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Semana 02 Prática simulada II

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EXCELENTISSIMO SENHOR JUIZ DA __VARA DO TRABALHO DA COMARCA DO RIO DE JANEIRO CAPITAL.
 
RECLAMAÇÃO DECLARATÓRIA PARA RECONHECIMENTO DE VINCULO TRABALHISTA. 
RECLAMANTE: GISLAINE DA SILVA 
RECLAMADO: SALÃO SEMPRE BELA EIRLI
GISLAINE DA SILVA, brasileira, viúva, portadora da cédula de identidade nº 123456-9 e da CTPS nº 1234, série 111-RJ, inscrita no CPF/MF sob o nº 444.333.222-11,endereço eletrônico(XXX), residente e domiciliada na Rua dos desempregados, nº 12, Bairro Afastado, Rio de Janeiro Ceará, vem por intermédio de sua procuradora que a esta subscreve e com procuração anexa a este petitório, vem mui respeitosamente à presença de Vossa Excelência, com base no artigo 840 da Legislação Consolidada, propor RECLAMAÇÃO TRABALHISTA em face do RECLAMADO, pessoa jurídica de direito privado, Salão Sempre Bela EIRLI, inscrita no CNPJ sob o nº 33.011.555/0001-00, endereço eletrônico(XXX), tendo como principal estabelecimento a Rua dos Prazeres, nº 1, loja A, Ipanema, Rio de Janeiro Ceará, pelos motivos de fato e de direito a seguir aduzidos.
 DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA
 
a) Sendo certo que a Reclamante atualmente encontra-se desempregada, e não possui condições de arcar com os ônus processuais sem prejuízo do seu sustento e de sua família, conforme declaração de hipossuficiência anexada a esta inicial, requer se digne Vossa Excelência deferir-lhe os benefícios da Justiça Gratuita. 
I. DOS FATOS 
Gislaine alega que exerceu atividade de manicure no período do ano de 1997, ao ano de 2007, cumprido jornada de trabalho de segunda à sexta-feira, das 8h às 17h, com remuneração paga diretamente pela reclamada no valor de um salário mínimo.
 Quem tem a titularidade da pessoa jurídica do Salão Sempre Bela EIRLI, é a senhora Gertrudez, onde dispensou a reclamante de seus serviços sem nunca lhe ter sido assinada sua carteira de trabalho, lhe causando prejuízos pecuniários derivados do não pagamento de verbas rescisórias e o não reconhecimento do vínculo empregatício, sendo este imprescritível no qual a reclamante pretende resguarda-los. 
II. DO DIREITO 
Pelos relatos consta-se que a reclamante é uma pessoa física que trabalha todos os dias ou periodicamente e é assalariado, ou seja, não é um trabalhador que presta seus serviços apenas de vez em quando ou esporadicamente, além do que, a reclamante prestava pessoalmente os serviços. Portanto deverá o reclamado reconhecer o vínculo empregatício sendo empregado o trabalhador subordinado, que recebe ordens. Caracteriza-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, de forma pessoal, sob a dependência deste e mediante salário todas as exigências do artigo 3º da CLT, não teve o registro de sua CTPS, descumprindo assim, o reclamado, a exigência trazida pelo artigo 29 do Diploma Legal Consolidado. 
O art. 2º da Consolidação das Leis do Trabalho estabelece a definição legal de empregador: 
“Art. 2° Considera-se empregador a empresa individual ou coletiva, que, assumindo os riscos de atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviços. § 1° Equiparam-se ao empregador, para os direitos exclusivos da relação de emprego, os profissionais liberais, as instituições de beneficência, as associações recreativas ou outras instituições sem fins lucrativos, que admitirem trabalhadores como empregados". 
A definição de empregado está expressa no art.3°, e a obrigatoriedade da assinatura da Carteira de Trabalho do empregado está expressa no art. 29, ambos do mesmo diploma legal abaixo transcritos: 
Art. 3º - Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário. 
Art. 29 - A Carteira de Trabalho e Previdência Social será obrigatoriamente apresentada, contra recibo, pelo trabalhador ao empregador que o admitir, o qual terá o prazo de quarenta e oito horas para nela anotar, especificamente, a data de admissão, a remuneração e as condições especiais, se houver, sendo facultada a adoção de sistema manual, mecânico ou eletrônico, conforme instruções a serem expedidas pelo Ministério do Trabalho.
§ 1.º As anotações concernentes à remuneração devem especificar o salário, qualquer que seja sua forma de pagamento, seja ele em dinheiro ou em utilidades, bem como a estimativa da gorjeta 
§ 2.º As anotações na Carteira de Trabalho e Previdência Social serão feitas: 
a) na data-base; 
b) a qualquer tempo, por solicitação do trabalhador; 
c) no caso de rescisão contratual; ou 
d) necessidade de comprovação perante a Previdência 
§ 3.º A falta de cumprimento pelo empregador do disposto neste artigo acarretará a lavratura do auto de infração, pelo Fiscal do Trabalho, que deverá, de ofício, comunicar a falta de anotação ao órgão competente, para o fim de instaurar o processo de anotação
Por todos estes fatores destacados, ficou transparente a caracterização da relação de emprego.
III. DOS PEDIDOS 
Diante o exposto, requer: 
Os benefícios da justiça gratuita, nos termos da Lei nº. 1.060/50, por ser o reclamante hipossuficiente.
O reconhecimento do vínculo empregatício com a Reclamada, com a consequente anotação e baixa da CTPS da reclamante, nos termos indicados.
 Notificação da reclamada, para que compareça em audiência, e, querendo, conteste a presente ação, sob pena de, não o fazendo, incidirem os efeitos da revelia.
 A condenação da reclamada nas custas processuais e honorárias contratuais, devidamente corrigidas, tendo em vista despesas realizadas para pagamentos a título de perdas e danos, eis que foi o valor pactuado entre a Reclamante e seus patronos.
Dá-se à causa o valor de R$ 5,000,00 (cinco mil reais).
Nesses Termos,
Pede deferimento.
ADV/OAB

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