribossomo que tem os sítios E, P e A.
A subunidade menor desliza pelo mRNA e 
detecta o códon de iniciação, no sítio P. O 
segundo códon permanece no A. O metionil-
tRNA, localizada no sítio P, liga-se ao AUG, por
meio do seu anticódon. (Etapa é importante para
assegurar o posicionamento normal dos códons 
seguintes do mRNA nos sítios E, P e A da 
subunidade menor do ribossomo.)
Finalização
A subunidade maior se liga à subunidade menor 
e o ribossomo é formado. Nele está os dois 
primeiros códons do mRNA, no sítio P o códon 
AUG de iniciação, unido ao metionil-
tRNA(met), e no sítio A, o códon seguinte. Essa
união é produzida com auxílio do FI-5, que age 
depois do desprendimento dos fatores F1-2 e 
F1-3.
* A extremidade 5’ do mRNA contém uma 
sequência de 10 nucleotídeos anterior ao códon 
de iniciação, que não é traduzida. Ela participa 
no controle da tradução ou na estabilidade do 
mRNA. 
* Após o códon de finalização, existe outra 
sequência que controla a sobrevivência do 
mRNA
Alongamento
Os aminoácidos são trazidos ao ribossomo pelos
tRNA e a união dos aminoácidos ocorre pela 
união da carboxila de um aminoácido com a 
amina do aminoácido seguinte, por meio da 
desidratação. Essa ligação é denominada de 
ligação peptídica. A tradução ocorre 5’→ 3’, a 
mesma que o DNA é transcrito.
Entrada de um aminoacil-tRNA(aa)
Com a entrada desse tRNA complementar ao 
segundo códon localizado no sítio A, por meio 
do FA-1. (Gasto energético).
Ribossomo percorre três nucleotídeos em 
direção a 3’ Translocação
Códon de iniciação (e seu anticódon) é 
transferido do sítio P ao E, e o segundo é 
transferido do sítio A ao P, e o terceiro localiza-
se no A, vago. Depende do FA-2 e energia.
metionil-tRNA(met) entra no sítio E
Sua metionina se solta do tRNA e se liga ao 
aminoácido do aminoacil-tRNA no sítio P. 
Assim, o dipeptidil-tRNA substitui o aminoacil-
tRNA no sítio P.
Segundo episódio de alongamento
Novo aminoacil-tRNA entra no ribossomo, 
permanece no sítio A e seu anticódon conecta-se
com o terceiro códon do mRNA, mediante ao 
FA-1 e energia.
Em seguida, o ribossomo volta a se translocar, e 
o dipeptidil-tRNA e o aminoacil-tRNA movem-
se dos sítios P e A aos sítios E e P, 
respectivamente, e o quarto códon entra no sítio 
A vago. 
Ao final da translocação, ocorre a segunda união
peptídica, agora entre o dipeptídio e o terceiro 
aminoacil-tRNA. O tripeptidil-tRNA permanece
no sítio P. 
Enquanto isso, o tRNA cedido pelo dipeptídeo 
abandona o sítio E sai do ribossomo.
Essas etapas se repetem.
* Quando o ribossomo se encontra a cerca de 30
códons da extremidade 5’, ele é abordado por 
um segundo ribossomo e tem início a síntese de 
uma nova cópia da proteína. (Associação desses 
ribossomos é chamada de poliribossomo.)
Finalização
Ocorre após a última translocação, ou seja, 
quando o códon de finalização do mRNA 
(UAA, UGA ou UAG) chega ao sítio A do 
ribossomo. O desprendimento do polipeptídeo 
depende do fator eRF-3, também requer 
energia.
As subunidades maior e menor do ribossomo se 
separam, são recicladas.
*A metionina, na extremidade 5’, contém o 
grupo amina livre da cadeia proteica em 
formação, em geral ela é removida, e o segundo 
aminoácido passa a ser o primeiro da proteína. 
* Chaperonas (proteínas) garantem as 
combinações químicas das estruturas 3D das 
proteínas.

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