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Direito Penal - homicidio, participação no suicidio e aborto

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Direito Penal IV- N1
Dia 25/01/2017 (Quarta)
Parte Especial Art. 121 até Art. 361 do CP.
Considerações:
A parte especial do código penal veio primeiro que a parte geral.
O que está em cima do artigo se chama rubrica marginal que é o nome do crime dado pelo legislador.
A parte especial começa com os crimes contra a vida e termina com os crimes contra a administração pública, para demonstrar que a vida está em primeiro lugar diante dos demais crimes.
Ex de rubrica marginal: Homicídio, aborto, infanticídio...
Crimes contra a vida (contra a vida humana)
 
 Simples
Homicídio Doloso Privilegiado	 Todos esses são Dolosos
 Qualificado 
 Circunstanciado	
Homicídio Culposo
Induzimento, instigação ou auxilio ao suicídio art. 122 (Doloso)
Infanticídio art. 123 (Doloso)
Aborto art. 124 e seguintes (Doloso)
Pergunta
Todos os crimes contra a vida são julgados pelo júri?
Não, o júri SÓ julga os crimes DOLOSOS contra a vida, portanto o homicídio CULPOSO NÃO será julgado pelo júri.
Homicídio art.121 (MULTI)
 
 Simples
Homicídio Doloso Privilegiado	 
 Qualificado 
 Circunstanciado
Homicídio
Conceito: é a supressão da vida humana extrauterina praticada por outra pessoa.
Extrauterina: importante para que seja identificado o crime, se é homicídio ou aborto.
 Citou a docimásia pulmonar hidrostática de Galeno (quando verifica se nasceu com vida ou não)
Homicídio simples
Conceito: é todo homicídio doloso que não é qualificado, nem privilegiado, nem circunstanciado. Portanto é um conceito por exclusão.
	
Objeto Jurídico: é a vida humana externa ao útero.
Objeto Material: ser humano que suporta a conduta criminosa.
Dia 30/01/2017 (Segunda)
Núcleo do Tipo Penal: o verbo, a ação; no homicídio (matar alguém), matar é o núcleo.
Dolo Direto de 1º Grau= atirar em alguém
Dolo Direto de 2º Grau ou dolo necessário = colocar uma bomba em avião com 200 pessoas por que queria matar 1 que estava lá dentro.
Citou Dolo de 3º Grau(doutrinário)= se tivesse uma grávida dentro desse avião o bebê caracterizaria o dolo de 3º grau.
O homicídio pode ser cometido por ação ou por omissão.
 Ex: mãe que deixa seu filho bebê morrer por inanição; salva vidas que deixa banhista morrer afogado e não faz nada;
O homicídio pode ser provocado por meio de execução direta (Tiros, facada, pedrada) ou indireta (manuseio de cão bravio) meio de execução moral (susto em pessoas cardíacas).
*Se uma pessoa transmite intencionalmente HIV para a outra terá praticado, segundo a jurisprudência dos tribunais anteriores, lesão corporal gravíssima. 
Sujeito Ativo: pode ser cometido por qualquer pessoa. Trata-se, portanto, de um crime comum.
Sujeito Passivo: também pode ser praticado contra qualquer pessoa.
Se uma pessoa mata por motivação política, o presidente da república, da câmara dos deputados, do senado federal ou do STF, comete um crime previsto no artigo 29 da lei 7.170/83.
Crimes por motivos étnicos, religiosos são considerados genocídio.
 (vontade)
Elemento Subjetivo
“Animus Necandi” Dolo Eventual
 ou
“Animus Occidendi”
Vontade de matar Quando assume o risco
(Dolo Direto) no transito segundo os tribunais superiores
 a embriaguez por si só não caracteriza dolo eventual
 tem que estar atrelada a alta velocidade, ter 
 avançado sinal e etc.
Elemento Subjetivo
É o dolo denominado de “animus necandi” ou “Animus occidendi”. Não se reclama nenhuma finalidade específica. Pode ser dolo direto de 1º grau ou de 2º grau (Ex do Avião do Pablo Escobar).
Admite-se dolo eventual, quando o agente não quis o resultado mas assumiu o risco de produzi-lo. Ex.: pessoa arremessa uma tábua de um prédio no rumo de uma avenida muito movimentada, vindo a matar uma pessoa.
É possível também o homicídio com dolo eventual no trânsito. Ex.: pessoa dirige a 200 km por hora e mata alguém atropelado.
Dia 01/02/2017 (Quarta)
Obs.: Dirigir embriagado: segundo o entendimento dos Tribunais Superiores, o fato de uma pessoa dirigir embriagado, por si só, é insuficiente para caracterizar dolo eventual. Em outras palavras, a caracterização do dolo eventual depende de outras circunstancias, como, alta velocidade, racha, manobras arriscadas, etc.
Obs.: Quando uma pessoa morre? a morte é caracterizada pela cessação das atividades cerebrais.
O Homicídio deixa vestígios e, por isso, exige exame de corpo de delito, direto ou indireto (art.158 do CPP) o exame de corpo de delito direto é feito com a análise do corpo e o indireto é feito com base em outros elementos (testemunhas vídeos, etc.)
Tentativa: é possível a tentativa em todas as modalidades de homicídio.
 Branca (incruenta): aquela que passou mais 
 longe de ser consumada, que não causa lesão à . vitima.
 Existem dois tipos de tentativa: 
 Vermelha (cruenta): aquela mais próxima de se 
 alcançar o resultado, que arranca sangue, que 
 lesiona a vítima.
TENTATIVA: é possível tentativa em todas as modalidades de homicídio.
Quadro comparativo
	Dolo Eventual
	Culpa Consciente
	Prevê
	Prevê
	Assume o risco
	Acredita ser capaz de evitar o resultado
	Não se importava 
	Foi surpreendido
	Dane-se 
	Danou-se
	Pena de 6 a 20 anos de reclusão art. 121 CP
	Pena 1 a 3 anos de detenção art. 121 § 3 CP
Homicídio privilegiado art. 121 § 1º
Natureza Jurídica: é uma causa de diminuição de pena 1/6 a 1/3. O privilégio é votado pelos jurados.
Privilégio nunca se comunica
- Incomunicabilidade: em razão de privilégio ser circunstancias subjetivas (diz respeito ao motivo) não se comunica aos demais agentes do crime. Assim se pateta contrata Mickey para matar o homem que estuprou a sua filha , apenas pateta terá o benefício do privilégio que é incomunicável.
Dia 06/02/2017 (Segunda)
São hipóteses de homicídio privilegiado:
Impelido por motivo de relevante valor social: nesta hipótese o agente comete o crime motivo por um relevante interesse da coletividade.
Ex.: Matar o traidor da pátria/ matar um criminoso que aterrorizou uma pequena cidade.
Impelido por motivo de relevante valor moral: nesta hipótese há um interesse particular, aprovado pela moralidade pratica e considerado nobre e altruísta. 
Ex.: Matar aquele que estuprou a sua filha ou esposa/ Eutanásia.
Obs. A eutanásia é o modo comissivo (por ação) pelo qual se abrevia a vida de uma pessoa em estado terminal e portador de doença grave interminável. É homicídio privilegiado por relevante valor moral.
- Eutanásia: COMISSIVA -> homicídio privilegiado por relevante valor moral.	
- Ortotanásia: OMISSIVA -> fato atípico, ou seja, não é crime nenhum.
- Distanásia: COMISSIVA -> fato atípico, ou seja, não é crime nenhum.
Obs. Não devemos confundir a eutanásia com a ortotanásia, nem com adistanásia.
A ortotanásia ocorre quando o médico deixa de adotar providências desnecessárias para prolongar a vida de doente em estado terminal. Não é crime! 
A distanásia, por sua vez, é o ato de prolongar a vida humana, provocando uma morte vagarosa e sofrida. Também não é crime!
Homicídio Emocional (Cornocídio)
São necessários o preenchimento de 3 requisitos para que fique caracterizado o homicídio emocional: 
1º Domínio de violenta emoção
2º Injusta provocação
3º Logo após (reação de imediaticidade)
Ocorre quando o agente age com o domínio de violenta emoção, logo após injusta provocação da vítima. Para ocorrência dessa hipótese é imprescindível a presença cumulativa dos seguintes requisitos:
1º- Domínio de violenta emoção: a emoção deve ser violenta, intensa, capaz de alterar completamente a seriedade e isenção que o agente ordinariamente possui. Em outras palavras, o agente deve estar muito nervoso.
2º- Injusta provocação da vítima: a vítima deverá provocar o agente. Ex. brincadeiras inoportunas, cuspir na cara do agente, galantear mulher acompanhada, pegar o cônjuge em flagrante adultério, chingar etc.
A provocação pode ser dirigida ao homicida ou a um terceiro: ex. chingar a mãe, chutar o cachorro de estimação. Uma agressão injusta, se presentes todos os requisitos poderá ensejar legítima defesa. Contudo se não estiverem presentes os requisitos da legitima defesa, como, por exemplo, uma reação desproporcional ou cessada a agressão, poderá gerar o privilégio
.
Ex.1- pessoa reage a um tapa com 40 tiros de metralhadora; não há legítima defesa, mas há o privilégio.
Ex.2- A da duas facadas em B visando matá-lo. Contudo, cessada a agressão, B dirige-se a sua residência, pega uma arma de fogo e retorna 10 minutos depois atirando em A. Não há falar em legítima defesa, mas estará presente o privilégio.
3º- Reação imediata: a lei exige que o homicídio emocional ocorra “logo após” a injusta provocação da vítima. Logo, para haver o privilégio é necessário que o homicídio ocorra no mesmo contexto fático da provocação ou nos minutos seguintes.
Homicídio Qualificado
Natureza jurídica: é uma modalidade de homicídio que em razão de determinadas circunstancias eleva em abstrato a pena do homicídio. Em outras palavras, trata-se de um homicídio que, por ter determinadas circunstancias, tem a pena maior.
São qualificadoras do homicídio:
Mediante paga ou promessa de recompensa ou por outro motivo torpe:
Dia 13/02/2017
Podem ocorrer as seguintes hipóteses:
Homicídio mercenário ou por mandato remunerado: ocorrem quando uma pessoa mata a outra mediante paga ou promessa de recompensa. É um homicídio motivado pela cupidez, pela ganância, pelo desejo imoderado de riquezas.
Homicídio mediante paga: ocorre quando o pagamento da vantagem é anterior ao homicídio.
Homicídio mediante promessa de recompensa: ocorre quando não há pagamento, mas uma promessa de pagamento futuro. Não é necessário que o pagamento efetivamente ocorra para que a qualificadora esteja presente, bastando a promessa. 
A vantagem poderá ser econômica ou mesmo de outra natureza como, por exemplo, favores sexuais ou promessa de pagamento.
Caso o mandante pague e o assassino fuja com o dinheiro não há crime.
Motivo torpe: é o motivo vil, repugnante, abjeto, moralmente inaceitável (causa nojo). Ex. matar parente para ficar com herança; matar alguém por preconceito; vice-prefeito que mata prefeito para ficar com o cargo; matar o torcedor de outro time apenas por esta razão; matar rival que pertence a outra organização criminosa; matar usuário de drogas porque ele não pagou a sua dívida.
Segundo o entendimento jurisprudencial um homicídio provocado por ciúme poderá ser ou não torpe, a depender do caso concreto. 
Ex.1 A namorada que mata o ex por que se ele não for dela não será de mais ninguém pratica homicídio por motivo torpe. 
Ex.2 Pessoa mata o amante de sua esposa após pegá-la em flagrante adultério em cima de sua cama, comete (homicídio emocional).
Dia 15/02/2017 (Quarta)
Motivo fútil: é o motivo insignificante, de pouca importância, completamente desproporcional a natureza do crime praticado. Ex.: matar alguém porque levou uma fechada no transito; matar o garçom porque serviu a comida fria; matar o empregado que queimou a peça do vestuário ao passá-la; matar o gerente de um bar que se recusa a servir a ultima bebida.
Um crime não pode ser ao mesmo tempo fútil e torpe, ou é um ou é outro. Segundo a doutrina dominante a ausência de motivos não se equipara nem ao motivo fútil nem ao torpe. Em primeiro lugar, um homicídio sempre tem motivo. Por essa razão, no denominado homicídio sem motivo o Estado foi incompetente, incapaz de descobrir o motivo real e o agente não poderá ser punido por isso ( o homicídio sem motivo não é torpe nem fútil. O ciúme poderá caracterizar motivo fútil a depender do caso concreto. Ex.: matar hum amigo apenas porque ele disse que os olhos da sua esposa eram lindos.
Entrevero: é o nome dado a uma acirrada discussão, com trocas de graves ofenças e impróprios entre ambos. Para a doutrina majoritária, o homicídio motivado por um entrevero não é fútil. Ex.: Zazá fecha Zezé no transito, Zezé toma satisfação, momento em que Zazá lhe ofende muito chingando-o por diversas vezes com ofensas gravíssimas. Neste caso não está presente o motivo fútil. Em outras palavras, ainda que o entrevero tenha surgido por conta de algo banal ele afasta o motivo fútil.
 
 Imediata Qualifica
Futilidade 
 
 Mediata não qualifica motivo fútil
 (Entrevero)
22/02/2017 (quarta-feira)
III - Quanto aos meios: conforme o inciso III qualifica o homicídio, o emprego de veneno, fogo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel ou de que possa resolve perigo comum; Se não vejamos: 
- meio insidioso: consiste no uso de astucia ou de deslealdade para cometer o crime sem que a vitima perceba. EX: sabotar os freios de um carro, sabotar os paraquedas ou o motor de um avião.
- meio cruel: é o meio que proporciona um intenso e desnecessário sofrimento a vitima. EX: matar espancando, apedrejamento, atropelamento, com vários golpes de faca em regiões não letais, etc...
- meio que possa resultar perigo comum: é aquele que expõe não somente a vitima, mas o numero indeterminado de pessoas a uma situação de perigo. EX: matar uma pessoa no meio de uma multidão, desliga a energia de um hospital para matar um paciente.
- Veneno (VENEFICIO): Veneno uma substancia química a biológica capaz de promover a morte de alguém. EX: furadam, soda caustica e mercúrio.
Substancias inócuas p/ pessoas em geral podem ser consideradas como veneno quando a vitima tenha uma característica especial que torne aquela substancia letal e o agente saiba disso. EX: glicose p/ o diabético; anestésicos p/ alérgicos, camarões p/ alérgicos, etc...
- Fogo;
- Explosivo;
- Asfixia: é a supressão da função respiratória com origem mecânica ou toxica. Há duas espécie de asfixia:
ASFIXIA MECANICA: pode ser por estrangulamento, esganadura, sufocação, enforcamento, afogamento, soterramento ou imprensamento; 
ASFIXIA TÓXICA: uso de gás asfixiante ou confinamento.
- Tortuta: Ocorre quando o agente causa um agudo, intenso e desnecessário sofrimento a vitima. EX: matar alguém de fome, de ensolação, por crucificação, por empalamento.
Outra característica da tortura é que nela o sofrimento é prolongado. Deve-se atentar a diferença entre homicídio qualificado pela tortura e tortura qualicada:
HOMICIDIO QUALIFICADO PELA TORTURA: nele o agente deseja matar (tem “ânimos decant”) e a tortura é apena um meio utilizado para provocar maior sofrimento a vitima;
TORTURA QUALIFICADA PELA MORTE: trata-se de um crime preterdoloso previsto no art. 1° da lei n°9.455/97. Em que o agente na deseja matar, mas apenas tortura. Com tudo, de formaculposa (“por acidente”) provoca a morte da vitima.
01/03/2017
IV – Qualificado quanto aos modos (à traição, de emboscada ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou impossibilite a defesa da vitima): Esta qualificadora diz respeito a forma como crime é realizado. 
- A traição: pode ser física (ex: atirar pelas costas) ou moral (utilizar-se de confiança previamente existente para matar a vitima, como, por exemplo caso de Suzane Von Rischtofen que aproveitou da condição de filha para abrir a porta de sua casa aos assassinos de seus pais ou no caso de esposa que aproveitando desta condição abre as portas de sua casa para alguém matar seu marido);
- De emboscada: É a tocaia, isto é, ficar escondido esperando a vitima passar para ataca-la de repente. 
-A dissimulação: É a atuação fraudulenta, disfarça do que oculta real intenção do homicídio. Ela pode ser física/material (ex: usar batina ou farda) o moral (ex: aproximar se da vitima fingindo uma falsa amizade para leva la um local ermo (deserto)).
- O outro recurso que dificulte ou impossibilite a defesa da vitima: (ex: ataque surpresa; matar uma pessoa dormindo ou comendo; matar alguém preso; matar alguém bêbado; matar alguém com superioridade de agentes (20 contra 1)).
08/03/2017
V - Qualificadora quanto a conexão (Para segurar a ocultação, a impunidade ou a vantagem de outro crime): Trata-se de uma qualificadora ligada a motivação do homicídio, o qual se relaciona a outro crime. 
- Para assegurar a execução de outro crime: o sujeito mata alguém com a finalidade. EX: matar o segurança para sequestrar seu patrão.
CUIDADO! : matar alguém para roubar não configura homicídio e se latrocínio; 
- Para assegurar a ocultação de outro crime: nela o agente mata para impedir que o crime seja conhecido pelo Estado, matar alguém que descobriu um crime e quero ir à delegacia;
- Para assegurar a impunidade do crime: neste caso o crime já é conhecido pelo Estado e o agente desejar impedir sua punição. Ex: matar uma testemunha de um processo/matar um policial que cumprirá um mandado de prisão;
- Para assegurar a vantagem do crime: Nele, visa se assegura o lucro obtido com o crime. Ex: um assaltante de um banco mata o comparsa para fica com o dinheiro sozinho.
CUIDADO!: Se durante o roubo o ladrão mata a vitima será latrocínio, mas se mata o comparsa é o homicídio qualificado para assegurar a vantagem.
O MATERIAL REFERENTE AS QUALIFICADORES DO ARTIGO 121 §2°, VI, VII DO CP QUE CAIRÃO NA PROVA, ESTA NO EMAIL DA SALA. 
13/03/2017
Observação Geral sobre o Homicídio Qualificado
- HEDIONDEZ: Em regra, todo homicídio qualificado é hediondo exceto o homicídio hibrido.
*QUESTÃO DA PROVA: Um homicídio pode ser privilegiado e qualificado ao mesmo tempo: Sim, trata-se de um homicídio Hibrido, que é aquele privilegiado e qualificado ao mesmo tempo, desde que com qualificadoras objetiva (as qualificadoras subjetivas são incompatíveis com o privilegio) 
- PLURALIDADE DE QUALIFICADORAS: é possível, desde que haja no máximo uma qualificadora subjetiva, este é referente aos motivos. Ex: homicídio triplamente qualificado por motivo fútil, meio cruel e valendo de recurso que dificultou a defesa a vitima. 
OBS: A premeditação não é qualificadora do homicídio. 
Homicídio doloso circunstanciado 
Trata se de causas de aumento de pena de homicídio doloso previsto no artigo 121, §IV, VI do CP.
A – Vitima menor de 14 ou maior de 60 na data dos fatos;
B – Praticado por milícia privada sobre pretexto da prestação de serviço de segurança;
C – Praticado por grupo de extermínio: a principal característica do grupo de extermínio e a impessoalidade na escolha das vitimas que morrem por sua cor, raça, credo ou por outros motivos. Ex: mendigos, prostitutos, criminosos e etc...
ELEMENTOS DO FATO TIPICO DOLOSO: CONDUTA+RESULTADO+NEXO CAUSAL+TIPICIDADE.
CULPA É ELEMENTO NORMATIVO
DOLO É ELEMENTO SUJETIVO 
20/03/2017
Homicídio Culposo 
A culpa é um elemento normativo do tipo penal que depende da analise de um juízo de valor que depende de uma violação do dever o objetivo de cuidado, ocorrida põe imprudência, imperícia e negligencia. O homicídio culposo é previsto no art. 121, §3 do CP.
- Homicídio culposo no transito: O homicídio culposo no transito não é punido pelo código penal mas sim pelo art. 302 código de transito brasileiro. 
- Concorrência de culpa: O direito penal não admite a concorrência de culpas, de modo que se a vitima também que com culpa, o crime ainda persiste. Ex: A dirige uma bis e fura o semáforo quando é atingido por B que dirigia a 150km/h um caminhão; neste caso o comportamento de A não exime o crime de B. 
- Causa de aumento de pena do homicídio culposo: Conforme o §4° do artigo 121, apenas do homicídio culposo será aumentada caso ocorra uma das seguintes situações: 
- inobservância de regra técnica de arte, profissão ou oficio;
- deixar de prestar socorro imediato a vitima;
- não procurar diminuir as consequências dos seus atos;
- fugir para evitar prisão em flagrante.
- Perdão Judicial: Conforme previsão do paragrafo 5° do art. 121, se as consequências do homicídio culposo atingem o agente de forma tão grave que a pena se torne desnecessária o juiz poderá conceder o perdão judicial. Ex: Mãe esquece neonato no banco de trás do carro e ele morre, gerando grande aflito a mãe, o juiz poderá conceder o perdão judicial.
Trata-se do perdão judicial, causa de extinção da punibilidade, estado no semestre passado. 
22/03/2017
INDUZIMENTO, INSTIGAÇÃO OU AUXILIO AO SUICIDIO – art. 122, do CP.
- Suicidio: É a destruição deliberada, consciente e voluntaria da própria vida, conhecida como autoquiria ou autocídio. 
O Suicidio em si não é crime no Brasil em razão do principio da autoridade, criado por Roxin e segundo o qual não é crime a conduta que causa mal exclusivamente ao seu agente.
NUCLEO DO TIPO: O artigo 122, o núcleo do tipo do crime conhecido como participação em suicídio, previsto no art. 122, praticado por um terceiro, pode ser realizado com uma das seguintes condutas:
- Induzir;
- Instigar;
- Auxiliar.
Participar em suicídio genérico: Segundo a doutrina, se um livro, filme ou música incentivar o suicídio genérico á pessoas indeterminadas como, e.g. A música “suicide solution” de Ozzy Ousborne, que já provocou suicídios em jovens, não a falar no crime do art. 122, que necessariamente exige uma participação determinada para pessoa certa.
- Sujeito Ativo: Pode ser qualquer pessoa, sendo um crime comum.
- Sujeito Passivo: Em regra pode ser qualquer pessoas, ressalvadas as exceções abaixo.
- Menor de 14 anos: Segundo entendimento da doutrina se um menor de 14 anos é induzido, instigado ou auxiliado a suicidar, o crime é HOMICIDIO.
- Pessoa com grave doença mental: Se a vitima do induzimento, instigação ou auxilio for deficiente mental de tal modo que não consiga oferecer resistência ao ato, o crime será HOMICIDIO.
27/03/2017
Consumação e tentativa: O crime previsto no art. 122, é condicionado, isto é consumasse somente se houver morte ou lesão corporal grave. Portanto, ESTE CRIME NÃO ADMITE TENTATIVA. 
Pacto Suicida: Quando 2 pessoas decidem morrer juntas a imputação dependerá da conduta realizada por cada agente (se a pessoa realiza diretamente a execução da morte ela responderá por homicídio) Ex: Joelma e Chimbinha decidem morrer juntos. Ambos vão ate uma câmara de gás e Chimbinha liga torneira. A imputação será seguinte:
-Se somente a Joelma morre, Chimbinha será por homicídio;
-Se somente Chimbinha morre, Joelma responderá pelo crime art. 122;
- Se Joelma sofre lesão grave, Chimbinha responde por lesão grave. (art. 129, §1 e 2);
- Se Chimbinha sofre lesão grave, Joelma responderá pelo crime do art. 122, do CP.
Roleta Russa e Duelo Americano: Caso 1 do participante dessa “brincadeira” venha a morrer os que sobrevivem responderam pelo art. 122.
Casos de aumento de pena: Conforme o § único, do art. 122, sãocausas de aumento de pena deste crime:
Se o crime é praticado por motivos egoísticos. Ex: Convencer uma pessoa a suicidar p/ ficar com a herança;
Se a vitima tem menos de 18 e mais de 14;
Vitima que por qualquer outra causa tinha a sua capacidade de sua resistência reduzida;
Vitima Embriagada 
31/03/2017
INFANTICIDIO – art. 123, do CP
O material referente ao infanticídio estará no e-mail.
ABORTO – art. 124 a 128, do CP.
Conceito: Aborto é a interrupção da gravidez que resulta na morte do produto da concepção. Quando isso ocorre em razão de ato doloso provocado por um ser humano voluntariamente da se o nome de ABORTAMENTO. 
No momento da gravidez: Existem 3 correntes na doutrina referentes ao momento que se inicia a gestação (Isso é importante para estabelecer o momento a partir do qual pode ocorre o crime de aborto):
Primeira Corrente: FECUNDAÇÃO: Para esta corrente, a gestação se inicia na fecundação, isto é, quando o espermatozoide encontra-se com o ovulo e surge o embrião;
Segunda Corrente: NIDAÇÃO: Para esta corrente, a gestação se inicia com a nidação, isto é, quando o embrião gruda no útero. 
Terceira Corrente: DÉCIMA SEGUNDA SEMANA: Para esta corrente a gestação se inicia na décima segunda semana, quando ocorre as primeiras semanas nas células neurais, isto é, quando as atividade neurais se inicia.
Classificação de Aborto:
Existem as seguintes espécies de aborto:
Aborto natural: é aquele que ocorre por circunstâncias biológicas e naturais. NÃO HÁ CRIME. 
Aborto acidental: é a interrupção da gestação provocada por traumatismo como choque ou queda. Contudo, a depender do caso concreto poderá correr outro crime como é lesão corporal culposa. 
Aborto criminoso: existem quatro espécies de aborto criminoso nos arts. 124 a126, a saber: autoaborto, consentimento da gestante p/ o aborto, aborto provocado por terceiro sem consentimento da gestante, aborto provocado por terceiro sem consentimento da gestante.
Aborto legal: ou permitido trata-se nas duas hipóteses previstas no artigo 128, como hipóteses que o legislador prevê expressamente como abortamento permitido por lei. São elas: aborto necessário ou terapêutico e aborto sentimental ou humanitário. 
*Deve se atentar que ainda que exista outra hipótese parecida (antecipação de parto de feto anencefálico- fato atípico) ela não é hipótese de aborto legal. 
Antecipação terapêutica do parto de anencefalo: o STF no julgamento da ADPF, n°54 decidiu que o abortamento de feto anencefalo não é crime mas mero fato atípico.
Abortamento ate 12° semana: no dia 29 do 11 de 2016, a primeira turma do STF julgou o HC, n°124 306/RJ em que houve uma decisão muito polemica. A maioria da imprensa noticiou erroneamente que o STF teria descriminalizado o aborto até a 12° semana o que não condiz com a realidade. Em primeiro lugar, a decisão foi só de uma turma do STF e se aplicava exclusivamente a um caso concreto. Ainda foi discutida apenas a ilegalidade de uma prisão preventiva sendo que ate mesmo o próprio processo analisado continuou tramitando contra o paciente do HC.
ABORTO CRIMINOSO
Objeto Juridico: protege a vida humana intrauterina.
Meio de execução: o aborto é um crime de forma livre, isto é, pode ser praticado por qualquer meio comissivo ou ate mesmo omissivo.
Ex: Mulher gestante deixa de tomar medicamento necessário para a manutenção da gravidez.
Elemento Subjetivo: o aborto somente pode ser praticado com DOLO.
Consumação e tentativa: o aborto consuma se com a morte do feto, ainda que ela saia do útero vivo e morra em seguida em razão dos atos abortíferos. 
O ABORTO NÃO ADMITE TENTATIVA
1 – DO AUTO ABORTO E DO CONSENTIMENTO DA GESTANTE PARA O ABORTO: 
Estas duas modalidades de aborto criminoso são previstos no artigo 124 do CP. Tratam-se de crimes de MÃO PROPRIA. Que não admitem coautoria e admitem participação. 
ATENÇÃO=> 
COAUTORIA: NÃO ADMITE.
PARTICIPAÇÃO: ADMITE. 
Obs: se uma gestante tenta suicidar, e sobrevive, e o feto morre, ELA RESPONDERÁ POR AUTO ABORTO.
2 – ABORTO PROVOCADO POR 3° PESSOA SEM O CONSENTIMENTO DA GESTANTE.
Trata-se do crime previsto no artigo 125 do CP e também no §U do art. 126. Este crime pode ocorrer em duas hipóteses:
	1° hipótese: Quando não há qualquer consentimento por parte da gestante.
	2° hipótese: Quando o consentimento da gestante for invalido. (art. 126,§U).
	Ocorre quando este consentimento é obtido com:
		- VIOLENCIA;
		- GRAVE AMEAÇA;
		- FRAUDE (ex: namorado paga medico para mentir pra gestante que ela tem que abortar porque corre risco de morte); 
		- GESTANTE MENOR DE 14 ANOS;
		- GESTANTE COM DOENÇA MENTAL E SEM CAPACIDADE DE ENTENDIMENTO. 
Aborto praticado por 3° em face de gravida de gêmeos: 
Se o agente souber que se trata de gêmeos responderá por dois abortos com concurso formal improprio;
Homicídio praticado em face de gestante: 
Se o agente sabia da gravidez ele responderá por homicídio com concurso formal improprio com aborto. 
3 – ABORTO PROVOCADO POR 3° COM CONSENTIMENTO DA GESTANTE:	
Está previsto no caput do artigo 126 e possui pena relativamente menor que o crime anterior. A doutrina admite o consentimento tácito da gestante.
Deve ser lembrado que o crime de aborto é uma exceção pluralista a teoria monista de modo que pode ocorrer a situação em que varias pessoas concorram para a pratica de uma mesma ação criminosa e respondam por crimes diferentes. 
Ex: Ana instiga sua amiga Carla a realizar o aborto. Carla procura o medico Paulo o qual por sua vez é induzido por sua esposa Sandra, realizando o aborto. Neste caso eles responderam da seguinte maneira: ANA, será participe do crime previsto no art 124,CP. CARLA, será autora do crime previsto no art. 124 CP. PAULO, será autor do crime previsto no art. 126, CP. SANDRA, será participe do crime previsto no art. 126,CP.
ABORTO CIRCUNSTANCIADO
O art. 127 do CP, prevê causas de aumento de pena do aborto das quais são modalidades preterdolosos (dolo antecedente e culpa inconsciente) são elas:
Aborto provocado por lesão corporal grave: a pena é aumentada em 1/3.
Aborto provocado por morte da gestante: aumenta a pena no dobro.
As causas de aumento de pena acima, por expressa previsão legal, aplicam-se exclusivamente aos crimes previstos no art. 125 e 126 do CP (não se aplica ao art.124, nem mesmo aos participes).
ABORTO LEGAL
Natureza Juridica: trata-se de uma causa especial de excludente de ilicitude. 
Existem duas espécies de aborto legal previsto no art 128, CP. São elas: 
1 - Aborto necessário/terapêutico.
Trata-se o aborto realizado para garantir a vida da gestante. Ele depende da ocorrência de 3 requisitos quais sejam:
	- Ser praticado por medico.
	- Existência de risco de morte para a gestante em razão da gravidez.
Inexistência de outro meio apto a salvar a vida da gestante.
OBS: Um tema muito discutido na doutrina é o aborto feito por enfermeira visando salvar a vida da gestante. Esta hipótese não encaixa na hipótese de aborto legal, o qual deve ser praticado por medico a sua tipificação dependerá se o risco de vida da gestante era atual e eminente estará presente a excludente de ilicitude estado de necessidade. Se o risco era futuro, ainda que inequívoca ainda assim estaremos diante de um crime de aborto, em todos os casos é desnecessário autorização judicial. 
2 – Aborto sentimental/humanitari/ético/piedoso.
Ocorre nos casos em que a gestante gravida decorrente de um estupro, também deperderá de três requisitos:
	- Ser praticado por medico
	- Ter o consentimento valido (aceitação da gestante ou de seus representantes legais)
	- Gravidez ser resultante de estupro
OBS: Não é necessária a autorização judicial também não exige prova especifica e nem processo judicial se ficar provocado ao medico e se estiverem presentes todos os requisitos o medico poderá realiza-lo. 
LESÃO CORPORAL 
(No email)

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