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Testes de função renal - Anotação - UFF

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Testes de Função Renal 
 
- Função x Integridade: o animal pode ter 
alteração da integridade sem ter alteração da 
função, mas o contrário não é verdadeiro. O 
melhor teste para avaliação da integridade é o 
exame de urina (avalia a integridade de todo o 
sistema urinário). Dosagem de ureia e creatinina 
são ótimos para avaliar insuficiência. 
 
- Anamnese e exame clínico 
 
- História clínica e tratamento 
 
- Espécie: tipo alimentação (carnívoros pH 
normalmente ácido, diferente de herbívoros) 
 
- Raça: Dálmatas (podem apresentar quantidade 
maior de cristais de urato, maior predisposição de 
eliminação de ácido úrico) 
 
- Sexo: fêmeas apresentam mais facilmente os 
urólitos, tem maior probabilidade de infecções 
urinárias, principalmente de trato urinário baixo 
(ex: cistite). 
 
- Idade: animais idosos – processos crônicos 
 
- Método de coleta: micção espontânea, 
cateterismo e cistocentese. 
 A coleta por micção espontânea deve ser 
a menos utilizada, pois é a que fornece amostra 
mais contaminada, menos adequada para análise 
laboratorial. É usada, quase exclusivamente, para 
animais de grande porte. 
 O cateterismo garante amostra menos 
contaminada que dá micção espontânea, porém 
não está livre de contaminação, pois durante a 
introdução do cateter pode-se carrear células 
descamativas, bactérias do trato urinário inferior. 
Pode ocasionar traumas, deve ser feito com 
utilização de substâncias lubrificantes que já vem 
na sonda, usar lubrificante em excesso contamina 
a amostra. Pode causar urolitíase. 
 A cistocentese é a técnica que obtém 
amostra mais fidedigna, retira a urina 
diretamente da bexiga. É feita de forma rápida, 
segura, usadas em pequenos animais. Para 
urocultura é a única opção de coleta, pois é a que 
não permite contaminação. A bexiga é estéril, 
portanto, numa urocultura realizada com amostra 
de cistocentese que apresente crescimento de 
colônias, significa infecção. A agulha deve ser 
introduzida no mesmo sentido de esvaziamento 
da bexiga, pois conforme ela vai diminuindo (pela 
retirada da urina) vai saindo da agulha. 
 
Acondicionamento e Cuidados 
 
- Frascos limpos (âmbar ou protegidos da luz): 
componentes (bilirrubina, por exemplo) que 
sofrem degradação pela exposição luminosa. 
 
- Frascos estéreis (urocultura): pode ser a própria 
seringa que se usou para coletar. 
 
- Tempo de processamento (bactérias, pH, 
cilindros, cristais): em temperatura ambiente – 
em no máximo 2h, sendo o ideal em 1h. Bactérias 
podem crescer, indicando uma infecção que não 
existe, dependendo do tipo de bactéria podem 
degradar elementos da urina, como os compostos 
nitrogenados, aumentando o pH da amostra. 
Cilindros são estruturas que se formam nos 
túbulos renais, principalmente por lesão renal, 
são formados em pH ácido, se a urina se tornar 
alcalina, esses cilindros podem se desfazer. Os 
cristais também são influenciados pelo pH da 
urina, alguns só aparecem em pH ácido e outros 
em pH alcalino. 
 
- Conservar (4 a 8ºC) por 12h, sendo o ideal até 
8h e NUNCA congelar – destrói elementos que 
serão analisados. 
 
Urinálise 
 
Dividido em 3 fases: 
 
- Exame físico: determinação do volume (mL) 
para verificar se a amostra tem o volume mínimo 
para realizar os exames físico, clínico e de 
sedimento (esse volume mínimo é de 5mL). 
 O volume é influenciado pela dieta, 
ingestão de líquidos, temperatura ambiente, 
umidade relativa do ar, atividade, tamanho e 
peso do animal. É inversamente proporcional à 
densidade urinária quando a função renal está 
preservada – poliúria = densidade urinária baixa, 
oligúria = densidade urinária alta. 
 Causas de poliúria: não patológica – 
aumento na ingestão de água, terapia diurética, 
fluido, administração de corticoides; patológicas – 
diabetes mellitus, diabetes insipidus, nefrite 
aguda ou crônica, insuficiência renal aguda, 
insuficiência renal crônica, piometra, 
hepatopatias, hiperadrenocorticismo. Causas de 
oligúria: não patológica – diminuição da ingestão 
de água, temperatura elevada, hiperventilação, 
alta atividade física; patológica – desidratação, 
insuficiência cardíaca, febre, nefrite aguda 
generalizada terminal, insuficiência renal aguda 
(início), insuficiência renal crônica (fim).Cor 
(associado com a densidade e com o volume) – 
deve ser amarela, variando em intensidade de 
acordo com a diluição, alaranjada âmbar ou 
amarelo esverdeada – espuma alaranjada ou 
esverdeada, bilirrubina; avermelhada – 
hemoglobina e/ou hemácias; marrom – 
hemoglobina ou mioglobina; azul esverdeada – 
azul de metileno. 
 
Odor: aromático – herbívoros, picante e aliáceo – 
carnívoros, pútrido – necrose tecidual, adocicado 
– corpos cetônicos (diabetes mellitus, 
acetonemia), amoniacal – infecção bacteriana por 
bactérias produtoras de amônia. Aspecto: 
transparente ou límpida – conseguir ver através 
da urina, equinos apresentam urina levemente 
turva (carbonato de cálcio e muco), a turbidez 
pode ser causada por leucócitos, hemácias, 
células epiteliais, muco, cristais e bactérias em 
excesso, pode ser causada por contaminação pela 
colheita (às vezes consegue-se diferenciar isso 
pelo exame de sedimento). 
 
Densidade: índice de funcionamento renal – 
concentração dos sólidos em solução urinária, 
limites entre 1,015 a 1,045 (em animais 
normohidratados), doença renal pode levar a 
perda da capacidade de concentração da urina, 
isostenúria (mesma osmolaridade do plasma) – 
1,008 a 1,012 e hipostenúria (estágio avançado 
da doença renal) – densidade urinária menor que 
a do plasma. O exame de densidade associado à 
clínica pode indicar doença renal. 
 
- Exame químico: pH – concentração 
hidrogeniônica influenciada pela nutrição, urina 
alcalina – dieta vegetal (bicarbonato de cálcio 
solúvel), herbívoros de 7,5 a 8,5, demora da 
urinálise com formação de amônia, cistite 
(bactérias redutoras de ureia), administração de 
alcalinizantes (HCO3, lactato ou citrato de sódio), 
retenção urinária vesical, alcalose metabólica ou 
respiratória; urina ácida – dieta proteica e cereais 
(fosfatos ácidos de sódio e cálcio), carnívoros de 
5,5 a 7,0, alimentação rica em proteínas, 
administração de acidificantes, catabolismo de 
proteínas (febre, jejum, diabetes mellitus), 
acidose metabólica ou respiratória (uremia). 
Proteínas – associação com a densidade, 
concentração esperada é de menos de 30mg/dl, 
proteinúria fisiológica – exercício muscular 
excessivo, convulsões, ingestão excessiva de 
proteínas, função renal alterada em neonato; 
proteinúria patológica – pode ser pré-renal: 
doença primária não renal causando 
hemoglobinúria, mioglobinúria, γ-globinúria 
(Bence-Jones), não são detectadas pela tira 
reagente, pois essa tira só detecta albumina; 
renal: aumento da permeabilidade capilar, 
doença tubular com perda funcional, sangue ou 
exsudato inflamatório renal, ex: nefrose, cistos 
renais, glomerulonefrite, nefrite, pielonefrite, 
neoplasias, hipoplasia; pós-renal – quando a 
proteína é adicionada à urina após a sua 
formação, infecções do trato urinário inferior, 
hematúria pós-renal, obstrução por cálculo 
(urolitíase), ex: pielite, ureterite, cistite, uretrite, 
vaginite, postite. 
 Glicose – toda glicose que passa é 
reabsorvida nos túbulos, então, espera-se que 
esteja ausente na urina. Cão com glicemia maior 
que 180mg/dl (limiar de reabsorção), gato cerca 
de 300mg/dl – glicosúria transitória: ingestão de 
açúcares ou estresse (comum em gato), glicosúria 
patológica – persistente, pode estar associada 
(diabetes mellitus, tratamento parenteral com 
glicose ou frutose, hiperadrenocorticismo, 
pancreatite necrótica aguda, administração 
parenteral de adrenalina) ou não (nefropatias 
congênitas ou hereditárias, doenças renais com a 
porção tubular proximal afetada) à hiperglicemia. 
Acetona (corpos cetônicos) – produto 
intermediário
do metabolismo das gorduras, 
ácido aceto-acético, ácido β-hidrobutírico (não 
acusa não tira reagente) e acetona. 
 Causas de cetonúria – acidose, jejum, 
hepatopatias (falha na conjugação dos corpos 
cetônicos), diabetes mellitus, febre em animais 
novos (transitória). Bilirrubina – cão tem limiar de 
reabsorção baixa, pode-se considerar normal uma 
quantidade baixa de bilirrubina na urina 
(bilirrubinúria), depende da densidade urinária 
(densidade normal ou aumentada, uma + de 
bilirrubina é normal, densidade diminuída, uma + 
de bilirrubina indica aumento). 
 Causas de bilirrubinúria – hepatopatias 
(hepatite infecciosa, neoplasias), obstrução 
(colestase intra e extra-hepáticas), hemólise. 
Urobilinogênio – cromógeno formado no 
intestino pelas bactérias redutoras de bilirrubina, 
excretado nas fezes, bile e urina. Ausência ou 
diminuição do urobilinogênio urinário – 
obstrução das vias biliares, distúrbios intestinais 
de reabsorção (diarreia). Aumento do 
urobilinogênio urinário – hepatopatia (defeito na 
remoção do urobilinogênio da circulação), 
icterícia hemolítica. Sangue oculto – hemácias ou 
hemoglobina, centrifugação – sobrenadante 
amarelado (hematúria), não altera a cor 
(hemoglobinúria ou mioglobinúria). 
 Para diferenciar hemoglobinúria de 
mioglobinúria observa-se a clínica, se tem indícios 
de lesões musculares. Faz-se o teste para 
detecção de mioglobina, adição de sulfato de 
amônia na amostra, centrifugação, sobrenadante 
não altera a cor, passa-se a tira reagente e deu 
positivo para sangue oculto – mioglobinúria. Se o 
sobrenadante volta a ficar amarelo e a tira 
reagente dá negativo para sangue oculto – 
hemoglobinúria. 
 Causas de hemoglobinúria – agentes 
infecciosos (leptospirose, piroplasmose), agentes 
químicos (cobre e mercúrio), fotossensibilização e 
plantas tóxicas, transfusões sanguíneas 
incompatíveis, anemia infecciosa equina, doença 
hemolítica do recém-nascido. Causas de 
mioglobinúria – mioglobinúria paralítica dos 
equinos, acidente ofídico por cascavel. 
 
- Exame de sedimento urinário: células epiteliais 
de descamação (densidade) – normal é estar 
ausente ou discreta presença (0 a 2/campo na 
objetiva de 40x), aumentadas podem indicar 
lesão local ou difusa. Podem ser encontradas as 
células do epitélio renal (indicam degeneração 
tubular aguda, intoxicação renal, isquemia renal e 
processos inflamatórios), pelve (pielite e 
pielonefrite), vesicais (cistites, cateterização 
agressiva), uretrais (uretrite, cateterização 
agressiva), vaginais (vaginites, micção 
espontânea), tumorais (pouco comum, 
diagnóstico citológico, quando a quantidade de 
células presentes for muito grande, sendo o mais 
comum o carcinoma de células transicionais), 
hemácias e leucócitos (normalmente 1 a 2/campo 
na objetiva de 40x, hematúria, leucocitúria/piúria 
quando houver mais de 5/campo). 
 Causas de hematúria – inflamações do 
trato urinário, traumas, parasitas (Dioctophyma 
renale), problemas hemostáticos, estro e pós-
parto, neoplasias. 
 Causas de leucocitúria – inflamações 
renais, inflamações do trato urinário inferior e 
inflamações do trato genital. Cilindros – 
estruturas formadas, exclusivamente, nos túbulos 
renais. 
 Presença de proteínas e mucoproteínas, 
formação tubular (pH ácido), densidade baixa e 
pH alcalino. 
 Classificação conforme o material que 
contém: hialino (menos patogênico) – 
proteinúria, febre e congestão, doença renal (fase 
inicial); hemáticos – hemorragia glomerular e/ou 
tubular; leucocitários – associados à inflamação; 
epiteliais – inflamações renais; granulosos – 
degeneração e necrose de células tubulares; 
céreos – lesão tubular grave e crônica; 
gordurosos – degeneração, metabolismo lipídico 
alterado, lipidúria (pouco encontrados); mistos – 
podem conter vários materiais. Espermatozoides 
– normal no cão, pode indicar distúrbio 
reprodutivo (principalmente em grandes 
animais). Muco – normalmente encontra-se uma 
pequena quantidade, em equinos é encontrada 
uma grande quantidade (fisiologicamente), nas 
demais espécies o aumento de muco está 
relacionado a processos inflamatórios. Bactérias – 
normal: pequena quantidade, nada quando por 
cistocentese. 
 Pode existir falsa bacteriúria 
(contaminação, tempo de espera), infecção 
bacteriana – piúria, hematúria, proteinúria. 
Cristais – produtos finais da alimentação 
(influenciados pelo tipo de dieta), pH urinário, 
urolitíase. Não existe relação entre eliminação de 
cristais e ocorrência de urolitíase. 
 Cristais de pH ácido: urato amorfo, 
oxalato de cálcio (forma de pirâmide), ácido 
hipúrico, ácido úrico (muito frequente em 
Dálmatas), cistina (hexagonal, raro, geralmente 
relacionado com alteração hepática). 
 Cristais de pH alcalino: fosfato amorfo 
(semelhante a areia), fosfato triplo (estruvita), 
carbonato de cálcio (pouco frequente em 
pequenos, comum em equinos saudáveis). 
 Cristais sem influência do pH: bilirrubina, 
biurato de amônio (geralmente, acastanhado e 
aparece em animais com insuficiência hepática). 
Fungos ou leveduras: Candida sp. Ovos e 
parasitas: Stephanurus sp (suínos), Dioctophyma 
renale (cão), Capillaria sp (cães e gatos), 
Dirofilaria immitis (cães). 
 
Provas Bioquímicas de Função Renal 
 
- Exame clínico e urinálise 
 
- Cuidados na colheita do material 
 
Ureia (BUN) 
 
Fígado: catabolismo proteico. 
 25 a 40% reabsorvida e 60% eliminada. 
 Quanto maior a velocidade de fluxo 
sanguíneo renal, menor a absorção. 
 
Aumento da ureia: 
 
- Causas extra-renais: aumento na ingestão 
proteica, hemorragia do trato gastrointestinal; 
aumento do catabolismo tecidual – febre, trauma 
muscular generalizado, corticoides, tetraciclina. 
 
- Causas renais: pré-renais – diminuição do fluxo 
renal, diminuição da pressão glomerular 
(hipotensão e choque, insuficiência cardíaca, 
desidratação); renais – quando ¾ ou mais dos 
néfrons estão afuncionais; pós-renal – ruptura 
das vias urinárias, obstrução das vias urinárias. 
 
Diminuição da ureia: 
 
Inibição na produção: insuficiência hepática – 
cirrose, “shunt”.... 
 
Aumento na excreção: poliúria/polidipsia – 
hiperadrenocorticismo, diabetes mellitus, hiper-
hidratação, final de gestação. 
 
Creatinina 
 
 Metabolismo da creatina e fosfocreatina 
muscular 
 Não afetado pela dieta, idade e sexo do 
animal 
 Totalmente excretada pela urina 
 Avalia índice de filtração glomerular 
 Pode ser usado como marcador para 
outros elementos, como proteína, permitindo 
detectar proteinúria antes mesmo dela ser 
detectada não tira reagente. 
 
Causas do aumento 
 
Pré-renal – diminuição do fluxo sanguíneo 
 
Renal - .... 
 
Azotemia x Uremia 
 
 Aumento dos níveis séricos ou 
plasmáticos de ureia e creatinina (azotemia) 
Sinais clínicos: letargia, anorexia, vômitos, 
diarreia, halitose, poliúria, polidipsia e perda de 
peso. 
 Causas de uremia/azotemia... 
 
Eletrólitos 
 
Sódio: filtrado e reabsorvido, nefropatia crônica 
generalizada – hiponatremia (diminuição sérica 
de sódio). 
 
Cloro: acompanha o sódio, hipocloremia 
(geralmente associada à hiponatremia). 
 
Potássio (K+): filtrado, reabsorvido nos túbulos 
contorcidos proximais e excretado pelo túbulo 
contorcido distal. A concentração varia de acordo 
com a dieta. Nefropatia com oligúria ou anúria – 
hipercalemia. 
 
Cálcio (Ca+): nefropatia crônica – hipocalcemia 
(baixa capacidade absortiva). 
Hiperparatireoidismo secundário renal (HSR). 
 
Fósforo (PO4): nefropatia crônica progressiva e 
doença renal generalizada. Hipofosfatemia, HSR. 
 
Bicarbonato (HCO3
-): nefropatia generalizada – 
perda da capacidade de conservar o bicarbonato. 
Acidose metabólica. 
 
Gasometria 
 
 Rins atuam de forma definitiva na 
compensação de um distúrbio ácido-básico. 
Insuficiência renal crônica tem diminuição da 
capacidade de excretar
H+ e de regenerar HCO 3
-. 
 
Outros Testes 
 
Hemograma: eritrograma e leucograma. 
 
Proteína sérica total e suas frações: 
hipoproteinemia, hipoalbubinemia (doença renal 
– perde a capacidade de absorver), 
hiperglobulinemia (gamopatia monoclonal). 
 
Lipídeos: hipercolesterolemia – perda de 
albumina, aumento da síntese hepática de 
albumina e lipoproteínas (VLDLs), causando um 
elevado teor de colesterol e ocorre diminuição do 
catabolismo de lipoproteínas. 
 
Casos Clínicos 
 
Jacuzzi, cão, 6 anos, fêmea, temperatura 39,5ºC. 
História clínica: apatia, anorexia, mucosas 
ictéricas e urina escura. 
 
Possibilidades: hepatopatia, leptospirose, anemia 
hemolítica, hemoparasitos, 
Urinálise (EAS) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Volume 40ml 
Cor Âmbar 
Aspecto Turvo 
Densidade >1,040 
pH 7,0 
Proteína +++ (500mg/dL) 
Glicose Normal 
Cetona Negativo 
Sais biliares Não realizado 
Bilirrubina +++ 
Urobilinogênio Alterado 
Sangue oculto +++ 
Sedimento Células vesicais + 
Cristais de fosfato amorfo ++ 
Impregnação por bilirrubina +++ 
Hemograma 
Parâmetros Resultados Referência 
Hemácias 1,2 5,5-8,5 x 10 6/μL 
Hemoglobina 4,0 12-18g/dL 
Hematócrito 10 37-55% 
VGM 83,3 60-77fL 
CHGM 40 32-36% 
Metarrubrícitos 12* 0-1% 
PPT 9,3 6,0-8,0g/dL 
Leucócitos 51.000* 6000-17000/μL 
Metamielócitos 1.020 0 
Bastões 3.060 0-300/μL 
Neutrófilos 38.250 3000-11500/μL 
Eosinófilos 0 100-1250/μL 
Linfócitos 2.550 1000-4800/μL 
Monócitos 6.120 150-1350/μL 
Plaquetas 280.000 200-500 x 10 3/μL 
Fibrinogênio 700 100-500mg/dL 
OBS: plasma fortemente hemolisado, intensa anisocitose e policromasia, rouleaux ++, esferocitose intensa 
(hemácias que tiveram parte de sua membrana removida e perdeu a característica de disco bicôncavo), 
aglutinação em salina +++. O * significa que já é o valor corrigido da leucometria descontando os 12% de 
metarrubrícitos (hemácias nucleadas que são contadas como leucócitos). 
 
 
Que exames solicitar? Pesquisa de hematozoários 
(negativo), avaliação das enzimas hepáticas 
(elevadas), teste de Coombs (positivo, teste 
específico para anemia hemolítica 
imunomediada), sorologia para leptospirose 
(positivo – Leptospira icterohaemorrhagiae). 
Qual o seu diagnóstico? Leptospirose com 
desenvolvimento de anemia hemolítica 
imunomediada.

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