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Boa Vista – RR, 2016.1 CONTABILIDADE E GESTÃO TRIBUTÁRIA II AULA 01 Prof. Dori Barreto Contextualização Nesta disciplina o aluno deverá aprofundar seus conhecimentos sobre o Sistema Tributário Nacional e os procedimentos contábeis adotados no seu tratamento: Procedimentos fiscais; Contribuições sociais; Tributos diretos; Tributos indiretos, e; Planejamento tributário aplicado. EMENTA Tributos diretos. Regulamentação do IRPJ. Apuração e escrituração dos Lucros Real, Presumido e arbitrado. IRPJ diferido e Provisão. Apuração da Contribuição Social sobre o Lucro. Obrigações acessórias. Simples Nacional. OBJETIVOS GERAIS O aluno deverá ser capaz de compreender, apurar e contabilizar tributos diretos com base na legislação vigente; · Compreender a importância e implementar o planejamento tributário. Conteúdos 1 IRPJ ? Normas Gerais 1.1 Da Constituição Federal 1.2 Do Código Tributário Nacional (CTN) 1.2.1 Fato gerador do IR 1.2.2 Base de cálculo 1.2.3 Contribuinte 1.3 Da legislação ordinária do IR 1.3.1 Período de apuração e ano-calendário 1.3.2 Pagamento trimestral do IR 2. Lucro ? conceitos contábeis e tributários 2.1 Lucro Bruto 2.1.1 Receita líquida de vendas ou serviços 2.1.2 Tributos incidentes sobre vendas ou serviços 2.1.3 Custo dos produtos/serviços 2.2 Lucro operacional 2.3 Resultado contábil e lucro líquido (IR) 2.3.1 Outras receitas e despesas 2.4 Lucro inflacionário 2.4.1 Conceito 2.4.2 Cálculo 2.4.3 Lucro inflacionário realizado 2.5 Lucro da exploração 2.5.1 Conceito 2.5.2 Cálculo 2.5.3 Isenção do IR sobre o lucro de exploração 2.6 Lucro real 2.6.1 Pessoas Jurídicas obrigadas 2.6.2 Base de cálculo 2.6.3 Apuração do lucro real - Lalur 2.7 Lucro presumido ou estimado 2.7.1 Conceito 2.7.2 Percentuais de presunção 2.7.3 Apuração do resultado trimestral 2.7.4 Suspensão ou redução do imposto mensal estimado 2.7.5 Opção pelo lucro real pago por estimativa ou pelo lucro presumido TRIBUTOS DIRETOS São os que recaem definitivamente sobre o contribuinte que está direta e pessoalmente ligado ao fato gerador. Dessa forma, a mesma pessoa é o contribuinte de fato e de direito. Incidem sobre o “Contribuinte de Direito”, o qual não tem, pelo menos teoricamente, a possibilidade de repassar para outrem o ônus tributário. TRIBUTOS DIRETOS Exemplo O imposto de renda sobre a pessoa física assalariada, recai sobre o empregado, é quem suporta a obrigação, não havendo condições de ocorrer a repercussão (transferência do ônus tributário para outrem). METODOLOGIA Serão estudados o IRPJ e a CSL através de caso base, apurando-se esses tributos pelas formas determinadas nas respectivas leis. • Formas de apuração: Lucro real Lucro presumido Lucro arbitrado IRPJ – NORMAS GERAIS • Da Constituição Federal A CF da competência á União a cobrança do Imposto de Renda e Proventos de Qualquer Natureza. IRPJ – NORMAS GERAIS • Do Código Tributário Nacional (CTN) Após definir a competência tributária para instituir o imposto, cabe à lei ordinária federal instituí-lo. A lei complementar que disciplina as normas e os conceitos fundamentais do IR é o CTN (Lei nº 5.172/66) IRPJ – NORMAS GERAIS O CTN define três aspectos fundamentais do IR: Fato gerador Base de cálculo Contribuinte CONTRIBUINTE O titular da disponibilidade da renda ou provento, ou seja, a pessoa física ou jurídica – art. 45 do CTN. Essa condição pode ser atribuída ao possuidor, a qualquer título, dos bens produtores da renda ou proventos tributáveis. FATO GERADOR DO IR • “Art. 43. O imposto, de competência da União, sobre a renda e proventos de qualquer natureza tem como fato gerador a aquisição da disponibilidade econômica ou jurídica: I – de renda, assim entendido o produto do capital, do trabalho ou da combinação de ambos; II – de proventos de qualquer natureza, assim entendidos os acréscimos patrimoniais não compreendidos no inciso anterior.” BASE DE CÁLCULO • Art. 144 do CTN O montante real, arbitrado ou presumido da renda ou dos proventos tributáveis. PF – rendimentos do trabalho – base de cálculo é o total auferido no ano-calendário que feitas as deduções permitidas, vai resultar na renda líquida, que pode ser tributada progressivamente ou isenta. PJ – a base de cálculo é o lucro real, presumido ou arbitrado. CÁLCULO DO IRRF Admita que um contribuinte (pessoa física) teve de remuneração mensal a quantia de R$ 5.000,00. Observando as tabelas abaixo, determine o valor do IRRF e a alíquota efetiva sobre o rendimento. BASE DE CÁLCULO A base de cálculo do imposto, determinada segundo a lei vigente na data de ocorrência do fato gerador, é o lucro real, presumido ou arbitrado, correspondente ao período de apuração. BASE DE CÁLCULO Como regra geral, integram a base de cálculo todos os ganhos e rendimentos de capital, qualquer que seja a denominação que lhes seja dada, independentemente da natureza, da espécie ou da existência de título ou contrato escrito, bastando que decorram de ato ou negócio que, pela sua finalidade, tenha os mesmos efeitos do previsto na norma específica de incidência do imposto. PERÍODO DE APURAÇÃO O imposto será determinado com base no lucro real, presumido ou arbitrado, por períodos de apuração trimestrais, encerrados nos dias 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro de cada ano-calendário. À opção do contribuinte, o lucro real também pode ser apurado por período anual. PERÍODO DE APURAÇÃO Nos casos de incorporação, fusão ou cisão, a apuração da base de cálculo e do imposto devido será efetuada na data do evento. Na extinção da pessoa jurídica, pelo encerramento da liquidação, a apuração da base de cálculo e do imposto devido será efetuada na data desse evento. ALÍQUOTAS E ADICIONAL A pessoa jurídica, seja comercial ou civil o seu objeto, pagará o imposto à alíquota de 15% (quinze por cento) sobre o lucro real, apurado de conformidade com o Regulamento. O disposto neste item aplica-se, inclusive, à pessoa jurídica que explore atividade rural. BASE DE CÁLCULO • Lucro Real Trata-se de um conceito fiscal e não um conceito econômico. Conforme determina o art. 247 do RIR, é o lucro líquido (contábil) apurado pela empresa e escriturado em seus livros contábeis, ajustados por adições, exclusões ou compensações prescritas ou autorizadas pela legislação do IR. BASE DE CÁLCULO • Lucro Presumido É uma alternativa para empresas cuja receita bruta total, no ano calendário anterior, tiver sido igual ou inferior a 78 milhões de reais ou ao limite proporcional de R$ 6,5 milhões multiplicados pelo número de meses de atividades do ano, e que não estejam obrigadas a tributação pelo lucro real. BASE DE CÁLCULO • Lucro Arbitrado É uma prerrogativa do fisco, que pode arbitrar o resultado para o cálculo do imposto e da contribuição social, devidos no período no decorrer do ano calendário pelas pessoas jurídicas, na forma da lei. O lucro arbitrado pode ser aplicado nas situações em que a escrituração contábil e fiscal do contribuinte for desclassificada porparte da autoridade fiscal. DA LEGISLAÇÃO ORDINÁRIA DO IR • Período de apuração O espaço de tempo em que se dimensiona o resultado, dando por concluído o fato gerador. • Ano-calendário Período de um ano, ao término do qual são elaboradas as demonstrações contábeis e apurado o resultado. PAGAMENTO TRIMESTRAL DO IR Todas as pessoas jurídicas sujeitas ao IR, devem realizar pagamento trimestral apurado com base no lucro real, presumido ou arbitrado – art. 220 RIR. A empresa obrigada à tributação pelo lucro real poderá optar por pagamento mensal, determinado sobre a base de cálculo estimada (art.223 do RIR), ficando, porém, obrigada à declaração de ajuste anual pelo lucro real.
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