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RESUMO DIREITO PENAL GMBB

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OAB / PENAL 2017 
CRIME 
 - AÇÃO 
 - OMISSÃO 
 - PRÓPRIO (art. 135 e 269 CP) 
 - Dever de agir 
 - Tipo penal específico (está no texto da lei) 
 - Deixou de agir 
P.ex. ¹ Art. 135 - Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem 
risco pessoal, à criança abandonada ou extraviada, ou à pessoa inválida ou 
ferida, ao desamparo ou em grave e iminente perigo; ou não pedir, nesses 
casos, o socorro da autoridade pública: 
P.ex.² Art. 269 - Deixar o médico de denunciar à autoridade pública doença 
cuja notificação é compulsória: 
 
 - IMPRÓPRIO (art. 13, §2º, alínea “a”, “b” e “c” CP) 
 - Dever de agir 
 - Evitar o resultado (tem a obrigação de evitar o resultado) 
 - Responde pelo resultado 
Art. 13 - O resultado, de que depende a existência do crime, somente é 
imputável a quem lhe deu causa. Considera-se causa a ação ou omissão sem 
a qual o resultado não teria ocorrido. 
§ 2º - A omissão é penalmente relevante quando o omitente devia e podia 
agir para evitar o resultado. O dever de agir incumbe a quem: 
a) tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou vigilância; 
b) de outra forma, assumiu a responsabilidade de impedir o resultado; 
c) com seu comportamento anterior, criou o risco da ocorrência do 
resultado. 
NEXO DE CAUSALIDADE 
Regra: que a conduta chegue no resultado delituoso (dependente) 
- Exceção: 
 - Concausa 
 - Absolutamente independente (quebra o nexo causal – não tem 
origem na conduta do agente – por si só) 
 - Concausa poderá ser: 
 a) preexistente; 
 P.ex. veneno > facadas 
 b) concomitante; 
 P.ex. agressão + ataque cardíaco hereditário 
 c) superveniente. 
 P.ex. veneno + lustre pesado cai na cabeça 
 - Relativamente independente (teve origem na conduta do agente) 
 - Concausa poderá ser: 
 a) preexistente; 
 P.ex. Hemofílico + facadas 
 b) concomitante; 
P.ex. agressão + ataque cardíaco decorrente 
da agressão 
 c) superveniente. 
 P.ex. tiro + acidente de ambulância 
 
CRIME CULPOSO E CRIME DOLOSO 
Art. 18 - Diz-se o crime: 
Crime doloso 
I - doloso, quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de 
produzi-lo; 
Crime culposo 
II - culposo, quando o agente deu causa ao resultado por imprudência, 
negligência ou imperícia. 
Parágrafo único - Salvo os casos expressos em lei, ninguém pode ser 
punido por fato previsto como crime, senão quando o pratica 
dolosamente. 
- Crime doloso 
 - Dolo direto (teoria da vontade) 
 - Dolo eventual (teoria do consentimento) 
 - não quer o resultado 
- assume o risco na produção desse resultado. 
- Crime Culposo 
 - Culpa consciente 
 - não quer o resultado 
 - não assumo o risco 
 - pensa que o resultado não vai ocorrer 
 - pensa que poderia evitar o resultado. 
 
CRIME TENTADO E CRIME CONSUMADO 
Art. 14 - Diz-se o crime: 
Crime consumado 
I - consumado, quando nele se reúnem todos os elementos de sua 
definição legal; 
Tentativa 
II - tentado, quando, iniciada a execução, não se consuma por 
circunstâncias alheias à vontade do agente 
 
Consumado: é aquele que consegue reunir todos os elementos do tipo 
Tentado: deu início a execução do delito, mas não consumou por circunstância 
alheias a vontade do agente. 
OBS: 
*. Delitos que só existem na modalidade consumada 
a) Crimes culposos = porque não há de se falar em vontade 
b) crime preterdoloso = dolo + culpa 
c) contravenções penais 
d) crimes omissivos próprios 
e) crimes unissubsistentes = praticado apenas com um ato, não tem como 
fracionar. 
DESISTÊNCIA VOLUNTÁRIA E ARREPENDIMENTO EFICAZ 
Desistência voluntária e arrependimento eficaz 
Art. 15 - O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na 
execução ou impede que o resultado se produza, só responde pelos 
atos já praticados 
Desistência voluntária: 
 - dá início a execução do delito (não esgota os meios executórios) 
 - não consuma por vontade própria 
Arrependimento eficaz: 
 - esgota os meios de execução 
 - esgota a potencialidade lesiva 
 - o agente se arrepende 
OBS: 
*. Responde pelos atos até então praticados, desde que se configure um tipo 
penal. 
 
ARREPENDIMENTO PORTERIOR 
Arrependimento posterior 
Art. 16 - Nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à 
pessoa, reparado o dano ou restituída a coisa, até o recebimento da 
denúncia ou da queixa, por ato voluntário do agente, a pena será 
reduzida de um a dois terços 
 
- É utilizado como causa de diminuição de pena de 1/3 à 2/3. 
- tem que ter consumado o crime. 
OBS: 
*. NÃO é para qualquer crime: 
 - não pode existir o emprego de violência ou grave ameaça; 
 - tem que haver a reparação do dano ou restituição da coisa (isso antes 
do recebimento da denúncia) 
 
CRIME IMPOSSÍVEL 
Art. 17 - Não se pune a tentativa quando, por ineficácia absoluta do 
meio ou por absoluta impropriedade do objeto, é impossível consumar-
se o crime. 
- Ineficácia absoluta do meio = instrumento utilizado para a execução 
- Impropriedade absoluta do objeto = contra o bem jurídico que será protegido 
 
ERRO DE TIPO 
Art. 20 - O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de crime exclui 
o dolo, mas permite a punição por crime culposo, se previsto em lei. 
 
- Erro de tipo essencial (influencia na tipificação) 
 - erro sobre o elemento constitutivo do tipo 
 - não sabe que está praticando uma conduta típica 
 - falsa percepção da realidade 
 
 
OBS: 
*. CONSEQUÊNCIA: 
 - Erro de tipo essencial invencível ou inevitável (qualquer pessoa erraria) 
= fato atípico e exclui dolo e culpa 
 - Erro de tipo essencial vencível ou evitável = exclui o dolo, mas responde 
culposamente, desde que haja previsão legal do crime na modalidade culposa, 
caso contrário será conduta atípica. 
- Erro de tipo acidental 
 - Erro sobre o objeto 
 - não exclui o crime (p.ex. furta objeto diferente do pretendido) 
- *. Vai responder como se tivesse praticado o crime pretendido. 
 - Erro sobre a pessoa 
Art. 20, § 3º - O erro quanto à pessoa contra a qual o crime é praticado 
não isenta de pena. Não se consideram, neste caso, as condições ou 
qualidades da vítima, senão as da pessoa contra quem o agente queria 
praticar o crime 
 - pratica todos os atos executórios, no entanto, p.ex., atinge outra 
pessoa 
 - *. Vai responder como se tivesse praticado o crime pretendido. 
 - Aberratio ictus (erro na execução) 
Erro na execução 
Art. 73 - Quando, por acidente ou erro no uso dos meios de execução, 
o agente, ao invés de atingir a pessoa que pretendia ofender, atinge 
pessoa diversa, responde como se tivesse praticado o crime contra 
aquela, atendendo-se ao disposto no § 3º do art. 20 deste Código. No 
caso de ser também atingida a pessoa que o agente pretendia ofender, 
aplica-se a regra do art. 70 deste Código 
 - Aberratio criminis 
Resultado diverso do pretendido 
Art. 74 - Fora dos casos do artigo anterior, quando, por acidente ou 
erro na execução do crime, sobrevém resultado diverso do pretendido, 
o agente responde por culpa, se o fato é previsto como crime culposo; 
se ocorre também o resultado pretendido, aplica-se a regra do art. 70 
deste Código. 
 
ERRO DE PROIBIÇÃO 
 - O agente tem ciência de sua conduta, no entanto, não sabe que a 
conduta é ilícita. 
Erro sobre a ilicitude do fato 
Art. 21 - O desconhecimento da lei é inescusável. O erro sobre a 
ilicitude do fato, se inevitável, isenta de pena; se evitável, poderá 
diminuí-la de um sexto a um terço. 
 
 * Consequências: 
 - Inevitável: 
 - se não for possívelevitar, o agente será isento de pena 
(exclui a culpabilidade). 
 - Evitável: 
 - se for possível evitar, o agente responde pelo delito 
cometido (causa de diminuição de pena de 1/6 à 1/3) 
Art. 21 (...) 
Parágrafo único - Considera-se evitável o erro se o agente atua ou se 
omite sem a consciência da ilicitude do fato, quando lhe era possível, 
nas circunstâncias, ter ou atingir essa consciência. 
 
CAUSAS EXCLUDENTES DE ILICITUDE 
Art. 23 - Não há crime quando o agente pratica o fato: 
I - em estado de necessidade; 
II - em legítima defesa; 
III - em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de 
direito. 
 
 CRIME é fato típico, antijurídico e culpável 
 Causas: 
 - Estado de necessidade 
Art. 24 - Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato 
para salvar de perigo atual, que não provocou por sua vontade, nem 
podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas 
circunstâncias, não era razoável exigir-se. 
 - Legitima defesa 
 - Estrito cumprimento do dever legal 
 - Exercício regular do direito 
 ESTADO DE NECESSIDADE: 
 Elementos: 
- Situação de perigo; 
 - Decorre: 
 - Ação Humana 
 - Evento da natureza 
 - Ação animal. 
 - Pratica uma conduta típica. 
 * Quem NÃO poderá alegar estado de necessidade: 
 - aquele que provocou a situação de perigo voluntariamente; 
 OBS: se provocou a situação de perigo culposamente 
poderá alegar estado de necessidade. 
 - aquele que tem o dever de enfrentar o perigo, desde que ele 
possa enfrentar perigo (sem risco pessoal). 
Art. 24, CP (...) 
§ 1º - Não pode alegar estado de necessidade quem tinha o dever legal 
de enfrentar o perigo. 
 * Ponderação de bens 
 O bem protegido tem que ser de igual ou superior valor ao bem 
sacrificado. 
LEGÍTIMA DEFESA: 
Art. 25, CP - Entende-se em legítima defesa quem, usando 
moderadamente dos meios necessários, repele injusta agressão, atual 
ou iminente, a direito seu ou de outrem. 
Utilizar os meios necessários, de forma moderada para repelir uma injusta 
agressão. 
 Elementos: 
 - injusta agressão 
Decorre: 
 - de ato humano 
* exceção: quando um animal é utilizado 
como instrumento para agredir. 
 - meio necessário 
 - forma moderada 
* NÃO tem ponderação de bens. 
* Cessada a injusta agressão, para além disso é excesso de legítima 
defesa. 
 - Excesso de legítima defesa pode ser: 
 - Culposo 
 - Doloso 
 
ESTRITO CUMPRIMENTO DO DEVER LEGAL: 
 - Regra: aplica-se a agente públicos 
 EXERCÍCIO REGULAR DO DIREITO: 
 - Alcança até o cidadão comum. 
 * P.ex. cidadão prende um furtador. 
 - Não precisa de uma norma específica 
 
DESCRIMINANTE PUTATIVA: 
 
Art. 23 - Não há crime quando o agente pratica o fato: 
I - em estado de necessidade; 
II - em legítima defesa; 
III - em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de 
direito. 
 
 - Legítima defesa; 
 - Estado de necessidade; 
 - Estrito cumprimento do dever legal; 
 - Exercício regular do direito. 
 
* PUTATIVO 
 - o agente imagina que está em uma situação de perigo ou 
agressão injusta, mas na verdade não está. 
 
CULPABILIDADE 
 - Um dos elementos do crime 
 - Para que o sujeito seja culpável: 
Quem antes era vítima 
passa a ser autor de um 
crime. 
 
Pode excluir 
a tipicidade. 
 - deverá ser imputável ≠ inimputável 
 - tenha potencial consciência da ilicitude ≠ erro de proibição 
 - possa ser exigido dele conduta diversa ≠ de coação moral 
irresistível e obediência hierárquica. 
 
* Inimputabilidade: 
Art. 26 - É isento de pena o agente que, por doença mental ou 
desenvolvimento mental incompleto ou retardado, era, ao tempo da 
ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito 
do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. 
 - Pode decorrer: 
 - doença mental 
 + incapacidade de 
 
 
 - Consequência: 
- sentença de absolvição imprópria (medida de 
segurança) P.ex. vai para o manicômio. 
- embriaguez completa e acidental. 
- Completa: estado de inconsciência em decorrência 
da embriaguez. 
- Acidental: 
- Força maior: forçado a beber 
- Caso fortuito: não sabia que aquilo o deixaria 
bêbado. 
 - Consequência: 
- sentença de absolvição própria (vai para casa) 
OBS: embriaguez voluntária e culposa não exclui a 
imputabilidade. 
* Coação moral irresistível e obediência hierárquica 
 Art. 22 - Se o fato é cometido sob coação irresistível ou em estrita 
obediência a ordem, não manifestamente ilegal, de superior 
hierárquico, só é punível o autor da coação ou da ordem 
 - Inexigibilidade de conduta diversa. 
 
Compreensão 
 
Determinação (se comportar de 
acordo com a compreensão) 
Critério 
biopsicológico 
Exclui a culpabilidade 
- Coação moral irresistível (grave ameaça) = exclui a culpabilidade 
≠ 
 Coação física irresistível = exclui a tipicidade 
- Obediência hierárquica 
 - o subordinado vai obedecer a uma ordem não 
manifestamente ilegal, nesse caso, será excluída a culpabilidade. 
OBS: se for manifestamente ilegal, não poderá 
será excluída a culpabilidade. 
CONCURSO DE PESSOAS 
Art. 29 - Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas 
penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade. 
 - Duas ou mais pessoas se reúnem para a pratica de um crime 
 - Autor: é aquele que pratica a conduta nuclear do tipo 
 - Partícipe: é aquele que vai contribuir para a pratica do crime, tem um 
papel acessório, auxilia o autor. 
 
A contribuição poderá ser 
 
 
 - REGRA: todos aqueles que concorrem para a pratica do crime 
respondem pela mesma conduta delituosa. (Teoria monista) – respondem pelo 
mesmo crime na medida da sua culpabilidade. 
 REQUISITOS: 
 - a). Pluralidade de condutas 
 - b). Relevância causal da conduta 
 - a conduta tem que contribuir, tem que ter relevância para a 
execução do crime. 
 - c). Limae subjetivo - ligação 
 - condutas voltadas para a mesma finalidade, ainda que não 
tenha havido prévio ajusto. 
 - d). Tem que ter identidade de infração 
 
 
 
Material = auxiliar 
Moral 
Induzir 
Instigar 
TEORIA DA PENA 
 - Regime inicial de cumprimento de pena. 
 - Reclusão 
 Art. 33 - A pena de reclusão deve ser cumprida em regime fechado, 
semiaberto ou aberto. [...] 
 - nesse tipo de pena é permitido a interceptação telefônica. 
 - aplica-se em crimes mais graves. 
 
* a pena pode ser fixada: 
 - Fechada (pena superior a 8 anos) 
 - Segurança máxima; 
 - Segurança média. 
 - Semiaberto (não reincidente + pena superior a 4 anos até 
8 anos) 
 - Colônia agrícola 
 - Colônia industrial 
 OBS: se o agente for reincidente o regime será 
fechado. 
 - Aberto (não reincidente + pena até 4 anos) 
 - OBS: se o agente for reincidente o regime será 
semiaberto ou fechado. 
Súmula 269 STJ - É admissível a adoção do regime prisional semiaberto aos 
reincidentes condenados a pena igual ou inferior a quatro anos se favoráveis as 
circunstâncias judiciais (igual a pena base no mínimo legal). 
 
- Detenção 
Art. 33, CP. [...] A de detenção, em regime semiaberto, ou aberto, salvo 
necessidade de transferência a regime fechado 
 * A pena pode ser fixada: 
 - Semiaberto (acima de 4 anos) 
 - Aberto (não reincidente + pena até 4 anos) 
 OBS: A conduta que é apenada com detenção deverá iniciar com 
o regime semiaberto ou aberto, podendo, posteriormente, por causa de falta 
disciplinar cometida peloagente, regredir ao regime fechado. 
* Se aplicada a pena no seu máximo legal, caso o réu seja não reincidente e a 
pena for de até 4 anos, via de regra, o regime aplicado será o aberto, no entanto, 
o juiz poderá, mediante decisão fundamentada e com motivação idônea, aplicar 
regime mais grave (semiaberto). 
* Se o réu não for reincidente e lhe for aplicada pena superior a 4 anos até 8 
anos, o regime via de regra será o semiaberto, no entanto, o juiz poderá 
mediante decisão fundamentada e com motivação idônea, aplicar regime mais 
grave (fechado). 
Súmula 718, STF - A opinião do julgador sobre a gravidade em abstrato 
do crime não constitui motivação idônea para a imposição de regime 
mais severo do que o permitido segundo a pena aplicada. 
Súmula 719, STF - A imposição do regime de cumprimento mais 
severo do que a pena aplicada permitir exige motivação idônea. 
Sumula 440, STJ - Fixada a pena-base no mínimo legal, é vedado o 
estabelecimento de regime prisional mais gravoso do que o cabível em 
razão da sanção imposta, com base apenas na gravidade abstrata do 
delito. 
 
REGIME INICIAL DOS CRIMES HEDIONDOS OU EQUIPARADOS 
 O regime inicial dos crimes hediondos era sempre o fechado, 
independentemente da quantidade de pena aplicada, em observância ao art. 2º, 
§1º da Lei 8072/90, no entanto, o texto legal foi declarado inconstitucional com 
base no art. 5º, inciso XLVI, CF/88, graças ao Princípio da individualização da 
pena. 
PROGRESSÃO DE PENA/REGIME 
 Crime mais severo para o mais brando. 
 Requisitos: 
 - Crimes NÃO hediondos: 
Art. 112. A pena privativa de liberdade será executada em forma 
progressiva com a transferência para regime menos rigoroso, a ser 
determinada pelo juiz, quando o preso tiver cumprido ao menos um 
sexto da pena no regime anterior e ostentar bom comportamento 
carcerário, comprovado pelo diretor do estabelecimento, respeitadas 
as normas que vedam a progressão. 
 
 
 
 * Requisito objetivos: 
 - Ter cumprido 1/6 da pena 
 * Requisito subjetivos: 
 - Envolve o mérito, se o sujeito merece, condições 
pessoais para progredir de pena/regime. 
 - Em regra afere-se isso através de atestado de bom 
comportamento expedido pelo diretor do estabelecimento prisional. 
 - EXCEÇÃO: é possível pedir além do atestado 
de bom comportamento, que seja realizado o exame criminológico (psicológico 
e social), vale dizer, que quando o juiz determinar a realização desse tipo de 
exame, ele deverá fundamentar e motivar de forma idônea a sua decisão. 
Súmula 439, STJ - Admite-se o exame criminológico pelas 
peculiaridades do caso, desde que em decisão motivada. 
 
 - Crimes hediondos e equiparados: 
 * Requisitos objetivos: 
 - Se primário deverá cumprir 2/5 da pena 
 - Se reincidente deverá cumprir 3/5 
 OBS: Art. 2, §2º da Lei 8.072/90 foi alterado pela Lei 
11.464/07 em 29/03/2007. 
Art. 2º Os crimes hediondos, a prática da tortura, o tráfico ilícito de 
entorpecentes e drogas afins e o terrorismo são insuscetíveis de: 
§ 2o A progressão de regime, no caso dos condenados aos crimes 
previstos neste artigo, dar-se-á após o cumprimento de 2/5 (dois 
quintos) da pena, se o apenado for primário, e de 3/5 (três quintos), se 
reincidente. 
Súmula 471, STJ - Os condenados por crimes hediondos ou 
assemelhados cometidos antes da vigência da Lei n. 11.464/2007 
sujeitam-se ao disposto no art. 112 da Lei n. 7.210/1984 (Lei de 
Execução Penal) para a progressão de regime prisional. 
Súmula Vinculante, nº 26, STF - Para efeito de progressão de regime 
no cumprimento de pena por crime hediondo, ou equiparado, o juízo 
da execução observará a inconstitucionalidade do art. 2º da Lei n. 
8.072, de 25 de julho de 1990, sem prejuízo de avaliar se o condenado 
preenche, ou não, os requisitos objetivos e subjetivos do benefício, 
podendo determinar, para tal fim, de modo fundamentado, a realização 
de exame criminológico. 
Crimes praticados antes 
dessa lei, valerá a regra, 
qual seja, deverá cumprir 
1/6 de pena para 
progressão de regime. 
 * Requisito subjetivo: 
 - Envolve o mérito, se o sujeito merece, condições 
pessoais para progredir de pena/regime. 
 - Em regra afere-se isso através de atestado de bom 
comportamento expedido pelo diretor do estabelecimento prisional. 
 - EXCEÇÃO: é possível pedir além do atestado 
de bom comportamento, que seja realizado o exame criminológico (psicológico 
e social), vale dizer, que quando o juiz determinar a realização desse tipo de 
exame, ele deverá fundamentar e motivar de forma idônea a sua decisão. 
 
PENA RESTRITIVA DE DIREITO 
Art. 32 - As penas são: 
I - privativas de liberdade; 
II - restritivas de direitos; 
III - de multa. 
 Art. 43. As penas restritivas de direitos são: 
 I - prestação pecuniária; 
II - perda de bens e valores; 
III - limitação de fim de semana. 
IV - prestação de serviço à comunidade ou a entidades públicas; 
V - interdição temporária de direitos; 
VI - limitação de fim de semana. 
Art. 44. As penas restritivas de direitos são autônomas e substituem as 
privativas de liberdade, quando: 
I – aplicada pena privativa de liberdade não superior a quatro anos e o 
crime não for cometido com violência ou grave ameaça à pessoa ou, 
qualquer que seja a pena aplicada, se o crime for culposo; 
II – o réu não for reincidente em crime doloso; 
III – a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a 
personalidade do condenado, bem como os motivos e as 
circunstâncias indicarem que essa substituição seja suficiente. 
 
 - Alternativa a pena privativa de liberdade (prisão) 
 - Não são penas encarceradoras 
 - Tem natureza substitutiva, pois substitui a pena privativa de liberdade. 
 * Requisitos: 
 - Requisito Objetivo: 
 - Pena aplicada 
 - se doloso o crime: até 04 anos 
 - se culposo o crime: qualquer que 
seja a pena 
- Não poderá ser praticado com violência ou 
grave ameaça 
OBS: nos crimes de menor potencial 
ofensivo, por causa da possiblidade de 
transação penal, independentemente de ser 
cometido com violência ou grave ameaça, 
poderá ser aplicada pena restritiva de direito. 
 - Requisito Subjetivo: 
 - Não ser reincidente em crime doloso (tem 
que ter havido o transito em julgado da sentença condenatória) 
 EXCEÇÃO: 
 - Não reincidente pelo mesmo crime e for 
socialmente recomendável, nessa hipótese, é possível substituir a pena privativa 
de liberdade por restritiva de direito. 
Art. 44, § 3o Se o condenado for reincidente, o juiz poderá aplicar a 
substituição, desde que, em face de condenação anterior, a medida 
seja socialmente recomendável e a reincidência não se tenha operado 
em virtude da prática do mesmo crime. 
 - Circunstâncias judiciais favoráveis. 
 - OBS: Art. 33, §4º da Lei 11.343/06 
Tráfico Privilegiado 
§ 4o Nos delitos definidos no caput e no § 1o deste artigo, as penas 
poderão ser reduzidas de um sexto a dois terços, vedada a conversão 
em penas restritivas de direitos, desde que o agente seja primário, de 
bons antecedentes, não se dedique às atividades criminosas nem 
integre organização criminosa. 
 
 
 
 
 
 
Tal vedação foi 
declarada 
inconstitucional pelo 
STF, por causa do 
Princípio da 
Individualização da 
Pena. Ou seja, mesmo 
nos crimes de tráfico 
de drogas é possível 
aplicar a pena restritiva 
de direito 
FIXAÇÃO DA PENA 
 Critério: 
 - Sistema trifásico: 
 - 1ª Fase 
 - Pena base 
- Leva em consideração as circunstâncias judiciais 
Art. 59 - O juiz, atendendo à culpabilidade, aos antecedentes,à 
conduta social, à personalidade do agente, aos motivos, às 
circunstâncias e consequências do crime, bem como ao 
comportamento da vítima, estabelecerá, conforme seja necessário 
e suficiente para reprovação e prevenção do crime: 
I - as penas aplicáveis dentre as cominadas; 
II - a quantidade de pena aplicável, dentro dos limites previstos; 
III - o regime inicial de cumprimento da pena privativa de liberdade; 
IV - a substituição da pena privativa da liberdade aplicada, por outra 
espécie de pena, se cabível. 
 - 2ª Fase 
 - Na segunda fase o juiz não poderá fixar pena além do 
máximo legal (agravante) nem fixar pena menor que o mínimo legal (atenuante). 
Súmula 231, STJ - A incidência da circunstância atenuante não pode 
conduzir à redução da pena abaixo do mínimo legal. 
 - 3ª Fase 
Art. 68 - A pena-base será fixada atendendo-se ao critério do art. 59 
deste Código; em seguida serão consideradas as circunstâncias 
atenuantes e agravantes; por último, as causas de diminuição e de 
aumento. 
 - O juiz vai verificar: 
 - causa de diminuição de pena 
 - causa de aumento de pena 
 
REINCIDÊNCIA ≠ MAUS ANTECEDENTES 
 Reincidência: 
Art. 63 - Verifica-se a reincidência quando o agente comete novo crime, 
depois de transitar em julgado a sentença que, no País ou no 
estrangeiro, o tenha condenado por crime anterior. 
- é circunstância agravante 
Art. 61 - São circunstâncias que sempre agravam a pena, quando não 
constituem ou qualificam o crime: 
I - a reincidência; 
- comete um novo crime depois do trânsito em julgado da sentença 
condenatória do crime anterior. 
 Maus antecedentes: 
 * O que NÃO pode ser considerado maus antecedentes: 
 - Inquérito policial instaurado; 
 - Ação penal em curso. 
Súmula, 444, STJ - É vedada a utilização de inquéritos policiais e ações 
penais em curso para agravar a pena-base. 
 * O que PODE ser considerado maus antecedentes: 
 - Deve o sujeito ter uma sentença penal condenatória 
transitada em julgado; 
 - Essa sentença penal condenatória transitada em julgado 
não poderá ser utilizada como reincidência, sob argumento de se considerar bis 
in idem. 
Súmula 241, STJ - A reincidência penal não pode ser considerada 
como circunstância agravante e, simultaneamente, como circunstância 
judicial. 
 OBS: se no decorrer da ação penal o réu cometer novo crime, não 
havendo transito em julgado do 1º processo, iniciou-se um 2º processo. Nessa 
hipótese o juiz não poderá considerar o agente como reincidente ou ter maus 
antecedentes, mas se porventura houve o transito em julgado da sentença 
condenatória no 1º processo e o juiz ainda não sentenciou no 2º processo, neste 
2º processo o juiz poderá considerar que o agente tem maus antecedentes. 
 - Se o 2º crime foi praticado depois do transito em julgado da sentença 
condenatória que condenou o réu pelo cometimento do 1º crime, será 
reincidente, no entanto se o crime foi cometido antes do transito em julgado da 
sentença condenatória do 1º crime e depois houve o transito em julgado dessa 
1ª ação penal, será considerado maus antecedentes. (deve observar a data do 
cometimento do crime) 
 OBS: é possível que o juiz, diante de duas sentenças condenatórias 
transitadas em julgado, poderá se valer das duas sentenças, uma para 
considerar o réu como reincidente e a outra para considera-lo com maus 
antecedentes. Só NÃO poderá usar uma mesma sentença transitada em julgado 
para reincidência e maus antecedentes. 
 
REINCIDÊNCIA 
Art. 64 - Para efeito de reincidência: 
I - não prevalece a condenação anterior, se entre a data do 
cumprimento ou extinção da pena e a infração posterior tiver decorrido 
período de tempo superior a 5 (cinco) anos, computado o período de 
prova da suspensão ou do livramento condicional, se não ocorrer 
revogação; 
 - Período que cessa os efeitos da reincidência é de 05 anos, contados do 
cumprimento da pena ou da extinção da pena. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONCURSO DE CRIMES 
 - Há prática de mais de um delito 
 - Influencia na fixação da pena 
 * Concurso material de crimes: 
Art. 69 - Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, 
pratica dois ou mais crimes, idênticos ou não, aplicam-se 
cumulativamente as penas privativas de liberdade em que haja 
incorrido. No caso de aplicação cumulativa de penas de reclusão e de 
detenção, executa-se primeiro aquela. 
Cumprimento 
da pena 
Novo 
crime 
2000 2006 
Cessou os 
efeitos da 
reincidência 
Transito em 
Julgado da 
sentença 
condenatória 
Pena 04 anos 
e 6 meses 
Livramento 
condicional 
Extinção 
da pena 
Novo crime 
10/02/2008 10/08/2010 10/08/2012 15/09/2015 
* computa-se o 
livramento condicional, 
ou seja, conta-se 05 
anos levando em 
consideração esse 
período. 
 - o sujeito vai cometer pluralidade de conduta e pluralidade de 
crimes (com mais de uma ação pratica-se mais de um crime) 
 - Critério: 
 - Critério do cúmulo material (as penas serão somadas) 
 * Concurso formal de crimes: 
Art. 70 - Quando o agente, mediante uma só ação ou omissão, pratica 
dois ou mais crimes, idênticos ou não, aplica-se-lhe a mais grave das 
penas cabíveis ou, se iguais, somente uma delas, mas aumentada, em 
qualquer caso, de um sexto até metade. As penas aplicam-se, 
entretanto, cumulativamente, se a ação ou omissão é dolosa e os 
crimes concorrentes resultam de desígnios autônomos, consoante o 
disposto no artigo anterior. 
 - unidade de conduta e pluralidade de crimes 
 - Concurso formal perfeito: 
Art. 70 - Quando o agente, mediante uma só ação ou omissão, pratica 
dois ou mais crimes, idênticos ou não, aplica-se-lhe a mais grave das 
penas cabíveis ou, se iguais, somente uma delas, mas aumentada, em 
qualquer caso, de um sexto até metade. [...] 
 - beneficia o agente porque a sua pena não será somada 
 - Critério: 
 - Critério da exasperação (pega-se a pena mais grave 
e se tratando de penas iguais qualquer uma delas e aumenta de 1/6 à 1/2) 
 - Concurso formal imperfeito: 
Art. 70 [...] As penas aplicam-se, entretanto, cumulativamente, se a 
ação ou omissão é dolosa e os crimes concorrentes resultam de 
desígnios autônomos, consoante o disposto no artigo anterior. 
 - não pode ser um benefício, tendo em vista que o agente 
teve intensão de cometer cada um dos crimes (desígnios autônomos) 
 - Critério: 
 - Critério do cúmulo material (as penas serão 
somadas) 
 
CRIME CONTINUADO 
Art. 71 - Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, 
pratica dois ou mais crimes da mesma espécie e, pelas condições de 
tempo, lugar, maneira de execução e outras semelhantes, devem os 
subsequentes ser havidos como continuação do primeiro, aplica-se-lhe 
a pena de um só dos crimes, se idênticas, ou a mais grave, se diversas, 
aumentada, em qualquer caso, de um sexto a dois terços. 
 - Pluralidade de condutas 
 - Nas mesmas condições de Tempo (30 dias – se a diferença de 
tempo, do cometimento de um crime para outro for superior a 30 dias, não será 
crime continuado, mas sim concurso material) e Espaço (mesma cidade ou 
cidade muito próxima) 
 - Pluralidade de crimes 
 - Crimes da mesma espécie (mesmo tipo penal, mesmo artigo) 
 - Critério: 
 - Critério da exasperação da pena (pega-se a pena mais grave e 
se tratando de penas iguais qualquer uma delas e aumenta de 1/6 à 2/3) 
 
ABERRATIO ICTUS 
Art. 73 - Quando, por acidente ou erro no uso dos meios de execução, 
o agente, ao invés de atingir a pessoa que pretendia ofender, atinge 
pessoa diversa, responde como se tivesse praticadoo crime contra 
aquela, atendendo-se ao disposto no § 3º do art. 20 deste Código. No 
caso de ser também atingida a pessoa que o agente pretendia ofender, 
aplica-se a regra do art. 70 deste Código. 
 - Erro na execução 
 - Erro por acidente 
 - Erro nos meios de execução 
 
* Responde pelo crime que pretendia, e considera as características 
pessoais da pessoa pretendida (Irmão qualificadora). 
OBS: se atingir a pessoa visada e uma outra, responde pelo art. 70, CP 
concurso formal. (P.ex. matar pessoa pretendida + matar pessoa diversa) 
 
ABERRATIO CRIMINIS 
Art. 74 - Fora dos casos do artigo anterior, quando, por acidente ou 
erro na execução do crime, sobrevém resultado diverso do pretendido, 
o agente responde por culpa, se o fato é previsto como crime culposo; 
se ocorre também o resultado pretendido, aplica-se a regra do art. 70 
deste Código. 
 - Resultado diverso do pretendido 
Atingir pessoa diversa, erro 
não quanto a pessoa, mas 
na execução 
Homicídio doloso Homicídio culposo 
 - O agente pretende afetar um bem jurídico e acaba atingindo outro bem. 
(P.ex. pretende danificar um carro, no entanto, atinge uma pessoa) 
- Se além de atingir o bem jurídico pretendido, atingir também um outro, 
(dolo + culpa) aplica-se o art. 70, CP, ou seja, concurso formal de crime. 
 
PRESCRIÇÃO 
Prescrição antes de transitar em julgado a sentença 
Art. 109. A prescrição, antes de transitar em julgado a sentença final, 
salvo o disposto no § 1o do art. 110 deste Código, regula-se pelo 
máximo da pena privativa de liberdade cominada ao crime, verificando-
se: 
I – em 20 anos, se o máximo da pena é superior a 12; 
II - em 16 anos, se o máximo da pena é superior a 8 anos e não excede 
a 12; 
III - em 12 anos, se o máximo da pena é superior a 4 anos e não excede 
a 8; 
IV - em 8 anos, se o máximo da pena é superior a 2 anos e não excede 
a 4; 
V - em 4 anos, se o máximo da pena é igual a 1 (um) ano ou, sendo 
superior, não excede a 2; 
VI - em 3 três anos, se o máximo da pena é inferior a 1 (um) ano. 
 
 Depois de cometida a conduta delituosa, surge para o Estado o 
direito/dever a pretensão punitiva. 
 Prazo aqui é para o Estado processar, julgar e para transitar em julgado 
a sentença condenatória. 
 OBS: Se o sujeito é menor de 21 anos na data do fato ou é maior de 70 
anos na data da sentença o prazo prescricional é reduzido a metade. (art. 115, 
CP) 
 Redução dos prazos de prescrição 
Art. 115 - São reduzidos de metade os prazos de prescrição quando o 
criminoso era, ao tempo do crime, menor de 21 (vinte e um) anos, ou, 
na data da sentença, maior de 70 (setenta) anos. 
 
 
 
 
Prescrição antes do transito em 
julgado da sentença final: 
- 3 anos = menor de 1 ano; 
- 4 anos = 1 à 2 anos; 
- 8 anos = +2 à 4 anos; 
- 12 anos = +4 à 8 anos; 
- 16 anos = +8 à 12 anos; 
- 20 anos = +12 anos. 
A pretensão punitiva pode ser: 
 Abstrata: 
 Observa-se aqui, para o cálculo do prazo prescricional, a 
pena máxima cominada ao delito. (art. 109, “caput”, CP) 
 Concreta: 
 - Retroativa: 
 Deve ser observado: 
 a). deve ter sido proferida sentença 
condenatória; 
 b). deve ter o transito em julgado dessa 
sentença para a acusação – Ministério Público; 
 c) observa-se a pena aplicada e não a pena 
base, e para o cálculo deve ser observado o art. 109, CP. 
 Para se aferir qual o prazo prescricional, quando se 
tratar de pretensão punitiva retroativa, deve-se observar qual a pena foi aplicada 
ao réu e não a pena máxima do delito cometido. 
 É retroativo, porque observa-se o período entre o 
cometimento do delito até o decorrer do processo para verificar se houve 
prescrição da pretensão punitiva retroativa em algum momento. (P.ex. verifica-
se se entre o cometimento do crime até o primeiro ato interruptivo houve 
prescrição, depois verifica-se se houve prescrição entre o ato interruptivo até a 
publicação da sentença condenatória) 
Prescrição depois de transitar em julgado sentença final 
condenatória 
Art. 110 - A prescrição depois de transitar em julgado a sentença 
condenatória regula-se pela pena aplicada e verifica-se nos prazos 
fixados no artigo anterior, os quais se aumentam de um terço, se o 
condenado é reincidente. 
§ 1o A prescrição, depois da sentença condenatória com trânsito em 
julgado para a acusação ou depois de improvido seu recurso, regula-
se pela pena aplicada, não podendo, em nenhuma hipótese, ter por 
termo inicial data anterior à da denúncia ou queixa. 
Causas interruptivas da prescrição 
Art. 117 - O curso da prescrição interrompe-se: 
I - pelo recebimento da denúncia ou da queixa; 
II - pela pronúncia; 
III - pela decisão confirmatória da pronúncia; 
IV - pela publicação da sentença ou acórdão condenatórios 
recorríveis; 
V - pelo início ou continuação do cumprimento da pena; 
VI - pela reincidência. 
 
 - Superveniente: 
 A pretensão punitiva superveniente do Estado será 
aferida apenas depois da data da publicação da sentença condenatória. 
 Depois de verificado se houve os outros tipos de 
prescrição, quais sejam, em abstrato e concreta retroativa, caso o resultado seja 
negativo, verifica-se se houve prescrição concreta superveniente. 
 Nessa hipótese, para o cálculo do prazo da prescrição 
observa-se a pena aplicada e o art. 109, CP, e conta-se a partir da publicação 
da sentença condenatória até o seu transito em julgado. 
 
PRESCRIÇÃO EXECUTÓRIA 
 Depois de transitado em julgado a sentença condenatória, é possível dizer 
que o Estado não esteve omisso, ou seja, valeu-se da pretensão punitiva, no 
entanto, depois surge para o Estado a pretensão executória. 
 Para aferir qual será o prazo prescricional na prescrição executória, deve-
se observar a pena aplicada e o art. 109, CP, conta-se a partir do transito em 
julgado da sentença que condenou o réu. 
 OBS: Se o réu for reincidente, os prazos previstos do art. 109, CP, 
devem ser aumentados de 1/3, isso de acordo com o art. 110, “caput”, CP. 
Art. 110 - A prescrição depois de transitar em julgado a sentença 
condenatória regula-se pela pena aplicada e verifica-se nos prazos 
fixados no artigo anterior, os quais se aumentam de um terço, se o 
condenado é reincidente. 
Súmula 220 do STJ: “a reincidência não influi no prazo da prescrição 
da pretensão punitiva”. 
"O entendimento pretoriano é no sentido de não interferir a reincidência 
na extinção da pretensão punitiva pela ocorrência da prescrição, mas, 
tão-somente, na da pretensão executória." (HC 7942 PR, Rel. Ministro 
FERNANDO GONÇALVES, SEXTA TURMA, julgado em 23/11/1998, 
DJ 14/12/1998)

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