Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Disciplina: Liderança e Gestão de Equipes - Professor: José Donizette Basileu 1 "Quando o mar está calmo, qualquer barco navega bem.“ W. Shakespeare UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO – UNINOVE Disciplina: Liderança e Gestão de Equipes Curso: Administração Geral Semestre: Primeiro São Paulo/SP 2011/01 Disciplina: Liderança e Gestão de Equipes - Professor: José Donizette Basileu 2 Introdução: O comportamento das pessoas no ambiente de trabalho vem sendo motivo de estudos e análises dentro e fora das empresas. São elas que criam, modificam e melhoram os processos e atividades dentro de uma organização. Manter um ambiente sereno e produtivo é um desafio diário enfrentado por todos que trabalham na empresa, sobretudo pelas diferenças e particularidades de cada profissional. Desentendimentos, dificuldades e conflitos são inevitáveis e existem em qualquer organização. O que vai fazer disto um problema ou uma oportunidade de crescimento é a maneira com que estes desentendimentos, dificuldades e conflitos serão administrados. Portanto, é preciso saber conviver com as diferenças e aproveitar o potencial de cada indivíduo. Administração no presente: No limiar do século XXI, mudanças em todos os tipos de ambientes – competitivo, tecnológico, econômico, social – levaram ao surgimento de novos conceitos e técnicas para administrar as organizações. Essas inovações na teoria e na prática são chamadas novos paradigmas da Administração. Que são paradigmas? Paradigmas são modelos ou padrões, que servem como marcos de referência, para explicar às pessoas como lidar com diferentes situações e ajudá-las nisso. No campo da Administração, os paradigmas são, principalmente: 1. Premissas ou hipóteses: são explicações que ajudam a entender as organizações e orientam a maneira de administrá-las. Neste caso, para significa o mesmo que doutrina. 2. Modelos de administração e organização: conforme as definições já apresentadas, os modelos compreendem todos os tipos de técnicas e soluções para administrar as organizações. 3. Contexto: compreende a conjuntura – social, econômica, tecnológica, competitiva, etc. – dentro da qual as organizações são administradas. Como em muitos outros campos, os paradigmas da administração mudam constantemente. As mudanças variam em termos de velocidade, permanência e magnitude. Mudanças de Paradigmas: No início do século XXI, a Revolução Industrial (que provocou mudança de grande magnitude: formas de produção e consumo, urbanização, divisão das pessoas em classes, profissões e muitos outros aspectos da sociedade fazem parte do paradigma, fazendo a sociedade humana ingressar na era pós-industrial, caracterizada pela predominância das atividades de serviços em relação às agrícolas e industriais). Revolução Digital: que começou no século XX e representou a complementação e substituição de certas atividades intelectuais por computadores. A globalização, a passagem para a era Pós- industrial e a Revolução Digital provocaram a mudança de muitas concepções tradicionais. Como: Mudança no papel dos gerentes: No paradigma tradicionalmente, não há administração sem gerentes, nem vice-versa. Downsizing (diminuição de tamanho) tornou-se uma tendência em meados dos anos 80. Em busca de maior eficiência na utilização de seus recursos e redução de custos, as organizações acharam a hierarquia, simplificaram seus processos de trabalho, promoveram o aumento da produtividade e diminuíram seus quadros de chefes, transferindo poderes de decisão para os funcionários operacionais (empowerment). Disciplina: Liderança e Gestão de Equipes - Professor: José Donizette Basileu 3 Competitividade: No início do século XX, a palavra-chave era eficiência. No início do século XXI, a palavra-chave é competitividade. A expansão das empresas multinacionais, a facilidade de transporte, a eliminação de restrições alfandegárias e tributárias e a formação de blocos econômicos, criaram um mercado competitivo em escala mundial. A eficiência tornou-se um dos ingredientes da competitividade. Interdependência: Ao mesmo tempo que incentivou a competitividade entre empresas, a economia globalizada também tornou os países e as economias nacionais interdependentes. Problemas econômicos de um país com economia frágil deixaram de ser localizados, para provocar um efeito sistêmico que afeta inúmeros outros. A sociedade global criou necessidades da administração global. Administração Informatizada: A tecnologia da informação passou a estar presente em todos os processos administrativos e produtivos. Movimentar contas no banco, fazer o planejamento das compras de uma unidade industrial ou controlar a fabricação de peças tornaram-se tarefas sem necessidade de intervenção humana direta. Administradora empreendedora: Uma tendência do século XXI é o desemprego. A perda das perspectivas de emprego duradouro e de carreira nas grandes organizações estimulou muitas pessoas a procurarem ser seus próprios patrões. Com isso, a administração empreendedora (complementando a tradicional administração formadora de empregos) tornou-se uma tendência social importante. Ao mesmo tempo, as grandes empresas procuraram estimular o espírito dos empreendedores internos, as pessoas capazes de descobrir e implementar novos negócios. Foco nos clientes: No início do século XX, o administrador não precisava preocupar-se tanto com o cliente, como seu colega de 100 anos depois. O consumerismo surgiu nos anos 60, da necessidade de evitar os riscos para a vida, causados por produtos (especialmente o automóvel). Rapidamente, transformou-se em doutrina de conduta das sociedades em relação a seus fornecedores de produtos e serviços. Essa conduta é amparada pela legislação que há em muitos países para proteger o consumidor. Meio ambiente: Na época dos pais da Administração (Taylor e Fayol), os administradores não precisavam preocupar-se com a poluição provocada por suas fábricas nem com o nível de emissão de gases dos veículos que fabricavam. À medida que os problemas provocados pelos danos ao meio ambiente tornaram-se mais graves, afetando a saúde e o bem-estar das pessoas, a sociedade reagiu. Uma conseqüência importante, que marcou os anos 60 do século XX, foi a legislação que limita a liberdade de decisão e ação das empresas. Inúmeras decisões, como localização de empresas, construção, projetos e embalagem de produtos, o administrador moderno deve tomar levando em conta essa legislação. Qualidade de vida: Questões que no passado seriam irrelevantes, muitas delas ligadas a administração de recursos humanos, assumiram dimensão considerável para o empregador do presente. Saúde e educação do empregado e de sua família, benefícios, participação nos resultados da empresa, stress do executivo, entre outros, são assuntos que fazem parte da agenda do administrador moderno. Emergência do terceiro setor: Com o aumento dos problemas sociais e a incompetência do Estado para resolve-los, a sociedade organiza-se para cuidar de si própria. Consolidam-se as organizações não governamentais (ONGs), que se tornam parceiras das empresas em programasde assistência social, proteção do meio ambiente e outros, de defesa de interesses específicos. As ONGs, que constituem o terceiro setor, representa agentes econômicos expressivos, com necessidades e serem administradas com eficiência. A administração do terceiro setor torna-se uma disciplina com vida própria. Disciplina: Liderança e Gestão de Equipes - Professor: José Donizette Basileu 4 Administrador Simples Executor Saber analisar Saber fazer (mecanicamente) Saber resolver Saber fazer planos Aprendeu a pensar Sabe fazer organogramas Aprendeu a avaliar Sabe fazer orçamentos Aprendeu a ponderar Sabe efetuar lançamentos e registros Ser abstrato Ser concreto É estratégico É imediatista Trabalha com conceitos Possui natureza prática e teórica Papéis do Administrador Papéis Interpessoais: Abrangem as relações interpessoais dentro e fora da organização: figura de proa, líder e ligação. Como o Administrador interage. Representa as relações com outras pessoas e estão relacionados às habilidades humanas. Mostram como o administrador interage com as pessoas e influencia seus subordinados. Representação: Assume deveres cerimoniais e simbólicos, representa a organização, acompanha visitantes, assina documentos legais. Liderança: Dirige e motiva pessoas, treina, aconselha, orienta e se comunica com os subordinados. Ligação: Mantém redes de comunicação dentro e foram da organização, usa malotes, telefonemas e reuniões. Papéis de Informação ou informacionais: Relacionados com a obtenção e transmissão de informações, de dentro para fora da organização e vice-versa: monitor, disseminador e porta-voz. Descrevem as atividades para manter e desenvolver uma rede de informações. Um administrador no nível institucional passa em média cerca de 75% do seu tempo trocando informações com outras pessoas dentro e fora da organização. Mostram como o administrador intercambia e processa a informação. Como administrador intercambia e processa a informação. Monitoração: Manda e recebe informação, lê revistas e relatórios, mantém contatos pessoais. Disseminação: Envia informação para os membros de outras organizações, envia memorando e relatórios, telefonemas e contatos. Porta voz: Transmite informações para pessoas de fora, através de conversas, relatórios e memorandos. Papéis de Decisão: Envolvem a resolução de problemas e a tomada de decisões, relacionados com novos empreendimentos, distúrbios, alocação de recursos e negociações com representantes de outras organizações. Envolvem eventos e situações em que o Disciplina: Liderança e Gestão de Equipes - Professor: José Donizette Basileu 5 administrador deve fazer uma escolha ou opção. Estes papéis requerem tanto habilidades humanas como conceituais. Mostram como o administrador utiliza a informação em suas decisões. Como o administrador utiliza informação nas suas decisões. Empreendimento: Inicia projetos, identifica novas idéias, assume riscos, delega responsabilidades de idéias para outros. Resolução de conflitos: Toma ação corretiva em disputas ou crises, resolve conflitos entre subordinados, adapta o grupo a crises e a mudanças. Alocação de recursos: Decide a quem atribuir recursos. Programa, orça e estabelece prioridades. Negociação: Representa os interesses da organização em negociações com sindicatos, em vendas, compras ou financiamentos. Na verdade, administrar é muito mais do que uma mera função de supervisão de pessoas, de recursos e de atividades. Quando tudo muda e as regras são engolfadas pela mudança, trata-se não apenas de manter a situação, mas de inovar e renovar continuamente a organização. O papel do administrador em épocas de mudanças e instabilidades se centra mais na inovação do que na manutenção do status quo organizacional. Habilidades Conceituais (Idéias e conceitos abstratos) Habilidades Humanas (Relacionamento Interpessoal) Habilidades Técnicas (Manuseio de coisas físicas) Nível Institucional Nível Intermediário Nível Operacional Execução das Operações Fazer e executar Alta Direção Gerência Supervisão Habilidades Conceituais (Idéias e conceitos abstratos) Habilidades Humanas (Relacionamento Interpessoal) Habilidades Técnicas (Manuseio de coisas físicas) Nível Institucional Nível Intermediário Nível Operacional Execução das Operações Fazer e executar Alta Direção Gerência Supervisão Disciplina: Liderança e Gestão de Equipes - Professor: José Donizette Basileu 6 NÍVEIS DE GERENTES: Alta direção: Vice presidente e acima Intermediário: Gerentes sobre outros gerentes ou supervisores Operacional (Primeira-linha): primeiro nível de supervisão HABILIDADES GERENCIAIS ESSENCIAIS: Conceituais: Habilidade de pensar conceitualmente e solucionar problemas complexos com conseqüências de prazo mais longo para e empresa. Humana: Habilidade de trabalhar bem com outros, com conseqüência de médio prazo. Técnica: Habilidade de aplicar experiência e desempenhar tarefa(s) especial(is) com proficiência e conseqüências de curto prazo. Muitas habilidades são necessárias para dominar a natureza desafiadora do trabalho gerencial e dar conta das tendências mutáveis na administração. As habilidades e as competências mais importantes são aquelas que permitem aos gerentes ajudar outros a se tornar mais eficientes e produtivos em seu trabalho. De acordo com a figura, Robert L. Katz classificou as habilidades críticas dos gerentes em três categorias: técnicas (ou operacionais), humanas e conceituais. Embora as três sejam essenciais aos gerentes, sua importância relativa tende a variar conforme o nível de responsabilidade gerencial. HABILIDADES PESSOAIS PARA O SUCESSO GERENCIAL: Competências • Comunicação e expressão: Deverá ser capaz de estabelecer comunicação interpessoal, de expressar-se corretamente nos documentos técnicos específicos e de interpretar a realidade das organizações. Comunicação oral e escrita. • Raciocínio lógico e analítico: Deverá ser capaz de utilizar raciocínio lógico, crítico e analítico, operando com valores e formulações matemáticas e estabelecendo relações formais e causais entre fenômenos. Deverá também ser capaz de interagir criativamente diante dos diferentes contextos organizacionais e sociais. Habilidade para interpretar e explicar padrões nas informações. • Visão sistêmica e estratégica: Deverá demonstrar a compreensão do todo administrativo, de modo integrado, sistêmico e estratégico, bem como suas relações com o ambiente externo. • Criatividade e iniciativa: Deverá ser capaz de propor e implementar modelos de gestão, inovar e demonstrar um espírito empreendedor. • Negociação: Deverá ser capaz de resolver situações com flexibilidade e adaptabilidade diante de problemas e desafios organizacionais. • Tomada de decisão: Deverá ser capaz de ordenar atividades e programas, de decidir entre alternativas e de identificare dimensionar riscos. • Liderança: Deverá ter capacidade de selecionar estratégias adequadas de ação, visando a atender interesses interpessoais e institucionais. Habilidade para influenciar outros na execução de tarefas. • Trabalho em equipe: Deverá ser capaz de selecionar procedimentos que privilegiem formas de atuação em prol de objetivos comuns. Um gerente obtém resultados eficazes por meio de pessoas pelo processo de delegação. Mesmo que um gerente não possa delegar a responsabilidade final, ele pode delegar autoridade. É por meio do compartilhamento de responsabilidade, pela atribuição e delegação de autoridade, que um gerente pode fazer com que outros níveis (pessoas) sejam responsáveis pela realização do trabalho. Disciplina: Liderança e Gestão de Equipes - Professor: José Donizette Basileu 7 Conhecimento: significa todo o acervo de informações, conceitos, idéias, experiências, aprendizagens que o administrador possui a respeito de sua especialidade. Perspectiva: siginfica a capacidade de colocar o conhecimento em ação. Em saber transformar a teoria em prática, em ampliar o conhecimento na análise das situações e na solução dos problemas na condução do negócio. Torna-se necessário saber utilizá-lo e aplicá-lo nas diversas funções e na solução dos diferentes problemas. Atitude: significa o comportamento pessoal do administrador frente às situações com que se defronta no seu trabalho. A atitude representa o estilo pessoal de fazer as coisas aconteceram, a maneira de liderar, de motivar, de comunicar e de levar as coisas para a frente. Envolve o impulso e a determinação de inovar e a convicção de melhorar continuamente. Habilidades Conceituais/Habilidades Humanas/Habilidade Técnicas + Conhecimento (saber)/Perspectiva (saber fazer)/Atitude (saber fazer acontecer) = SUCESSO PROFISSIONAL Nos dias de hoje os paradigmas de administração de pessoas vêem sofrendo diversas mudanças quanto à atuação dos superiores hierárquicos perante a sua equipe no ambiente de trabalho. A maioria das empresas, quando disponibiliza uma vaga para papéis de coordenação, procura um indivíduo com habilidades de um líder. No velho paradigma, cada indivíduo apenas pensava em executar o seu trabalho, não havia a preocupação com a colaboração com os demais. As ordens eram obedecidas sem questionamentos. Neste modelo todos estão preocupados com a camada superior, ou seja, o superior direto. E ninguém se preocupa com o cliente. No novo paradigma, surgem as habilidades dos líderes, todos os indivíduos devem servir ao cliente e garantir que suas necessidades sejam satisfeitas. E do mesmo modo os superiores devem enxergar seus empregados como clientes e se dedicar a identificar e preencher suas necessidades. O papel do líder é servir, oferecer recursos para o grupo trabalhar de forma otimizada e produtiva, é remover todos os obstáculos, os entraves, para que os empregados possam servir os clientes. O papel de um líder poderá, em certas ocasiões, ser assumido por outra pessoa da equipe que não seja diretamente o superior hierárquico, dependendo da situação. COMO LIDERAR NESTE NOVO MUNDO? O QUE É NÃO LIDERAR? • Liderar não é só gerenciar! • Um bom gerente não é necessariamente um bom Líder. • GERÊNCIA é o que fazemos, LIDERANÇA é o que somos. • Liderar não é ser chefe! • Um executivo bem-sucedido, não é, necessariamente, um bom Líder. • Não é preciso ter um cargo de chefia ou hierarquicamente importante para ser um Líder e influenciar outras pessoas a terem mais entusiasmo, empenho e vontade de serem os melhores que podem ser. ENTÃO O QUE É LIDERAR? Definição: É a habilidade de influenciar pessoas para trabalharem entusiasmado, visando atingir objetivos comuns, inspirando-as confiança por meio da força do caráter. A Liderança é a capacidade de ORIENTAR, CONTROLAR, DIRIGIR, ANALISAR e INFLUENCIAR pessoas em direção a um Objetivo ou Resultado. Liderar é conseguir que as coisas sejam feitas através das pessoas. Isso envolve foco na tarefa e no relacionamento. Liderança é executar as tarefas enquanto se constroem relacionamento. (HUNTER, 2005). Líderes são figuras comuns em muitas situações, nas organizações e na vida social. Disciplina: Liderança e Gestão de Equipes - Professor: José Donizette Basileu 8 Liderança é o processo de conduzir as ações ou influenciar o comportamento e a mentalidade de outras pessoas. Um cientista pode ser influenciado por um colega de profissão que nunca viu ou mesmo que viveu em outra época. A pessoa que comanda com sucesso seus colaboradores para alcançar finalidades específicas é líder. É conduzir um grupo de pessoas, influenciando seus comportamentos e ações, para atingir objetivos e metas de interesse comum deste grupo, de acordo com uma visão do futuro baseado num conjunto coerente de idéias e princípios. Características pessoais do Líder: As características individuais importantes para o entendimento dessas diferenças são as habilidades e a motivação. Pode ser que as duas características sejam interdependentes: as pessoas mais motivadas, provavelmente, são também as mais hábeis. Administrador de Sistemas Internos e externos Relações Públicas Planejador Líder Os quatro papéis que o líder precisa desempenhar Disciplina: Liderança e Gestão de Equipes - Professor: José Donizette Basileu 9 O QUE FAZ O LÍDER? Define os objetivos; Motiva os liderados; Serve de símbolo para os liderados; Cria, mantém e administra uma equipe de bom nível; Explica as razões do que deve ser feito; Representa externamente a equipe; Renova os sistemas complexos que ele lidera. John Gardner O QUE SE ESPERA DO LÍDER? O líder deve ter desenvolvido uma imagem mental de um estado futuro possível e desejável da organização; O líder deve comunicar a nova visão; O líder precisa criar confiança através do posicionamento; Líderes são aprendizes perpétuos. LÍDERES RUINS: Líderes super treinados; Líderes muito bondosos; Líderes que se fecham às novas idéias; Líderes com estilos inapropriados para a situação; Líderes que se colocam adiante da equipe; Líderes que não conhecem realmente a equipe; Líderes que não conseguem ter seguidores; Líderes que se recusam a reconhecer os membros da equipe; MITOS SOBRE LIDERANÇA: Mito 1 - A Liderança é uma habilidade rara. Mito 2 - Os líderes são natos, não feitos. Mito 3 - Os líderes são carismáticos. Mito 4 - A liderança existe só na cúpula da organização. Mito 5 - O líder controla, dirige, impulsiona, manipula. COMO SE EXERCE A LIDERANÇA? • A Liderança deve ser exercida com AUTORIDADE. • AUTORIDADE: É a habilidade de levar os demais a fazerem, de bom grado, sua vontade. Ou seja, nós faremos isso por você. E NÃO ATRAVÉS DO USO DO PODER! • PODER: É a capacidade de obrigar, devido a sua posição ou força, os demais a fazerem a sua vontade, mesmo que eles prefiramnão fazê-lo. OU SEJA, FAÇA ISSO SENÃO... Disciplina: Liderança e Gestão de Equipes - Professor: José Donizette Basileu 10 A diferença entre um Chefe e um Líder: • Um CHEFE diz: Vá! • Um LÍDER diz: Vamos! (E. M Kelly) O QUE O LÍDER FAZ? Mostra ao grupo a DIREÇÃO e o PORQUÊ de fazê-lo? Mostra ao grupo a VIABILIDADE e a VANTAGEM das metas propostas e o POTENCIAL do grupo para realizá-la. Esforça-se para criar uma atmosfera de CORDIALIDADE e COOPERAÇÃO no grupo. Procura fazer com que todos participem e tenham RECONHECIMENTO pelo seu esforço. Criar um clima adequado tanto para a PRODUTIVIDADE como também para a CRIATIVIDADE. Busca RECURSOS e INSTRUMENTOS para que o grupo realize suas tarefas e alcance suas metas. Resolve conflitos internos da melhor maneira possível. Faz críticas construtivas, sabendo onde e como ELOGIAR o CERTO e REPROVAR o ERRADO. Monitora as atividades dos integrantes da equipe, colhendo retornos (FEEDBACK) com freqüência. Organiza e estimula a CRIAÇÃO de NOVAS IDÉIAS entre as equipes. Insiste sempre nos PADRÕES MAIS ELEVADOS entre os membros do grupo. Desenvolve as atividades coletivas e individuais e tenta reforçá-las por meio de TREINAMENTO e RECRUTAMENTO. Certifica-se que todos na equipe possuem os MESMOS OBJETIVOS e que lutam para alcançá- los. A Liderança manifesta-se em ações e resultados, nada se obtém apenas falando. É preciso demonstrar através das características estratégicas de um líder empresarial: Visionário Confiável Comprometido Objetivo Pró Ativo Disciplina: Liderança e Gestão de Equipes - Professor: José Donizette Basileu 11 O QUE É PRECISO PARA LIDERAR? Ser LEAL e VERDADEIRO com os membros do grupo. Querer liderar, isto é, aceitar a RESPONSABILIDADE que a Liderança traz. Envolver-se integralmente com as METAS do grupo. Busca uma compatibilização entre as metas do GRUPO e dos INDIVÍDUOS. Manter um esforço permanente de COMUNICAÇÃO com os membros do grupo. Colocar os objetivos do grupo acima dos CAPRICHOS e VONTADES PESSOAIS. Assumir RISCOS. PODEMOS CLASSIFICAR A LIDERANÇA EM QUATRO ESTILOS DISTINTOS: (01) DIRETIVO: Ele explica o que fazer, como fazer, onde fazer e quando fazer. Neste caso é necessário que o Líder explique com paciência, mostre como se realiza a tarefa passo a passo até o ponto em que o subordinado aprenda a executá-lo. É claro que o Líder precisa motivar também o subordinado para que ele sinta vontade de realizar a tarefa. (02) DIRETIVO/APOIADOR: Quando utiliza, o líder explica porque o subordinado deve realizar a tarefa e porque executá-la de determinado modo. É adequado, portanto, para ser usado com o subordinado que necessite de informações e ajuda. Neste estilo o líder utiliza a sua autoridade de “vender” ao subordinado a idéia de executar a tarefa, explicando porque deve fazê-la. Corresponde a persuadir, convencer, argumentar, ouvir, dar exemplo. (03) APOIADOR: Nele o Líder valoriza as decisões e as realizações do subordinado, compartilha a autoridade, na medida em que o subordinado é encorajado a buscar a solução de seus problemas com o próprio líder. Neste caso, o líder discute com ele o problema de forma objetiva e pede que ele apresente alternativas e soluções. Em seguida, em conjunto, desenvolvem um plano de ação viável que o subordinado executará. Neste estilo, o líder compartilha a autoridade com o subordinado, apoiando-o no que ele pretende fazer e valorizando o que realizou. Compartilhar, apoiar, incentivar as decisões. (04) POUCO DIRETIVO, POUCO APOIADOR: Possibilitando grande autonomia ao subordinado. O líder lidera o subordinado de sua autoridade para deixá-lo agir a seu modo. É importante lembrar que autonomia e delegação não significam desinteresse ou abdicação, pois o líder fica à disposição do subordinado para contribuir com opinião ou recursos, quando aquele solicitar. Corresponde a delegar, acompanhar resultados, monitorar, observar. Líder Visionário Vs. Líder Limitado: Líder Visionário: • Procura e obtém informações completas daquelas que o rodeiam e especialistas; • Considera as situações atuais, os antecedentes e as conseqüências; • Determina metas a curto, médio e a longo prazo e um programa de como atingi-las; • Envolve pessoas na sua missão; • Utiliza símbolos, palavras e comportamentos. Líder Limitado: • Limita-se ao que sabe perante uma necessidade; • Vê a sua situação de hoje, ignorando como se originou e é incapaz de prever o que irá ocorrer; • Só se interessa por aquilo que poderá obter imediatamente e nada mais; • Trabalha só com os seus objetivos; • Crê que sabe tudo; • Não propõe alternativas; • Olha, porém não escuta. Disciplina: Liderança e Gestão de Equipes - Professor: José Donizette Basileu 12 Líder Confiável Vs. Líder Não Confiável: Líder Confiável: • A sua conduta é ponderada no que pensa, quer, diz e faz; • Cultiva a sua auto-estima e a estima dos demais; • Crê nos valores éticos, “faz aos outros o que queres que te façam a ti” e vice-versa; • Respeite a boa fé de todos. Líder Não Confiável: • É incongruente no pensa, quer e faz; • Dúvida de si mesmo e daquele que o rodeiam; • Oculta as suas intenções e algumas das suas ações porque rompem com que foi acordado; • Abusa da boa fé dos outros. “Se tiveres que ditar conduta aos outros, fazei com que a tua própria conduta seja irrepreensível”. (Ptah Hotep). Líder Objetivo Vs. Líder Subjetivo: Líder Objetivo: • Procura informações sobre fatos reais e comprováveis; • Emite julgamento depois de analisar; • Canaliza os seus sentimentos e emoções na obtenção de objetivos comuns; • Atua de acordo com a quantidade e a qualidade das suas forças e fraquezas. Líder Subjetivo: • Baseia-se em rumores e suposições; • Pré-julga sem verificar; • Os seus sentimentos e emoções tornam-no duro e deprimido; • Não analisa; • Fala muito; • Medroso. “Nos termos mais simples, um Líder é aquele que sabe para onde quer ir, que se levanta e vai”. (John Erksine). Líder Pró-Ativo Vs. Líder Reativo: Líder Pró-Ativo: • Emprega o seu tempo no aproveitamento de oportunidades; • Controla os eventos; • Progride constantemente e desfruta dos progressos; • Tem tempo para fazer o lazer; • É audacioso. Líder Reativo: • Ocupa o seu tempo com a solução de problemas; • Os eventos controlam-no; • Atrasa-se e progride muito pouco; Disciplina: Liderança e Gestão de Equipes - Professor: José Donizette Basileu 13 • O seu tempo é para apagar incêndios. “O verdadeiro Líder é aquele que forma novos Líderes para auxiliá-loa Liderar”. (Dirk Wolter). TIPOS DE LIDERANÇA: Os três estilos de liderança: • LIDERANÇA AUTOCRÁTICA • LIDERANÇA DEMOCRÁTICA • LIDERANÇA LIBERAL OU LAISSEZ-FAIRE Liderança Autocrática: O Líder foca-se unicamente nas tarefas. Este tipo de Liderança também chamada de Liderança Autoritária ou Diretiva. O Líder toma decisões individuais, considerando as opiniões dos liderados. Liderança Democrática: Também denominada de Liderança Participativa ou Consultiva, este tipo de Liderança é dirigido para as pessoas onde existe participação dos liderados nos processos de Decisão. Liderança Liberal ou Laissez-Faire: Neste tipo de Liderança o grupo atingiu a maturidade e não mais precisa de supervisão extrema do seu Líder, os liderados ficam livres para pôr os seus projetos em prática sendo delegado pelo Líder Liberal. “Quando as pessoas trabalham em Equipe conseguem realizar coisas que qualquer pessoa trabalhando sozinha jamais conseguiria”. (Franklin Roosevelt). Autocrática O líder fixa as diretrizes, sem qualquer participação do grupo O líder determina as providência para execução das tarefas, na medida em que se tornam necessárias e de modo imprevisível para o grupo O líder determina a tarefa que cada um deve executar e os colegas de trabalho O líder é dominador e é “pessoal” nos elogios e críticas ao trabalho de cada membro. Liberal (laissez-faire) Há liberdade total para as decisões grupais ou individuais, e mínima participação do líder. A participação do líder é limitada apresentando apenas sugestões quando solicitado a fazê-las. A divisão do trabalho e escolha dos colegas fica totalmente a cargo do grupo. Absoluta falta de participação do líder. O líder não avalia o grupo nem controla os acontecimentos. Apenas comenta as atividades quando perguntado. Democrática As diretrizes são debatidas decididas pelo grupo, estimulado e assistido pelo líder. O grupo esboça as providências para atingir o alvo e pede conselhos ao líder, que sugere alternativas para o grupo escolher. A divisão do trabalho fica a critério do grupo e cada membro tem liberdade de escolher seus colegas de trabalho. O líder procura ser um membro normal do grupo, em espírito. O líder é objetivo e limita-se aos fatos nas críticas e elogios. Os três estilos de liderança Disciplina: Liderança e Gestão de Equipes - Professor: José Donizette Basileu 14 O Papel do Líder deixa de ser: “SABER TUDO” e passa a ser: “SABER UTILIZAR O CONHECIMENTO”. O QUE SÃO COMPETÊNCIAS? CONHECIMENTOS + HABILIDADES + COMPORTAMENTOS O desenvolvimento de Competências envolvem: SABER + SABER FAZER Funções de um Líder: COORDENAR + DESENVOLVER Planejar: COORDENAR: Organizar: Determinados objetivos; Fazer previsões; Analisar problemas; Tomar decisões; Formular e/ou apoiar políticas. Determinar atividades necessárias para alcançar objetivos (várias etapas); Classificar e distribuir o trabalho pelos grupos e pelos sujeitos. Influenciar DESENVOLVER Controlar Comunicar de forma que os indivíduos contribuam para a obtenção dos objetivos, de acordo com as finalidades da organização. Atividade de conferir o realizado com o que foi planejado e proposto; Corrigir os desvios verificados; Alterar e readaptar caminhos e planos. Disciplina: Liderança e Gestão de Equipes - Professor: José Donizette Basileu 15 JÁ NÃ BASTA SER UM LÍDER, TEM DE SER UM COACH. COACH (Motivador) = LÍDER (Ensina a racionar) + PROFESSOR (Modifica Atitudes) + TRANSFORMADOR (Incentiva a Melhorar). Ser COACH é saber dar as Ferramentas necessárias para que sua Equipe chegue as Próprias Soluções. “O grande Líder é aquele que está disposto a desenvolver as pessoas até o ponto em que elas eventualmente o ultrapassem em conhecimento e habilidade”. (Fred A. Manske). CHEFE Vs. COACH: CHEFE: • Controla o comportamento; • Dá ordens; • Conduz as pessoas; • Foca-se na execução das tarefas; • Resolve problemas; • Inspira medo; • Preocupa-se com as coisas; • Diz “eu”; • Assume a responsabilidade; • Dirige as pessoas; • Colhe os louros; • Vê o hoje. COACH: • Liberta o potencial; • Motiva; • Aconselha; • Foca-se no processo; • Ouve e ensina a resolver os problemas; • Inspira entusiasmo; • Preocupa-se com as pessoas; • Diz “nós” • Compartilha responsabilidade; • Serve as pessoas; • Distribui os louros; • Contempla o amanhã. As coisas importantes não fazem sem PREPARAÇÃO. PRÁTICA e CONHECIMENTO são apenas UM. Mudança no MERCADO, uma empresa AGE e as outras REAGEM. “Um dos testes de LIDERANÇA é a HABILIDADE de reconhecer um problema antes que ele se torne uma emergência”. (Arnold Glasgow). Disciplina: Liderança e Gestão de Equipes - Professor: José Donizette Basileu 16 “A diferença entre o estilo eficaz e ineficaz não depende unicamente do comportamento do LÍDER, mas da adequação desses comportamentos ao ambiente onde ele desempenha as suas funções”. (Fachada 1998). Liderança: Liderança é a influência interpessoal exercida numa situação e dirigida por meio do processo da comunicação humana na execução de diversos objetivos propostos pelas empresas. Ela é necessária em todo tipo de organização humana, pois o administrador precisa saber conduzir e conhecer as pessoas, isto é, precisa saber liderar. Existe uma característica que diferencia liderança pessoal e liderança como função: o indivíduo não depende somente de características pessoais para administrar, mas também de características da função que se encontra (autoridade, poder). A atitude de um líder leva os indivíduos e/ou grupos a atingir os objetivos satisfazendo suas necessidades. A liderança é um processo contínuo de escolha que permite à empresa caminhar em direção à sua meta, apesar de todas as perturbações internas e externas. A "liderança" é questão de tomada de decisão do grupo. Teorias sobre Liderança A liderança constitui um dos temas administrativos mais pesquisados e estudados nos últimos 50 anos. Foram desenvolvidas diversas teorias sobre liderança as quais acompanharam o desenvolvimento da Teoria das Organizações e influenciaram sensivelmente à teoria administrativa. As teorias sobre a liderança podem ser classificadas em três grandes grupos: 1. Teoria de traços de personalidades: São as teorias mais antigas a respeito da liderança. Um traço é uma qualidade ou característica distintiva da personalidade. Segundo essas teorias, o líder é aquele que possui alguns traços específicos de personalidade que o distinguem das demais pessoas. O líder apresenta características marcantes de personalidade por meio das quais pode influenciar o comportamento das demais pessoas. Como: traços físicos; traços intelectuais; traços sociais e traços relacionados com a tarefa. Um líder deve inspirar a confiança, ser inteligente, perceptivo e decisivo para ter condições de liderar com sucesso. 2. Teoria sobre estilosde liderança: São teorias que estudam a liderança em termos de estilos de comportamento do líder em relação aos seus subordinados. Enquanto a abordagem dos traços se refere àquilo que o líder é, a abordagem dos estilos de liderança se refere àquilo que o líder faz, isto é, o seu estilo de comportamento para liderar. Teorias de Traços de Personalidade Características marcantes de personalidade possuídas pelo líder Teorias sobre Estilos de Liderança Maneiras e estilos de se comportar adotados pelo líder Teorias Situacionais de Liderança Adequação do comportamento do líder às circunstâncias da situação Disciplina: Liderança e Gestão de Equipes - Professor: José Donizette Basileu 17 Na Teoria sobre Estilos de liderança, White e Lippitt fizeram em 1939 um estudo para verificar o impacto causado por três diferentes estilos de liderança em meninos de dez anos, orientados para a execução de tarefas. Os meninos foram divididos em quatro grupos e, de seis em seis semanas, a direção de cada grupo era desenvolvida por líderes que utilizavam três estilos diferentes de liderança. Autocrática Democrática Liberal Apenas o líder fixa as diretrizes, sem qualquer participação do grupo. As diretrizes são debatidas e decididas pelo grupo, estimulando e assistido pelo líder. Há liberdade completa para as decisões grupais ou individuais, com participação mínima do líder. O líder determina as providências e as técnicas para a execução das tarefas, cada uma por vez, na medida em que se tomam necessárias e de modo imprevisível para o grupo. O próprio grupo esboça as providências e as técnicas para atingir o alvo, solicitando aconselhamento técnico ao líder quando necessário, passando este a sugerir duas ou mais alternativas para o grupo escolher. As tarefas ganham novas perspectivas com os detalhes. A participação do líder no debate é limitada, apresentando apenas materiais variados ao grupo, esclarecendo que poderia fornecer informações desde que as pedissem. O líder determina qual a tarefa que cada um deve executar e qual o seu companheiro de trabalho. A divisão das tarefas fica a critério do próprio grupo e cada membro tem liberdade de escolher os seus companheiros de trabalho. Tanto a divisão das tarefas como a escolha dos companheiros fica totalmente a cargo do grupo. Absoluta falta de participação do líder. O líder é dominador e é "pessoal" nos elogios e nas críticas ao trabalho de cada membro. O líder procura ser um membro normal do grupo, em espírito, sem encarregar-se muito das tarefas. O líder é "objetivo" e limita-se aos "fatos" em suas críticas e elogios. O líder não faz nenhuma tentativa de avaliar ou de regular o curso dos acontecimentos. O líder somente faz comentários irregulares sobre as atividades dos membros quando perguntado. Os grupos submetidos à liderança autocrática apresentaram a maior quantidade de trabalho produzido. Sob a liderança liberal não se saíram bem quanto à quantidade e quanto à qualidade. Com a liderança democrática, os grupos não apresentaram um nível quantitativo de produção tão elevado quando submetidos a liderança autocrática, porém a qualidade do seu trabalho foi surpreendentemente superior. Na prática o líder utiliza os três processos de liderança, de acordo com a situação, com as pessoas e com a tarefa a ser executada. O líder tanto manda cumprir ordens, como consulta os subordinados antes de tomar decisões, como sugere a maneira de realizar certas tarefas: ele utiliza a liderança autocrática, democrática e liberal. O desafio da liderança é saber quando aplicar qual estilo, com quem e em que circunstâncias e atividades. Disciplina: Liderança e Gestão de Equipes - Professor: José Donizette Basileu 18 3. Teorias situacionais da liderança: As teorias situacionais explicam a liderança dentro de um contexto mais amplo e partem do principio de que não existe um único estilo de liderança valido para toda e qualquer situação. A recíproca é verdadeira: cada situação requer um tipo de liderança para alcançar eficácia dos subordinados. As teorias situacionais são mais atrativas ao administrador, pois aumentam as opções e possibilidades de mudar a situação para adequá-las a um modelo de liderança ou então mudar o modelo de liderança para adequá-lo à situação. A diferença entre a gerência e a liderança nas empresas Nos dias de hoje os paradigmas de administração de pessoas vêem sofrendo diversas mudanças quanto à atuação dos superiores hierárquicos perante a sua equipe no ambiente de trabalho. A maioria das empresas, quando disponibiliza uma vaga para papéis de coordenação, procura um indivíduo com habilidades de um líder. No velho paradigma, cada indivíduo apenas pensava em executar o seu trabalho, não havia a preocupação com a colaboração com os demais. As ordens eram obedecidas sem questionamentos. Neste modelo todos estão preocupados com a camada superior, ou seja, o superior direto. E ninguém se preocupa com o cliente. No novo paradigma, surgem as habilidades dos líderes, todos os indivíduos devem servir ao cliente e garantir que suas necessidades sejam satisfeitas. E do mesmo modo os superiores devem enxergar seus empregados como clientes e se dedicar a identificar e preencher suas necessidades. O papel do líder é servir, oferecer recursos para o grupo trabalhar de forma otimizada e produtiva, é remover todos os obstáculos, os entraves, para que os empregados possam servir os clientes. O papel de um líder poderá, em certas ocasiões, ser assumido por outra pessoa da equipe que não seja diretamente o superior hierárquico, dependendo da situação. Liderança Liderança é o processo de exercer influência sobre um indivíduo ou um grupo, para a consecução de um objetivo, numa dada situação. É importante notar que o conceito de liderança não está vinculado apenas a uma relação hierárquica, do tipo chefe - subordinado. O líder deve se atentar em identificar e satisfazer as necessidades de seus empregados, e não identificar e satisfazer vontades pessoais. As habilidades fundamentais de um líder são: ter conhecimento na administração de seus talentos; servir de exemplo (é uma referência na organização); ser focado em resultados; permitir o desenvolvimento de todos; compartilhar informação e conhecimento; ser e estar alinhado com a missão da organização; ser pró-ativo; ter a capacidade de delegar (conceder autoridade para que o indivíduo passe a tomar decisões sem consultá-lo); estar disponível para as dúvidas (capacidade de orientar). Os indivíduos que aplicam a liderança possuem seguidores, os demais membros da equipe te acompanham, pois eles confiam no seu trabalho e nas suas diretrizes. Já a gerência possui apenas subordinados, os indivíduos obrigatoriamente te escutam e executam sem questionamentos. A diferença entre liderança e gerenciamento A principal diferença entra a liderança e o gerenciamento é a forma de se comportar e de se relacionar. A maior missão do líder é reunir pessoas diferentes com interesses diferentes a perseguirem uma visão única e futura e fazer com que maximizem a visão futura e minimizeas visões pessoais. Dentro deste contexto existe uma série de tarefas que será preciso realizar, onde se optará pelo jeito do líder agir ou pelo jeito mecanizado do gerente agir. Tanto atributos de liderança como de gerência são necessários na empresa. É necessário haver um equilíbrio das duas teorias, pois somente atributos de líderes sem uma gestão podem gerar muitas ilusões e atributos de gerentes sem uma liderança podem gerar baixa eficácia e muita ansiedade (muito esforço sem direção). Um bom exemplo de identificação de um líder e um gerente é autoridade e poder. Um líder tem poder e um gerente tem autoridade, pois um gerente precisa de um papel, um cargo, já o líder não necessariamente necessita de um cargo. Vejamos em um exército, em tempos de paz tudo vai bem somente com gerentes, mas em tempos de guerra qualquer exército que só tenha gerentes vai ser derrotado com facilidade. Nesses momentos surgem os líderes. Só eles que farão que os soldados superem todos os limites que antes pareciam impossíveis. São os líderes que farão com que atinjam resultados extraordinários em momentos de adrenalina. Seja qual for a pesquisa ou o estudioso de liderança, uma conclusão tem Disciplina: Liderança e Gestão de Equipes - Professor: José Donizette Basileu 19 sido constante. A maioria das pessoas seguiria um líder que fosse honesto, antecipador dos acontecimentos, inspirador e competente. Muitas pessoas têm desenvolvido capacidade para líderes, pois perceberam que o líder tem peso de ouro no mercado. Tem uma frase do grande Peter Drucker que diz : “Como gerente, você é pago para estar desconfortável. Se você está confortável, é um sinal seguro de que você está fazendo as coisas erradas.” Peço licença ao grande mestre, mas gostaria de corrigi-lo(quanta audácia da minha parte), na verdade, lideres é que são pessoas desconfortáveis e não gerentes. Essa é a grande diferença entre lideres e gerentes. Lideres não se conformam com o status quo, estão sempre em busca da melhoria contínua. Líderes estão sempre em busca de seus sonhos, afinal de contas, como seres humanos, somo definidos pelas causas a que servimos e pelos problemas que lutamos para superar. É a paixão em solucionar problemas extraordinários que cria o potencial de realizações extraordinárias. Eles fornecem uma constante possível de ser identificada em meio às rápidas mudanças fornecendo visão para orientar, paixão, integridade, autoconhecimento, confiança e ousadia. Ao contrário de gerentes, gostam de lidar com a incerteza com ousadia e coragem. Líderes são aqueles que transformam o “OU” em “E”, ou seja, sabem conseguir resultados E ao mesmo tempo cuidar das pessoas, sabem promover a disciplina E a liberdade, sabem conciliar a inovação E a tradição. Gerentes, ao contrário dos lideres, conformam-se com o “OU” porque é muito fácil adotar esse tipo de pensamento, é muito fácil chegar para sua equipe e exigir que trabalhem todo final de semana para cumprir metas, uma vez que esse tipo de ação não exige muita imaginação e criatividade. Lideres buscam resultados fazendo com que as pessoas se comprometam a agir convertendo seguidores em lideres, pois criam uma visão na qual as pessoas acreditam e, principalmente, conseguem transmiti-la com muita eficiência. Preocupam-se mais com o desenvolvimento das pessoas que o seguem transformando-os em agentes de mudança, ao contrário de gerentes que estão mais preocupados com a manutenção do seu poder institucionalizado. Ao contrário de gerentes, lideres sabem que liderança não tem nada a ver com controle, comando e manipulação. Encaram a verdade de frente sem fugir as suas responsabilidades. Sabem delegar e, principalmente, COMO delegar. Preocupam-se mais com os resultados do que com os meios para se atingi-los, não se esquecendo nunca da ética. Tomam decisões sem restringir a autonomia dos outros participantes do grupo; Lideres reconhecem a importância da comunicação eficaz valendo-se de analalogias, metáforas e ilustrações vividas, bem como da emoção, confiança, otimismo e esperança. Sabem que o processo de comunicação envolve transmitir a mensagem, certificar de que ela foi recebida, compreendida, aceita e, principalmente, convertida em ação e em resultados. Líderes são inconformistas por natureza e, por essa razão, estão sempre em busca de quebrar paradigmas, principalmente aqueles ilustrados pela famosa frase “Aqui sempre foi assim”. Toda empresa precisa de pessoas inconformadas, portanto, toda empresa precisa de lideres. O problema é que em muitas empresas a criatividade do lider é encarada como uma tentativa de mudar aquilo que não precisa ser mudado, a persistência como teimosia e a personalidade como dificuldade de relacionamento. Em resumo, a diferença entre líderes e gerentes é que o primeiro preocupa-se com perspectivas de longo prazo, não perspectivas de curto prazo, foca as pessoas e não os sistemas, desafio o status quo ao invés de aceitá-lo, e exerce confiança e não o controle. Liderança orientada para a tarefa: A liderança orientada para a tarefa compreende os comportamentos classificados dentro do modelo autocrático de uso da autoridade. Em essência, o líder orientado para a tarefa tem muito mais preocupação com a tarefa do que com o grupo que a executa. O líder orientado para a tarefa tende a apresentar os seguintes comportamentos: Focaliza o trabalho do subordinado ou grupo, enfatizando o cumprimento de prazos, os padrões de qualidade e a economia de custos. Insiste na necessidade de cumprir as metas, e separar a concorrência ou o desempenho passado. Esclarece as responsabilidades individuais e designa tarefas para pessoas específicas. Disciplina: Liderança e Gestão de Equipes - Professor: José Donizette Basileu 20 Estilos orientado para as pessoas Estilo orientado para a tarefa (DEMOCRÁTICO) (AUTOCRÁTICO) – Estilo pessoas – Estilo tarefa – Liderança orientada para as pessoas – Liderança orientada para a tarefa – Liderança orientada para a relações – Liderança orientada para a produção, humanas para a produtividade ou eficiência – Liderança orientada para a consideração – Liderança orientada para o ou para o grupo planejamento e a organização Liderança orientada para pessoas: A liderança orientada para as pessoas compreende os comportamentos classificados dentro do modelo democrático de uso da autoridade. Em essência, o líder orientado para as pessoas acredita que o processo administrativo deve procurar criar um clima em que as pessoas sintam-se confortáveis. O líder orientado para pessoas tende a apresentar os seguintes comportamentos: Focaliza o próprio funcionário ou grupo, enfatizando as relações humanas e o desenvolvimento da capacidade de trabalho em equipe. Ouve e presta atenção É amigável Apóia os funcionários Liderança bidimensional: A liderança orientada para a tarefa e a liderança orientada para as pessoas, a princípio, foram consideradas estilos em oposição, mutuamente excludentes, assim como se pensava a respeito da autocracia e democracia, como idéias em conflitos. Essa é a visão, segundo a qual o líder podecombinar os dois estilos em seu comportamento, ou enfatizá-los simultaneamente. Essa idéia, proporcionou grande avanço para o estudo da liderança. A combinação dos dois estilos cria cinco possibilidades principais: Líder tarefa, orientado para a produção. Líder pessoas, orientado para as pessoas. Líder negligente, que não se preocupa com tarefas nem pessoas. Líder equipe, orientado simultaneamente para pessoas e tarefas. Líder “meio termo”, medianamente preocupado com resultados e pessoas. Liderança situacional: Para ser eficaz, o estilo tem que se ajustar à situação, é a essência das teorias da liderança situacional. Porém, nenhuma das teorias da liderança situacional consegue dar explicação definitiva para a questão da eficiência do líder. Todas as idéias a esse respeito têm seus defensores e críticos. O principal problema que a teoria da liderança situacional procura resolver é descobrir qual estilo ajusta-se a qual situação. Para isso, é preciso resolver outro problema: como avaliar a situação? Liderança carismática: Carisma significa dom divino, que causa forte impressão nos seguidores. Normalmente, sugere santos, heróis e personagens extraordinários. Entretanto, as características pessoais associadas à idéia de carisma são muito humanas e relativamente bem distribuídos, a ponto de o estudo da liderança carismática ser um ramo importante do enfoque comportamental na atualidade. Outras designações do líder carismático são: Líder inspirador Líder transformador Líder revolucionário Líder renovador Disciplina: Liderança e Gestão de Equipes - Professor: José Donizette Basileu 21 Agente de mudanças Carisma é a influência que o líder transformador exerce sobre os seguidores. O carisma apela às emoções dos seguidores e estimula sua identificação com o líder. O carisma é a condição mais importante, mas não a única, para que surja um líder transformador. Líder transacional: O líder transformador, ou carismático, contrapões-se a outro tipo de líder, que emerge dos estudos contemporâneos sobre a liderança: o líder transacional. É aquele que apela aos interesses, especialmente às necessidades primárias, dos seguidores. Ele promete recompensas ou ameaças para conseguir que os seguidores (ou subordinados) trabalhem para realizar as metas. O líder que oferece recompensas materiais é chamado líder transacional. Algumas recompensas materiais que o líder transacional pode oferecer, no campo da administração de projetos, são as seguintes: Promoções Aumentos salariais Autonomia e liberdade no uso do tempo Atendimento de solicitações relacionadas a transferência, designação para outros projetos e dispensas Líder negociador Liderança baseada na promessa de recompensas Liderança manipulativa O poder manipulativo baseia-se na promessa e concessão de recompensas como forma de induzir as pessoas a comportar-se da maneira que a administração espera ou pretende. DELEGAR: O QUE É? Processo de transmitir certas TAREFAS e OBRIGAÇÕES de uma PESSOA para OUTRA. DELEGAR = CONFIANÇA + MOTIVAÇÃO + RESPONSABILIDADE NÍVEL DE RESPONSABILIDADE: PARTILHADO PARTILHÁVEL EXCLUSIVO Disciplina: Liderança e Gestão de Equipes - Professor: José Donizette Basileu 22 REUNIÃO PARA RESPONSABILIZAR: • Esclarecer responsabilidades: O quê? Quem? Porquê? Como? Quando? Questionar o entendimento Confirmar interpretação ATITUDES MAIS ÚTEIS: Responsabilidade Iniciativa Auto-Confiança Orientação para o Cliente Orientação para os Resultados Rigor Abertura à Mudança Prazer no Trabalho Humildade QUE TIPO DE PERGUNTAS DEVEMOS USAR PARA: • Promover a PARTICIPAÇÃO? • Conseguir ACORDOS? • Conduzir a uma determinada DIREÇÃO? • Exercer PODER? TÉCNICAS PARA QUESTIONAR E OUVIR: TIPOS DE PERGUNTAS: ABERTAS: Não podem ser respondidas com “SIM” ou “NÃO”, exige-se que as pessoas respondam elaboradamente, dando mais informações. FECHADAS: Uma resposta simples “SIM” “NÃO” – é o suficiente. Quem responde pode ter mais informação para dar, mas isso não é exigido. NEUTRAS: Perguntas que não INFLUENCIAM A RESPOSTA. INFLUENTES: Perguntas que induzem a algum tipo de resposta do interlocutor, INSINUANDO uma resposta PREFERÍVEL ou uma base PRESSUMIDA. O FEEDBACK. O QUE É? DEFINIÇÃO: Qualquer informação que dá ao COLABORADOR sobre o DESEMPENHO dele. “Corrigir ajuda. Encorajar, ajuda ainda mais”. (Goethe). Disciplina: Liderança e Gestão de Equipes - Professor: José Donizette Basileu 23 O FEEDBACK PODE SER: POSITIVO NEGATIVO ÚTIL INÚTIL FEEDBACK NEGATIVO: Deve ser procedido e seguido de Feedback Positivo; Deve especificar o Comportamento a Modificar; Deve informar o Colaborador do PORQUÊ; Deve ter uma FUNÇÃO POSITIVA; Deve ser entendido pelo COLABORADOR; Deve ser dado FORMA PENSADA; Deve ser dado quando a pessoa estiver com o CONTROLE DAS SUAS EMOÇÕES; Nunca na PRESENÇA de OUTRO; Devem ser DADOS de IMEDIATO; Seja ESPECÍFICO, não GENÉRICO; Explique as CONSEQUÊNCIAS do COMPORTAMENTO ERRADO; Não traga novamente VELHOS PROBLEMAS; Dirija-se à “BOLA” e não ao “JODADOR”; Use apenas INFORMAÇÃO em PRIMEIRA MÃO; Acordo sobre EVITAR REPETIÇÕES; Coloque um PONTO FINAL sobre o ASSUNTO; Não PEDIR DESCULPAS, já que ninguém é CULPADO de ter uma REPREENSÃO A FAZER. Conflitos que vem para o bem: • Transformar os conflitos em experiência e aprendizagem. • Para o consultor de empresas Dante Ricardo Quadros, esta situação é bastante comum. “Antigamente as divergências eram suprimidas. As empresas falavam que “todos formavam uma grande família” e que não poderia haver conflitos entre as pessoas. As diferenças eram vistas como uma coisa ruim. Atualmente, o conflito é bem visto porque faz com que as divergências aprofundem as questões que envolvem o dia-a-dia da empresa e faz com que as pessoas percebam também que cada um é diferente. Hoje, os conflitos devem ser administrados, gerenciados e não ignorados”. • A tendência é que, quanto mais polivalente for a equipe, melhor para a organização. Divergências podem contribuir para que se chegue a um resultado muito melhor. A unanimidade, ao contrário, pode impedir que os processos, produtos e atividades evoluam. Mas para que o resultado seja a inovação e as soluções as mais enriquecedoras possíveis, é preciso considerar que o tempo e a dedicação necessários ao bom funcionamento da equipe também deverão ser maiores. Jogando no mesmo time: • Na sua empresa você faz parte de uma equipe ou de um time? Para Quadros ter equipes dentro das organizações está se tornando ultrapassado. De acordo com ele, em uma equipe há um líder, um planejamento, uma organização. Na equipe geralmente o líder determina o que deve ser feito e como deve ser feito; já “em um time todos são líderes, as decisões são tomadas em conjunto, e essa é a melhor e mais inteligente forma de organização empresarial”diz. Ele completa: “A estrutura hierárquica que vem desde 1911, com Taylor, está evoluindo, o que é normal, e os líderes têm que estar cientes disso”. Disciplina: Liderança e Gestão de Equipes - Professor: José Donizette Basileu 24 Como conquistar a confiança da equipe/time: • Quadros explica que a confiança se divide em três atos: competência, coerência e diálogo. “Atualmente os chefes têm que estar cientes que esses três comportamentos são essenciais para o sucesso da equipe e da empresa”. Como exemplo o consultor diz que se um empregado não tiver abertura para o diálogo ele não terá coragem para falar aquilo que lhe aflige. Portanto, a empresa jamais saberá o que a pessoa está sentindo, não poderá ajudar e conseqüentemente isso afetará a produtividade e o desempenho da empresa como um todo. “Se não existir coerência dentro de uma empresa não existe confiança. Como uma pessoa poderá cobrar algo de seus colaboradores se ele não é coeso? O velho lema “faça o que eu digo e não faça o que eu faço” já virou passado”. • Segundo o consultor, o diálogo é a comunicação mais efetiva dentro ou fora da empresa. “Porém, as pessoas não foram ensinadas e nem educadas para conversar, elas têm medo. E isso tem que mudar. Falar é um processo de desenvolvimento das pessoas. Cooperação é pouco; o que precisamos é compartilhar nossos conhecimentos e nossas idéias” argumenta. • Por outro lado, Quadros ressalta que também é importante que os líderes saibam escutar. Ele cita três bons motivos para isso: • Primeiro: para aprender; a maioria dos chefes não sabe como é feito todo o procedimento de uma empresa. • Segundo: para se darem conta que existe “algo” além deles. • Terceiro: conhecer a realidade dos outros, as experiências e atividades de cada um. “Aprender e conhecer cada um da sua equipe é fundamental. Poderíamos resumir esse terceiro item simplesmente como ouvir” finaliza. Você trabalha em um GRUPO ou EQUIPE? • Existe diferença? Sim. No grupo todos trabalham voltados para os mesmos objetivos e têm seus papéis e funções definidos. Não obstante, os resultados ficam aquém do esperado. Por que será? A realidade é a seguinte, ninguém sabe direito o que o outro pensa porque as pessoas ou não se comunicam ou falam de forma política sem dizer o que realmente pensam. Às vezes alguns falam, mas de forma descontrolada e sem habilidade. É também cada um por si, ninguém toma a iniciativa de ajudar o outro. Aliás, existem muitas divergências relacionadas a problemas do trabalho e também diferenças de valores pessoais. Em alguns casos essas divergências e problemas de relacionamentos são manifestados, nos outros casos são mascaradas por razões políticas. Há muito fingimento, faz-se de conta que está tudo bem. Você deve se perguntar, e os Líderes? Estes, para se diferenciarem e se afirmarem, mantêm-se distantes, aparecem somente para dar ordens. Ninguém tem a liberdade nem o clima para dizer o que pensa dos colegas e muito menos dos chefes. Já estes falam, às vezes, de forma muito franca e rude, e ninguém nesse ambiente toma a iniciativa para saber como é visto. Pelo contrário, todos são muito defensivos e tendem a sentir o Feedback (é o processo de fornecer dados a uma pessoa ou grupo ajudando-o a melhorar seu desempenho no sentido de atingir seus objetivos) como um ataque. Grupo: É um conjunto de pessoas com objetivos comuns, em geral se reúnem por afinidades. O respeito e os benefícios psicológicos que os membros encontram, em geral, produzem resultados de aceitáveis a bons. No entanto este grupo não é uma equipe. Para um trabalho em grupo, não basta juntar várias pessoas num mesmo grupo e deixar os resultados por conta do acaso. Algumas regras devem ser observadas para que o trabalho em conjunto torne-se produtivo e contribua para o desenvolvimento da capacidade competitiva da empresa. Disciplina: Liderança e Gestão de Equipes - Professor: José Donizette Basileu 25 1. Definir claramente as metas e objetivos da equipe. Todos têm de saber qual o objetivo do trabalho, para que o esforço seja feito na mesma direção. A comunicação clara é fundamental para alcançar esse objetivo. 2. Estabelecer os papéis. Se os integrantes da equipe não sabem qual a função ou papel a desempenhar, dificilmente vão poder atingir o objetivo comum. 3. Aprender a lidar com o conflito. Em um grupo, é inevitável que haja choque de opiniões, personalidades e estilos. O desafio é saber valorizar a diferença e tornar os inevitáveis conflitos impulsionadores do crescimento e da produtividade. 4. Avaliar e monitorar. O monitoramento do trabalho e dos resultados é fundamental para que cada integrante saiba como está o seu desempenho, em que e como pode melhorar. Informações insuficientes podem jogar por água abaixo o trabalho de qualquer equipe. "Preocupar-se com a qualidade do trabalho em equipe é uma questão crucial para o sucesso da organização", alerta o consultor "TODA EQUIPE É UM GRUPO, MAS NEM TODO GRUPO É UMA EQUIPE" Na equipe as coisas são um tanto diferentes. Além de ter os seus membros voltados para os mesmos objetivos com papéis e funções bem definidas, possui uma série de fatores positivos que a distinguem do grupo e garantem a obtenção de excelentes resultados com muita sinergia e criatividade. Por que será? Na equipe existe uma transparência muito grande entre todos. Ninguém esconde o jogo. Cada um sabe o que o outro pensa e sente sobre os assuntos do trabalho, mas tudo de forma muito construtiva! Além disso, o nível de mútua colaboração é ótimo, trabalham realmente em um time. Cada um pode contar com o outro que espontaneamente e prazerosamente se dispõe a dar o apoio e ajuda quando necessário. Nesse ambiente tão bom não quer dizer que não existam conflitos, eles fazem parte do relacionamento humano e se tornam até fator de crescimento se forem trabalhados através do debate conduzido da maneira certa e na hora certa. É isto que acontece na equipe, as lideranças não são distantes, atuam próximas e em conjunto com todos os seus membros que participam ativamente numa rica interação entre todos, favorecendo assim a criatividade e aumentando o comprometimento mútuo. Os líderes são suficientemente seguros para não se sentirem ameaçados pelas idéias de valor que venham de baixo. Ninguém pretende sobressair-se isoladamente. Os resultados é que se destacam como em um bom time de futebol, a equipe toda vibra com o gol do colega porque o time todo sai ganhando. Em função de tudo isso, existe a prática constante do Feedback que é dado de forma transparente, e sobretudo construtiva, com a receptividade de todos. Líderes e liderados dão e recebem Feedback, mas se o relacionamento é muito bom dentro da equipe que é muito unida, isto não a torna fechada na interação com as outras equipes e áreas da empresa, pelo contrário, a empresa funciona como um time, como já foi visto, com grande colaboração entre equipes e áreas. Como acontece a comunicação na Equipe? A comunicação entre todos é ótima e o que é básico, as pessoas se constituem no valor mais importante. Elas se conhecem e se sentem mais profundamente, havendo então muita empatia. Isto aumenta a compreensão mútua e evita os preconceitos e julgamentos superficiais indevidos, assim fica evidente que na equipe, a partir da ótima interação existente, a criatividade, a qualidade ea produtividade são grandes e todos lucram: a empresa tem muito mais resultados e os seus membros são muito mais felizes e tem muito mais qualidade de vida no trabalho, o lugar onde se passa a maior parte do tempo acordado. Trabalhar efetivamente em equipe compensa para os dois lados: empresa e funcionários. Somente alguém não deve gostar porque sai perdendo com isto: o concorrente! A formação da equipe deve considerar as competências individuais necessárias para o desenvolvimento das atividades e o alcance das metas. O respeito aos princípios da equipe, a Disciplina: Liderança e Gestão de Equipes - Professor: José Donizette Basileu 26 interação entre seus membros e especialmente o reconhecimento da interdependência entre seus membros no alcance dos resultados da equipe, deve favorecer ainda os resultados das outras equipes e da organização como um todo. É isso que torna o trabalho desse grupo um verdadeiro trabalho em equipe. • Equipe é um grupo que compreende seus objetivos e está engajado em alcançá-los de forma compartilhada. A comunicação entre os membros é verdadeira e as opiniões diferentes são estimuladas. Em uma equipe: Assumem-se riscos A equipe investe constantemente em seu próprio crescimento; O grupo transforma-se em equipe quando passa a prestar atenção à sua própria forma de operar e procura resolver os problemas que afetam o seu funcionamento; Equipes estão unidas em torno de um objetivo comum, ao redor do qual existe adesão das pessoas a uma meta e a disponibilidade de reconhecer que o desempenho individual não pode assegurar os resultados desejados. Interdependência é a palavra-chave e é considerada a principal diferença entre grupo e equipe. O nível de comprometimento com o trabalho também é maior nas equipes, pois seus componentes têm mais oportunidades de tomar decisões sobre as tarefas e responsabilidades de cada um, o que aumenta a “adesão” do empregado. Para o desenvolvimento de uma equipe, porém, há algumas condições que devem ser observadas. É importante haver uma grande capacidade de adaptação dos funcionários a novas tarefas e competência para trabalhar com outras pessoas. Além disso, é fundamental que haja um desafio comum aos componentes da equipe que seja capaz de despertar o potencial de cada um. Entendemos que Grupo é um conjunto de pessoas com objetivos comuns, em geral se reúnem por afinidades. O respeito e os benefícios psicológicos que os membros encontram, em geral, produzem resultados de aceitáveis a bons. No entanto este grupo não é uma EQUIPE. Entendemos que Equipe é um conjunto de pessoas com objetivos comuns atuando no cumprimento de metas específicas. A formação da equipe deve considerar as competências individuais necessárias para o desenvolvimento das atividades e atingimento das metas. O respeito aos princípios da equipe, a interação entre seus membros e especialmente o reconhecimento da interdependência entre seus membros no atingimento dos resultados da equipe, deve favorecer ainda os resultados das outras equipes e da organização como um todo. É isso que torna o trabalho desse grupo um verdadeiro TRABALHO EM EQUIPE. Temas relacionados com o Comportamento Organizacional: • Comunicação organizacional; • Cultura organizacional; • Mudança organizacional; • Desenvolvimento organizacional; • Liderança; • Estrutura organizacional. Definição: Campo de estudo que investiga o impacto que indivíduos, grupos e a estrutura têm sobre o comportamento dentro das organizações com o propósito de utilizar este conhecimento para melhorar a eficácia organizacional. Três determinantes: • Indivíduos; • Grupos; • Estrutura. Disciplina: Liderança e Gestão de Equipes - Professor: José Donizette Basileu 27 A organização O grupo O indivíduo • A organização Macroperspectiva • O grupo Perspectiva intermediária Disciplina: Liderança e Gestão de Equipes - Professor: José Donizette Basileu 28 • O indivíduo Microperspectiva Resultado: O C.O. (Comportamento Organizacional) aplica o conhecimento obtido sobre as pessoas, os grupos e o efeito da estrutura sobre o comportamento, para que as organizações trabalhem mais eficazmente. O C.O. se preocupa com o estudo do que as pessoas fazem nas organizações e de como este comportamento afeta o desempenho das empresas. • Trabalho; • Absenteísmo; • Rotatividade; • Produtividade; • Desempenho humano; e • Administração. Áreas de estudo do Comportamento Organizacional: • Motivação; • Comportamento e poder de liderança; • Comunicação interpessoal; • Estrutura e processos de grupos; • Aprendizado; • Desenvolvimentos de atitudes e percepção; • Processos de mudança; • Conflitos; • Planejamento do trabalho; e • Estresse no trabalho. Psicologia: Estuda o comportamento dos seres humanos. Sociologia: Estuda o sistema social no qual os indivíduos desempenham seus papéis, ou seja, estuda as relações das pessoas entre si. Psicologia Social: É uma área dentro da psicologia que mistura conceitos desta ciência e da sociologia. Seu foco é a influência de um indivíduo sobre o outro. Um dos temas mais investigados pela P.S é a mudança, como implementá-la e como reduzir as barreiras para sua aceitação. Antropologia: Estuda as sociedades para compreender os seres humanos e suas atividades (diferenças de valores, atitudes e comportamentos fundamentais entre povos de diferentes países ou de pessoas em diferentes organizações. Disciplina: Liderança e Gestão de Equipes - Professor: José Donizette Basileu 29 Ciência Política: Estuda o comportamento dos indivíduos e dos grupos dentro de um ambiente político (estruturação de conflitos, a alocação de poder e como as pessoas manipulam o poder para o atendimento de seus próprios interesses) PODER: capacidade de influenciar a conduta dos outros e, em troca, de resistir a influências indesejadas necessidade de poder adquirida na infância / adolescência obtenção e utilização do poder DETERMINANTE McClelland: COMPETITIVAS AGRESSIVAS BUSCAM PRESTÍGIO ORIENTADAS PARA A AÇÃO INCLINADAS A FILIAR-SE A GRUPOS PESSOAS COM GRANDE NECESSIDADE DE PODER Disciplina: Liderança e Gestão de Equipes - Professor: José Donizette Basileu 30 GERENTES OU LÍDERES EFICAZES NO USO PODER metas organizacionais x interesses pessoais técnicas de administração participativa e de distribuição da influência x métodos autocráticos e autoritários relações interpessoais x relações íntimas PREPARAÇÃO DO SUBORDINADO Fontes de Poder na Organização: FRENCH E RAVEN Poder de recompensa - capacidade
Compartilhar