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resumo sistemas processuais e princípios do processo penal

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Aula 3 
SUJEITOS PROCESSUAIS
Acusado e seu defensor 
Princípio da inocência ou da não culpabilidade ART 5° LVII CRFB/88.
Decorre do princÍpio do in dubio pro réu: Na dúvida o juiz deve declarar o réu inocente.
A prisão é a exceção até o trânsito em julgado.
Prisão cautelar deve sempre ser vista como medida excepcional.
Princípio da ampla defesa ART 5° LV CRFB/88.
-defesa material ou autodefesa: estar presente aos atos processuais, ser interrogado, de não falar nada no interrogatório. É um direito disponível.
- defesa formal ou ténica: direito que a pessoa tem de ter nomeado um advogado. É um direito indisponível.
Princípio do contraditório ART 5° LV CRFB/88.
Não existe ampla defesa e contraditório no inquérito policial (procedimento aministrativo pré processual) pois o inquérito é inquisitivo e não acusatório.
Ouvir as duas partes para só então concluir. 
- presenciar prova produzida pela outra parte;
- uma parte tem o direito de participar da prova produzida pela outra parte;
- uma parte tem o direito de se manifestar quanto a prova pré constituida trazida aos autos pela outra parte;
- uma parte tem o direito de se manifestar a respeito da manifestação da outra parte.
Princípio do silêncio ART 5° LXIII CRFB/88.
Ou da não auto acusação. O réu não precisa produzir prova contra si. 
+ART 187 CPP (interrogatório)+
 Interrogatório subjetivo/de identificação , parágrafo 1° (é traçado um perfil do acusado)
CORRENTE MINORITÁRIA: Admite o silêncio e a mentira.
CORRENTE MAJORITÁRIA: silêncio (contravenção art. 68 DECRETO 3688) , mentira(ART 307 CP).
 ‘’Art. 68. Recusar à autoridade, quando por esta, justificadamente solicitados ou exigidos, dados ou indicações concernentes à própria identidade, estado, profissão, domicílio e residência’’
 ‘’Art. 307 - Atribuir-se ou atribuir a terceiro falsa identidade para obter vantagem, em proveito próprio ou alheio, ou para causar dano a outrem:
Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa, se o fato não constitui elemento de crime mais grave. ‘’
Interrogatório objetivo/de mérito, parágrafo 2° (o réu é indagado quanto aos fatos que lhe são imputados)
Admite-se o silêncio e a mentira. 
Exceto: Não pode incriminar-se falsamente ART 341 CP.
 Teste de DNA: Presunção de não auto incriminação. Não precisa produzir prova contra si.
Princípio da não identificação criminal ART 5° LVIII 
Não precisa ser identificado datiloscopiamente se já possui identificação civil.
Exceções Lei 12307/09, art 3°. 
OBS: Assistente de acusação art 268 a 273 CPP. Aceita pela doutrina majoritária,
Agente trabalha junto a acusação através de um advogado que auxiliará o MP (nos casos de crime de ação pública incondicionada).
PRINCÍPIOS APLICÁVEIS AO PROCESSO PENAL
Do devido processo legal ART 5° LIV CF.
O processo caminhará segundo as leis em vigor.
Do juiz natural ART 5° LIII CF.
Regras de competência (poder-dever jurisdicional) pré fixadas.
 
Do promotor natural ART 5° LIII CF.
De acordo com sua área de atribuição (matéria/territorial)
Da verdade real 
O juiz tem liberdade na iniciativa de produção probatória.
ART 156, 196. 234, 616 CPP. 
*Tem constitucionalidade duvidosa por acreditar-se ferir o sistema acusatório.*
*conflito com o princípio in dubio pro réu*
Da publicidade.
Só podera haver restrição da publicidade nos casos expressos em lei. Ex: casos envolvendo crianças. 
ART 217 CPP (quando o próprio réu se auto defende o juiz deverá nomear um defensor ad hoc para aquele ato – princípio da ampla defesa)
Da duração razoável do processo ART 5° LXXVIII CF.
ART 400 CPP -> julgamento tem que ocorrer no prazo de 60 dias, se estivermos no procedimento ordinário. 
A doutrina majoritária entende que o prazo começa a contar com o oferecimento da denúncia.
 ART 531 CPP-> processo sumário -> 30 dias.
 ART 428 CPP -> Júri -> da pronúncia até a sessão plenária -> 6 meses 
 ART 5° LXV -> pedido de relaxamento por excesso de prazo, por meio de habeas corpus. 
Da identidade física do juiz ART 399, parág 2° CPP.
O juiz que presidiu a instrução deverá proferir a sentença. 
Do livre convencimento motivado ou da persuasão racional.
O juiz tem liberdade para apreciação probatória, mas tudo que ele concluir deverá ser devidamente fundamentado. ART 93, IX CF.
Da inadmissibilidades das provas obtidas por meio ilícito ART157 CPP
ART 5° LVI CF.
- em sentido estrito: decorrem da violação de uma norma penal, de direito material. EX: interceptação telefônica sem autorização art 10 lei 9296/96; para obter informações tortura o agente.
-ilegítimas: decorrem da violação de uma norma de direito processual. ex: ART 479 CPP.
 ++ prova ilícita por derivação++Teoria dos frutos da árvore envenenada++
 Decorre de uma outra prova viciada. Ex: tortura A e A diz que B sabe de algo, a oitiva de B é derivada de uma prova ilícita. 
 - a prova ilícita poderá ser utilizada apenas em benefício do réu. (teoria da proporcionalidade, da razoabilidade, do interesse preponderante) Decisão STF.
 - Interceptação telefônica ART 5° XII CF c/c lei 9296/96. (REVER POWER POINT 4)

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