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Pesquisa e Prática da Educação II

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Pesquisa e Prática da Educação II
Aula 1: A Problemática do Conhecimento
A passagem do pensamento mítico-religioso para o pensamento filosófico-científico na Grécia Antiga, só foi possível a partir de um conjunto de mudanças e transformações políticas, econômicas e sociais que se teceram a partir do século VIII a.C . Dentre elas, podemos destacar:
Fiais :
Aula 2: O Senso Comum e a Ciência
 
Caracteristica do senso comum:
 
 
Nessa aula você:
Nesta aula, além de caracterizarmos o senso comum e o conhecimento científico, tivemos a preocupação de demarcar o caráter histórico desses dois tipos de conhecimento e que, por serem produtos humanos, expressam determinadas formas de compreensão das coisas existentes, assim como de interesses e necessidades de grupos ou classes em um momento específico.
Aula 3: Breve Histórico da Ciência na Antiguidade
 
Aula 4: A Ciência na Idade Média e na Transição do Feudalismo para o Capitalismo
Alguns apontamentos sobre a Idade Média:
Uma das características da Antiguidade foi a concentração da vida na cidade (veja, por exemplo, o fenômeno da Polis – Cidade-Estado na Grécia Antiga e a cidade de Roma durante o Império Romano), embora fosse no campo que se produziam as condições básicas para a subsistência da mesma.
Em decorrência de alguns fatores políticos, econômicos e sociais, ocorrerá no Império Romano um processo de desurbanização, ou seja, aos poucos haverá um deslocamento da cidade para o campo.
A ruralização, iniciada pelos romanos no século III, intensifica-se com as invasões dos povos germânicos, denominados “bárbaros” pelos romanos. A partir dessa infiltração, mesmo pacificamente, predominaram as relações de dependência pessoal. Enquanto no Império Romano as relações de dependência estabeleciam-se com o Estado, entre os povos germânicos as relações de fidelidade eram pessoais, dando-se entre o chefe do clã e seus companheiros de guerra. Essas relações baseavam-se na doação de terras, fato que impunha deveres aos receptores em relação aos doadores.
De acordo com Silva (1984), existe uma contradição inerente ao processo de estabelecimento de laços de fidelidade: ao mesmo tempo em que garante uma relação de dependência entre receptor e doador, diminui o controle deste sobre a extensão territorial devido à fragmentação (RUBANO, Denize Rosana & MOROZ, Melania. A fé como limite da razão: Europa Medieval. In: ANDERY, Maria Amália. Para Compreender a Ciência: uma perspectiva histórica. Rio de Janeiro: Garamond, 2007. p. 135).
Durante o período da Idade Média, a Igreja Católica[1], através da figura do papa, assume um papel central que influenciará toda a sociedade.
1 A influência e a força da Igreja cresceram muito desde o Império Romano. Durante a crise desse Império, o cristianismo surgiu como um questionamento às ideias e valores da sociedade escravista, pregando a crença na igualdade de todos os homens, filhos do mesmo Pai; ainda que perseguidos seus adeptos, o cristianismo representava os anseios de grande parte da população, conquistando cada vez mais seguidores, inclusive entre a aristocracia. De acordo com Aquino e outros (1980), numa sociedade onde reinava a insegurança e que estava sujeita a ameaças – o decadente Império Romano -, a Igreja oferecia segurança e proteção de que a população necessitava. A salvação era alcançada cada vez mais por adeptos que doavam terras e pregavam tributos para adquiri-la.
(...) A Igreja era grande proprietária de terras, numa sociedade em que a terra era sinônimo de riqueza. Tal poder econômico foi conseguido graças a doações, esmolas, tributos, isenção de impostos e ao celibato, os quais garantiam a manutenção das propriedades obtidas como seu patrimônio. Os bens de propriedade da Igreja foram cada vez mais se avolumando, e, para tanto, também contribuiu para cobrança de impostos em troca de proteção espiritual.
A sociedade medieval era dividida em três classes sociais: o clero, a nobreza e o povo (representado pelos servos, vassalos e camponeses). Vejamos a pirâmide abaixo, a fim de compreendermos a divisão social de classes deste período na Europa Ocidental:
Clero: Função religiosa.
Representavam a classe culta.
Proprietários de terras que foram doadas por reis ou nobres aos conventos.
Muitos dos seus representantes tinham suas origens na nobreza europeia.
Nobreza: Classe guerreira.
Classe proprietária de terra, cujos títulos e propriedades eram hereditários.
Povo: Maioria da população que trabalhava para a nobreza e o clero. Era constituído pelos servos, vassalos e camponeses.
 
Nesta época, prevaleceu um tipo de economia de subsistência, ou seja, o que se produzia era para sustento próprio, e um pequeno excedente da mesma servia de pagamento de impostos pelo povo aos senhores proprietários de terra.
No feudalismo, a unidade econômica, político-jurídica e territorial era o feudo. Em outras palavras, numa dada extensão de terra, eram produzidos os bens necessários à manutenção de seus habitantes, realizadas as trocas de bens e elaboradas as leis e obrigações que vigoravam.
Do ponto de vista econômico, o feudo era praticamente autossuficiente.
Nele se desenvolviam a produção agrícola, a criação de animais, a indústria caseira e a troca de produtos de diferentes espécies, atividade essa limitada ao próprio feudo. As trocas eventuais entre os feudos ocorriam em menor escala e tinham pouca importância econômica. Sendo a produção essencialmente agrícola, a base econômica do feudalismo é a terra; além de essencial para a economia, a distribuição da terra interferiu nas relações que se estabeleceram nesse período.
(...) A proteção dos feudos era feita pelos cavaleiros que o senhor sustentava em troca de serviços militares. 
(...) enquanto o senhor era “proprietário” da terra e se apropriava da maior parte do produto do trabalho do servo, este era dono dos instrumentos utilizados para a produção (pelo menos da grande maioria) e era quem controlova seu próprio trabalho, isto é, tanto os instrumentos de produção quanto a forma de produzir eram de domínio do servo.
É importante lembrar que, embora as relações pessoais suserano-vassalo e senhor-servo (relações de servidão) caracaterizassem essencialmente o sistema feudal, existiam camponeses que eram proprietários de terras e artesões que eram donos de oficinas. Esses casos, no entanto, eram minoria e neles a produção era pessoal e familiar (RUBANO, Denize Rosana & MOROZ, Melania. A fé como limite da razão: Europa Medieval. In: ANDERY, Maria Amália. Para Compreender a Ciência: uma perspectiva histórica. Rio de Janeiro: Garamond, 2007. p. 135-138).economia, a distribuição da terra interferiu nas relações que se estabeleceram nesse período.
Como havíamos apontado, a Idade Média, ao se iniciar no século V, aprofundou o processo de ruralização, provocando com isto um deslocamento da cidade para o campo.
Desta forma, as cidades perderam prestígio político, enconômico e social. Tal prestígio só será retomado a partir do renascimento urbano que ocorreu a partir do século XI.
Dentre os fatores que possibilitaram tal renascimento, podemos destacar:
Desenvolvimento da atividade artesanal e a formação das corporações de ofício. O artesão tem o domínio de todo o processo de produção, bem como de sua comercialização.
As cidades, que passaram a ser centros produtores e comerciais
Hábitos e técnicas trazidos pelos bárbaros, que influenciaram o desenvolvimento de novas técnicas.
Crescimento populacional, que foi possível com a diminuição de epidemias.
Aumento da produção agrícola
A partir do século XI, as condições da sociedade feudal são outras: a intensificação do comércio, o crescimento das cidades, o aumento populacional e o contato com as civilizações orientais – quer por meio do comércio quer por meio das Cruzadas – caracterizam uma mudança em relaçãoao período anterior.
Nesse período, a produção de bens deixa de caracterizar-se pelo “valor de uso”, para caracterizar-se pelo “valor de troca”. Isso ocorre tanto em relação à produção artesanal quanto à agrícola: certas culturas de alimentos, por exemplo, passam a ser substituídas por outras em função de seu valor comercial. Com o crescimento das cidades e o desenvolvimento do comércio, além da divisão cidade-campo, ocorre a divsão produtores-mercadores.
A partir desse momento, começou a se materializar uma série de condições que mais tarde possibilitou o desenvolvimento das grandes navegações. Prova disto é que os séculos XV e XVI representam o período de transição do feudalismo para o capitalismo comercial. Trataremos dessa questão mais adiante.
Alguns apontamentos sobre a idade media:
Como apontamos, a Igreja Católica exercia o poder hegemônico durante a Idade Média. Tal poder também estendeu o controle da veiculação e da produção do conhecimento. Desta forma, a visão de mundo que prevalecerá nesta época é a visão teocêntrica
A descrição de doenças e a identificação de remédios na medicina.
Para tanto, os pensadores cristãos se propuseram a unir o saber greco-romano aos dogmas cristãos. Em outras palavras, ocorrera uma cristianização da Filosofia Antiga, mais especificamente, da Filosofia Clássica de Platão e Aristóteles. Esse esforço decorria da necessidade de se fundamentar as doutrinas do cristianismo. Assim, a teologia, a filosofia e a ciência estavam, de alguma forma, vinculadas à religião.
A tentativa dos alquimistas de transformarem metais em ouro, o que possibilitou o aperfeiçoamento de métodos sobre as reações químicas.
Contudo, o renascimento urbano e comercial do século XI acabou propiciando o desenvolvimento de um conhecimento científico de caráter mais prático. Dentre eles, podemos destacar:
Os procedimentos metodológicos que se desenvolveram e têm por base o pensamento de Aristóteles.
Por outro lado, as discussões de caráter mais teórico centravam-se na vida espiritual do homem e em seu destino, como também, em fundamentar os princípios das doutrinas cristãs.
 
Vejamos a análise de Rubano e Moroz sobre esta produção:
A transição do Feudalismo para o Capitalismo:
O processo de escravidão dos africanos para servirem de mão de obra barata nas colônias:
1-A instituição de uma economia monocultura na colônia de acordo com os intresses da metrópole.
2- A exploração das riquezas naturais levadas para as cortes europeias.
3-A prática da pirataria entre portugueses, espanhóis, franceses, ingleses e holandeses.
4-Nos séculos XV e XVI, na Europa, se desenvolve o humanismo renacentista dando importância às artes plásticas, retomando o ideal clássico greco-romano em oposição à escolástica medieval, valorizando o homem como um indivíduo, bem como sua livre-iniciativa e sua criatividade.
5-No século XVI, ocorre a Reforma Protestante criticando a autoridade institucional da Igreja e defendendo a interpretação da mensagem divina nas Escrituras pelo indivíduo, assim como dando ênfase na fé como experiência individual.
6-A Revolução Científica nos séculos XVI e XVII. Sobre essa revolução, Marcondes faz a seguinte análise:
Podemos considerar que são fundamentalmente duas as grandes transformações que levarão à revolução cientítifica:
Do ponto de vista da cosmologia, a demonstração da validade do modelo heliocêntrico, empreendida por Galileu; a formulação da noção de um universo infinito, que se inicia com Nicolau de Cusa e Giordano Bruno; e a concepção de movimento dos corpos celestes, principalmente da Terra, em decorrência do modelo heliocêntrico.
Do ponto de vista da ideia de ciência, a valorização da observação e do método experimental, isto é, uma ciência ativa, que se opões à ciência contemplativa dos antigos; e a utilização da matemática como linguagem da física, proposta por Galileu sob inspiração platônica e pitagórica e contrária à concepção aristotélica. A ciência ativa moderna rompe com a separação antiga entre ciência (episteme), o saber teórico, e a técnica (téchne), o saber aplicado, integrando ciência e técnica e fazendo com que problemas práticos no campo da técnica levem a desenvolvimentos científicos, bem como com que hipóteses teóricas sejam testadas na prática, a partir de sua aplicação na técnica (MARCONDES, Danilo. Introdução à história da filosofia – dos pré-socráticos à wittgenstein. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2000. p. 156).
Aula 5: O Nascimento e Desenvolvimento da Ciência Moderna
 
 
Seculo XIX:
Seculo XX: 
 
 
 
 
Aula 6: A Ciência na Modernidade e na Contemporaneidade
 
:
 
Bacurch Spinoza: 
Jonh Lock: 
Montesquieu: 
Voltaire: 
Rousseau: 
Adan Smith:
Segundo Kant: 
Nome: Karl Raimund Popper: 
Origem:  austríaco e naturalizado britânico, é um dos maiores nomes da filosofia da ciência no século XX, além de suas contribuições influentes no campo social e político.
Política: Defensor da democracia liberal e um opositor dos regimes totalitários.
Contribuição: Uma de suas principais contribuições no campo da filosofia está na defesa do “Racionalismo Crítico” no qual rejeita o empirismo clássico e o observacionalismo--indutivista da ciência.
Pensamento: Segundo ele, não é possível confirmar a veracidade de uma teoria pela simples constatação de que os resultados de uma previsão foram verificados.
 
Nessa aula você:
Nesta aula procuramos aprofundar nosso olhar sobre o desenvolvimento da ciência moderna a partir da Revolução Copernicana e dos estudos de Galileu Galilei. Além disso, buscamos compreender o embate entre o racionalismo de René Descartes (que faz a defesa de a razão e as ideias racionais serem inatas, ou seja, nascem conosco) e o empirismo inglês (que defende ser a experiência a fonte de todo e qualquer conhecimento), assim como procuramos compreender o conceito de razão de Immanuel Kant (um dos principais representantes do Iluminismo do século XVII), na tentativa de superar os limites racionalistas e empiristas.
Aula 7: A cientificidade das ciências sociais (Ciências Naturais X Ciências Humanas)
Em aulas anteriores de nossa disciplina, procuramos diferenciar os tipos de conhecimento que foram produzidos historicamente pela humanidade. Além disso, procuramos demarcar um referencial teórico que nos permitisse compreender como, por que e para que o homem produziu de diferentes formas, sentidos e significados para as coisas e para si.
Para tanto, nos apoiamos na perspectiva teórica do materialismo histórico e do materialismo dialético de Karl Marx e Friedrich Engels e identificamos a categoria trabalho como sendo central para a compreensão da produção da existência humana, tanto do ponto de vista material (produção de bens duráveis e não duráveis) quanto do ponto de vista não material (produção do saber, da cultura, do conhecimento, da linguagem e etc.).
(...) e toda ciência seria supérflua, se a forma de manifestação e essência das coisas coincidissem imediatamente. (Karl Marx)
Tal percurso e referencial teórico nos permite compreender que o conhecimento produzido – seja ele o senso comum, o mítico-religioso, o filosófico, o científico ou o artístico – se constitui como um fenômeno humano. Estas colocações, por um lado, nos garante o entendimento de que a natureza humana não é pronta, acabada e dada naturalmente aos seres humanos, mas ao contrário, é um produto histórico e, portanto, humano e social. Por outro lado, podemos afirmar que todo conhecimento é intencional, ou seja, decorre de interesses e necessidades de grupos ou classes em contextos específicos, isto se tornou mais evidente na sociedade moderna, pois o conhecimento científico se constitui como sendo um conhecimento aplicado ao mundo do trabalho e da produção e das relações humanas e sociais.
Feitas essas considerações iniciais, convidamos você a aprofundar seu olhar sobre a Ciência Moderna e entendermos as diferenças entre CiênciasNaturais e Ciências Sociais.
Há um consenso na História da Ciência de que o pai da Ciência Moderna foi Galileu Galilei. Isto se deve ao seguinte: a sua elaboração de um método científico que superava as bases teórico-metodológicas elaboradas por Aristóteles e que prevaleceu no campo da ciência da antiguidade até o início do século XVII.
Diante disto, podemos então identificar as bases que sustentam o método científico:
Caracterização - Quantificações, observações e medidas.
Hipóteses - Explicações hipotéticas das observações e medidas.
Previsões - Deduções lógicas das hipóteses.
Experimentos - Testes dos três elementos acima.
Observação: A observação pode ser simples ou complexa.
A simples é quando a mesma é feita a olho nu e a complexa quando exige a utilização de um instrumento apropriado à mesma, ou seja, o uso de técnicas ou tecnologias mais refinadas. Isto dependerá tanto do observador quanto do objeto a ser observado.
Descrição: O experimento precisa ser replicável, ou seja, o mesmo pode ser reproduzido e confirmado quantas vezes for necessário.
Previsão: Toda hipótese científica tem que atingir um estatuto de validade para as observações feitas no passado e no presente e as ques serão realizadas no futuro.
Controle: Toda pesquisa científica deve ser controlada com a finalidade de se garantir uma segurança nas conclusões decorrentes da mesma. Isto significa afirmar que uma experiência controlada no campo científico é aquela que se realiza com técnicas que permitem descartar as variáveis passíveis de mascarar o(s) resultado(s) obtido(s).
Falseabilidade: Toda hipótese tem que ser falseável ou refutável (lembre-se de que na aula anterior mencionamos a problemática da falseabilidade defendida por Karl Popper). Isso não quer dizer que o experimento seja falso, mas que pode e deve ser verificado, contestado. Em outras palavras, na perspectiva popperiana, se ele realmente for falso, deve ser possível prová-lo.
Explicação das causas: Na maioria das áreas da Ciência, é necessário que haja causalidade. Nessas condições os seguintes requerimentos são vistos como importantes no entendimento científico: a) identificação das causas; b) correlação dos eventos - As causas precisam se correlacionar com as observações e, c) ordem dos eventos - As causas precisam preceder no tempo os efeitos observados.
Do exposto até o momento, podemos adicionar à nossa aula os seguintes elementos que constituem o estatuto de cientificidade das Ciências Naturais:
todo conhecimento científico para ser válido decorre da observação, experimentação e comprovação. Portanto, deve ser um conhecimento neutro e objetivo, ou seja, não pode resultar de interferências subjetivas (do sujeito do conhecimento), mas deve revelar a essência ou os elementos que constituem o próprio objeto. Dito de outra forma, o papel do cientista é descrever um fenômeno natural tal como ele se apresenta.
Tal compreensão está alicerçada em concepções acerca do ser humano, da natureza e da sociedade. Assim, afirmaremos, neste primeiro momento, que tanto a neutralidade quanto a objetividade do conhecimento científico pode e deve ser analisada criticamente, por entendermos que as mesmas não sejam possíveis. Assim, estaremos lidando com outros referenciais teóricos em nosso curso de Pesquisa e Prática em Educação além dos referenciais que fazem tal defesa.
Os campos da Ciência:
Astronomia : “Uma das ciências mais antigas e deu origem a campos inteiros da Física e da Matemática. Teve papel fundamental na organização do tempo e do espaço explorados pela humanidade. Além disso, forneceu as ferramentas conceituais necessárias para a astronáutica, para análise espectral da luz, para a fusão nuclear, para a procura de partículas elementares”[1]. 
Biologia: É a ciência que estuda a vida, ou seja, os animais, vegetais e todos os seres vivos de nosso planeta. Uma de suas grandes contribuições está na compreensão do ecossistema, como também, da descoberta da genética; da teoria da evolução das espécies pela seleção natural (Charles Darwin) e da teoria microbiana das doenças.
Fisica: Ciência que estuda a natureza e seus fenômenos em seus aspectos mais gerais. Envolve o estudo da matéria e energia, além de suas propriedades, abrangendo a análise de suas consequências. Além disso, procura compreender os comportamentos naturais do Universo, desde os elementos particulares até o Universo como um todo.
Quimica: Ciência que trata das substâncias da natureza, dos elementos que a constituem, de suas características, propriedades combinatórias, processos de obtenção, suas aplicações e sua identificação. Em outras palavras, procura compreender a maneira pela qual os elementos se ligam e reagem, bem como a energia desprendida ou absorvida durante estas transformações.
Geociencia: Também denominada como Ciência da Terra, está relacionada a todas as ciências que têm o planeta Terra como objeto de estudo, ou seja, a Geologia, a Geofísica, a Hidrologia, a Metereologia, a Geografia Física, a Oceonografia e a Ciência do Solo.
“A ciência é uma construção humana” :
(MORAIS, 2007, p. 23).
Do ponto de vista etimológico, a palavra ciência significa conhecimento, portanto, uma determinada forma de compreensão sobre a existência das coisas, do mundo e do homem.
Do ponto de vista filosófico, o conhecimento é uma representação do sujeito do conhecimento sobre o objeto do conhecimento, ou seja, como o sujeito percebe, abstrai, pensa, conceitua e denomia o objeto. Portanto, compreende-se o conhecimento como sendo um fenômeno humano e o mesmo decorre de condições históricas e sociais em seu processo de desenvolvimento.
Do ponto de vista científico, é a explicação racional de um determinado fenômeno, seja ele natural ou humano. Dito isto, podemos perguntar:
  Qual a natureza (origem) das Ciências Sociais?
  Qual a especificidade (papel) das Ciências Sociais?
  O que diferencia as Ciências Sociais das Ciências Naturais?
Para compreendermos essas questões, buscaremos compreender os fatores que possibilitaram o nascimento e desenvolvimento das Ciências Sociais, pois a mesma tem uma materialidade histórica, ou seja, foi produzida a partir de determinadas condições e atendia a necessidades específicas.
Ciências Sociais – origem:
Ciência moderna: Como apontamos em aulas anteriores, a Ciência Moderna resultou de um conjunto de fatores políticos, econômicos e sociais na passagem do sistema feudal para o sistema capitalista de produção.
Ciência cientifica: Assim, podemos destacar: a decadência da sociedade feudal e a perda da credibilidade da explicação metafísco-aristotélica que prevaleceu na segunda metade da Idade Média e a Revolução Científica provocada por Copérnico, como também, da definição do método científico defendido por Galileu Galileu criando novas bases para o desenvolvimento do conhecimento científico.
Idade media: Desta forma, as rupturas provocadas com o modelo explicativo que vigorou até o final da Idade Média dando o início a Idade Moderna produziu toda uma crença em defesa do Conhecimento Científico como sendo o único conhecimento válido e que permitiria ao homem dominar a Natureza e, consequentemente, atingir a ordem e o progresso. Portanto, uma das grandes promessas da Ciência Morderna vem a ser a de libertar o homem dos grilhões que o prendiam a uma visão dogmática, fatalista, pré-determinada e obscura e abria-se o caminho para a defesa da razão científica como critério de verdade.
Sociedade capitalista: Prova disto é que o conhecimento científico e tecnológico da modernidade vai se constituir como sendo um dos pilares centrais para o desenvolvimento da sociedade capitalista, ou seja, a ciência deixa de ser especulativa e passa a ser uma ciência aplicada, princpalmente ao mundo do trabalho e da produção provocando um conjunto de revoluções nas relações humanas e sociais.
Desta forma, no século XIX, a crença em torno do conhecimento científico vai provocar a construção do estatudo de cientificidade das ciências sociais.
Filosofia positivista: Oprimeiro pensador a se dedicar à tarefa de definir os princípios de uma Ciência Social foi o francês Augusto Comte. Para tanto, fez uma transposição dos princípios teórico-metodológicos das ciências naturais para fundamentar as ciências sociais.
Opondo-se ao idealismo da primeira metade do século XIX, Comte exigiu um maior respeito para a experiência e os dados positivos. A Filosofia Positiva, desenvolvida por ele, nega que a explicação dos fenômenos naturais, bem como dos fenômenos sociais, tem sua origem em um só princípio. Desta forma, abandona a explicação das causas (Deus ou Natureza) dos fenômenos e preocupa-se em identificar as leis que regem os fenômenos sociais. Assim, propõe uma nova Ciência denominada de Físicia Social e, posteriormente, conhecida pelo nome de Sociologia.
“Ver para prever, a fim de prover”: Este é um dos princípios do positivismo comteano que significa afimar a necessidade de se conhecer a realidade para saber o que acontecerá a partir de nossas ações, para que o ser humano possa melhorar a sua realidade e orientar corretamente a sua ação. Em outras palavras, conhecer as leis naturais que regem a sociedade nos permite estabelecer a “ordem” e, consequentemente, atingir o “progresso” da humanidade. Isto nos permite identificar que sua filosofia positiva encarnava a promessa do homem atingir a felicidade através do domínio racional sobre a realidade social.
Além disso, podemos afirmar que tal perspectiva acenava a uma nova visão social que atendia aos interesses da burguesia capitalista, tendo em vista que tal corrente se propunha a descrever os fatos sociais tal como eles se apresentam. Esta concepção será aprofundada pelo sociólogo Émile Durkheim.
Vejamos alguns aspectos desta vertente:
Ciência – compreendida como uma verdade absoluta, pronta e acabada e não como um saber em constante transformação.
Metodologia Científica – devemos obedecer as leis que se aplicam às ciências do homem, tendo como elemento central a observação e a descrição dos fatos sociais.
Defesa das noções de ordem, progresso, propriedade, pátria e religião com a finalidade de legitimar o modelo de organização da sociedade capitalista.
Dito isto, podemos afirmar que o positivismo se constituiu como sendo a perspectiva teórica hegemônica na Europa e nos Estados Unidos do século XIX, como, também, influenciou o desenvolvimento do pensamento republicano no Brasil, pois suas bases se fazem presentes na Constituição Nacional de 1892, bem como em outros campos da política e da sociedade brasileira.
Por outro lado, o século XIX, ao vivenciar as revoluções burguesas, principalmente a Revolução Industrial iniciada na Inglaterra e a formação do Estado Moderno ou Estado Nação na França, também conheceu uma perspectiva teórica que se coloca como uma contra-hegemonia ao pensamento conservador e burguês da época. Estamos nos referindo ao desenvolvimento do materialismo histórico de Karl Marx e Friedrich Engels, o que para muitos conservadores significou que um “fantasma” rondava a Europa, ou seja, uma visão de mundo que se contrapunha à visão dominante e defendia uma perspectiva na ótica da classe operária. Classe esta convocada para assumir um papel revolucionário na história.
Vejamos alguns princípios desta perspectiva teórica:
O cerne da história está no homem – primazia do ser social, pois é o homem social quem constrói a história, ou seja, a sua própria existência.
O cerne da ciência está na história, ou seja, a história dos homens que, através de sua materialidade dinâmica, nos permite desenvolver um conhecimento crítico e científico sobre a mesma.
Segundo o historiador brasileiro Ciro Flamarion Cardoso, o materialismo histórico se apoia em duas bases: “a) o princípio materialista da primazia do ser social em relação à consciência social (Marx: “não é a consciência do homem que determina seu ser, mas, pelo contrário, o ser social é que determina a sua consciência”) e; b) o princípio do historicismo: uma visão ou enfoque da sociedade radicalmente histórico, no sentido de vê-la como totalidade em constante processo de desenvolvimento mediante contradições (…)” (CARDOSO, 1994, p. 135).
Além do que, esta perspectiva, ao se contrapor à visão hegemônica positivista do século XIX, nos permite compreender que o conhecimento não resulta de um reflexo do fenômeno ou do objeto estudado, mas o conhecimento de desvendar o que constitui um fenômeno e o que está oculto no mesmo.
Para aprofundarmos o nosso olhar sobre tal questão, veremos a seguir a problemática da ideologia e da ciência em Marx.
Ideologia e Ciência segundo Karl Marx:
Danilo Marcondes em seu livro “Iniciação à história da filosofia – dos pré-socráticos à Wittgenstein” afirma que podemos compreender o conceito de ideologia em Marx em dois sentidos:
O sentido negativo do termo “ideologia” deriva de fato da obra de Marx e Engels, que o entendem como “falsa consciência”, em sua crítica aos hegelianos de esquerda, sobretudo Feuerbach e sua análise da religião (...) Segundo Marx e Engels, a interpretação de Feuerbach acaba por ser ideológica e não verdadeiramente crítica, porque não chega às verdadeiras causas do fenômeno religioso. Não é porque os homens são crédulos e supersticiosos que se tornam presas fáceis de dominação, mas porque existe a necessidade de se manter a dominação que surgem as superstições.
De acordo com esse sentido crítico, a ideologia é uma visão distorcida, é o mascaramento da realidade – de uma realidade opressora, que faz com que seu caráter negativo seja ocultado -, tornando-se assim mais aceitável e vindo ter uma justificativa aparente(...)
A ideologia é, portanto, uma forma de dominação, gerando uma falsa consciência, uma consciência ilusória, que se produz através de mecanismos sobre os quais se objetificam certas representações (as da classe dominante), como sendo a verdadeira realidade, tudo isso produzindo uma aparente legitimação das condições existentes numa determinada sociedade em um período histórico determinado. Produz-se com isto uma forma de alienação da consciência humana de uma situação real da existência (as relações de produção). A ideologia é produto de uma estrutura profundamente desigual, e, portanto, não transparente, já que esta desigualdade não pode explicitar-se no nível da consciência. Evitar que isto aconteça é tarefa da ideologia. (1997: p. 230-31).
Marxismo:
O marxismo, por compreender que o conhecimento não é um reflexo do fenômeno, mas como um modelo explicativo que parte das condições concretas onde o mesmo se produz, propõe um método científico que parta dos fenômenos reais. Em outras palavras, refuta a visão de ser uma coleta de dados empíricos abstratos e se compromete com os dados da própria realidade, portanto, de um mundo tal como ele é, com a finalidade de transformá-lo. Por esta razão, fica evidente a necessidade do conhecimento científico considerar a relação entre teoria e prática.
(...) não se parte do que os homens dizem, representam ou imaginam, nem tampouco do homem predicado, passado, representado ou imaginado, para chegar, partindo daqui, ao homem de carne e osso; parte-se do homem que realmente atua e, partindo de seu processo de vida real, se expõe também o desenvolvimento dos reflexos ideológicos e dos ecos deste processo de vida (...). E neste modo de considerar que as coisas não é algo incondicional. Parte das condições reais e não as perde de vista nem por um momento.
Suas condições são os homens, mas não vistos e plasmados através da fantasia, mas em seu processo de desenvolvimento real e empiricamente registrável, sob a ação de determinadas condições. Tão logo se expõe este processo ativo de vida, a história deixa de ser uma coleção de fatos mortos, ainda abstratos, como o é para os empiristas, ou uma ação imaginária de sujeitos imagináveis como é para os idealistas (MARX, A ideologia alemã).
Nessa aula você:
Aprendeu sobre a preocupação de caracterizar as ciências naturais e as ciências sociais, bem como identificar os campos de conhecimento científico decorrentesdas ciências naturais.
Além disso, evidenciamos alguns princípios que fundamentam duas correntes teóricas que se rivalizaram no século XIX no campo das ciências humanas e sociais. São elas: o positivismo de Augusto Comte e o historicismo de Karl Marx.
Aula 8: A relação sujeito/objeto nas Ciências Humanas
 
 
 
Antiguidade:
Idade Media: 
 
Idade Moderna: 
Revolução cientifica:
 
Penso, Logo existo: 
Universal:
Idade contemporanea:
Nessa aula você:
Identificou as diferenças entre os conceitos de Saber, Ciência e Epistemologia;
compreendeu o desenvolvimento das teorias do conhecimento da Antiguidade até o Século XX e também identificou as principais correntes filosóficas (realismo, idealismo, materialismo dialético e pragmatismo) sobre a relação entre o sujeito do conhecimento e o objeto do conhecimento.
Aula 9: A Pesquisa na Formação do Educador
 
 
 
Pesquisa bibliográfica:
 
Campo de pesquisa:
 
Pesquisa descritiva: 
Pesquisa acadêmica:
Pesquisa empírica:
Nessa aula você:
Nesta aula, tivemos a preocupação de compreender alguns princípios que fundamentam o curso de Pedagogia de nossa Instituição de Ensino, bem como, entender a importância da pesquisa na formação do(a) pedagogo(a). Além disso, apontamos alguns tipos de pesquisa.
Aula 10: Registro e Reflexão 
Perfil dos alunos:

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