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TEXTO - Freud

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PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO 
 Prof:Maria Rosa 
 Psicanálise de Freud 
 
   Nos trabalhos posteriores, Freud reavaliou essa distinção simples entre o consciente e o inconsciente e propôs os conceitos de *Id, **Ego e ***Superego. O "ID", grosso modo, correspondente à sua noção inicial de inconsciente, seria a parte mais primitiva e menos acessível da personalidade. Freud afirmou: "Nós chamamos de (...) um caldeirão cheio de axcitações fervescentes. [O id] desconhece o julgamento de valores, o bem e o mal, a moralidade" (Freud, 1933, p. 74). As forças do id buscam a satisfação imediata sem tomar conhecimento das circunstâncias da realidade. Funcionam de acordo com o princípio do prazer, preocupadas em reduzir a tensão mediante a busca do prazer e evitando a dor. A palavra em alemão usada por Freud para id era es, que queria dizer "isso", termo sugerido pelo psicanalista Georg Grddeck, que enviara a Freud o manuscrito do seu livro intitulado The book of it (Isbister, 1985). 
    O id contém a nossa energia psíquica básica, ou a libido, e se expressa por meio da redução de tensão. Assim, agimos na tentativa de reduzir essa tensão a um nível mais tolerável. Para satisfazer às necessidades e manter um nìvel confortável de tensão, é necessário interagir com o mundo real. Por exemplo: as pessoas famintas devem ir em busca de comida, caso queiram descarregar a tensão induzida pela fome. Portanto, é necessário estabelecer alguma espécie de ligação adequada entre as demandas do id e a realidade.
      O ego serve como mediador, um facilitador da interação entre o id e as circunstâncias do mundo externo. O ego representa a razão ou a racionalidade, ao contrário da paixão insistente e irracional do id. Freud chamava o ego de ich, traduzido para o inglês como  "I"  (Eu"  em português). Ele não gostava da palavra ego e raramente a usava. Enquanto o id anseia cegamente e ignora a realidade, o ego tem consciência da realidade, manipula-a e, dessa forma, regula o id. O ego obedece ao princípio da realidade, refreando as demandas em busca do prazer até encontrar o objeto apropriado para satisfazer a necessidade e reduzir a tensão.
 
    O ego não existe sem o id; ao contrário, o ego extrai sua força do id. O ego existe para ajudar o id e está constantemente lutando para satisfazer os instintos do id. Freud comparava a interação entre o ego e o id com o cavaleiro montando um cavalo fornece energia para mover o cavaleiro pela trilha, mas a força do animal deve ser conduzida ou refreada com as  rédeas, senão acaba derrotando o ego racional.
      A terceira parte da estrutura da personalidade definida por Freud,o superego,desenvolve-se desde o inicio da vida,quando a criança assimila as regras de comportamento ensinadas pelos pais ou responsáveis mediante o sistema de recompensas e punições. O comportamento inadequado  sujeito à punição torna-se parte da consciência da criança, uma porção do superego. O comportamento aceitável para os pais ou para o grupo social e que proporcione a recompensa torna-se parte do ego-ideal, a outra porção do superego. O comportamento aceitável para os pais ou para o grupo social e que proporcione a recompensa torna-se parte do ego- ideal, a outra porção do superego. Dessa forma, o comportamento é determinado inicialmente pelas ações dos pais; no entanto, uma vez formado o superego, o comportamento é determinado pelo autocontrole. Nesse ponto, a pessoa administra as próprias recompensas ou punições. O termo cunhado por Freud para o superego foi über-ich, que significa literalmente "sobre-eu".
   O superego representa a moralidade. Freud descreveu-o como o "defensor da luta em busca da perfeição - o superego é, resumindo, o máximo assimilado psicologicamente pelo indivíduo do que é considerado o lado superior da vida humana" (Freud, 1933, p. 67). Observe-se então, que, obviamente, o superego estará em conflito com o id. Ao contrário do ego, que tenta adiar a satisfação do id para momentos e lugares mais adequados, o superego tenta inibir a completa satisfação do id.
     Assim Freud imaginava a constante luta dentro da personalidade quando o ego é pressionado pelas forças contrárias insistentes. O ego deve tentar retardar os ímpetos agressivos e sexuais do id, perceber e manipular a realidade para aliviar a tensão resultante, e lidar com a busca do superego pela perfeição. E, quando o ego é pressionado demais, o resultado é a condição definida por Freud como ansiedade.
 *Id: fonte de energia psíquica e o aspecto da personalidade relacionado aos instintos.
**Ego: aspecto racional da personalidade responsável pelo controle dos instintos. 
***Superego: o aspecto moral da personalidade, produto da internalização dos valores e padrões recebidos dos pais e da sociedade.
Em outras palavras:
ID: Constitui o reservatório de energia psiquica, é onde se localizam as pulsões de vida e de morte. As características atribuídas ao sistema incosciente. É regido pelo princípio do prazer (Psiquê que visa apenas o prazer do indivíduo). 
EGO: É o sistema que estabelece o equilíbrio entre as exigências do id, as exigências da realidade e as ordens do superego. A verdadeira personalidade, que decide se acata as decisões do (Id) ou do (Superego). 
SUPEREGO: Origina-se com o complexo do Édipo, apartir da internalização das proibições, dos limites e da autoridade. (É algo além do ego que fica sempre te censurando e dizendo: Isso não está certo, não faça aquilo, não faça isso, ou seja, aquela que dói quando prejudicamos alguém, é o nosso "freio".)
Método de tratamento - Psicanálise de Freud
A Psicanálise é um método de tratamento psíquico e de investigação do inconsciente desenvolvido por Sigmund Freud (1856-1939). Freud iniciou seu trabalho usando o hipnotismo com o objetivo de fazer com que as pacientes reproduzissem as situações traumáticas que estavam na origem de seus sintomas.
Posteriormente, descobriu que os pacientes não precisavam ser hipnotizados e que a recordação por meio da sugestão, era um método mais eficaz para eliminar, alterar ou diminuir os sintomas.
   Mais tarde, Freud chegou ao método psicanalítico propriamente dito, e passou a orientar a seus pacientes que falassem sobre qualquer coisa que lhes viessem à mente, mesmo que pudesse parecer sem importância, sem relação com seus problemas, ou que fossem reprováveis. Esta é a "regra fundamental" da psicanálise, que é apresentada a cada paciente e com a qual todo paciente deve colaborar. Freud descobriu que todos esses pensamentos, lembranças, fantasias, tinham relação com os sintomas. Freud acreditou no valor das palavras e propôs aos pacientes a recordação e até mesmo a "construção" como método de tratamento psíquico. Descobriu que o sintoma tem um sentido, ou múltiplos sentidos que foram esquecidos pelo sujeito ou que nunca lhe foram conscientes. Para a psicanálise, os sintomas psíquicos são formas substitutivas de satisfação e estão relacionados à sexualidade infantil reprimida.
	   A histeria também foi a principal doença investigada por Freud e que acabou dando origem a Psicanálise. A histeria pode ser dividida em duas manifestações fundamentais, a histeria conversiva e a histeria dissociativa. Freud explica a histeria conversiva da seguinte maneira: 
    Outra maneira de entender o sintoma histérico é saber que as pessoas ansiosas sentem com muita intensidade os estímulos que acontecem ao seu redor. Esta intensidade faz com que elas não consigam decifrar ou elaborar o que esta ocorrendo, o que faz a sua ansiedade aumente a níveis muito altos, tencionando ou perturbando funcionalmente a operação de órgãos que de alguma maneira esteja relacionado com o Sistema Nervoso Central, e só quando a tensão ou ansiedade cede é que o sintoma desapareceria. 
    Na histeria dissociativa, o estímulo é sentido de forma tão intensa que quebra a funcionalidade da própria mente, descoordenando-a e levando a pessoa a atos dissociados da realidadeque a cercam por mais ou menos tempo. Vamos ao exemplo que é bem mais divertido, a mocinha que sobe na cadeira e grita desesperada por que viu uma barata. Eis ai uma típica reação histérica dissociativa. 
     A "grande vantagem "da histeria é que a pessoa assume o papel da vitima indefesa perante a situação, necessitando da dó e da complacência dos outros que a ajudarão a superar as dificuldades, o grande mal da histeria é que a pessoa vai incorporando este sentimento de fragilidade interior que faz com que a pessoa vá se sentindo cada vez mais fraca até despencar em estado de Depressão. O tratamento da histeria é o da psicoterapia, nestes casos, embora as medicações possam ajudar de forma alguma são essenciais no tratamento. A pessoa terá que aprender os seus sentimentos e suas simbologias correspondentes e aprender a lidar com eles de forma coordenada. A incidência de relatos de histeria na Psiquiatria moderna caiu muito sendo hoje casos mais passageiros e fugazes.
	Os Instintos - Psicanálise de Freud 
	   *Instintos são a força propulsora ou motivadora da personalidade, op incentivo biológico impulsor da energia mental. Apesar da aceitação do emprego da palavra "instinto" no idioma inglês, esse termo não condiz com a real intenção de Freud. Ele não costumava adotar a palavra equivalente em alemão, Instinkt, ao se referir a personalidade humana, mas sim ao descrever o impulso inato do animal. O termo usado por Freud para a força motivadora humana era Trieb, cuja melhor tradução seria impulso ou força compulsora (Bettelheim, 1982). Os instintos freudianos não consistem em predisposições herdadas, significado geralmente aceito para instinto, mas se referem a fontes internas de estimulação corporal. A função do instinto é remover ou reduzir essa estimulação por meio de algum comportamento, como o ato de comer, beber ou manter relações sexuais. 
   O conceito de instinto de morte é mais um exemplo da natureza autobiográfica do sistema de Freud. Ele desenvolveu a noção do instinto de morte quando ela se tornou alvo de preocupação pessoal. O câncer se agravava, ele testemunhava os horrores da guerra e sua filha Sofia falecera com 20 anos, deixando dois filhos pequenos. Ficara arrasado com essa perda. Pouco menos de três semanas depois, escreveu a respeito do instinto de morte.
   Ele também observou a tendência à agressividade em si próprio. Os colegas o descreviam como um bom inimigo, e alguns dos seus trabalhos indicam alto grau de agressividade. Essa inclinação também pode ser detectada na amargura e no caráter definitivo dos seus rompimentos com os dissidentes do movimento psicanalítico.
  O conceito de agressão como um aspecto motivador foi muito mais bem recebido pelos psicanalistas do que a noção do instinto de morte. Um analista comentou que o instinto de morte devia ser "relegado à lata de lixo da história" (Becker, 1973, p. 99). Outro insinuou que, se Freud fosse realmente um gênio, o instinto de morte seria o exemplo de um gênio em um péssimo dia (Eissler, 1971).
 *Instintos: para Freud, as representações mentais dos estímulos internos (como a fome) que motivam a personalidade do comportamento. 
**Libido: para Freud, a energia psíquica que direciona o indivíduo na busca de pensamentos e comportamentos prazerosos.
Mecanismos de defesa
Freud para apresentar os diferentes tipos de manifestações que as defesas do Ego apresentam, já que ele não se defronta só com pressões e solicitações do Id e do Superego, pois aos ambos se juntam o mundo exterior e as lembranças do passado deu adotou o nome de Mecanismos de defesa.
Mecanismos de defesa - O que são Mecanismos de defesa
Mecanismos de defesa são processos subconscientes que procura solução para conflitos não resolvidos ao nível da consciência. A psicanálise supõe a existência de forças mentais que se opõem umas às outras e que batalham entre si. Freud utilizou a expressão "Mecanismos de defesa" pela primeira vez no seu "As neuroses e psicoses de defesa", de 1894. Há diversos Mecanismos de defesa, sendo alguns mais eficientes do que outros. Também há os que exigem menos desgaste de energia para funcionar. Outros há que são menos satisfatórios, mas todos requerem gastos de energia psíquica. Os Mecanismos de defesa mais importantes são:
 Tipos de Mecanismos de defesa
Mecanismos de defesa - Repressão 
Repressão - é afastar ou recalcar da consciência um afeto, uma idéia ou apelo do instinto. Um acontecimento que por algum motivo envergonha uma pessoa pode ser completamente esquecidoe se tornar não evocável.
Mecanismos de defesa - Defesa de reação
Defesa de reação - consiste em mostrar um método e expor sentimentos, ambos opostos aos impulsos verdadeiros, quando estes são inconfessáveis. Um exemplo seria um pai pouco amado, recebe de seu filho uma atenção muito exagerada para que este convença-se que é um bom filho.
Mecanismos de defesa - Projeção 
Projeção - consiste em atribuir ao outro um desejo próprio, ou atribuir a alguém, algo que justifique a própria ação. O estudante cria o hábito de colar nas provas dizendo, para se justificar, que os outros colam ainda mais que ele.
Mecanismos de defesa - Regressão
Regressão - é o retomar as atitudes passadas, que provaram ser gratificantes e seguras para pessoa, e às quais a pessoa busca voltar para fugir de um presente angustiante. Devaneios e memórias que se tornam recorrentes, repetitivas. Aplica-se também ao regresso a fases anteriores da sexualidade
Mecanismos de defesa - Substituição
Substituição - O inconsciente, em suas 2 formas, está impedido de manifestar-se diretamente à consciência, mas consegue fazê-lo indiretamente. A maneira mais eficiente para essa manifestação é a substituição, isto é, o inconsciente oferece à consciência um substituto admissível por ela e por meio do qual ela pode satisfazer o Id ou o Superego. Os substitutos são imagens (representações analógicas dos objetos do desejo) e formam o imaginário psíquico que, ao ocultar o verdadeiro desejo, o satisfaz indiretamente por meio de objetos substitutos (a chupeta e o dedo, para o seio materno; tintas e pintura ou argila e escultura para as fezes, uma pessoa amada no lugar do pai ou da mãe, de acordo com as fases da sexualidade). 
Além dos substitutos reais, outros substitutos como o imaginário inconsciente oferece, sendo frequentes os sonhos, os lapsos e os atos falhos. Neles, realizamos desejos inconscientes, de natureza sexual. São a satisfação imaginária do desejo. Alguém sonha, por exemplo, que sobe uma escada, está num naufrágio ou num incêndio. Na realidade, sonhou com uma relação sexual proibida. Alguém quer dizer uma palavra, esquece-a ou se engana, comete um lapso e diz uma outra que o surpreende, pois nada tinha haver com o que desejava falar: conseguiu realizar um desejo que era proibido. Alguém vai andando por uma rua e, sem querer, torce o pé e quebra o objeto que estava carregando: realizou um desejo proibido.
Mecanismos de defesa - Sublimação
Sublimação - A Ética abandona às gratificações puramente instintuais por outras em conformidade com valores racionais transcendentes. A sublimação consistitui adoção (assumir) de um interesse ou de um comportamento que possa enaltecer comportamentos que são instintivos de raiz. Um homem pode encontrar uma válvula para seus impulsos agressivos tornando-se um lutador campeão, um jogador de football ou até mesmo um cirurgião. Para Freud as obras de arte, as ciências, a religião, a Filosofia, as técnicas e as invenções, as instituições sociais e as ações políticas, a literatura e as obras teatrais são sublimações, ou modos de substituição do desejo sexual de seus autores e esta é a razão de existirem os artistas, os místicos, os pensadores, os escritores, cientistas, os líderes políticos, etc. 
Mecanismos de defesa - Transferência
Transferência - Freud afirmou que a ligação emocional que o paciente desenvolvia em relação ao analista representava a transferência do relacionamento que aquele havia tido comseus pais e que inconscientemente projetava no terapeuta. O impasse que existiu nessa relação infantil criava impasses na terapia, de modo que a solução da transferência era o ponto chave para o sucesso do método terapêutico. Embora Freud demorasse a considerar a questão inversa, a da atratividade do paciente sobre o terapeuta, o problema manifestou-se tão cedo quanto ainda ao tempo das experiência de Breuer, que teria se deixado afetar sentimentalmente por sua principal paciente, Bertha Pappenheim.
Mecanismos de defesa - Isolamento
Isolamento - consiste em isolar, isto é, em separar um pensamento ou uma ação do seu contexto geral.
Esse mecanismo está habitualmente presente na neurose obsessiva e traduz-se em atitudes que pretendem diminuir a ansiedade que o sujeito sente diante certos sentimentos. O obsessivo faz rituais, compulsões sistemáticas para romper com as ideias que o perturbam.

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