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1 BIO Q U ÍM IC A ME T A B O LIS M O D E LIP ÍD IO S AU LA 6 Prof. Greice Montagner LO C A LIZA Ç Ã O S U B C E LU LA R D O M E T A B O LIS M O LIP ÍD IC O Nas plantas o papel biológico da β-oxidação (peroxissomos) é utilizar os lipídeos armazenados como precursores biossintéticos, não energia. Ciclo do glioxilato: permite a síntese de glicose a partir de acetil-CoA. 2 CA T A B O LIS M O D E LIP ÍD E O S Mamíferos : Oxidação de ácidos graxos = via central de produção de energia. Coração e fígado: 80% das necessidades energéticas em todas as circunstâncias fisiológicas Reserva energética: 20% do peso corpóreo (massa 100 vezes maior do que o glicogênio hepático). Energia de oxidação = 38KJ/g ~ 9Kcal/g Qual é a vantagem de se armazenar lipídeos ao invés de carboidratos? (1g de glicogênio adsorve 3g de água). 3 DIG E S T Ã O , M O B ILIZ A Ç Ã O E TRANSPORTE DE GORDURAS As células podem obter combustíveis de ácidos graxos de três fontes: gorduras consumidas na dieta gorduras armazenadas nas células como gotículas de lipídeos gorduras sintetizadas em um órgão para exportação a outro. 4 5 SA IS B IL IA R E S Os sais biliares são moléculas anfipáticas que atuam na solubilização dos glóbulos de gordura –são derivados do colesterol, conjugados de glicina ou taurina Bile – detergente -10% NaHCO3 Ácidos biliares – ácidos esteróides 6 SÍN T E S E D O S S A IS B IL IA R E S 7 HO R M Ô N IO S A T IV A M A M O B ILIZ A Ç Ã O DOS TRIACILGLICERÓIS ARMAZENADOS Lipídeos armazenados nos adipócitos gotículas lipídicas Superfície das gotículas revestida por perilipinas, Hormônios sinalizam a necessidade de energia metabólica mobilização dos TG (tecido adiposo) e transportados aos tecidos (musculatura esquelética, coração e córtex renal) oxidação dos ácidos graxos para a produção de energia. Adrenalina e glucagon estimulam a enzima adenilil ciclase (membrana plasmática dos adipócitos) produz o segundo mensageiro intracelular AMP cíclico (cAMP). A proteína-cinase dependente de cAMP (PKA) leva à mudanças que abrem a gotícula de lipídeo para a atividade de três lipases, que atuam sobre tri-, di- e monoacilgliceróis, liberando ácidos graxos e glicerol. 8 HO R M Ô N IO S A T IV A M A M O B ILIZ A Ç Ã O DOS TRIACILGLICERÓIS ARMAZENADOS Os ácidos graxos assim liberados sangue (se ligam à albumina sérica). Ligados a essa proteína solúvel os ácidos graxos que de outra maneira seriam insolúveis, são transportados aos tecido como o músculo esquelético, o coração e o córtex renal. Nesses tecidos-alvo, os ácidos graxos se dissociam da albumina e são levados por transportadores da membrana plasmática para dentro das células para servir de combustível. O glicerol liberado pela ação da lipase é fosforilado e oxidado a di- hidroxiacetona fosfato, que pode entrar nas vias glicolítica ou gliconeogênica. Alternativamente, o glicerol fosfato pode ser usado na síntese de triacilgliceróis ou de fosfolipídeos. 9 10 DE G R A D A Ç Ã O D O S TR IA C ILG LIC E R ÍD E O S Quando há necessidade de energia a partir dos ácidos graxos, a mobilização da gordura inicia-se pela hidrólise de triacilglicerol dos adipócitos, formando ácidos graxos e glicerol. Primeiro a lipase sensível a hormônio promove a remoção do ácido graxo da posição 1 ou 3. Lipases adicionais removem ácidos graxos do mono- ou diacilglicerol, formando glicerol e ácidos graxos livres. Ácidos graxos são liberados dos adipócitos e transportados pelo sangue ligados a albumina e utilizado pelos tecidos (fígado e músculos). Exceções : tecido nervosos e hemácias obtêm energia exclusivamente a partir da degradação da glicose. 11 12 Circulação V.G. (fígado e outros tecidos) Albumina (transporte outros tecidos) ATIVAÇÃO ↓ B-OXIDAÇÃO DE G R A D A Ç Ã O D O S TR IA C ILG LIC E R Ó IS ADIPOCITOS (não apresentam glicerol-3P- desifrogenase) A E N T R A D A D O G LIC E R O L NA VIA GLICOLÍTICA O glicerol não é metabolizado pelos adipócitos, pois eles não possuem a glicerol-3-fosfato, que pode ser transformado em diidroxiacetona-fosfato (intermediário da glicólise ou da gliconeogênese). 13 AT IV A Ç Ã O D O S ÁC ID O S GR A X O S Para sua oxidação, os ácidos graxos são ativados e transportados para a matriz mitocondrial. Ácido graxo + CoA+ ATP acilgraxo-CoA + AMP + PPi Transporte : Circuito da carnitina (+14C) Após o transporte para a mitocôndria podem ser oxidados pelo processo da B-oxidação até acetil-CoA (ácidos graxos pares) e acetil- CoA + propionil-CoA (ácidos graxos ímpares). 14 15 EN T R A D A D E Á C ID O G R A X O N A MITOCÔNDRIA PELO TRANSPORTADOR ACIL- CARNITINA/CARNITINA As enzimas de oxidação de ácidos graxos nas células animais estão localizadas na matriz mitocondrial. 12 átomos de carbono ou menos entram na mitocôndrias em ajuda de transportadores de membrana. 14 átomos de carbono ou mais precisam passar pelas 3 reações enzimáticas do Circuito da Carnitina. 16 EN T R A D A D E Á C ID O G R A X O N A M IT O C Ô N D R IA P E LO TRANSPORTADOR ACIL-CARNITINA/CARNITINA 17 Β-OXIDAÇÃO DOS ÁCIDOS GRAXOS 18 Oxidação do ácido graxo até acetil-CoA. Cada volta no ciclo é removida uma molécula de acetil-CoA e o acil-graxo remanescente reinicia o novo ciclo de B-oxidação. OX ID A Ç Ã O D E Á C ID O S GRAXOS 19 20 A O X ID A Ç Ã O D O S Á C ID O S G R A X O S NOS PEROXISSOMOS Ácidos graxos de cadeia linear muito longa (com mais de 20 carbonos). Transportados por uma Permease, sem o auxílio da Carnitina. Acil -CoA oxidase. 21 A O X ID A Ç Ã O D O Á C ID O P A LM ÍT IC O P R O D U Z 129 ATPS 22 23 RE A Ç Õ E S ADICIONAIS PARA A OXIDAÇÃO DE ÁCIDOS GRAXOS INSATURADOS Β-OXIDAÇÃO DOS ÁCIDOS GRAXOS COM NÚMERO ÍMPAR DE ÁTOMOS DE CARBONO 24 25 CO R P O S CE T Ô N IC O S Em humanos, e na maior parte de outros mamíferos, o acetil- CoA formado no fígado durante a oxidação dos ácidos graxos pode entrar no ciclo do ácido cítrico ou sofrer conversão a “corpos cetônicos”, acetona, acetoacetato e D-b- hidroxibutirato, para ex- portação a outros tecidos. 26 CO R P O S CE T Ô N IC O S Transferência de carbonos oxidáveis do fígado para outros órgãos. Apenas uma pequena quantidade de acetil-CoA é convertida em corpos cetônicos –o destino metabólico principal é a passagem pelo Ciclo de Krebs e a cadeia transportadora de elétrons. Elevada quando a degradação de triacilgliceróis não é acompanhada pela degradação de carboidratos (há necessidade de níveis compatíveis de oxaloacetato, para promover a reação de condensação que inicia o ciclo, lembrando que obtemos oxaloacetato a partir de piruvato). 27 CO R P O S CE T Ô N IC O S Diminui a velocidade do ciclo e aumenta a concentração de acetil- CoA, este condensa-se formando os corpos cetônicos. Acetoacetato e β-hidroxibutirato são aproveitados como fonte de energia pelos tecidos extra-hepáticos (coração e músculos esqueléticos). Fígado não possui β-cetoacil-CoA transferase. Acetona –volatilizada nos pulmões. Cetose acentuada (jejum e diabetes) o cérebro passa a oxidar corpos cetônicos. Cetonemia –plasma–causa acidose Cetonúria -urina 28 29 30 SÍN T E S E D E ÁC ID O S GR A X O S Fígado : maior parte da produção endógena (adipócitos-menor extensão) Grande parte dos ácidos graxos utilizados pelo corpo é suprida pela dieta Excesso de carboidratos e proteínas. Acetil -coA: substrato inicial formação de malonil-CoA Ácido Pamítico: produto final Quantidades excessivas de carboidratos e proteínasobtidas pela dieta podem ser convertidas em ácidos graxos, e armazenados como triacilgliceróis. Razão ATP/ADP alta Insulina : estimula a lipogênese 31 SÍN T E S E D E ÁC ID O S GR A X O S 32 33 SÍN T E S E D E ÁC ID O S GR A X O S Formação de malonil-CoA 34 35 36 A S ÍN T E S E D O S Á C ID O S GRAXOS OCORRE EM UMA SEQUÊNCIA DE REAÇÕES QUE SE REPETEM 37 38 39 40 41 42 43 44 45 SÍN T E S E D E TR IA C ILG LIC E R Ó IS PR E C U R S O R E S : GLICEROL-3-FOSFATO E ACIL-COA 46 47 48 A B IO S S ÍN T ES E D E TRIACILGLICERÓIS NOS ANIMAIS É REGULADA POR HORMÔNIOS 49 50 ME T A B O LIS M O D O C O LE S T E R O L 51 • O colesterol é sem dúvida o lipídeo que recebe maior publicidade, sendo famoso devido à forte correlação entre altos níveis de colesterol no sangue e incidência de doenças cardiovasculares em humanos. Papel• crucial do colesterol componente das membranas celulares, precursor dos hormônios esteroides e dos ácidos biliares. • É uma molécula essencial em muitos animais, incluindo os seres humanos, mas não é necessário que esteja presente na dieta de mamíferos – todas as células são capazes de sintetizá-lo a partir de precursores simples. ME T A B O LIS M O D O C O LE S T E R O L 52 53 RE S U M O D A BIO S S ÍN T E S E D O CO LE S T E R O L 54 FO R M A Ç Ã O D E ME V A LO N A T O A PARTIR DE ACETIL-COA 55 CO N V E R S Ã O D O ME V A LO N A T O EM ISOPRENO 56 FO R M A Ç Ã O D O ES Q U A LE N O 57 58 ME T A B O LIS M O D O C O LE S T E R O L 59 ME T A B O LIS M O D O C O LE S T E R O L Síntese dos ésteres de colesterila: a esterificação converte o colesterol em uma forma ainda mais hidrofóbica para o armazenamento e transporte. 60 TR A N S P O R T E DE LIPÍDEOS 61 62
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