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FATOS E NEGOCIOS JURIDICOS

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DIREITO CIVIL – FATOS E NEGÓCIOS JURÍDICOS 
 
PROFA. VIVIANE GREGO HAJEL 
______________________________________________________________________________________________________ 
 
 1 
I – TEORIA GERAL DOS NEGÓCIOS JURÍDICOS 
 
 
1. Conceitos e distinções 
 
 
 
 materiais – sem conseqüências jurídicas 
 
 jurídicos stricto sensu (fatos naturais – ordinários e extraordinários) 
Fatos (lato sensu) atos jurídicos (ação humana) lícitos stricto sensu (atos jurídicos) 
 negócios jurídicos 
 
 atos ilícitos 
 
 
 
- o fato material não produz efeitos na órbita jurídica. 
- fato jurídico é o evento, de qualquer natureza, que repercute juridicamente. 
- para a distinção destes dois conceitos, não importa a origem ou natureza do acontecimento; mas, sim, as consequências dele 
advindas. Ex.: queda de raio. 
- conceitos de fato jurídico: 
“Fato jurídico, lato sensu, é todo acontecimento – dependente ou não da vontade do homem, a que o direito atribui 
efeitos.” – Orlando Gomes 
“Acontecimentos em virtude dos quais as relações de direito nascem e se extinguem.” – Savigny 
“Engloba todos aqueles eventos, provindos da atividade humana ou decorrentes de fatos naturais, capazes de ter 
influência na órbita do direito, por criarem, ou transferirem, ou conservarem, ou modificarem, ou extinguirem relações 
jurídicas.” – Silvio Rodrigues 
- essas conceituações todas dizem respeito a fato jurídico, em sentido amplo. 
- em sentido estrito, o termo “ato jurídico” significa declaração de vontade produtora de efeitos reconhecidos pelo direito, ou 
seja, acontecimentos ou eventos decorrentes da vontade do homem, os quais repercutem na órbita jurídica. 
- lato sensu, não se revela a origem do evento, podendo ele ser natural ou produzido pelo homem. 
- estritamente, atos jurídicos são aqueles – e somente aqueles – acontecimentos buscados pela vontade humana; neste último 
sentido, os fatos jurídicos recebem a denominação de “atos jurídicos”. 
- assim, as ações humanas, que são atos de vontade praticados deliberadamente pelo homem, são responsáveis pela formação 
de fatos jurídicos stricto sensu – ou atos jurídicos – que produzirão efeitos no âmbito do direito. 
- caso esta manifestação volitiva esteja de acordo com preceitos do ordenamento jurídico, revestindo-se de certas condições 
impostas pelo direito positivo, gerará, então, efeitos jurídicos, produzindo resultados condizentes com a vontade do agente. 
- porém, aqueles atos decorrentes de uma ação humana, que não se submetem às determinações legais, vão integrar a categoria 
dos atos ilícitos, dos quais o direito toma conhecimento, a fim de regular os seus efeitos, os quais irão sujeitar a pessoa que 
praticou este ato ilícito a consequências impostas por lei – deveres ou penalidades. Assim, os atos ilícitos são ações contrárias 
ao direito, lesivas do direito alheio, causadoras de dano e que originam o dever de reparar. 
- o ato jurídico, portanto, decorre sempre de um fato voluntário e se consuma pela declaração de vontade, ou pelo mero 
comportamento idôneo a repercutir no efeito ou consequência estabelecida pelo ordenamento jurídico. 
- este ato jurídico, quando produzido ou formalizado na busca de uma determinada finalidade, capaz de produzir efeitos 
jurídicos queridos, desejados, recebe o nome de “negócio jurídico”. 
- simplificadamente, a declaração de vontade dirigida, voltada no sentido da obtenção de um resultado, previamente 
determinado pela vontade humana, através da autonomia privada, é chamado de “negócio jurídico”. 
- recapitulando, então, o ato jurídico lícito, ou ato jurídico stricto sensu, é aquele ato que resulta de uma ação humana, de um 
ato de vontade; ato este que, na sua essência, é mero pressuposto de efeitos preordenados pela lei, ou seja, a manifestação de 
vontade do homem repercute no ordenamento jurídico, o qual desencadeará os efeitos jurídicos, correspondentes a este ato, a 
esta ação humana; efeitos estes já preexistentes no ordenamento, preestabelecidos em lei, sendo irrelevante, a partir daí, a 
vontade, no sentido de alterar estes efeitos ou de se liberar deles. Exemplo: ocupação de uma gleba de terras, reconhecimento 
voluntário de paternidade. 
- por outro lado, no negócio jurídico, a vontade é sempre emitida para a produção de efeitos pretendidos pelo homem, o qual 
delimita o conteúdo da relação jurídica. É a vontade humana, no exercício da autonomia privada
1
, que estabelece, define, traça 
os efeitos a serem produzidos, desde que observados e atendidos os pressupostos e requisitos legais, para a constituição de 
determinado negócio jurídico. O negócio jurídico cria vínculos, antes inexistentes. 
 
1
 Entenda-se autonomia privada, aqui, como o poder que a ordem jurídica confere às pessoas de autorregulamentarem seus 
interesses. 
DIREITO CIVIL – FATOS E NEGÓCIOS JURÍDICOS 
 
PROFA. VIVIANE GREGO HAJEL 
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 2 
- o negócio jurídico distingue-se, então, dos demais atos jurídicos lícitos, pela maior relevância da vontade, isto é, a vontade da 
parte é manifestada e dirigida no sentido de alcançar, direta e imediatamente, os efeitos práticos, que são protegidos pelo 
ordenamento jurídico. Essa vontade, como já dito, recebe do ordenamento jurídico o poder de auto-regulamentar os interesses 
do próprio agente. 
- assim, o negócio jurídico consiste na declaração de vontade autônoma do agente, que se dirige, diretamente, para a obtenção 
de resultados práticos, individuais e sociais, produzidos pelos efeitos que o ordenamento lhe confere. 
- exemplos de atos jurídicos em sentido estrito, ou não-negociais: tomada de posse (ocupação de terras); especificação; invento 
do tesouro; percepção de frutos; fixação de domicílio; derelição; construção; plantação. Aqui, a vontade apenas determina a 
ação, não atuando como elemento de eleição dos efeitos jurídicos, que são decorrentes da lei. 
- exemplos de fato jurídico, em sentido amplo: nascimento com vida, maioridade, moléstia, morte (repercutem na 
personalidade e na capacidade); acessão (avulsão, aluvião, formação de ilhas, abandono de álveo); epidemias; greves; guerras; 
calamidades públicas. Em todos estes casos, sejam eles decorrentes da natureza ou da ação humana, o fato gerador de efeitos 
jurídicos são, apenas, os fatos e as normas, sem interferência da vontade. 
 
2. Finalidade negocial 
 criação de direitos (aquisição pelo modo originário e derivado) 
 conservação de direitos 
 modificação de direitos 
 extinção de direitos 
 
3. Reserva mental 
 
- CC, art. 110. A manifestação de vontade subsiste ainda que o seu autor haja feito a reserva mental de não querer o que 
manifestou, salvo se dela o destinatário tinha conhecimento. 
- declaração de uma vontade não querida, com o objetivo de enganar o declaratário, prejudicando-o, ou não. 
- consequência jurídica: 
 se desconhecida: negócio válido 
 se conhecida: negócio inexistente 
- insubsistência = inexistência 
- procedimentos: 
 ação para declaração da inexistência (efeitos ex tunc) 
 pode ser alegada em defesa 
- legitimados: 
 parte prejudicada 
 qualquer interessado 
 Ministério Público 
 juiz (de ofício) 
 
3. Elementos essenciais do negócio jurídico 
 declaração de vontade expressa – falada, escrita, gestos 
tácita – (arts. 1.805 e 1.806) 
presumida – a lei deduz do comportamento do agente; admite prova em contrário (arts. 322 
a 324e 1.807, CC) 
 
 * silêncio circunstanciado - CC, art. 111. O silêncio importa anuência, quando as circunstâncias ou os usos o 
autorizarem, e não for necessária a declaração de vontade expressa. (CC, arts. 432, 512 e 539) 
 
 idoneidade do objeto > fisicamente possível e adequado ao tipo de negócio a ser realizado 
 forma (quando exigida) 
 
4. Interpretação dos negócios jurídicos 
 
- CC, art. 112. Nas declarações de vontade se atenderá mais à intenção nelas consubstanciadas do que ao sentido literal da 
linguagem. 
 
- CC, art. 113. Os negócios jurídicos devem ser interpretados conforme a boa-fé e os usos do lugar de sua celebração. 
 
 
 
 
 
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PROFA. VIVIANE GREGO HAJEL 
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 3 
5. Princípios da boa-fé objetiva, da socialidade e da eticidade 
 
 
- boa fé subjetiva – ignorância da ilicitude 
 objetiva – comportamento probo 
 
- CC, art. 422. Os contratantes são obrigados a guardar, assim na conclusão do contrato, como em sua execução, os 
princípios da probidade e boa-fé. 
- consequências jurídicas: 
a) criação de deveres secundários: 
• dever de informação 
• dever de cuidado 
• dever de cooperação 
b) limitação dos direitos (teoria dos atos próprios) 
c) integração da norma 
 
- princípio da socialidade: prevalência dos valores coletivos sobre os individuais 
- princípio da eticidade: prioriza os critérios éticos, a equidade e a boa-fé nos contratos 
 > CC, art. 421. A liberdade de contratar será exercida em razão e nos limites da função social do contrato. 
 
 
 
II - ELEMENTOS ACIDENTAIS OU MODALIDADES DO NEGÓCIO JURÍDICO: condição, termo e encargo 
 
- São elementos não essenciais ao negócio jurídico, o qual existe e se aperfeiçoa mesmo sem a presença destes elementos. 
Podem existir, por vontade das partes, para modificar os negócios jurídicos, conferindo-lhes modalidades especiais. (Caio 
Mário S. Pereira) 
- são tidos como declarações acessórias da vontade, que podem restringir os negócios no tempo ou retardar o seu nascimento 
ou exigibilidade. (Maria Helena Diniz) 
* não se admite a sua presença em negócios jurídicos referentes a Direito de Família e Sucessões. 
CONDIÇÃO 
- art. 121, CC > acontecimento futuro e incerto, estabelecido pela vontade das partes, de cuja verificação depende o nascimento 
ou a extinção das obrigações e direitos. (Caio Mário) 
Assim, o negócio será condicional, quando sua eficácia (produção de efeitos) depender da ocorrência de evento futuro e 
incerto. 
 
- requisitos do evento: futuridade e incerteza > incertus an incertus quando 
 incertus an certus quando 
 
* falta da condição: quando o evento deixa de se verificar ou é certo que não mais se verificará. 
 
- classificação: 
 
 
Quanto à lícitas – o evento que a constitui não é contrário à lei, à ordem pública, à moral e aos bons costumes. 
liceidade ilícitas – quando condenada pela norma jurídica, pela moral e pelos bons costumes. 
 * a ilicitude deve ser absoluta, afetando a liberdade da pessoa a que se dirige. 
 
 casuais – proveniente do acaso; alheias à vontade das partes 
 
 potestativas – decorrentes da vontade das partes puramente 
Quanto simplesmente 
à fonte 
 mistas – decorrem, em parte, da vontade e, em parte, de elemento casual, como a vontade de uma terceira pessoa. 
 
 
 
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 4 
 
 possíveis fisicamente 
Quanto à juridicamente 
possibilidade 
 impossíveis fisicamente 
 juridicamente 
 
* Consequências desta classificação 
> art. 123, CC: invalidação do negócio pelas condições física ou juridicamente impossíveis, quando suspensivas; pelas 
condições ilícitas ou de fazer coisa ilícita; pelas condições incompreensíveis ou contraditórias. 
> art. 124, CC: inexistência das condições impossíveis, quando resolutivas e das de não fazer coisa impossível. 
 
Quanto ao suspensiva – protelação temporária da eficácia do negócio jurídico, até evento futuro e incerto > art. 121, CC. 
modo de 
atuação resolutiva – subordina a ineficácia do negócio a um evento futuro e incerto > art. 127, CC. 
TERMO 
 
- conceito: dia em que começa ou termina a eficácia de um negócio jurídico. É ele uma modalidade do negócio, cujo fim é 
suspender a execução ou o efeito de uma obrigação, até o momento determinado, ou até o advento de um acontecimento futuro 
e certo. (Silvio Rodrigues) 
 
- termo ≠ condição 
 
 
- termo inicial ou suspensivo (dies a quo) – retarda o exercício do direito – art. 131, CC 
 final ou resolutivo (dies ad quem) – determina a cessação dos efeitos 
 
 
- termo certo – fixa-se uma data ou um lapso temporal 
 incerto – acontecimento futuro, que ocorrerá em data indeterminada 
 
 
- termo incerto certus an certus quando 
 certus an incertus quando 
 
 convencional – estabelecido pela vontade das partes 
- termo de direito – decorrente da lei 
 de graça – provém de decisão judicial 
 
- termo ≠ prazo = lapso de tempo compreendido entre a declaração de vontade e a superveniência do termo (certo ou incerto) 
(inicial ou final). 
 
- contagem do prazo: art. 132, CC 
 
* termo impossível: aquele não passível de determinação lógica ou astronômica. 
 
 dia inexistente 
- termo impossível contrário à natureza 
 contrário a uma disposição jurídica 
 
* de acordo com as circunstâncias, obtém-se a determinação do termo, ou se anula o ato. 
 
ENCARGO OU MODO 
 
- conceito: determinação imposta pelo autor do ato de liberalidade, que se adere a este, restringindo-o, por dar destino ao seu 
objeto, ou por impor ao beneficiário de referida liberalidade uma obrigação, em benefício do próprio instituidor, ou de terceiro, 
ou de coletividade anônima, restringindo-lhe, assim, a vantagem conferida. 
 
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- encargo  contraprestação (Caio Mário) 
 
- dá-se, desde logo, a aquisição e o conseqüente exercício do direito > art. 128, CC 
 
- podem ser inter vivos ou mortis causa 
 
- deve ser lícito caso contrário, o negócio será entendido como 
 possível puro e simples, considerando-se o encargo como não escrito. 
 
- efeito: imposição de uma obrigação, gerada por uma declaração de vontade qualificada, que não pode ser destacada do 
negócio, sendo compulsória 
 
- o cumprimento desta obrigação pode ser exigido: 
 pelo próprio instituidor 
 por seus herdeiros 
 pelas pessoas beneficiadas 
 pelo Ministério Público – art. 1.180, parágrafo único, CC 
 
 
 
 
III - DEFEITOS DO NEGÓCIO JURÍDICO 
 
 
- defeitos ou vícios capazes de prejudicar o negócio jurídico, por macularem a vontade do agente, ou por haver declaração de 
vontade contrária à norma, ou visando o prejuízo de terceiro. 
 
 
 falsidade 
 falta da vontade de manifestação violência físicaincapacidade 
 reserva mental 
- vontade inexistente 
 declaração por gracejo 
 falta de vontade negocial representação teatral 
 declaração com animus docendi 
 
 
- apesar da natureza diferenciada, foram agrupados, por causarem a anulabilidade do negócio jurídico > CC, art. 171, II. 
 
- os defeitos se dividem em: 
 
* vícios do consentimento: influências externas atuam sobre a vontade, impedindo que esta seja externada de acordo com o 
íntimo desejo do agente. Incluem o erro, o dolo, a coação, a lesão e o estado de perigo. (vontade  declaração). 
 
* vício social: reflete a vontade real do agente, a qual é direcionada contrariamente à ordem legal. Inclui a fraude contra 
credores. 
 
ERRO 
 
- declaração diferente da vontade real, decorrente de engano, causado pelo desconhecimento (ignorância) ou falso 
conhecimento da realidade. 
 
- consequência > anulabilidade do negócio > CC, arts. 138 e 171, II 
 
- requisitos do erro, para que ele seja passível de anular o ato: 
 
1. que seja causa determinante do ato > influencia a vontade 
 
 
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2. que seja substancial – CC, arts. 138 e 139 natureza do ato 
 objeto principal da declaração 
 qualidades essenciais do objeto 
 qualidades essenciais da pessoa 
 
** erro acidental > não anula o ato – recai sobre qualidades secundárias do objeto ou da pessoa (qualidade ou 
quantidade). Exceção: pode anular o ato, se constituir razão determinante do negócio. 
 
3. que seja escusável (desculpável) – foram observadas as cautelas normais, tomadas por um indivíduo comum. 
 
** erro inescusável > culpa (jurisprudência) 
 
4. que seja real – passível de prova e capaz de causar verdadeiros prejuízos. 
- CC, art. 141 – transmissão defeituosa da vontade = erro 
- CC, art. 140 – falsa causa como razão determinante 
- CC, art. 142 – erro real 
 
DOLO 
 
- artifício ou expediente malicioso, empregado para induzir alguém à prática de um ato, que o prejudica e aproveita ao autor 
do dolo ou a terceiro (Clóvis Beviláqua). Provocação intencional de um erro (Orlando Gomes). 
 
- elementos objetivo – comportamento ilícito de quem quer enganar 
 subjetivo – intenção de enganar (animus decipiendi) 
 
 dolus bonus – tolerado, pois não há a intenção de prejudicar; não acarreta a anulabilidade do negócio. 
 dolus malus – intenção de induzir o outro em erro; é idôneo a provocar a anulabilidade do negócio, porque tal artifício 
consegue enganar pessoas sensatas e atentas. 
 
 dolo principal – CC, art. 145 > causa determinante do ato; age como fator decisivo na formação do consentimento. 
 - intenção de induzir à realização do negócio 
 - artifícios graves (caso concreto) 
 - artifícios como causa determinante 
 - artifícios provocados pelo outro contratante, ou que sejam dele conhecidos, se procedentes de terceiros. 
 dolo acidental – CC, art. 146 > não afeta a declaração de vontade, causando-lhe, apenas, desvios; não causa a 
anulabilidade; permite indenização por perdas e danos. 
 
 dolo positivo – ação dolosa, artifícios positivos, afirmações falsas 
 dolo negativo – reticência, ausência maliciosa de ação, silêncio > CC, art. 147 
 
- CC, art. 148 – dolo de terceiro > anulabilidade do negócio, se uma das partes tinha conhecimento (exige-se prova); se não 
havia conhecimento, somente o terceiro responde por perdas e danos. 
 
- CC, art. 149 – dolo praticado por representante > se se tratar de dolo principal, ocorre a anulabilidade do negócio; se dolo 
acidental, o representante e/ou representado será(ão) responsável(eis) por perdas e danos. 
 
- CC, art. 150 – dolo de ambas as partes > não podem alegar o dolo, para anular o negócio. 
 
COAÇÃO 
 
- defeito do negócio jurídico, incluído entre os vícios do consentimento, por haver manifestação de vontade distinta da 
vontade real do agente, por emprego de violência moral. 
 
 violência física (vis absoluta) > inexistência de vontade 
 violência moral (vis compulsiva) > vontade viciada > anulabilidade do ato 
 
- CC, art. 151 > a coação, para viciar a manifestação da vontade, há de ser tal, que incuta ao paciente fundado temor de dano 
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à sua pessoa, à sua família, ou a seus bens, iminente e igual, pelo menos, ao receável do ato extorquido. 
- requisitos para caracterização da coação: 
 coação como causa determinante do ato 
 deve incutir temor justificado 
 deve se referir a dano iminente 
 o dano deve ser grave, considerável – CC, art. 152 
 o dano deve se referir à pessoa do paciente, à sua família ou a seus bens 
 
- CC, art. 152 > critério subjetivo (caso concreto) para avaliação da gravidade do dano e consequente vulnerabilidade do 
paciente à coação – diferentemente do adotado pelo direito romano (critério objetivo – homem médio). 
 
- CC, art. 153 > não se considera coação: 
 ameaça de exercício normal de direito 
 simples temor reverencial 
 
- CC, arts. 154 e 155 > coação por terceiro 
 havendo conhecimento de uma das partes, o ato é anulável e a parte será solidariamente responsável pelas perdas e danos; 
 caso contrário, subsiste o ato e somente o coator responderá pelos prejuízos causados. 
 
ESTADO DE PERIGO 
 
- temor de grave dano que compele o declarante a concluir ato negocial, para salvar-se ou para socorrer alguém de sua 
família, acarretando-lhe obrigação excessivamente onerosa que, em outra circunstância, não celebraria > CC, art. 156 
 
- consequência > anulabilidade do negócio > CC, art. 171, II 
 
- estado de perigo ≠ coação ≠ lesão 
 
- críticas à possibilidade de anulação do negócio jurídico, por estado de perigo > o ideal seria manter-se o negócio, 
reduzindo-se o valor do pagamento ao justo limite pelo serviço prestado 
 
- contudo, havendo conhecimento do estado de perigo, por parte do beneficiado, dá-se o abuso de situação, devendo haver, aí 
sim, a anulação do negócio 
 
LESÃO 
 
- prejuízo que uma das partes sofre na conclusão do negócio, decorrente de desproporção entre as prestações, em razão de sua 
premente (urgente) necessidade ou inexperiência, sem que haja dolo de aproveitamento do beneficiado > CC, art. 157 
 
- consequência > anulabilidade do negócio > CC, art. 171, II 
 
- só é admissível nos contratos comutativos, já que nestes há uma presunção de equivalência entre as prestações 
 
- a desproporção entre as prestações deve se verificar no momento do contrato e não posteriormente > CC, art. 157, § 1º 
 
- a desproporção deve ser considerável 
 
- o desfazimento do negócio depende de decisão judicial 
 
- é facultado à parte beneficiada efetuar a suplementação do preço, a fim de, reequilibrando o contrato, eliminar o defeito > 
CC, art. 157, § 2º 
 
- não previsão da lesão, no CC de 1916 > princípio da autonomia privada 
 
- Lei de Proteção à Economia Popular (Lei 1.521/51), art. 4º, b: 
 
“Obter ou estipular, em qualquer contrato, abusando da premente necessidade, inexperiência ou leviandade de outra parte, 
lucro patrimonial e que exceda o quinto do valor corrente ou justo da prestação feita ou prometida.” 
 
 
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FRAUDE CONTRA CREDORES 
 
- conceito: todo e qualquer ato malicioso, visando ao prejuízo de terceiras pessoas, especialmente credores, e buscando 
vantagens a si próprio ou terceira pessoa. Caracteriza-se quando o devedor já insolvente, ou na iminência de o ser, pratica atos 
capazes de diminuir seu patrimônio, prejudicando ou diminuindo a garantia de seus credores, quanto ao saldo de seus débitos > 
CC, art. 158 (aplicação do princípio de que o patrimônio do devedor responde por suas dívidas). 
 
- consequência dos atos fraudulentos: anulabilidade do negócio > CC, art. 171, II, por meio da ação pauliana, retornando o(s) 
bem(ns) ao patrimônio do devedor, para o concurso de credores, ou havendo a desconstituição do direito de preferência. 
 
- elementos da fraude contra credores: 
 objetivo: eventus damni > todo ato capaz de prejudicar os credores, por ser praticado em estado de insolvência, ou por levar 
a ele 
 subjetivo: consilium fraudis > má-fé, malícia, no sentido de impedir o pagamento dos débitos 
 
- requisitos para caracterização da fraude contra credores: 
 insolvência do devedor ou a prática do ato que o leve a tal estado 
 a prática de atos: 
 de transmissão gratuita de bens – CC, art. 158 (boa ou má-fé) 
 de remissão de dívidas – CC, art. 158 
 a título oneroso – CC, art. 159 (má-fé do adquirente) 
 pagamento antecipado de dívidas vincendas – CC, art. 162 
 constituição de direitos de preferência a algum credor quirografário – CC, art. 163 
 anterioridade do crédito em relação à prática do ato fraudulento 
 
- CC, art. 160 – fraude não concluída > depósito que impede a pauliana 
- CC, art. 161 – legitimidade passiva na ação pauliana 
- CC, art. 162 – conseqüência do pagamento de dívida vincenda 
- CC, art. 163 – constituição de garantias a determinados credores 
- CC, art. 164 – prática de atos necessários à manutenção 
- CC, art. 165 – conseqüências da anulação do negócio fraudulento 
 
 
 
IV - INVALIDADE DO NEGÓCIO JURÍDICO 
(Nulidade e Anulabilidade) 
 
 
- conceito: os negócios jurídicos não produzem os efeitos que, normalmente, produziriam. 
 
 inexistência 
- ineficácia nulidade 
 anulabilidade 
 
- principais distinções entre nulidade e anulabilidade: 
 
 Nulidade 
 
 torna sem efeito o negócio, pela não observância de um requisito essencial 
 os efeitos deixam de existir, desde a formação do negócio (ex tunc) 
 ação declaratória de nulidade 
 é imprescritível 
 a sentença retroage à data de constituição do negócio jurídico 
 as partes retornam ao estado anterior ao ato (perdas e danos) 
 pode ser alegada por qualquer interessado, pelo Ministério Público, pelo juiz de ofício 
 não admite ratificação 
 CC, arts. 166 a 170 
 
 
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Anulabilidade 
 
 torna sem efeito o negócio, por desrespeito a normas que protegem certas pessoas (incapacidade relativa ou vícios do 
negócio) 
 ação anulatória 
 o negócio jurídico produz efeitos, até ser anulado por sentença (ex nunc) 
 prazo decadencial de 4 (quatro) anos – CC, art. 178 
 admite confirmação expressa – ratificação > CC, art. 172 
 tácita – prescrição/cumprimento > CC, art. 174 
 pode ser alegada pelos interessados 
 CC, arts. 171 a 184 
 
 
SIMULAÇÃO 
 
- conceito: prática de ato ou negócio que esconde a real intenção dos agentes (simuladores); caracteriza-se quando duas ou 
mais pessoas, no intuito de enganar terceiros, firmam negócio aparente, para esconder um outro negócio que se pretende 
dissimular, ou para fingir uma relação que nada encobre. (CC, art. 167) 
 
- principal característica: divergência entre a vontade real e a declaração, como ação consciente dos contratantes, criando o 
chamado vício social. 
 
- requisitos: 
 intencionalidade – consciência dos declarantes de que a emissão de vontade não corresponde à sua vontade real. 
 acordo simulatório – há acordo, conluio, mancomunação entre as partes; todos os contratantes conhecem o defeito e 
desejam consumá-lo. 
 intuito de enganar terceiros – diferentemente do intuito de prejudicar terceiros; terceiros podem ser enganados, sem 
prejuízo. 
 
- espécies: 
 
* quanto à natureza do engano 
 
 absoluta: quando as partes não desejam, efetivamente, a prática de qualquer ato; o ato simulado não encobre outro negócio. 
 relativa: as partes desejam realizar negócio, mas diferente daquele que se apresenta; há dois negócios: um simulado, que 
não representa a vontade real das partes, e outro dissimulado, que constitui a relação jurídica verdadeira. 
- a simulação relativa pode se referir 
 à natureza do negócio – simula-se um negócio para esconder outro 
 ao conteúdo do negócio – simula-se o valor ou a data, por exemplo 
 à pessoa participante – utilização de interposta pessoa 
 
- conseqüência: nulidade do negócio defeituoso – CC, art. 167 
 
- CC, art. 168 – legitimidade para mover a ação de simulação (declaratória de nulidade): interessados (terceiros lesados), 
Ministério Público ou o juiz, de ofício. 
 
 
V – PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA 
 
 
PRESCRIÇÃO 
 
- Prescrição é a perda da ação atribuída a um direito, e de toda a sua capacidade defensiva, em conseqüência do não-uso 
delas, durante um determinado espaço de tempo. (Clóvis Beviláqua) 
 
- tipologia 
 
 aquisitiva (usucapião): aquisição do direito real, pelo decurso do tempo aliado à posse. 
 extintiva (liberatória): perda do direito de ação ou defesa (pretensão), por negligência do titular, ao fim de lapso temporal 
legalmente determinado. 
DIREITO CIVIL – FATOS E NEGÓCIOS JURÍDICOS 
 
PROFA. VIVIANE GREGO HAJEL 
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- requisitos 
 existência de ação exercitável; 
 inércia do titular da ação; 
 continuidade dessa inércia, por certo tempo; 
 ausência de fato ou ato impeditivo, suspensivo ou interruptivo do curso prescricional. 
 
- não prescrevem: 
 direitos personalíssimos 
 ações de estado de família (separação judicial, investigação de paternidade) 
- renúncia à prescrição (CC, art. 191): ato voluntário do prescribente de abandono do direito à invocação da prescrição; é a 
desistência de invocá-la, em seu benefício. É ato unilateral, não receptício, independente, portanto, da aceitação do credor. 
 
 expressa: externada de forma escrita ou oral 
 tácita: atos incompatíveis com a prescrição 
 
 
- legitimidade para alegação – CC, arts. 193 e 194 
 parte a quem aproveita 
 juiz, de ofício (Lei n. 11.280, de 16/02/06, que revogou o art. 194, CC e alterou a redação do art. 219, § 5º, CPC) 
 
- oportunidade para alegação – CC, art. 193 
 em qualquer grau de jurisdição 
 
 impedimento: obstáculo preexistente ao início do curso do prazo prescricional. (CC, arts. 197 a 200) 
 
 suspensão: obstáculo posterior ao início do curso do prazo prescricional, fazendo com que este fique em suspenso, até o 
final de sua causa, retomando-se a contagem inicial do tempo. (CC, arts. 197 a 200) 
 
 interrupção: causas que interrompem o curso do prazo prescricional, fazendo com que a contagem do mesmo se reinicie 
por completo. (CC, art. 202) 
 
- causas impeditivas e suspensivas da prescrição: 
 constância da sociedade conjugal; 
 existência do poder familiar; existência de tutela ou curatela; 
 contra os absolutamente incapazes; 
 contra os ausentes em serviço público 
 contra os que servem, em tempo de guerra; 
 pendendo condição suspensiva; 
 não estando vencido o prazo; 
 pendendo ação de evicção; 
 antes de sentença criminal definitiva 
 
- causas interruptivas da prescrição: 
 citação; 
 protesto judicial e cambial; 
 título de crédito em inventário, concurso de credores ou habilitação de credores; 
 ato judicial que constitua em mora o devedor; 
 qualquer ato que reconheça o direito do credor, pelo devedor. 
 
 
DECADÊNCIA 
 
- Extinção do direito pela inércia do titular, quando a eficácia desse direito estava originalmente subordinada ao exercício 
dentro de determinado prazo, que se esgotou, sem o respectivo exercício. (Antônio Luís Câmara Leal) 
 
- não admite impedimento, suspensão e interrupção, salvo disposição em contrário – CC, art. 207 > CC, art. 198, I (contra os 
absolutamente incapazes) 
 
- aplicação do CC, art. 195 – ação dos relativamente incapazes e das pessoas jurídicas contra os que deram causa à decadência 
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- não admite renúncia – CC, art. 209 
 
- deve ser alegada de ofício, pelo juiz – CC, art. 210 
 
- decadência convencional > alegada pela parte, em qualquer grau de jurisdição, sem suprimento pelo juiz – CC, art. 211 
 
 
 
PRESCRIÇÃO 
 
 extingue a pretensão; 
 admite impedimento, suspensão e interrupção; 
 prazo fixado por lei; 
 origem posterior ao direito; 
 deve ser alegada de ofício; 
 admite renúncia; 
 não opera contra determinadas pessoas. 
 
DECADÊNCIA 
 
 extingue o direito; 
 não admite suspensão ou interrupção; 
 prazo estabelecido pelas partes ou pela lei; 
 origem concomitante ao direito; 
 deve ser reconhecida de ofício; 
 não admite renúncia; 
 opera contra todos. 
 
 
 
 
 
 
BIBLIOGRAFIA 
 
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OELHO, Fábio Ulhoa. Curso de direito civil. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 2009. v. 1. 
DINIZ, Maria Helena. Curso de direito civil brasileiro: teoria geral do direito civil. 26. ed. São Paulo: Saraiva, 2009. v. 1. 
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2006. v. 1. 
GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito civil brasileiro: parte geral. 1. ed. São Paulo: Saraiva, 2003. v. 1. 
MONTEIRO, Washington de Barros. Curso de direito civil: parte geral. 39. ed. São Paulo: Saraiva, 2003. v. 1. 
NADER, Paulo. Curso de direito civil: parte geral. 5. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2008. v. 1. 
RODRIGUES, Silvio. Direito civil: parte geral. 32. ed. São Paulo: Saraiva, 2002. v. 1. 
VENOSA, Sílvio de Salvo. Direito civil: parte geral. 10. ed. São Paulo: Atlas, 2010. v. 1. 
WALD, Arnoldo. Curso de direito civil brasileiro: introdução e parte geral. 11. ed. São Paulo: Saraiva, 2009.

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