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Gestão Estratégica de Multimodalidade a1

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3.0 Web Aula (1) FUNDAMENTOS E ABORDAGENS DA ESTRATÉGIA EMPRESARIAL.
Introdução
O fenômeno da globalização e da internacionalização dos negócios está direcionando o mundo dos negócios para uma nova ordem econômica e social. Essas mudanças geram adaptações e novos desafios à vida dos profissionais. Olhe a sua volta e perceba que os produtos que estão sendo vendidos, ou estão chegando às lojas vieram de países diferentes para o ambiente de competição não importa, se é uma pimenta produzida no México, ou um tênis feito em uma fábrica na Rússia, ou um carro de fabricação indiana, todos enfrentaram uma série de desafios e riscos para chegar no mercado brasileiro. Um dos desafios centrais dessas empresas exportadoras foi pensar na gestão logística e como enfrentar os desafios de trabalhar e pensar estrategicamente.
Faça um teste em seu ambiente e verifique como estão as relações de mercado, visite sites, empresas e outras fontes de informações. Você perceberá um mundo de oportunidades e também de riscos, exatamente as duas grandes da estratégia. A adaptação a esse cenário exige que todas as suas escolhas se transformem em ações planejadas, e que suas escolhas garantam uma boa relação com o futuro.
Um dos principais desafios na utilização da logística é a ideia de gerar processos mais eficientes, independentemente do ponto geográfico. E ainda estar de acordo com as tendências mundiais e lidar com novos desafios. Nesse ambiente, as indústrias estão concentrando suas atividades em seus principais processos, abrindo mão de oportunidades intermediárias em outros setores menos rentáveis. Essas escolhas estratégicas envolvem ambientes decisoriais mais complexos, com envolvimento de terceiros e riscos de falha de gestão.
Como pode se perceber, nesta estrutura global de negócios, as empresas esperam maior qualidade e menores custos – papel essencial da logística. Para muitas empresas a compra de matéria-prima em fornecedores pelo mundo afora e a venda dos produtos no mercado global  significa um aumento da complexidade do planejamento e também uma mudança no direcionamento estratégico.
Para as empresas brasileiras, um dos desafios está na forma como lidaremos com a concorrência das grandes organizações que deslocaram a produção para países asiáticos, principalmente na China. 
Nesses países é mais barato contratar um trabalhador, ou adquirir matéria-prima para a realização de suas etapas produtivas, além de leis mais brandas em termos de controle ambiental, redução tributária, entre outros motivadores de rentabilidade. Assim, a logística segue as mudanças estratégicas mundiais apresentadas a seguir:
a)    Fornecedores internacionais de produtos e mão de obra;
b)    Uma competição internacional em que se percebem disputas para preços, qualidade e, principalmente, tempo;
c)    Acesso rápido ao desenvolvimento tecnológico e inovações;
d)    Complexos internacionais de compra, produção, vendas e processos logísticos;
e)    Concentração de empresas e marcas conhecidas como direcionadores de negócios;
f)     Compradores locais com pensamento internacional.
Para fixar: No ambiente atual de internacionalização, as organizações devem rever seu posicionamento dos últimos anos, e a única coisa que sabemos é que esse processo tornou-se irreversível e as empresas sofrerão impactos de um ambiente mais aberto aos fluxos internacionais com transferência de produtos, tecnologia, conhecimento e também de profissionais.
Comente em nosso chat a sua visão a respeito da internacionalização?
Assim como outras áreas na Logística, novos recursos tecnológicos e a revolução nos processos empresariais permitiram que as empresas mais eficientes se tornassem mais rápidas e capazes de atender às crescentes expectativas dos consumidores em relação à satisfação de suas necessidades e desejos.
As empresas mais preparadas criaram novos sistemas para distribuir seus produtos, tornando possível entregá-las em pontos distantes de onde são fabricados e criando novas possibilidades de entrega por meio do uso de tecnologias e estratégias integradas. Nesse contexto em que opera o dinamismo, as organizações colocam seus produtos e serviços à disposição da avaliação do consumidor por meio de empresas integradas que formam um canal de distribuição.
Essas organizações participantes agregam valor e ajudam a reduzir riscos de falhas de suas operações. E definem por meio da estrutura distributiva os meios de abastecimento do mercado e os produtos da empresa – sejam elas produtos, serviços, seja uma combinação de ambos – em locais estrategicamente definidos.
 
Conceitos importantes
Competitividade
Termo usado para descrever situações e comportamentos em que as empresas estão tentando superar ou serem bem-sucedidas em relação a disputas com concorrentes, por exemplo, com a venda de seus produtos ou serviços de forma mais barata do que outros. Preços competitivos são semelhantes, ou menores do que os preços de outras empresas do mesmo produto. Se um processo é competitivo, as pessoas têm de competir uns com os outros e aqueles que apresentarem melhor desempenho serão bem-sucedidos.
Vantagem competitiva
Quando uma empresa tem uma vantagem sólida em relação à outra competidora na prestação de um determinado produto ou serviço. Por exemplo, uma montadora de veículos pode ter uma vantagem competitiva, porque seus carros quebram menos, em outras palavras, são de uma qualidade superior – ainda que possam ser comercializados por preços maiores.
Inteligência Competitiva
Inteligência competitiva é o processo de busca e registro de informações por meio de práticas legais utilizadas para suprir as informações necessárias para os decisores. Inteligência competitiva é uma forma de alavancar estratégicas sólidas para a gestão da informação.
A AVENTURA NA LOGÍSTICA E O PLANEJAMENTO
Um negócio que espera crescer e prosperar requer uma estratégia de logística e transporte abrangente, executada com perfeição. O dilema para gestão reside na tentativa de atender às expectativas crescentes dos consumidores, mantendo os custos sobre controle. As empresas que trabalham para construir relacionamentos bem-sucedidos com fornecedores de logística e transporte irão direcionar seus esforços para levar melhor atendimento ao cliente e alcançar bons indicadores de rentabilidade. Não é uma tarefa fácil, mas é certamente o desafio das estratégias e da logística nos dias atuais.
O planejamento estratégico e a logística não permitem aventuras, falhas ou amadorismo. Veja um trecho de uma entrevista realizada com o navegador Amyr Klink a respeito dos riscos e o que significa o sentido da aventura.
Nas suas expedições, quanto tem de aventura e quanto tem de planejamento?
Amyr Klink - Se depender de mim não tem nada de aventura. Detesto aventura. Num barco eu não quero aventura, e sim ter certeza que eu vou sair, fazer uma volta ao mundo e voltar num dia bom, num lugar que eu escolhi. Então eu quero chegar na Antártica esse ano de novo e ter certeza de que eu vou abrir uma garrafinha de vinho no dia 1º de novembro na baía Dorian.
Segundo a experiência de Amyr Klink, um verdadeiro expert em Logística e Estratégica, não devemos aumentar as incertezas, devemos nos concentrar em ações planejadas. Como futuro gestor de logística você poderá então simular algumas perguntas importantes, como por exemplo: Quais serão as grandes mudanças da economia? Quais as principais consequências para o seu setor? Como sua organização está se preparando? Quais os desafios principais?
Fundamentos e abordagens da estratégia empresarial e logística
A análise estratégica é fundamental para a análise do contexto competitivo em que uma organização opera, bem como para fazer recomendações fundamentadas e razoáveis de como a organização deve posicionar-se e de quais medidas devem ser tomadas para maximizar a criação de valor. Nessa parte do curso iremos explorar as teorias que proporcionam as bases de uma estratégia de negócios bem-sucedidas, levando em consideração o papel da logística e sualigação com a estratégia. A eficiência e eficácia da operação logística tem uma influência considerável não só sobre o desempenho dos negócios da indústria, mas também sobre a percepção do cliente sobre a qualidade dos produtos e serviços fornecidos pelo fabricante. “Se o fluxo de material do fornecedor é confuso, a operação interna da empresa não será capaz de sustentar a estratégia de sua produção sem um elevado nível de estoque de segurança. Da mesma forma, se as entregas de produtos acabados para o cliente não são confiáveis¿, o cliente estará insatisfeito. Assim, a logística é estrategicamente importante em muitas indústrias, uma vez que é fundamental para alcançar vantagem competitiva” (BOWERSOX; CLOSS; COOPER, 2010).
	Dia a dia Depoimento: Nossa estratégia logística é complexa. Um monte de pessoas (diretores, gerentes, investidores...) que ajudaram a desenvolver a empresa no início deixaram a empresa e agora nos perguntamos por que certas decisões foram tomadas.
 
 
Decisões a respeito da estrutura de uma organização e seu alinhamento com o produto tem sido um assunto de interesse na gestão estratégica de um negócio. Esse movimento de estudos e posicionamentos não recebeu tanta atenção na logística. As primeiras pesquisas em estratégia e logística investigaram a relação entre estratégia, estrutura e desempenho. Nesse cenário, as práticas como a integração logística podem ser analisadas a partir de uma perspectiva estratégia e também como uma forma de melhorar o desempenho competitivo, baseando-se em: estrutura, ações coordenadas e variáveis de estratégia.
O processo logístico descreve a interação dos processos de movimentação, produção e armazém, e sabemos também que os processos logísticos estão condicionados aos fatores de produção (Tempo, Custos, Escopo e Qualidade). Essas ações formam o conceito de Sistema Logístico. Por meio da rede, os objetos (bens, serviços, informações) são movidos ou transacionados pelo mundo.
Para conhecer mais, assista esse vídeo da evolução da logística.
https://www.youtube.com/watch?v=ITxxvypa5go&feature=related
Para fixar:
Gestão logística é a governança das funções da cadeia de suprimentos. Atividades de gestão de logística tipicamente incluem gerenciamento de transporte de entrada e saída, gerenciamento de frota, armazenagem, manuseio de materiais, atendimento de pedidos, logística projeto de rede, gerenciamento de estoque, abastecimento planejamento de demanda e gestão de serviços de terceiros prestadores de serviços logísticos.
Em graus variados, a função logística também inclui o atendimento ao cliente, e abastecimento, compras, planejamento e programação da produção, embalagem e montagem. Gestão logística é parte de todos os níveis de planejamento e execução – estratégico, operacional e tático. É uma função integradora, que coordena todas as atividades de logística, bem como as atividades de logística integram-se com outras funções, incluindo marketing, fabricação vendas, finanças e tecnologia da informação.
Normalmente, para ser eficaz na gestão, as empresas valorizam quatro aspectos centrais, que determinam seus objetivos, como segue:
a)    Aumento da eficiência operacional.
b)    Melhor atendimento ao cliente.
c)    Aumento das receitas e vendas.
d)    Melhoria das relações com o mercado.
Cada um desses objetivos será discutido a seguir em termos de objetivos.
a)    Aumento da eficiência operacional - Para aumentar a eficiência, a empresa deve gerenciar custos reduzindo suas despesas gerais de: transporte, estoque total, armazenamento, incluindo processos, layout e fluxo de produtos e de informação. Estabelecer uma forma de compartilhar as melhores práticas, questões e oportunidades com o seu ambiente de negócios.
	Veja esse exemplo, o vídeo institucional da Empresa Rumo Logística.
https://www.youtube.com/watch?v=8_nhdrApvgY&feature=related
A eficiência operacional é o caminho contrário ao retrabalho. O erro ou retrabalho utiliza trabalho extra e um espaço de tempo, que na maioria das vezes custa caro e afetará de maneira negativa a utilização dos recursos. Além disso, o erro e o retrabalho diminui o nível de confiança dos clientes e aumenta de maneira significativa os custos perdidos.
Maneiras de melhorar a eficiência em logística:
Trabalhar para ter serviços de valor agregado, como embalagem, marcação e inspeções de qualidade realizadas na origem da fabricação. Isso melhora a chance de erros identificados na fonte e melhoram o desempenho do produto.
Construir um sistema de transporte e produção integralmente pensado no processo de armazém e layout da fabricação, evitando adaptações e remendos. Considere o conjunto de variáveis que são necessárias: tamanho, crescimento das operações, capacidade de ampliação, gestão e renovação de frotas, controle de abastecimentos, gestão das filas, tecnologias de informação, entre outros.
Determinar o padrão de serviços que serão capazes de acomodar as demandas dos negócios, dependendo do tipo de produto e tempo de resposta ao consumidor. Por exemplo, alguns varejistas de grande porte utilizam transportadoras próprias e caminhões de carga entre grandes centros, enquanto outros varejistas, principalmente de web-commerce têm preferência pela eficiência dos correios, ou por empresas exclusivas de entrega rápida.
Você também deverá imaginar situações rotineiras, como, por exemplo: o uso de instalações inadequadas que afetam as operações internas e externas. (riscos de erros nos acessos, previsões erradas em períodos de pico, restrições na capacidade de armazenagem, insegurança dos fornecedores, tempo de produção estourado, entre outras). Na prática, cada organização deve desenvolver um olhar crítico a respeito de suas atividades internas e externas, não tem como agir de maneira diferente.
	Dia a dia – Depoimento do Gestor
Esta é a era de escassez, era de crises econômicas, era de competição extrema, um excelente planejamento e visão eficaz sobre Logística é absolutamente essencial, sem essas noções básicas não há sobrevida. As  organizações não irão  sobreviver sem planejamento, sem um controle ajustado da cadeia de suprimentos e sem entender o ambiente logístico.
 
No Brasil, tradicionalmente as indústrias não gostam de controlar as decisões de frete em suas compras. Isso pode custar caro em termos de eficiência de produção. Atualmente algumas organizações têm assumido o controle de entregas de compras de mercadorias, que, por sua vez, em alguns casos podem garantir uma economia real de escala e de negociação para reduzir custos operacionais.
Além da qualidade dos serviços e dos produtos, alguns padrões de conformidade de fornecedores incluem: embalagens e requisitos de transporte adequados, transporte monitorado, rotulagem, especificações de embalagem, informações técnicas, requisitos contábeis adequados, entre outras exigências burocráticas. Para os requisitos de logística deve-se prestar atenção no encaminhamento, guias, agendamento, horários de entrega entre outras exigências da relação fornecedor/cliente.
Na verdade aprendemos todos os dias a respeito da condução dos processos. Um defeito pode forçar as empresas a desconfiar dos seus fornecedores A relação com os fornecedores está no coração de uma gestão eficiente de logística. Para alcançar um padrão de atendimento é necessário determinar quais as políticas e procedimentos da empresa em relação aos deveres e compromissos dos fornecedores. O contrato com o fornecedor deve ser um compromisso formal que o produto chegará em bom estado, entregue na maneira acordada e com as condições adequadas de exigência.
Outro fator importante é instituir uma política responsável de relacionamento, indicando em um manual de padrão de atendimento do fornecedor.  Nesse caso, devem-se definir responsabilidades esperadas e compromissos do fornecedor em relação a exceções não previstas em contrato.  Empresas varejistas podem valorizar entregas fora do horário de comercialização, assim como podem solicitar processos de logística reversacom o fornecedor do produto. Normalmente é necessário também estabelecer multas de contrato em relação a atrasos, riscos, produtos danificados, erros de padronização, entre outras falhas. Sem a definição dessas normas, uma distribuidora teria que absorver erros e ajustar seus custos. Sem políticas de conformidade e de fiscalização de padrões é difícil de implementar um sistema confiável.
Essas estratégias podem gerar inúmeros benefícios, como custos mais baixos, melhor visibilidade em trânsito e a capacidade de agendar entregas. No plano interno, o aumento do controle na logística de entrada representa uma nova oportunidade não só dos grandes varejistas. Um exemplo pode ser percebido pelas indústrias que formam cargas compartilhadas para utilização de operações de abastecimento rotineiro, consolidando a entrega de mercadorias entre os seus fornecedores e clientes. 
b. Melhor atendimento ao cliente
Nas empresas, operações de atendimento deveriam ser realizadas em parceria com o marketing, merchandising e outros processos comerciais.  Essa combinação é como um triângulo – isolando, ou deixando de lado uma das coisas as outras sofrerão alterações. Operações de atendimento voltadas ao processo de entrega representa uma das chaves para cumprir as promessas de marketing para o cliente, respeitando prazos, condições, valores e riscos.
O atendimento deve prever situações de discordância que exigirão perspectivas de devolução, prazos de entrega, movimentação de retorno, prazos de garantia, validade, entre outros aspectos que geram discordância no contrato de venda. Empresas inteligentes observam esses comportamentos em seus custos e não arriscam no atendimento pós-venda. Nesse momento você pode garantir um dos fatores mais importantes da logística, que é a segurança e confiança que foi estabelecida no ato da venda.
Pense nisso: a empresa deve desenvolver um olhar crítico de suas condições de atendimento. A satisfação dos clientes representa o principal fator crítico de sucesso no mercado, consumidores insatisfeitos com a logística representam 60% das reclamações em períodos de vendas aquecidas.
	Dia a Dia Depoimento
A estratégia é muito complicada
Temos uma estratégia de logística que é muito complicada, uma vez que a empresa incorpora todos os aspectos do negócio, incluindo algumas que não são tradicionalmente ligados à logística. A estratégia logística não consegue alcançar resultados, cada departamento tem sua própria estratégia. Assim, temos uma "declaração de missão", que precisa ser atualizada, pois não cumprimos os compromissos nos últimos anos.
c) Aumento das receitas e vendas
Vamos agora analisar um caso, uma indústria de bebidas estava elaborando seu plano de expansão para os próximos anos. As previsões indicavam crescimento de demanda e uma mudança clara no perfil de consumo em algumas regiões do país, certos produtos deveriam ter sua demanda aquecida, enquanto outras regiões apresentavam uma tendência de estabilização. Este comportamento, no entanto, era bastante distinto em diferentes regiões. A empresa possuía uma rede logística com fábricas em vários estados, cada uma sendo capaz de produzir um determinado mix de produtos. A direção da empresa precisava decidir como expandir a capacidade de suas fábricas: se instalaria novas linhas de produção nas fábricas atuais ou se abriria novas fábricas para instalar as novas linhas. Precisava ainda decidir em quais das fábricas existentes deveriam ser feitas as expansões ou em que municípios abrir as novas unidades de produção. Nesse caso percebemos a complexidade e a estreita ligação entre logística e estratégia.
A logística integrada contempla a logística inbound (abastecimento), a logística interna e a logística outbound (distribuição). Para entender melhor, vamos dividir o sistema de logística nessas duas características: Logística de entrada e Logística de saída. Veja esse vídeo da Coca-Cola e identifique as mensagens principais relacionadas à estratégia e à logística.
https://www.youtube.com/watch?v=sV8qezr18DY
De maneira simples podemos pensar que a logística de entrada envolve o fornecimento de todos os materiais e componentes necessários para a fabricação de um produto, já a logística de saída será responsável pela forma como esses produtos chegarão ao mercado consumidor, envolvendo então processos de montagem, distribuição, armazenagem e entrega ao consumidor. A partir dessa separação podemos formar uma visão sintonizada com os diferentes processos. A seguir vamos analisar esses conceitos:
Logística de entrada
A Logística de entrada é importante porque é difícil projetar vendas e realizar acertos, é preciso levar o produto de forma rápida e segura para o seu destino. Indústrias e varejistas devem demonstrar eficiência no transporte para garantir a produção e disponibilidade do produto no processo industrial. Se você não tem o produto que pode ser movido rapidamente em um ponto de venda, você pode criar problemas maiores. Como as empresas se tornam mais enxutas, e mais concentradas, o transporte torna-se ainda mais importante para as metas de vendas e prazos. No atendimento de varejo, o vendedor pode substituir um produto em falta, ou até oferecer novas soluções para o consumidor, mas esse não é o caso de uma indústria, ou de um varejista de web-commerce que depende de prazos para honrar compromissos. Assim percebemos uma das características centrais da logística de entrada “o abastecimento no tempo correto” uma condição que aumenta a eficiência da indústria e reduz a estrutura de investimento quando o estoque funciona como ferramenta de regulação e integração dos produtos em movimentações.
c) Aumento das receitas e vendas
Vamos agora analisar um caso, uma indústria de bebidas estava elaborando seu plano de expansão para os próximos anos. As previsões indicavam crescimento de demanda e uma mudança clara no perfil de consumo em algumas regiões do país, certos produtos deveriam ter sua demanda aquecida, enquanto outras regiões apresentavam uma tendência de estabilização. Este comportamento, no entanto, era bastante distinto em diferentes regiões. A empresa possuía uma rede logística com fábricas em vários estados, cada uma sendo capaz de produzir um determinado mix de produtos. A direção da empresa precisava decidir como expandir a capacidade de suas fábricas: se instalaria novas linhas de produção nas fábricas atuais ou se abriria novas fábricas para instalar as novas linhas. Precisava ainda decidir em quais das fábricas existentes deveriam ser feitas as expansões ou em que municípios abrir as novas unidades de produção. Nesse caso percebemos a complexidade e a estreita ligação entre logística e estratégia.
A logística integrada contempla a logística inbound (abastecimento), a logística interna e a logística outbound (distribuição). Para entender melhor, vamos dividir o sistema de logística nessas duas características: Logística de entrada e Logística de saída. Veja esse vídeo da Coca-Cola e identifique as mensagens principais relacionadas à estratégia e à logística.
https://www.youtube.com/watch?v=sV8qezr18DY
De maneira simples podemos pensar que a logística de entrada envolve o fornecimento de todos os materiais e componentes necessários para a fabricação de um produto, já a logística de saída será responsável pela forma como esses produtos chegarão ao mercado consumidor, envolvendo então processos de montagem, distribuição, armazenagem e entrega ao consumidor. A partir dessa separação podemos formar uma visão sintonizada com os diferentes processos. A seguir vamos analisar esses conceitos:
Logística de entrada
A Logística de entrada é importante porque é difícil projetar vendas e realizar acertos, é preciso levar o produto de forma rápida e segura para o seu destino. Indústrias e varejistas devem demonstrar eficiência no transporte para garantir a produção e disponibilidade do produto no processo industrial. Se você não tem o produto que pode ser movido rapidamente em um ponto de venda, você pode criar problemasmaiores. Como as empresas se tornam mais enxutas, e mais concentradas, o transporte torna-se ainda mais importante para as metas de vendas e prazos. No atendimento de varejo, o vendedor pode substituir um produto em falta, ou até oferecer novas soluções para o consumidor, mas esse não é o caso de uma indústria, ou de um varejista de web-commerce que depende de prazos para honrar compromissos. Assim percebemos uma das características centrais da logística de entrada “o abastecimento no tempo correto” uma condição que aumenta a eficiência da indústria e reduz a estrutura de investimento quando o estoque funciona como ferramenta de regulação e integração dos produtos em movimentações.
ESCOLHA DO MODAL DE TRANSPORTE
Basicamente são dois os critérios adotados por um embarcador na escolha do modal de transporte: preço/custo e desempenho. Normalmente, a dimensão desempenho é medida por meio do tempo médio de entrega, de sua variabilidade absoluta e percentual e do nível médio de perdas e danos que ocorrem no transporte.
As organizações realizam escolhas de acordo com as regras tradicionais de custo X benefícios assim como também se devem destacar outros elementos como urgência, risco, característica do produto, fluxo de demanda, entre outros. As características do mercado também podem influenciar a escolha do modal. Por exemplo, os produtos sazonais, ou produtos refrigerados que deverão sofrer uma análise mais profunda durante os riscos de atraso. Em outra dimensão, produtos como commodities agrícolas são fortemente influenciados à gestão de custos e disponibilidades de recursos. A poucos anos atrás, em áreas de abertura de fronteira, escutavam-se relatos de produtores que deixaram sua safra apodrecendo em virtude da ausência de infraestrutura e alternativas viáveis de transportes. Assim, entre as opções de escolhas também levamos em consideração as características de infraestrutura e investimentos realizados para gestão do modal.
O estudo da logística deve levar em consideração também os cenários e a flexibilidade das alternativas para acompanhar movimentações físicas e necessidades de abastecimento, evitando decisões equivocadas, onerosas ou de má qualidade na entrega do serviço ou produto. Lembre-se, a informação é essencial nessa fase de identificação de cenários e alternativas, um bom levantamento pode reduzir significativamente os desperdícios e fortalecer as escolhas mais realistas ao sistema de entrega e sua diversidade de combinações.
Entre as combinações, podemos destacar as combinações citadas por Ronald Ballou (1993, p. 131):
a)    Ferro-rodoviário.
b)    Ferro-hidroviário.
c)    Ferro-aeroviário.
d)    Ferro-dutoviário.
e)    Rodo-aéreo.
f)     Rodo-hidroviário.
g)    Rodo-dutoviário.
h)   Hidro-dutoviário.
i)     Hidro-aéreo.
j)     Aero-dutoviário.
	Assista esse vídeo para entender algumas combinações possíveis https://www.youtube.com/watch?v=yHkh46wRSq0
 
Como você percebeu, algumas combinações apresentam grande complexidade operacional, mas as alternativas para aumentar a eficiência são sempre relacionadas à utilização de embalagens adequada. A utilização de carga conteinerizada é uma peça de equipamento que é transferível para todos os modais de transporte de superfície, com exceção dos dutos. Na maioria das vezes, são os contêineres que serão empregados em negócios internacionais, por serem seguros em muitas combinações multimodais. Da mesma forma, alguns produtos podem exigir urgência e a embalagem deve respeitar as características das modalidades escolhidas.
Além dos modais as decisões logísticas em termos de estratégia, devem mapear possíveis alternativas ampliação da infraestrutura.
Agora que chegamos ao final da leitura dessa primeira parte do nosso curso, vamos perceber que as decisões da logística e da estratégia envolvem ainda as seguintes questões:
Qual a melhor sequência das atividades de logística? Onde e quando devem ocorrer? Quais são os valores percebidos pelo cliente? Quais empresas farão parte do sistema de logística? Como deve ser o contato entre a empresa, o distribuidor e os clientes? Os clientes devem ir até a empresa? Os contatos do cliente com a empresa poderão ser feitos por meio de recursos tecnológicos? Quais seriam esses recursos? Quais ainda seriam as implicações de seu uso? Entre outras.
Agora no nosso fórum você poderá exemplificar situações da logística relacionada ao desempenho estratégico de uma empresa. Você pode começar discutindo a importância da estratégia para logística

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