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PG_PPGECT_M_Mioduski, Karyne Aparecida_2013

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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ 
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENSINO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA 
MESTRADO PROFISSIONAL EM ENSINO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA 
 
 
 
KARYNE APARECIDA MIODUSKI 
 
 
 
 
 
 
 
MEIOS TECNOLÓGICOS PARA INTERAGIR NO APRENDIZADO DE 
TEMAS DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL 
 
 
 
DISSERTAÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
PONTA GROSSA 
2013 
 
 
 KARYNE APARECIDA MIODUSKI 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MEIOS TECNOLÓGICOS PARA INTERAGIR NO APRENDIZADO DE 
TEMAS DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL 
 
 
Dissertação apresentada como requisito 
parcial à obtenção do título de Mestre 
em Ensino de Ciência e Tecnologia, do 
Programa de Pós-Graduação em 
Universidade Tecnológica Federal do 
Paraná. 
 
Orientador:Prof. DrAntonio Carlos de 
Francisco 
 
 
 
 
 
 
PONTA GROSSA 
2013 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ficha catalográfica elaborada pelo Departamento de Biblioteca 
da Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Campus Ponta Grossa 
n.31/13 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
M669Mioduski, Karyne Aparecida 
 
Meios tecnológicos para interagir no aprendizado de temas da educação 
ambiental. / Karyne Aparecida Mioduski. -- Ponta Grossa, 2013. 
94 f. : il. ; 30 cm. 
 
Orientador: Prof. DrAntonio Carlos de Francisco 
 
 Dissertação (Mestrado em Ensino de Ciência e Tecnologia) - Programa de 
Pós-Graduação em Ensino de Ciência e Tecnologia. Universidade Tecnológica 
Federal do Paraná. Ponta Grossa, 2013. 
 
1. Blogs. 2. Aprendizagem. 3. Educação ambiental. 4. Professores - 
formação. I. Francisco, Antonio Carlos de. II. Universidade Tecnológica Federal 
do Paraná. III. Título. 
CDD 507 
 
 
 
 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
A Deus, por me conceder a graça de vencer. 
 
Agradeço aos professores do programa de mestrado em Ensino de Ciência e 
Tecnologia da UTFPR, campus de Ponta Grossa e, em especial ao professor 
Antonio Carlos de Francisco, meu orientador e grande incentivador. 
 
A minha família, em especial ao meu esposo Marco e ao meu filho Gustavo, 
por compreender minhas ausências, ao mesmo tempo em que fortaleciam minha 
atitude como professora - pesquisadora. 
 
Aos professores, preciosos colegas de profissão, que estiveram dispostos a 
colaborar nesta pesquisa e, também, aos alunos, que contribuíram 
significativamente para a realização deste trabalho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Sou um “aventureiro” responsável, predisposto à mudança, à 
aceitação do diferente. Nada do que experimentei em minha 
atividade docente deve necessariamente repetir-se. Repito, 
porém, como inevitável, a franquia de mim mesmo, radical, 
diante dos outros e do mundo. Minha franquia ante os outros e 
o mundo mesmo e a maneira radical como me experimento 
enquanto ser cultural, histórico, inacabado e consciente do 
inacabamento”. 
Paulo Freire (1996, p. 50) 
 
 
RESUMO 
 
MIODUSKI, Karyne, Aparecida. Meios tecnológicos para interagir no 
aprendizado de temas da educação ambiental. Dissertação de Mestrado 
(Mestrado em Ensino de Ciência e Tecnologia) – Programa de Pós-Graduação em 
Ensino de Ciência e Tecnologia. Universidade Tecnológica do Paraná. Ponta 
Grossa, 2013. 
 
 
 
Este estudo tem por objetivo Elaborar um recurso didático para os professores, 
utilizando-se os meios tecnológicos disponíveis para auxiliar a Educação Ambiental 
em escolas da rede pública do Estado do Paraná. Este trabalho se desenvolveu 
através de oficinas direcionadas aos professores que participaram da capacitação 
ofertada pela Secretaria do Estado do Paraná - SEED, ocasião em que se utilizou de 
Blogs para abordar temas da Educação Ambiental. A pesquisa caracteriza-se como 
aplicada, classificada como exploratória de natureza quantitativa / qualitativa, 
realizada com um grupo de professores e uma turma de alunos do Curso Técnico de 
Meio Ambiente da cidade de Ponta Grossa – PR. Aplicou-se aos docentes e alunos, 
questionários em formato de planilha eletrônica e impressos, a fim de avaliar a 
interação de professores e alunos com os meios tecnológicos, além de analisar seu 
impacto como ferramenta didática no ensino-aprendizagem. Para atingir os objetivos 
desta pesquisa foi realizado um levantamento na literatura abordando as principais 
ferramentas dos meios tecnológicos aplicadas como recurso didático, em específico 
o blog, os temas da Educação Ambiental, Agenda 21 Escolar, a formação 
continuada dos professores, além da técnica utilizada nas oficinas de capacitação, 
os mapas mentais. Como produto final deste trabalho, foi desenvolvido um blog, 
para que os professores tenham possibilidades de desenvolver ações e materiais 
didáticos para discutir temas e atitudes da Educação Ambiental e da Agenda 21 
Escolar. 
 
Palavras Chaves: meios tecnológicos, blog, capacitação docente e Educação 
Ambiental. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
 
MIODUSKI, Karyne, Aparecida. Technological ways to interact within 
environmental education. Master Thesis (Master in Science and Technology 
Teaching) - Graduate Program in Science and Technology Teaching. Technological 
University of Paraná. Ponta Grossa, 2013. 
 
 
 
The goal of this study is to create a teaching resource for teachers, using the 
technological means available to help the environmental education in the public 
schools of the State of Paraná. This work was developed through workshops directed 
to teachers who participated in the training offered by the Education Secretary of 
State of Paraná - SEED, in this occasion Blogs were used to address Environmental 
Education issues. The research is characterized as applied, classified as exploratory 
quantitative / qualitative, made with a group of teachers and students from the 
Environment Technical School in Ponta Grossa - PR. Questionnaires in spreadsheet 
format were applied to teachers and students to evaluate the interaction between 
teachers and students with the technological means, and analyze its impact as a 
teaching tool in the teaching-learning process. To achieve the objectives of this 
research, there was made a survey in the literature addressing the main 
technological tools applied as a teaching resource , in particular the blog , the themes 
of Environmental Education , School Diary 21 , the continuing study of teachers and 
the technology used in workshops , mental maps. The final product of this work is the 
development of the blog, so that teachers have opportunities to develop actions and 
materials to discuss themes and attitudes of Environmental Education and the School 
Diary 21. 
 
Key Words: technological means, blog, teacher training and environmental 
education 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE FIGURAS E ESQUEMAS 
 
 
Figura 1 A professora de Geografia trabalha temas atuais com os 
alunos, através do blog..................................................... 
 
27 
 
Figura 2 blog direcionado aos professores que participaram das 
Oficinas de Capacitação com temas de discussão.......... 
 
28 
 
Figura 3 blog para que os professores que participaram das 
Oficinas de Capacitação interagissem com a oficineira e 
outros professores............................................................ 
 
 
29 
 
Figura 4 a professora trabalha temas variados e apresenta, passo 
a passo, as atividades para seus alunos........................... 
 
45 
Figura 5 o professor do Curso Técnico em Meio Ambiente fez do 
blog uma extensão da sala de aula.................................. 
 
 
46 
Esquema (a) Mapa Mental “facilidades e dificuldades dos meios 
tecnológicos”...................................................................... 
 
53 
 
Esquema (b) Mapa Mental “Objetivos e Ações da Agenda 21 Escolar”.. 55 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE GRÁFICOS 
 
 
Gráfico 1 Percentual de ferramentas que os professores 
conhecem/utilizam(blog, sites, vídeos, imagens, som, TV, 
pendrive, e-mail)..................................................................... 
 
 
60 
 
Gráfico 2 
 
 
 
Gráfico 3 
Tecnologias apontadas pelos professores para ajudar a 
melhorar o seu trabalho.......................................................... 
 
 
Percentual de utilização de ferramentas para trabalhar com 
os alunos na produção de vídeos, baixar arquivos da 
internet, modificar o formato dos vídeos, e na construção de 
blogs e sites........................................................................... 
 
61 
 
 
 
 
 
62 
 
Gráfico 4 Percentual de utilização dos meios tecnológicos para 
trabalhar a Educação Ambiental............................................. 
 
67 
 
Gráfico 5 Demonstrativo de quantos professores já trabalharam na 
implementação, ou em ações da Agenda 21 
Escolar.................................................................................... 
 
 
68 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE QUADROS 
 
 
Quadro 1 Planilha de dados do questionário dos 
professores............................................................................. 
 
50 
 
Quadro 2 Aspectos positivos e negativos dos meios tecnológicos em 
relação ao aprendizado em sala de aula................................ 
 
57 
 
 
Quadro 3 As dificuldades de trabalhar EA na escola............................. 59 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO......................................................................................... 12 
1.1 OBJETIVOS............................................................................................. 16 
1.2 JUSTIFICATIVA....................................................................................... 17 
1.3 ESTRUTURA DO TRABALHO................................................................. 18 
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA................................................................ 20 
2.1 OS MEIOS TECNOLÓGICOS COMO FERRAMENTAS 
DIDÁTICAS................................................................................................ 
 
20 
2.2 BLOGS COMO FERRAMENTAS PARA AUXILIAR O 
APRENDIZADO......................................................................................... 
 
22 
2.2.1 Blog - uma ferramenta para o professor interagir com os meios 
tecnológicos............................................................................................... 
 
25 
2.3 OUTRAS POSSIBILIDADES PARA INTERAGIR COM OS MEIOS 
TECNOLÓGICOS: MOVIE MAKER, TUTORIAL DE ATIVIDADES, 
COMPARTILHAMENTO DE ARQUIVOS E 
FÓRUNS.................................................................................................... 
 
 
 
30 
2.4 FORMAÇÃO CONTINUADA - UMA ATITUDE QUE FORTALECE O 
ENSINO..................................................................................................... 
 
31 
2.5 MAPAS MENTAIS APLICADOS EM OFICINAS DE CAPACITAÇÃO...... 35 
2.6 A EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA ESCOLA................................................ 36 
2.6.1 Os temas da Educação Ambiental (EA) nas Escolas.............................. 39 
2.6.2 Agenda 21 Escolar.................................................................................... 40 
2.7 TEMAS DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL NOS BLOGS PRODUZIDOS 
PELOS PROFESSORES......................................................................... 
 
44 
3 METODOLOGIA........................................................................................ 47 
3.1 CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA............................................................ 47 
3.2 POPULAÇÃO E AMOSTRA...................................................................... 47 
3.3 INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS............................................... 48 
3.4 TRATAMENTO DOS DADOS.................................................................... 49 
4 DISCUSSÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS ...................................... 51 
4.1 MAPAS MENTAIS COMO FERRAMENTA DE CAPACITAÇÃO AOS 
PROFESSORES........................................................................................ 
 
51 
4.2 OS MEIOS TECNOLÓGICOS NO ENSINO-APRENDIZADO PELA 
ÓTICA DO EDUCADOR............................................................................ 
 
56 
4.3 A CONVIVÊNCIA DE ALUNOS COM PROFESSORES QUE UTILIZAM 
OS MEIOS TECNOLÓGICOS EM SALA................................................... 
 
64 
4.4 A EDUCAÇÃO AMBIENTAL E AGENDA 21 ESCOLAR - TEMAS 
TRABALHADOS EM BLOGS ENTRE PROFESSORES E ALUNOS....... 
 
66 
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS...................................................................... 69 
5.1 Revendo o percurso da pesquisa............................................................. 69 
5.2 Dificuldades............................................................................................... 74 
5.3 Sugestões para trabalhos futuros............................................................. 75 
 REFERÊNCIAS......................................................................................... 76 
 APÊNDICE................................................................................................ 82 
 
 
12 
1. INTRODUÇÃO 
 
A educação auxilia no processo de renovações e transformações a cada dia, 
e segundo Rossoet al (2010, p. 829), “A educação, por exercer simultaneamente 
uma ação formativa dos sujeitos e da sociedade, busca não só a manutenção da 
mesma, mas atua também na mobilização de ações transformadoras, portanto, 
mudanças”. Uma das necessidades que tem se apresentado na escola é a de formar 
cidadãos responsáveis em relação ao meio ambiente, à sociedade e ao processo 
econômico, fortalecendo os alicerces já previstos nos temas trabalhados na 
Educação Ambiental (EA) auxiliando os estudantes a contribuir para a construção de 
uma sociedade sustentável. 
Nesse contexto Silva (2012, p.23) argumenta que: 
 
O professor é o agente responsável por implementar as mudanças que irão 
reorganizar sua prática pedagógica, promovendo uma inserção das TIC em 
seu trabalho. Há de partir dele o interesse para não deixar que os alunos 
fiquem desprovidos do direito de ter o conhecimento ampliado pelas 
inovações tecnológicas. 
 
A proposta deste trabalho foi auxiliar os professores em relação a apropriar-se 
dos meios tecnológicos e fomentar a prática dos temas da Educação Ambiental em 
sala de aula. Para esse fim, foram ministradas oficinas de capacitação que 
abordaram as temáticas:os Meios Tecnológicos,a Educação Ambiental e a Agenda 
21 Escolar, utilizando-se da análise sistêmica apropriada para que as disciplinas 
específicas pudessem trabalhar em alguns momentos isoladamente e, em outros, 
através da interdisciplinaridade que compõe os currículos escolares. 
Neste sentido a contribuição de Cruz (2008, p. 1027) é bastante válida 
quando diz: 
 
A forma tradicional de conhecimento presente nas escolas centrava-se na 
figura do professor, sendo este tratado como o "dono do saber". Hoje, 
percebemos mudanças nesse cenário. Na era da informação, o espaço do 
saber do docente foi dando lugar ao de mediador e problematizador do 
aprender: Ele passou a ser visto como aquele que desafia os alunos, 
mostrando-lhes, entre as várias possibilidades de aprendizagem, caminhos 
que poderão ser percorridos. 
 
 
 É necessário entender que não é mais possível tratar a sustentabilidade e os 
meios de informação e comunicação como um processo distante da realidade não é 
 
 
13 
mais possível. Para Erbano (2011), algumas atividades como consumo e 
comunicação estão migrando para a internete, aproveitando esse momento, os 
professores quando interagem com os meios de comunicação e informação 
aprimorando os temas da educação ambiental como metas educacionais, têm 
condições de desenvolver novas ações e atitudes em diferentes escalas, sendo que 
todos estão envolvidos nos resultados que fomentarão numa sociedade sustentável, 
objetivos definidos para estas gerações. 
 Chaveset al (2009, p. 17) já discutem estes temas nas instituições 
universitárias. O mesmo pensamento aplica-se ás escolas de ensino fundamental, 
médio e profissionalizantes. 
 
As instituições de ensino procuram fazer ajustes aos cristalizados conceitos 
de disciplinas, grade curricular e conhecimentos registrados como basilares 
para a formação do ser social. Embora estas transformações sejam lentas, 
ainda correm o risco de perder o foco de seus objetivos, como educar para 
a cidadania, a solidariedade, a cooperação, a criticidade, o diálogo, o 
respeito à pluralidade cultural e ao meio ambiente. 
 
 
O processo de readaptação, transformação e reconstrução do conhecimento 
é muito lento, são necessárias muitas tentativas para se obter êxito. Desta forma se 
está mais suscetível a falhas do que a sucessos, porém estas discussões são 
necessárias, pois os erros corroboram para decisões mais justas e equilibradas. 
Ferrari et al (2011, p. 2) contribuem neste processo: 
 
Muitos problemas decorrentes de um modelo ultrapassado de 
desenvolvimento refletem hoje consequências de uma ocupação e 
crescimento acelerados impossíveis de serem escondidos ou deixados de 
lado. A observação de problemas de ordem social, econômica, política e 
ambiental junto a uma nova conscientização da humanidade vem trazendo 
um aumento nas discussões daquilo que é ou não é sustentável para o 
crescimento dos países e suas economias. Hoje, o homem se encontra num 
momento de alto nível tecnológico, com tendências a um crescimento ainda 
maior, porém, esse desenvolvimento tecnológico requer recursos naturais, 
financeiros, humanos e, também, precisa de limites incorporando valores 
ambientais de grande importância. 
 
Observa-se hoje, um novo momento em relação à perspectiva social, 
ambiental e econômica, uma vez que a busca pelo equilíbrio trouxe para esta 
sociedade um novo olhar para a sustentabilidade. Segundo Fialho et al (2008), 
Guattarri em 1997, já compreendiam a sustentabilidade como o resultado do Meio 
Ambiente, da Cultura e da Subjetividade Humana, chamado de “ecosofia”. 
 
 
14 
Compreender a real necessidade da interação entre o meio ambiente, a 
economia e as relações sociais pela ecosofia, a sociedade sustentável deixará de 
ser utopia. Utilizar-se de apenas alguns momentos durante determinadas aulas, ou 
uma vez ao ano, para abordar os temas da EA, não se pode considerar uma atitude 
interdisciplinar. É também, por conflitos entre pressupostos epistemológicos e 
metodológicos do direito constitucional fundamental que se encontra a base para 
fortalecer esta temática e, creditar sua aplicabilidade constantemente na vida das 
pessoas, é como afirma Reisewitz (2004, p. 45) 
 
Preservar o patrimônio ambiental é garantir a qualidade de vida. Garantir a 
qualidade de vida é preservar a dignidade humana. O bem maior protegido 
pelo direito é a vida humana. Mas o ser humano, ser racional, é sujeito 
consciente das situações que vivencia e valora os objetos à sua volta. 
Precisa, portanto, de algo mais do que sobreviver: precisa viver com 
dignidade. 
 
No entanto, não basta ver a sustentabilidade apenas como uma vertente. É 
necessário aprender a valorizar os meios com o intuito de se obter sucesso nesta 
caminhada para a sociedade sustentável. Pereira (2007, p. 38), ao observar tal fato 
nas novas organizações, afirma: “deve ter seus resultados mensurados em três 
esferas inseparáveis – a econômica, a social e a ambiental. Baseadas nesse tripé, 
as empresas devem orientar as suas decisões”. Sendo as empresas um pilar 
econômico já sensibilizado para a necessidade da sustentabilidade, cabe ao 
segundo pilar, o social, reforçar esta ação, pois é pela educação que se conscientiza 
o cidadão para a importância de atuar responsavelmente em sociedade; somente 
desta forma, serão capazes de equilibrar o terceiro pilar deste tripé, o ambiental. 
Segundo Marcote e Suárez (2005, p.2) a educação ambiental não pode ser 
um pensamento desarticulado entre o homem ser social, o desenvolvimento 
econômico e o meio ambiente. 
 
A Educação Ambientalvisamelhorar, criarcondições 
culturaisapropriadasnenhum dessesproblemasocorremoufazê-lona medida 
em queeles são feitos, naturalmente, pelos própriossistemasonde 
ocorrem.Definir,localizar e identificaros problemase suas conseqüências, 
admitir quenos afetam,conhecerseus mecanismos,avaliaro nosso papeltão 
importante, desenvolver o desejo, a necessidade de sentir-se parteda 
solução,escolher as melhoresestratégias derecursos mais apropriados, etc., 
sãoalguns dos mecanismoscognitivos e afetivosque a 
 
 
15 
sociedadeambientalmenteeducada (alfabetizada ambientalmente) devem 
operar.1 
 
 
Mesmo com novas medidas sendo implementadas, atualizadas e 
transformadas para benefício de uma sociedade mais sustentável que busca o 
equilíbrio no desenvolvimento econômico, Marcote e Suárez (2005) descrevem que 
as ações devem respeitar a equidade e justiça de um povo que parte do local para o 
global. 
Alguns autores como Carvalho (2004) e Leff (2011) observaram que os 
grupos mais conscientes em relação às demandas socioambientais serão 
fortalecidos quando as novas gerações estiverem sendo suficientemente preparadas 
nos ambientes educacionais (formais ou não formais), embasadas na educação 
ambiental adotada por ações interdisciplinares, multiplicando projetos e atividades 
pautadas na EA. 
 A necessidade de rever atitudes socioambientais para um consumo mais 
consciente é debatido por Erbano (2011, p. 30) como sendo a urgência de “um novo 
paradigma ecológico, em face do pensamento antropocêntrico”. O autor discute 
ainda a presença dos meios de comunicação como espaços de transformações para 
o mundo, consumir com ou sem consciência socioambiental. 
Para Tristão (2004, p.25) “a educação ambiental, na sua complexidade, 
configura-se como possibilidade de religar a natureza e a cultura, à sociedade e à 
natureza, o sujeito e o objeto”. Fica evidente o comprometimento da educação 
ambiental para a formação do cidadão. Atendendo a uma demanda sócio 
educacional de estudos que priorizem um suporte teórico e metodológico para que 
os profissionais da educação possam moldar seu trabalhar com bases mais 
profundas sobre a Educação Ambiental e a Sustentabilidade, aliada ao sucesso da 
Agenda 21 Escolar, esta pesquisa se intensificou em desmistificar aos professores 
determinados temas sobre EA: os meios tecnológicos e a Agenda 21. 
 
1 La EA pretende, en el mejor de los casos, crear las condiciones culturales apropiadas para que 
tales problemas no lleguen a producirse o lo hagan en tal medida que sean asumidos de forma 
natural por los propios sistemas donde se producen. Definir, situar y reconocer los problemas y sus 
consecuencias, admitir que nos afectan, conocer sus mecanismos, valorar nuestro papel como 
importante, desarrollar el deseo, sentir la necesidad de tomar parte de la solución, elegir las mejores 
estrategias con los recursos más idóneos, etc., son algunos de los mecanismos cognitivos y afectivos 
que una sociedad educada ambientalmente (alfabetización ambiental) debe manejar.(Marcote e 
Suarez, 2005, p.2) 
 
 
16 
 Segundo Morales (2009, p. 61) a educação ambiental é mais um caminho 
que proporciona melhorar as relações entre a sociedade e a natureza, tendo o 
objetivo deestabelecer uma sociedade sustentável. Para que este trabalho seja 
desenvolvido com todo o seu valor é necessário compreender as diferenças entre 
educação ambiental, sustentabilidade e a Agenda 21. As ações resultantes destes 
entendimentos levarão a compor uma sociedade sustentável, calcada nas bases dos 
novos modelos de gestão do que deve ser socialmente correto, ambientalmente 
adequado e economicamente viável ao processo da economia emergente. 
A principal indagação contida nesta pesquisa é a de encontrar argumentos 
para compreender o seguinte questionamento:Comoos meios tecnológicos podem 
contribuir com o ensino da Educação Ambiental em escolas da rede pública do 
estado do Paraná? 
 
 
1.1 OBJETIVOS 
 
Geral 
 
Elaborar um recurso didático para professores, utilizando-se dos meios 
tecnológicos, para auxiliar a educação ambiental em escolas da rede pública do 
Estado do Paraná. 
 
 
Específicos 
 
Avaliar o quanto professores/alunos interagem com os meios tecnológicos. 
 
Analisar o impacto dos meios tecnológicos como ferramenta didática 
auxiliando no ensino-aprendizagem. 
 
 Desenvolver um blog que possibilite aos professores desenvolver ações e 
materiais didáticos específicos, para discutir temas e atitudes da Educação 
Ambiental e da Agenda 21 escolar. 
 
 
 
17 
1.2 JUSTIFICATIVA 
 
Prevista desde 1985 pelo MEC, a inclusão da temática Educação Ambiental 
vem caminhando lentamente para sua prática efetiva dentro da sala de aula. Porém, 
desenvolver um material interdisciplinar, tanto para os docentes quanto para 
estudantes e, ainda, com possibilidade de atingir a outras pessoas utilizando-se dos 
recursos tecnológicos como os “blogs”, por exemplo, que se apresentam como uma 
ferramenta atraente aos jovens, além de ser um canal de comunicação, os 
educadores poderão ampliar seu espaço para produzir informação e conhecimento. 
Esta é uma tarefa que instiga pesquisadores como afirma Corrêa, Echeverria e 
Oliveira (2006, p.15) “dentre as dificuldades, a falta de apoio e de material”, quando 
descreve a dificuldade para desenvolver e para encontrar materiais de qualidade. 
Furtado (2010, p.13) também analisa os meios tecnológicos aplicados ao ensino-
aprendizado, mais especificamente, à pedagogia hospitalar, mas nesse momento, 
pode-se ampliar o debate para todos os profissionais da educação: 
 
As TICs podem contribuir de forma significativa no que diz respeito à 
formação dos professores que atuam nesta área educacional, assim como 
a troca de experiências entre os profissionais que atuam em Hospitalização 
Escolarizada pode ocorrer de forma colaborativa, utilizando-se desses 
meios. 
 
 
Para atender aos objetivos desse trabalho foi desenvolvida uma página virtual, 
um blog, que atendesse algumas das principais necessidades dos educadores em 
relação aos meios tecnológicos, sendo esta, com a função de se tornar um material 
de apoio aos professores e de autonomia para os alunos, conforme as necessidades 
do grupo em sala ou em outra atividade extraclasse. Este material servirá como uma 
referência, contendo textos, atividades específicas e, também, metas de projetos 
que envolvam não apenas professores e alunos, mas buscando através da dinâmica 
das tecnologias, interagir junto à cartilha. Gavidia (apud PIECKICH E HAGEMEYER, 
2008 p. 40) descreve sobre essa necessidade como sendo: 
 
Há escassez de materiais curriculares. A discussão gira em torno da 
propriedade de uma bibliografia específica. O mundo editorial ainda não se 
convenceu de oferecer textos sistemáticos. Há manuais orientados aos 
professores, mas não há textos para os alunos. 
 
 
 
18 
O que se observa não é a falta de informação sobre a temática em questão, e 
sim, como esta informação está sendo apresentada. A necessidade de “informar 
para formar o cidadão” é pouco praticada pelos meios de comunicação usuais dos 
alunos e grande parte da população e, a conexão entre estes meios tecnológicos e 
midiáticos comuns aos alunos, não está presente na rotina dos professores. É nesta 
perspectiva que a cartilha virtual em formato de blog oferece informação e procura 
um vínculo para ambos, docente e discente. 
Para Pieckoch e Hagemeyer (2008, p. 43), “o que se busca, é que a 
Educação Ambiental se concretize mediante construções singulares de 
aprendizagem, que possam garantir o significado e a qualidade das experiências 
proporcionadas”. As tecnologias podem colaborar com a eficiência deste 
aprendizado e não existem motivos para reprimir o uso consciente destas 
ferramentas tecnológicas. 
 Freire (1996, p. 50) descreve o professor crítico como “aventureiro, 
responsável, predisposto à mudança, à aceitação do diferente”. Nesse sentido, o 
professor que se aventura pelos meandros tecnológicos buscando melhorar o 
aprendizado dos seus alunos faz o papel de professor mediador, proporcionando a 
eles (alunos) usufruir com consciência dos meios de comunicação e informação. 
Inúmeras vezes o tempo em sala de aula é curto para trabalhar com 
qualidade um determinado conteúdo, principalmente quando o professor procura 
relacionar seus conteúdos com os temas da EA. Os meios tecnológicos podem ser 
uma oportunidade de melhorar o desempenho da aula em relação ao tempo que é 
disponível para cada encontro de 50 minutos. Isso fica evidente quando se observa 
a organização, o perfil e as necessidades do professor em relação ao conteúdo a ser 
apresentado, ao debate desses conteúdos, e à escolha do melhor recurso 
tecnológico para dinamizar sua aula. 
 
 
1.3 ESTRUTURA DO TRABALHO 
 
A presente dissertação encontra-se estruturada num total de cinco capítulos, 
sendo o primeiro capítulo como introdução da pesquisa. 
 O capítulo dois trata da fundamentação teórica que abrange: os meios 
tecnológicos como ferramentas didáticas, os blogs como ferramentas para auxiliar o 
 
 
19 
aprendizado; a cartilha virtual aplicada como ferramenta para o professor interagir 
como os referidos meios; outras possibilidades para interagir como os meios 
tecnológicos; formação continuada dos professores em relação a esses meios 
aplicados aos temas da Educação Ambiental;mapas mentais em oficinas de 
capacitação; o papel da Educação Ambiental; os temas da Educação Ambiental (EA) 
nas escolas; a Agenda 21 escolar, além dos temas da Educação Ambiental nos 
blogs produzidos pelos professores, facultando-lhes a apropriação dessas 
ferramentas. Ainda outras possibilidades de recursos tecnológicos que podem ser 
aplicados como: ferramentas didáticas, formação continuada dos professores, os 
mapas mentais como recurso aplicado, oficinas de capacitação, um relato da 
Educação Ambiental e da Agenda 21 em sala de aula e os temas da Educação 
Ambiental nos blogues criados por professores. 
 O terceiro capítulo apresenta a metodologia utilizada nesta dissertação, 
revelando também, os detalhes da pesquisa de campo. Este capítulo se refere à 
forma como foram organizados, impressos e aplicados os questionários via planilha 
eletrônica, a uma turma de alunos do Curso Técnico em Meio Ambiente da cidade 
de Ponta Grossa – PR. 
 No quarto capítulo encontram-se as discussões e análise dos resultados, 
apresentados através de números, gráficos e esquemas (mapa mental), a fim de 
melhor visualizar os resultados da pesquisa. Nesse capítulo segue-se a ordem dos 
trabalhos nas oficinas de capacitação junto a professores da rede estadual de 
ensino do Paraná aplicando-se a técnica dos mapas mentais para apresentar, 
debater e elaborar um conceito dos temas principais “Meios tecnológicos, Educação 
Ambiental e Agenda 21 Escolar”. 
 Além de apresentar e analisar os dados obtidos através dos respondentes 
(professores e alunos) sobre o papel dos meios tecnológicos como ferramenta 
didática, os temas da Educação Ambiental e Agenda 21 Escolar foram trabalhados 
por um dos canais, como o blog e/ou cartilha virtual, auxiliando o professor em sala 
de aula a interagir com os alunos nos espaços virtuais. 
 No quinto capítulo, as considerações finais, apresentando uma reavaliação 
do trabalho inicial, além de identificar as maiores dificuldades no decorrer do estudo 
e, por fim, as sugestões para trabalhos futuros. 
 
 
 
 
20 
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
 
2.1 OS MEIOS TECNOLÓGICOS COMO FERRAMENTAS DIDÁTICAS 
 
A relação entre a escola e os recursos tecnológicos resulta em uma nova 
forma de aprender e ensinar, onde a velocidade da informação precisa ser 
trabalhada pelos professores,em sala de aula, para que os alunos as avaliem 
criticamente, se apropriem e construam um conhecimento próprio sobre a gama de 
informações que encontram na internet (BRITO, 2006). 
Brasil (apud ROSSO et al, 2010 p. 823) vem reafirmar essa parceria ensino e 
tecnologias como identidade do professor 
 
O ensino visando à aprendizagem do aluno; o acolhimento e o trato da 
diversidade; o exercício de atividades de enriquecimento cultural; o 
aprimoramento em práticas investigativas; a elaboração e execução de 
projetos de desenvolvimento dos conteúdos curriculares; o uso de 
tecnologias da informação e comunicação, e de metodologias, estratégias e 
materiais de apoio inovadores; o desenvolvimento de hábitos de 
colaboração e de trabalhos em equipe. 
 
A atuação do professor nesse momento deve ser feita a partir de uma 
reflexão com relação ao uso das ferramentas didáticas na educação. O uso da 
tecnologia precisa ser entendido como um processo contínuo pelo qual as pessoas 
modificam suas vidas e não apenas como objetos passivos na informação. Entender 
que precisam pensar criticamente na inserção destas ferramentas nas práticas 
pedagógicas, possibilitando que os alunos entendam a sociedade tecnológica em 
que vivem e saibam das consequências desta utilização, gerando reflexão e 
esclarecimento sobre as condições em que essas ferramentas didáticas estão 
inseridas (BRITO, 2006). 
A melhoria significativa na educação dependerá da forma de utilização 
durante o processo de ensino e aprendizagem em que o saber lidar, conhecer e 
dominar auxilia na apropriação das ferramentas tecnológicas de uma forma que o 
sujeito não se torne dependente, mas um agente ativo nesse processo. 
Segundo Brito (2006, p.16) “é necessário que o professor entenda a 
tecnologia como um instrumento de intervenção na construção da sociedade 
democrática, contrapondo-se a qualquer tendência que a direcione ao tecnicismo, a 
coisificação do saber e do ser humano”. O professor como mediador do 
conhecimento em sala de aula, também encontra espaço para mediar as 
 
 
21 
informações e construir o senso crítico de seus alunos com a finalidade de interagir 
com as tecnologias, em especial os espaços virtuais. 
Segundo Oliveira (2010, p.46) utilizar as tecnologias em prol de melhorar o 
ensino-aprendizagem não é apenas um processo, é uma atitude. 
 
Novos ambientes que proporcionem aprendizagem e a elaboração de 
materiais didáticos podem ser utilizados pelos educadores através das 
tecnologias computacionais, TV’s-Multimídia, câmera digital, celulares, 
televisão, DVD, Internet, entre outros, onde o processo dialógico e 
mediador do professor é importante para a construção do 
conhecimento e ainda, para que o educando assuma uma postura mais 
ativa neste processo. 
 
Para Pochoet al. (2011) as tecnologias podem ser agrupadas em duas 
categorias “independentes e dependentes”, sendo que as que fazem uso de 
recursos elétricos ou eletrônicos como dependentes e as que não se utilizam destes 
recursos como independentes. O professor quando consciente das necessidades de 
melhorar o aprendizado dos seus alunos, e ciente dos recursos de que dispõe em 
sua sala de aula, poderá optar por uma das duas formas de tecnologia. 
Quais são as tecnologias independentes? Segundo Pochoet al. (2011) foram 
listados alguns recursos para auxiliar o professor em sala, são eles: “álbum seriado, 
blocão ou flipchart, cartão-relâmpago, cartaz, ensino por fichas, livro didático, jornal, 
gráfico, história em quadrinhos, sucata, jogo, mapas e globo, mural, quadro de giz”. 
Quais são as tecnologias dependentes? Para Pochoet al. (2011) são 
consideradas dependentes os “ambientes virtuais de aprendizado (AVA), 
audioconferência, blog, webquest, wiki, chat, computador, DVD, fórum, internet, 
mídia sonora, podcasting, slides, televisão” entre outros exemplificados pelos 
autores em seu livro. 
 Em relação aos meios tecnológicos dependentes, Furtado (2010, p. 15) afirma 
que “pode-se dizer que a criação de tecnologias educacionais não descaracteriza a 
função de mediação do professor, entre o conhecimento e o educando”, as novas 
tecnologias devem ser apreciadas e apropriadas com excelência pelos professores, 
a fim de promover a construção do conhecimento através dos meios tecnológicos, 
sendo elas dependentes ou independentes. 
 
As possibilidades de propostas pedagógicas para atividades são variadas. 
Utilizando-se tanto das tecnologias independentes quanto dependentes, o professor 
 
 
22 
determinará qual dessas ferramentas é mais adequada ao ambiente escolar e ao 
conteúdo selecionado para sua turma. 
 
2.2 BLOGS COMO FERRAMENTAS PARA AUXILIAR O APRENDIZADO 
 
 Dentre as várias opções de ferramentas tecnológicas aplicadas para a 
educação, existe uma em especial, os blogs/sites que são bem adequados para o 
ensino-aprendizado, pois são fáceis de construir e podem ser atualizados a qualquer 
momento. Outro atrativo é que são gratuitos, tanto para quem os mantém 
atualizados, quanto para quem acessa esses endereços virtuais. 
 Segundo Kenski (2007, p. 122) o blog nada mais é do que “uma espécie de 
diário, na forma de página web, que deve ser atualizado frequentemente”. Sobre as 
funcionalidades dos blogs para auxiliar o aprendizado, Kenski (2007, p.122) diz, 
“fáceis de serem criados, os blogs podem servir como espaços construídos por 
todos os participantes de uma disciplina”, possibilita ao professor interagir com 
outros professores e com seus alunos, para trabalhar qualquer tema 
educacional/ambiental/tecnológico/social entre outros. 
Foi o americano JornBarger, em 1997, que definiu blog como sendo uma 
página na internet com uma ordem de textos datada e, com a presença de links e 
comentários. Em 1999, Rebecca Blood definiu os alimentadores (quem organiza as 
postagens no blog) como blogger/blogueiros. 
 Hoje os blogs e, principalmente, os blogs educacionais se aproximam cada 
vez mais dos jovens, e são eles que trazem essa tecnologia para o dia a dia escolar. 
Apesar de todas as restrições e dificuldades de equipamentos1 de qualidade e de 
habilidades dos professores em relação a essas tecnologias, os jovens, segundo 
Kenski, (2007, p. 52) estão atuando muito bem com os meios tecnológicos. Mesmo 
com a segregação digital no Brasil, esses jovens querem participar dos momentos e 
movimentos que acontecem tanto no mundo real quando no mundo virtual. 
Os jovens não falam em novas tecnologias, falam do que fazem com elas, 
como criar um site, enviar um e-mail, teclar num chat ou no ICQ, jogar e 
brincar em rede com amigos virtuais localizados em partes diferentes do 
mundo, baixar músicas e clipes.Enfim, utilizar naturalmente a capacidade 
máxima de seus computadores para interagir e criar juntos. 
 
1 Equipamentos: TV, computadores, acesso à internet de qualidade e laboratórios de informática com 
o número adequado de computadores para trabalhar com alunos e professores. 
 
 
23 
 
 Não são poucas as reclamações entre docentes sobre as dificuldades de 
conquistar os alunos para o real aprendizado em sala. Verifica-se que o mundo 
virtual é um grande competidor pela atenção destes jovens, e por que não tornar 
esse mundo virtual um colaborar para o aprendizado? Quando o professor entender 
que se apropriando dessas ferramentas elas acabam por conquistar a atenção, o 
processo de ensino-aprendizado tenderá a ser mais simples. 
 Quando o professor passa a interagir com essas ferramentas dando suporte 
para os alunos aproveitar melhor as informações disponíveis nos meios de 
comunicação e informação, o professor exerce o seu papel de mediador do 
conhecimento, Furtado (2010, p.13) contribui com essa análise: 
é necessário destacar a relação entre qualidade e quantidade das 
informações, visto que o excesso de informação disponível na internet 
muitas vezes não apresenta acredibilidade necessária e não representa a 
síntese do usuário em transformar informação em conhecimento. 
 
 No blog o professor quando cria uma página para interagir com seus alunos, 
tem a oportunidade de ampliar informações sobre temas pré-estabelecidos ou por 
uma escolha livre de ambos (professor e aluno). As possibilidades destas páginas 
virtuais são inúmeras, por exemplo, fóruns, enquetes, pesquisa orientada, produção 
de vídeos, interpretação de música, leitura e produção de reportagens de revistas e 
jornais online entre outros. 
 Para os alunos, torna-se mais interessante quando o professor permite a sua 
participação na construção do blog. Existem muitas páginas de blogs/sites que a 
criação inicia com o professor e depois, a função de atualizar é de responsabilidade 
dos seus alunos. Em outros casos, o professor é o único alimentador da página e os 
alunos interagem com o blog como um livro didático orientado. Kenski (2007) tem 
uma opinião sobre essa troca de experiências bastante relevante. Segundo o autor, 
essa aproximação do professor e dos alunos através dos blogues, é uma nova forma 
de integração, que proporciona para ambos ensinar e aprender. 
 Para Oliveira (2006, p. 337) os blogs se constituem em alternativas para 
aproximar a educação de outras ferramentas de ensino-aprendizagem. 
No meio acadêmico e educacional a interface blog tem ganhado grande 
importância. Seu uso é difundido cada vez mais como objeto de 
aprendizagem, encarnando com grande entusiasmo, ser o vetor de um 
modelo de ensino-aprendizagem no qual a construção coletiva de 
significados representa um novo fazer educativo. O surgimento dos blogs 
 
 
24 
coincide exatamente com o momento em que a presença das Novas 
Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) no tecido social, passam 
a exigir transformações no modo de fazer e agir das instituições sociais. 
 
 O que define o blog como uma ferramenta bastante prática, para corroborar 
com o professor na tarefa de construir o aprendizado dos seus alunos, é o acesso 
deste recurso para os alunos consultarem e para o professor atualizar, conforme as 
suas demandas educacionais. Como definido anteriormente, o blog é uma espécie 
de diário, onde são postadas (anexados) informações, e que essas informações 
poderão ser atividades, tarefas e pesquisas em um contexto online. 
 Segundo Oliveira (2006, p. 338) “o uso de diários como ferramenta de 
desenvolvimento de habilidades críticas e reflexivas não é novidade na história da 
educação”, o que, hoje, alguns professores estão fazendo, são os seus diários 
online/virtuais. 
 Quando o professor expande seus limites para além da sala de aula, ele 
oferece uma nova oportunidade para o aluno, sendo que o aluno ao acessar o blog 
educacional do professor, ou da página registrada com o nome do tema do trabalho 
na sala, ou da escola, entende que o professor deixa claro o seu papel de mediador 
do conhecimento e abre espaço para os alunos interagirem entre si e, com o 
professor, na construção e reflexão sobre as informações que estão dispostas na 
internet. 
 Um dos maiores problemas de acessibilidade aos meios de comunicação é o 
chamado “filtro de informações”. Inúmeras são as informações disponíveis na rede, o 
que torna difícil para o aluno selecionar o que é verdadeiro e o que é manipulado 
pelas mídias. O professor nesse espaço virtual, o blog, tem possibilidade de fornecer 
estes subsídios aos seus alunos, auxiliando-os para filtrar as informações da rede. 
 Mais uma vez, Oliveira (2006, p. 342) contribui na mesma perspectiva para 
valorizar os blogs como ferramenta didática, 
 
Qualquer que seja o modelo implementado, o blog estará pronto para 
exercer o seu potencial de interface colaborativa, hipertextual, interativa, 
dinâmica, inclusiva, capaz de ajudar a promover, com qualidade, os 
objetivos didáticos propostos pela escola. 
 
 Como a escola busca constantemente melhorar o ensino-aprendizado, é 
muito importante que todos os recursos disponíveis para dar credibilidade e 
 
 
25 
promover a acessibilidade dos alunos ao aprendizado sejam colaborativos, e 
estejam disponíveis por tempo indeterminado. 
 Com o blog o aluno tem essa possibilidade a mais, além do professor em sala 
de aula, ele poderá contar com esse mesmo professor em um espaço virtual. 
Nascimento, Silva e Mercado (2008, p. 357) vêm contribuir neste sentido “no 
desenvolvimento dos processos de ensino, contamos com novas ferramentas de 
interação midiática”. Os blogs são ferramentas midiáticas de fácil acesso aos 
educadores e, principalmente, aos educandos. Os autores ainda comentam que: 
“várias pesquisas destacam as possibilidades de criação coletiva e aproximação de 
alunos e professores. Essas pesquisas são apontadas como as principais 
contribuições que os blogs podem oferecer para o processo de ensino e 
aprendizagem”. O blog possibilita ampliar o espaço da escola e, ao mesmo tempo, 
aproxima quem ensina e quem aprende. 
 
 
2.2.1 Blog - uma ferramenta para o professor interagir com os meios tecnológicos 
 
O Blog é uma das ferramentas que o professor pode consultar com o objetivo 
de saber mais sobre os meios tecnológicos. Um dos principais objetivos dos meios 
tecnológicos é colaborar com o grupo de professores com ideias, passo a passo e 
informações sobre recursos tecnológicos aplicáveis em sala, e sobre os temas de 
educação ambiental, sustentabilidade e Agenda 21 Escolar. 
O Blog criado para os professores dispõe de indicações de reportagens, 
vídeos, imagens e textos que auxiliam os professores a trabalhar com os diversos 
temas em sala de aula, ou eles poderão utilizar as dicas para criar seu próprio 
ambiente online e, desta forma, ser autor de um blog ou site educacional, tendo 
autonomia para escolher temas e atividades para interagir com seus alunos 
virtualmente. 
Os alunos aceitam muito bem estes ambientes virtuais, quando eles são 
instigados pelo professor em sala, para interagir com o mesmo virtualmente. Esse 
processo de aprendizagem em diferentes ambientes atrai o aluno para participar 
mais dos temas propostos pelos professores no dia a dia. Segundo Cruz (2008, 
p.1028) existe um processo de intensa transformação na educação influenciada 
pelas tecnologias: 
 
 
26 
Professor e aluno terão de aprender a lidar com as novas tecnologias e 
também com os modelos tradicionais para adquirir as informações 
necessárias para sua formação profissional e pessoal. Como se percebe, o 
desafio não é simples, requer que professores e alunos se preparem para 
trabalhar com um universo tecnológico no qual eles ainda estão se 
iniciando. 
 
Neste tópico serão apresentados modelos de blogs educacionais utilizados 
entre professor e aluno e de professor para professor. Criar uma página na internet 
como blog é uma tarefa bastante simples: com disposição e algum tempo para se 
dedicar ao uso desta ferramenta, o professor poderá contar com um aplicativo 
moderno e prático para interagir com seus alunos. Segundo Moran (apud Cruz, 2008 
p.1028) 
 
a internet começa a ser um meio privilegiado de comunicação entre 
professores e alunos de modo que exige postura dinâmica de ambas as 
partes. Ao professor cabe o papel de orientar, estimular e acompanhar as 
atividades e pesquisas realizadas pelos alunos. Aos discentes, cabe a 
função ativa no manuseio de informação digital para a construção de seu 
conhecimento pessoal. O objetivo é educar os estudantes para a 
autonomia, permitindo-lhes que criem seu próprio saber, de acordo com seu 
ritmo. 
 
 
Na Figura 1, blog como exemplo de trabalho entre professor e alunos. Nesta 
página o professor propôs para seus alunos uma atividade em sala, a partir do 
conteúdo selecionado na página. As atividades podem ser tanto propostas no blog 
quanto atividades fornecidas em sala, utilizando esse meio tecnológico como local 
de pesquisa orientada pelo professor, sendo que o professor poderá fazeresta 
orientação online ou off-line. 
Segundo a diretora de Políticas e Programas Educacionais da Secretaria de 
Estado da Educação, Fernanda Scaciota Simões (SEED_PR, 2012),“é importante 
que o professor orientador sempre adapte a ferramenta ao conteúdo e que a equipe 
pedagógica da instituição de ensino acompanhe e oriente o projeto”. O blog é uma 
ferramenta muito importante e interessante para potencializar o aprendizado dos 
alunos e aproximar o educador de seus educandos. 
 
 
 
27 
 
Figura 1: A professora de Geografia trabalha temas atuais com os alunos, através do blog. 
Fonte: o autor 2012 http://karynepg.blogspot.com.br 
 
 Na Figura 2, blog construído para auxiliar o professor a interagir com essa 
ferramenta. Esse blog foi reconhecido e denominado pelos professores que 
participaram das Oficinas de Capacitação ofertadas pelo Núcleo de Educação de 
Ponta Grossa – PR, como sendo uma cartilha virtual. Nesse blog, a ideia principal foi 
de oferecer aos professores um local de fácil acesso e que estivesse disponível a 
qualquer tempo, para que os mesmos buscassem nesse ambiente virtual, 
informações, dicas e orientações (tutoriais) para utilizar e produzir ambientes de 
aprendizagens virtuais como os blogs. 
 
 
 
28 
 
Figura 2: blog direcionado aos professores que participaram das Oficinas de Capacitação com 
temas de discussão. 
Fonte: o autor 2012 http://karynepg.blogspot.com 
 
Para criar e atualizar o seu blog o professor necessita ter um domínio mínimo 
sobre a internet, mas o principal é a curiosidade e disponibilidade de aprender com 
os erros. Oliveira (2006 p. 345) descreve essa fragilidade como um obstáculo que 
ficará no passado “interface ainda nova para muitos educadores, o blog põe à 
disposição seu potencial como suporte dinâmico, aberto, pronto a atender as mais 
diversas propostas construtoras e compartilhadoras de saber”. 
Na Figura 3, blog com a proposta de divulgar ideias, trabalhos e projetos entre 
profissionais da educação. O tempo para se atualizar sobre novas ferramentas 
didáticas ou até mesmo o que acontece no mundo da tecnologia é uma das 
dificuldades encontradas pelos professores para melhorar o ensino-aprendizagem. 
Esta página (www.sec21sustentavel.no.comunidades.net) foi criada exclusivamente 
para atender uma parte das necessidades desses educadores, com uma subpágina 
dedicada à produção didática, crítica e inovadora, disponível para todos os 
professores que, em algum momento da vida, produziram excelentes trabalhos em 
sala de aula, mas não tiveram um espaço dedicado para expor seus resultados. A 
ideia dessa cartilha virtual é ampliar e estimular o professor do ensino fundamental, 
médio e profissionalizante para tornar-se professor-pesquisador. 
 
 
29 
 
Figura 3:blog para que os professores que participaram das Oficinas de Capacitação 
interagissem com a oficineira e outros professores. 
Fonte: o autor 2012 http://www.sec21sustentavel.no.comunidades.net 
 
 Os blogs são apenas uma pequena amostra das possibilidades que os meios 
tecnológicos oferecem, a internet e os softwares disponibilizam muitos programas 
que auxiliam o professor em sala de aula. O programa MovieMaker que poderá ser 
encontrado no sistema operacional do Windows auxilia o professor e/ou alunos a 
editar vídeos, músicas e imagens. Para gravar um tutorial de atividade, o programa 
Camtasia Studio é uma opção que se encontra na internet gratuitamente. Para 
compartilhar arquivos (textos, imagens, músicas e vídeos) SkyDrive, Google Docs e 
Dropbox são aplicativos disponíveis na internet e seu acesso é através de uma conta 
de e-mail, além dos fóruns e enquetes organizados em ambientes específicos 
criados por educadores ou compartilhados nas redes sociais. 
 
 
 
30 
2.3 OUTRAS POSSIBILIDADES PARA INTERAGIR COM OS MEIOS 
TECNOLÓGICOS: MOVIE MAKER, TUTORIAL DE ATIVIDADES, 
COMPARTILHAMENTO DE ARQUIVOS E FÓRUNS. 
 
 Entre as ferramentas mais utilizadas nos programas de computadores e que 
também são aplicadas ao ensino e aprendizado, foram selecionadas outras, neste 
trabalho, além do blog, e uma breve descrição sobre elas. 
 O programa MovieMaker está anexado ao sistema operacional do Windows 1e 
também pode ser baixado da internet, é um programa para produzir e editar vídeos. 
O professor poderá utilizar-se desta ferramenta a partir de uma atividade proposta 
em sala como uma saída técnica, geralmente estas atividades ocorrem 
acompanhadas do professor. Esta visita tem como objetivo, conter registros de 
observação e, como atividade finalizadora, os alunos entregam um relatório. 
 Com o uso da ferramenta MovieMakero professor tem condições de solicitar 
um resultado final muito mais atraente para os alunos, além de relatar observações 
por escrito e/ou registradas por imagens e vídeos feitos pelos próprios alunos e 
professores nessas saídas técnicas. O professor poderá solicitar que seus alunos 
editem um relatório da saída técnica, utilizando todo o material que organizaram na 
visita (fotos, gravações vídeo e áudio e texto) e entreguem em uma versão animada. 
É importante o professor conhecer essa ferramenta para auxiliar seus alunos na 
produção do vídeo, e orientá-los em relação ao objetivo da saída e dos resultados 
finais. 
 O programa Camtasia Studio pode ser baixado da internet gratuitamente, 
esse programa ajuda o professor a gravar e editar qualquer atividade que necessite 
áudio e vídeo em uma ação feita no computador e gravada pelo webcam. O 
professor que deseja trabalhar com software Geogebra2 poderá gravar um tutorial 
sobre como aproveitar o software na sua proposta de atividade, registrando áudio e 
vídeo passo a passo, utilizando o programaCamtasia Studio para que seus alunos 
completem a construção dessa atividade em sala ou em forma de trabalho. 
 
1 O programa MovieMaker não está presente no sistema operacional do Windows7. 
2GeoGebra é um software matemático que reúne geometria, álgebra e cálculo. Ele foi desenvolvido 
por MarkusHohenwarter da Universidade de Salzburg para educação matemática nas escolas. Fonte 
SEED-PR, 2013 
 
 
 
31 
 Existem alguns sites na internet que disponibilizam aplicativos como o 
SkyDrive (https://skydrive.live.com) na conta do Hotmail, Google 
Docs(http://docs.google.com) na conta do Gmail e Dropbox (www.dropbox.com) que 
têm a função de armazenar arquivos na “nuvem” na internet, e o seu acesso é 
através de uma conta de e-mail feita pelo usuário. Nessa ferramenta o professor 
poderá anexar arquivos (tarefas, reportagens e jornais online, fotos e vídeos) 
interessantes para trabalhar com seus alunos e, estes alunos, através do e-mail 
individual e pessoal, poderão acessar e baixar os arquivos que deverão estar em 
uma pasta pública dentre esses aplicativos. 
 Os alunos sabem muito bem como utilizar os fóruns, nas redes sociais como 
Facebook, Orkut, Twitter e outros. Esse espaço que as redes sociais contemplam 
para os fóruns é pouco utilizado para fortalecer o aprendizado, mas já existem 
trabalhos que relatam experiências importantes nessa área. O professor pode criar 
uma comunidade em uma das redes sociais que seus alunos utilizam, para debater 
um determinado tema, indicando reportagens que sustentem a temática proposta no 
fórum inicialmente, e a finalização da atividade do fórum poderá ser 
analisada/registrada em sala. 
 Após verificar o potencial de algumas ferramentas disponíveis nos meios 
tecnológicos, é necessário escolher temas importantes e interessantes para 
trabalhar em cada uma dessas ferramentas. 
 
 
2.4 FORMAÇÃO CONTINUADA - UMA ATITUDE QUE FORTALECE O ENSINO 
 
Existem falhas na formação docente e, também, na formação do educador 
ambiental, sendo muitas vezes, negligenciada por algumas grades curriculares. 
Assim, o professor recém-formado ou já formado, quando necessita de 
complementar seu currículoprocura a formação continuada, para compensar e/ou 
minimizar o que não foi trabalhando na sua formação inicial. Altenfelder e Morales 
ressaltam este contexto na formação inicial docente, em relação à formação 
continuada. 
Segundo Altenfelder (2005 p.5) “não podemos, assim, pensar a formação de 
professores sem uma análise crítica que possibilite pensar, a serviço de quê estas 
ações de formação estão, e em que medida elas podem caminhar na superação da 
https://skydrive.live.com/
http://docs.google.com/
http://www.dropbox.com/
 
 
32 
dicotomia entre teoria e prática”. E Morales (2009, p.115) começa essa discussão 
mencionada acima, apontando uma das formas de suprir a falha na formação dos 
educadores ambientais, são os planos de formação continuada para professores. 
Porém, não é uma alternativa para criar raízes e sim, temporariamente, para auxiliar 
os docentes que necessitam de orientação para desenvolver ações de curto, médio 
e longo prazo para as necessidades socioambientais. Segundo Morales (2009, p. 
115): 
 
A especialização, muitas vezes, define as experiências profissionais de 
vários educadores ambientais, que encontram, nesses cursos, oportunidade 
de criar realidades diferentes de atuação, aprofundar e consolidar sua 
prática profissional, bem como favorecer a reflexão e a discussão mais 
ampla entre a sociedade e natureza, que contribui no delineamento de uma 
epistemologia ambiental. 
 
 Mesmo com grandes dificuldades na sua formação inicial, é significativo o 
número de educadores que se envolvem nas ações pela Educação Ambiental. Esse 
número de professores poderia ser maior se a formação continuada tivesse uma 
característica única para todos os profissionais da educação e seus mantenedores, 
com um processo de renovação, reflexão e atitude. 
 Outra situação complexa para a formação continuada dos professores é em 
relação às tecnologias da comunicação que, muitas vezes, não estão presentes no 
cotidiano destes profissionais. Isto é fato, mas o domínio destas ferramentas pelos 
professores é um processo. 
 Este é um campo complexo na educação “a formação continuada dos 
professores”, são muitos os obstáculos neste processo alguns de ordem política, 
outros de credibilidade na formação, além da resistência dos docentes em 
reconhecer novas práticas educacionais. Alves (2009) afirma que a formação em 
especial da educação é como um processo de buscar o saber continuamente, é a 
marca da “incompletude humana”, desta forma o aprendizado profissional procura 
sempre a renovação, melhorar o seu conhecimento. Para Alves (2009, p. 8) este 
processo possui três grandes temas: “a qualificação, a formação e o trabalho do 
professor” como norteadores da educação de qualidade. 
 Em uma escala temporal da educação observam-se duas vertentes de 
qualificação profissional: os que apoiam a prática como processo, e aqueles que 
tendem a mostrar as deficiências na qualificação. Nesta perspectiva, Alves (2009) 
descreve em seu trabalho o processo de “proletarização do trabalho docente”. (p. 
 
 
33 
17). Também critica a forma pela qual a educação e o trabalho docente são vistos 
“o trabalho do professor tem pouca visibilidade frente ao capital” (p. 34). 
 Para Morales um das formas de minimizar a falha na formação dos 
educadores ambientais são os planos de formação continuada para professores 
que se apresentam como uma boa alternativa para diminuir os problemas que os 
educadores vêm enfrentando, em relação às dificuldades de má formação 
acadêmica. Porém, acredita-se que esta medida não deve ser encarada como uma 
única alternativa neste processo que busca melhorar a qualidade do ensino e de 
capacitação dos docentes. 
 A educação tem na sua essência o papel de tornar o cidadão apto para viver 
e julgar seus atos e os da sociedade da qual ele faz parte. A educação assume a 
função de superar a alienação, de negar a exploração do homem pelo homem e da 
natureza pelos seres humanos. É nesta vertente educacional transformadora, 
inovadora e crítica que a escola fornece ferramentas necessárias para que o 
indivíduo atue para o desenvolvimento sustentável. 
 Verifica-se a necessidade de uma educação voltada para sustentabilidade, 
porém este movimento parece estar distante muitas vezes, e é cada vez mais 
evidente o despreparo dos educadores frente ao tema Educação Ambiental (EA), a 
descontinuidade de políticas voltadas para melhorar o processo educacional e a 
fragmentação do saber. 
 Observa-se que o educador mesmo com dificuldades, assume as tarefas 
impostas pela sociedade, é o seu perfil. Carvalho (2004, p. 77) definiu este 
profissional: 
 
o educador é por natureza um intérprete, não apenas porque todos os 
humanos o são, mas também por ofício, uma vez que educar é ser 
mediador, tradutor de mundos. Ele está sempre envolvido na tarefa reflexiva 
que implica provocar outras leituras da vida, novas compreensões e versões 
possíveis sobre o mundo e sobre a nossa ação no mundo. 
 
 É importante a discussão de assuntos ligados ao meio ambiente e à formação 
de uma sociedade sustentável de forma interdisciplinar e contínua, porém muitas 
vezes essa discussão tem sido ignorada devido à falta de tempo, pois há exigência 
para que se cumpra todo conteúdo específico de cada disciplina. Não raras vezes, 
os assuntos referentes à educação ambiental têm sido repassados rapidamente 
 
 
34 
durante as aulas, o que dificulta para o aluno o entendimento da real necessidade de 
se formar uma sociedade sustentável. 
 Para Tozoni-Reis (2002) a educação ambiental deve estar voltada para o 
desenvolvimento sustentável; a integração desenvolvimento e ambiente é o princípio 
básico e diretor da educação, e da educação ambiental, onde a proposta é reorientar 
o ensino formal e informal, modificando atitudes e comportamentos pela aquisição 
de conhecimentos e valores. A integração de disciplinas pela organização multi e 
interdisciplinar dos currículos, pressupõe que a universalização do acesso à 
educação básica é uma estratégia de promoção da equidade e compensação das 
disparidades econômicas, sociais e de gênero. 
 Todo o processo frente à Educação Ambiental é muito aparente e pouco 
consistente diante das necessidades emergenciais do meio ambiente. A proposta da 
formação continuada para os professores visa à apropriação das tecnologias para 
interagir no aprendizado a fim de sensibilizar os alunos. Para Rodrigues e Colesanti 
(2008, p. 52) 
 
Práticas de Educação ambiental têm sido intensificadas, tentando 
sensibilizar e informar as pessoas sobre a realidade ambiental, bem como 
mostrar e/ou indicar o papel e responsabilidade da sociedade sobre o que 
ocorre no meio ambiente. 
 
A formação continuada é muito importante para reafirmar o compromisso do 
educador para com a sua profissão, Freire (1996, p. 29) vem contribuir nesse sentido 
quando afirma que “não há ensino sem pesquisa e pesquisa sem ensino”, além de 
proporcionar a estes professores a disponibilidade de horário para essa formação e 
um ambiente adequado para buscar novas informações e melhorar o seu trabalho 
em sala. Quando o professor sentir o seu trabalho valorizado e estimulado para 
buscar novas ferramentas e outras possibilidades de interagir pedagogicamente com 
seus alunos, as distâncias serão menores entre a educação que se tem e a 
educação ideal. 
 
 
 
35 
2.5 MAPAS MENTAIS APLICADOS EM OFICINAS DE CAPACITAÇÃO 
 
 Há algum tempo os meios corporativos aplicam a técnica dos mapas mentais 
em suas atividades nos grupos de trabalho, com a finalidade de organizar ideias 
sobre um determinado assunto. Para melhor definir mapas mentais David, Carvalho 
e Pentado (2011, p. 72) vêm contribuir com este trabalho: 
 
Técnica utilizada para facilitar que um indivíduo ou grupo organize o 
pensamento (...). Os mapas mentais permitem, simultaneamente, uma visão 
geral e detalhada das abordagenspossíveis de um tema e facilitam a 
elaboração de novos caminhos, soluções e ideias, estimulando a criação de 
redes de associação por meio de imagens. 
 
 A técnica dos mapas mentais é diferente dos mapas conceituais que, por sua 
estratégia e objetivos, estão mais diretamente ligados aos conceitos de “estruturas 
hierárquicas de subsunçores” amplamente estudados por David Ausubel. Segundo 
Moreira (1999, pg.119), “os mapas conceituais podem ser usados como recurso 
didático, de avaliação e de análise de currículo”, sendo esta uma técnica que 
enfatiza o aprendizado dos conceitos. 
 Os mapas mentais apresentam-se através de uma palavra ou imagem chave, 
geralmente posicionada no centro do diagrama; quando os participantes são 
instigados a perceber visualmente a palavra chave, o cérebro intuitivamente faz suas 
correlações e possibilita aos usuários, identificar outros elementos (palavras ou 
imagens) que representam a construção do conhecimento em relação ao tema 
proposto inicialmente pela palavra ou imagem central. 
 Alguns estudos como de Wille (2010, pg. 88) revelam como são positivos os 
resultados obtidos pela técnica dos mapas mentais, segundo a autora os “mapas 
mentais ajudam a expressar, ou externalizar, aquilo que antes era tácito, de difícil 
expressão”. Em outro momento, a autora (2010, p.) reafirma o potencial do mapa 
mental dizendo que ele ”influencia positivamente o trabalho de criação de novas 
ideias”. Facilita e dinamiza o aprendizado dos temas e da oportunidade para ampliar 
a criatividade do indivíduo ou grupo. 
 Para Brunini, os mapas mentais são pouco trabalhados em sala de aula. 
Segundo o autor, “embora o mapa mental assuma essa importância no processo 
ensino-aprendizagem, ele é um recurso didático ainda pouco empregado” (2013, p 
2). O autor ressalta que os resultados desta técnica são muito importantes para o 
 
 
36 
aprendizado do aluno, em específico, quando aplicados na disciplina de Geografia, 
com a função de domínio espacial. 
 Para Velasquez Burgos e LeonGuatame (2011, p. 236) “Se logra un 
aprendizaje desde una perspectiva más global. Se organizanmejorlasideas”. Colocar 
as ideias em ordem e assim construir uma atitude sobre o tema central é um dos 
objetivos de trabalhar com a técnica de mapas mentais, além de também, partir de 
uma perspectiva maior para uma menor ou vice-versa. Afirmam os autores que 
trabalhar com os mapas mentais ou os mapas conceituais reafirma o aprendizado 
individual e possibilita apresentar outras formas de interagir intelectualmente. 
 Os mapas mentais aplicados para dinamizar um tema, que não é muito 
atraente aos participantes, é uma técnica para romper esse paradigma inicial. 
Moreira (2010, p. 70) afirma que “qualquer mapa mental é potencialmente infinito. A 
mente humana é capaz de associar qualquer coisa com qualquer outra coisa. É essa 
capacidade que se reflete nos mapas mentais.” E como os mapas mentais interagem 
livremente com palavras, imagens, números e qualquer coisa que vier à mente do 
indivíduo, isso facilita abordar temas mais complexos, menos atrativos e cansativos. 
 
2.6 A EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA ESCOLA 
 
Em uma linha temporal, é possível entender como a demanda pela educação 
ambiental se efetivou. Desde 1994, em decorrência dos compromissos assumidos 
na Conferência Internacional da Rio-92 e da Constituição Federal de 1988, numa 
parceria do Ministério do Meio ambiente (MMA) e do Ministério da Educação e 
Cultura (MEC), criou-se o Programa Nacional de Educação Ambiental (PRONEA), 
que anunciava três componentes: a capacitação de gestores educacionais, o 
desenvolvimento de ações educativas e o desenvolvimento de instrumentos de 
metodologia contemplando os diversos setores da sociedade e que apresentava 
sete diferentes linhas de ação. 
Sabe-se que ao se discutir sobre Educação Ambiental, está sendo tratada 
apenas uma parte do problema. A disseminação da preocupação a respeito das 
questões ambientais teve início como o lançamento do livro “O homem e a 
Natureza”, ou “Geografia Física Modificada pela Ação do Homem”, em 1864, de 
autoria do autor norte-americano Georges PerkinsMarsh, que marca o surgimento da 
educação ambiental de forma bastante embrionária. Na segunda metade do século 
 
 
37 
XIX, e somente cinco anos mais tarde, surgia o vocábulo “ecologia”, proposto por 
Ernest Haeckel, para definir os estudos da relação entre as espécies e seu 
ambiente, de acordo com Araújo (2007, p. 6): 
 
em 1872, foi criado o primeiro parque nacional, “Yellowstone”, nos Estados 
Unidos da América, o primeiro do mundo. Em 1896, o Brasil, em sua fase 
republicana, cria o seu primeiro parque estadual, em São Paulo, 
denominado “Parque da Cidade”. Os próximos foram: o “Parque Nacional de 
Itatiaia” em 1937, e o “Parque Nacional do Iguaçu” em 1939. 
 
 Em 1948, foi realizada a Conferência Internacional de Fontainebleau, na 
França, que deu origem em 1951, a uma publicação organizada pela União 
Internacional para a Conservação da Natureza – UICN - intitulada “Estudo da 
Proteção da Natureza no Mundo”. Em 1972, em razão da Conferência de Estocolmo, 
a UICN se transformaria no Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente – 
PNUMA. (ARAÚJO, 2007, p.6). 
Segundo Hobsbawn, tudo teve início com o surgimento da cidade moderna, 
ou seja, com a modernidade surgiu o modo de produção e a articulação do processo 
científico, o crescimento da indústria e da ampliação dos assentamentos humanos, 
ocasionando profundas mudanças sociais e econômicas para a época. A partir daí, a 
natureza passou a ser vista como um lugar a ser conquistado, ganhando uma 
ressignificação perante a tecnologia, em busca do distanciamento das neuroses 
urbanas (apud CASCINO, 1999, p.26). 
A principal fase, que resultou de profundas modificações para a humanidade, 
é a fase que separa o final da Primeira Guerra Mundial (1918) do final da Segunda 
Guerra Mundial (1945), pois após as bombas atômicas sobre Hiroshima e Nagasaki, 
houve uma mudança de mentalidade, que foi estabelecida por todos em todos os 
territórios. Para Mccormick (apud CASCINO 1999, p. 26), “a Segunda Guerra 
Mundial transformou valores e atitudes no sentido do internacionalismo, o que, por 
sua vez, alterou radicalmente a agenda do ambientalismo”. 
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação, que evidencia e qualifica a 
dimensão ambiental na educação escolar foi sancionada em 1996, e em decorrência 
dela, em 1997 são aprovados os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) pelo 
MEC, que definem temas transversais a serem inseridos em todas as áreas de 
conhecimento no ensino fundamental, aplicados em sala de aula no contexto 
interdisciplinar. 
 
 
38 
Em comemoração aos cinco anos do evento Rio-92 e vinte anos de Tibilisi, 
ainda em 1997, foi realizada a Primeira Conferência de Educação Ambiental em 
Brasília, que resultou na “Declaração de Brasília”, com recomendações e ações 
relacionadas às temáticas: Educação Ambiental e as vertentes do Desenvolvimento 
Sustentável, Educação Ambiental formal, a Educação nos processos de Gestão 
Ambiental, a Educação Ambiental e as políticas públicas e, a Educação Ambiental, 
ética e formação da cidadania. Contudo, ainda foram constatadas muitas carências 
em relação a estes temas no cenário do País. 
O Plano Nacional de Educação (PNE), lei nº 10172/2001, reafirma no artigo 
28, que a educação ambiental tratada como tema transversal deverá ser 
desenvolvida como uma prática integrada, reforçando o currículo integrado. 
Em 2002, há a regulamentação da Lei nº 9795/99 e do Órgão Gestor da 
Política Nacional de Educação Ambiental definindo as bases para a sua execução, 
porém a inconsistência da Educação Ambiental no ambiente político se apresenta 
dependente dos interesses políticos partidários do país. 
A inauguração da Comissão Intersetorial de Educação Ambiental (CISEA) no 
MMA em 2003, com representações de todas as secretariasatreladas ao MMA, 
surgiu com a finalidade de facilitar a transversalidade interna das ações em 
educação ambiental desenvolvida pelas secretarias e órgão vinculados. 
O evento V Fórum Brasileiro de Educação Ambiental, realizado em Goiás em 
2004, foi norteado por três eixos temáticos: Política Nacional de Educação 
Ambiental, Formação do Educador Ambiental e Redes Sociais e Educação 
Ambiental, todas com o enfoque e preocupação com a formação universitária do 
educador ambiental. Afinal, muitos dos educadores ambientais possuem apenas 
suas experiências, baseadas em uma formação prática-utilitarista desacompanhada 
de um suporte teórico, ou seja, a formação pela ação. 
A busca constante pelo saber e por praticar este saber é intrínseca do ser 
humano e a escola não tem como deixar de acompanhar as demandas da 
sociedade. Para Rodrigues, Oliveira e Cordeiro (2009, p. 8) retratam que “o perfil da 
escola vem sendo atualizado constantemente conforme a demanda das sociedades, 
do mercado e, também, nos últimos tempos, pelas necessidades do meio ambiente”. 
É neste contexto que cada vez mais pesquisas no campo da produção de material 
didático e suporte pedagógico devem ser incentivadas. 
 
 
 
39 
2.6.1 Os temas da Educação Ambiental (EA) nas Escolas 
 
A Educação Ambiental se constitui numa forma abrangente de educação, que 
se propõe a atingir todos os cidadãos, através de um processo de aprendizado 
participativo e permanente, procurando fazer com que o educando adquira uma 
consciência crítica sobre a problemática ambiental, que oportuniza no seu cotidiano 
uma ação progressista para o mundo moderno, a preservação e conscientização 
ambiental. 
A educação ambiental somente será concreta e eficaz quando o real 
comprometimento entre as pessoas esteja fortalecido culturalmente, as que educam 
e as que serão educadas. Segundo Morales (2009, p. 67) “os educadores e 
educadoras têm o desafio de formular pressupostos teóricos e metodológicos, no 
sentido do todo, para alcançar uma práxis que vivencie uma sociedade sustentável”. 
Entende-se que ainda há uma distância muito grande entre a educação ambiental 
atual e a educação ambiental necessária a qual será o alicerce de uma sociedade 
sustentável. 
Para Carvalho (2004, p. 186), a educação ambiental (EA) e a formação 
ecológica devem estar interligadas ao processo de construção sociocultural: 
 
O destinatário da educação, nesse caso, são os sujeitos constituídos em 
redes culturais, cuja ação sempre resulta de um universo de valores 
construídos social e historicamente. Não se apaga assim a dimensão 
individual e subjetiva, mas ela é compreendida em sua intercessão com a 
cultura e com a história – ou seja, o indivíduo é sempre um ser social e 
cultural. 
 
Segundo Leff (2010, p. 40), não basta o conhecimento da crise ambiental, 
mas a “complexidade do conhecimento” caminhando para uma “consciência 
ecológica”: 
A crise ambiental é a primeira crise do mundo real produzida pelo 
desconhecimento do conhecimento; desde a concepção do mundo e do 
domínio da natureza que geram a falsa certeza de um crescimento 
econômico sem limites, até a racionalidade instrumental e tecnológica como 
sua causa eficiente. 
 
Autores como Carvalho (2004), Morales (2009), Tristão (2004), Leff (2010), 
Marcote e Suárez (2005), deixam transparecer essas perspectivas para que 
mudanças possam ocorrer nesta sociedade desprovida de valores ambientais, para 
o surgimento de uma sociedade sustentável, tendo como ponto fundamental a 
 
 
40 
compreensão, conscientização e a ação de um sujeito ambientalmente responsável. 
A necessidade de transformação e comprometimento para um modelo de 
sustentabilidade, a governança avançada para a implementação da Agenda 21 
Global/Local/Escolar, apontam como ações indispensáveis por parte dos governos 
para a sustentabilidade do atual modelo de desenvolvimento econômico. É neste 
momento que o profissional da educação tem que estar capacitado e envolvido para 
atuar nestas mudanças. 
 
2.6.2 Agenda 21 Escolar 
 
O principal objetivo deste documento é a elaboração de planos de ações que 
envolvam o corpo escolar e a comunidade, para diagnosticar problemas e sustentar 
projetos para sanar e/ou minimizar os aspectos negativos encontrados pela equipe 
formadora da Agenda 21 Escolar. 
Uma das práticas para desenvolver a implementação das agendas é pelo 
trabalho desenvolvido pela educação ambiental nas escolas, através de ações 
voluntárias do grupo escolar e da comunidade envolvida. Necessitam também, 
contar com a participação de órgãos públicos e instituições privadas, procurando 
formas de agir no foco dos problemas ambientais locais. 
Quando se prevê trabalhar com Agenda 21 Escolar, um dos grandes 
princípios é trabalhar de forma interdisciplinar, com a escola aberta aos problemas 
da comunidade, em que todo o processo é balizado pela ação da gestão 
democrática de todos os envolvidos pelo espaço em que se encontram. 
Para a implementação da Agenda 21 Escolar algumas etapas devem ser 
seguidas para definir um planejamento deste processo, sendo este elencado em 5 
(cinco) passos: 1°) mobilização; 2°) criação de um fórum permanente de discussões; 
3°) diagnóstico da escola; 4°) definição de um plano de ação e avaliação que deve 
estar vinculado ao projeto político-pedagógico da escola. 
O processo de implementação deve ser bastante claro, objetivo e, 
principalmente, almejar ações concretas em pequenas etapas em cada um dos 
passos a ser construído, pois estas ações quanto mais fundamentadas e bem 
definidas, mais chances terão de sucesso e assim, servirão de exemplo para 
projetos maiores. 
 
 
41 
 Agenda 21 Escolar é uma ação local, em especial a do espaço escola e da 
comunidade que convive neste mesmo espaço. Este documento tem base na 
Agenda 21 que trata de estratégias para ações a nível global, referentes aos 
problemas ambientais, sociais e econômicos mundiais, suas metas de ação podem 
ser definidas a curto, médio e longo prazo. O documento intitulado Agenda 21, no 
capítulo 38 (2001 p.249), aborda a dimensão do envolvimento para atuar na sua 
construção: “Na implementação da Agenda 21 é importante a participação 
ininterrupta, ativa e eficaz das organizações não governamentais, das comunidades 
científicas e do setor privado, assim como dos grupos e comunidades locais”. Na 
implementação da Agenda 21 global ou local (escolar) o comprometimento entre os 
envolvidos é um processo em permanente construção, além de caracterizar a 
transformação dos “sujeitos passivos” em “sujeitos ativos”. 
A Agenda 21 parece conter a solução para todos os problemas do século XXI, 
porém ela nada mais é do que uma “agenda” onde está organizada uma série de 
compromissos firmados entre 170 países que se encontravam na Conferência das 
Nações Unidas no Rio de Janeiro em 1992. Segundo Holthausen, o compromisso 
firmado entre estes países é representado por este documento intitulado “Agenda 
21”, carregando em 40 capítulos o comprometimento para com o desenvolvimento 
sustentável do planeta Terra. Contudo, os resultados necessitam antes de uma 
mudança cultural de todas as pessoas é o que John Gumme, Ministro do Meio 
Ambiente da Grã-Bretanha, em 1994 (apud HOLTHAUSEN)já havia citado: “A 
Agenda 21 não vai funcionar a menos que as pessoas a façam funcionar”. Em todos 
os 40 capítulos que compõem a Agenda 21, além de contemplar o desenvolvimento 
sustentável, deixa evidente que a prioridade é o atendimento às necessidades 
básicas da população como: água, esgoto e o tratamento adequado de resíduos. 
Outro ponto muito importante da Agenda 21 é que ela possui características 
de plano de governo e, como tal, tem valores destinados para que suas metas sejam 
desenvolvidas. Segundo Holthausen, em 1989, a Organização das Nações Unidas e 
os 179 países presentes à conferência, assinaram um acordo para a Agenda 21 um 
“programa

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