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Petição Inicial Caso Concreto I

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EXCELENTÍSSIMO DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ____ª VARA CIVIL DA CAMARCA DE CURITIBA – PR
 FREDERICO , brasileiro, casado, (profissão), residente e domiciliado
na rua Estrela, nº 280, no bairro de Estralada, no Munícipio de Fortaleza, no Estado do Ceará, CEP 00000-000, por seu advogado, que esta subscreve (procuração inclusa), vem respeitosamente perante V. Exa., com fundamento no artigo 156, II, 171 e do artigo 178, todos do CC/02, e artigo 319 e seguintes do CPC /15, propor ação ANULATORIA DE NEGÓCIO JURÍDICO contra GIOVANA, brasileira, solteira, (profissão), residente e domiciliada na rua do Dendê, no bairro Dendezeiro, no Munícipio de Salvador, Estado da Bahia, CEP 00000 000, e o faz nas razões de fato e de direito exposto a seguir.
 I – OS FATOS
O autor é pai de uma filha chamada Julia, que foi vitima 
de um sequestro, tendo parte de sua orelha mutilada e enviada como demonstração da violência , além disso os sequestradores exigiram um resgate de R$ 300.000,00.
 O autor após arrecadar com muito sacrifício, R$ 220.000,00, viu- se desesperado e não havendo alternativa, optou pela venda de seu único imóvel, pelo valor de R$ 80.000,00 à ré, que é sua prima e a tudo acompanhou.
 Felinamente, antes do resgate, a filha do autor foi libertada com vida pela Policia Antissequestro.
 Após o trauma o autor ciente de que vendeu seu único imóvel muito abaixo do valor venal, cerca de R$ 280.000,00, vez que é localizado num condomínio fechado, contendo quatros, com piscina, sauna, duas salas, cozinha, dependência de empregada, tentou desfazer o negócio com a ré, mas sem sucesso.
 O autor, sabendo dos seus direitos, especialmente quanto a nulidade do negócio jurídico, tendo em vista que foi praticado na tentativa de salvar a sua filha, não teve alternativa senão ingressar com a presente ação perante V. Exa. Que será o fiel da balança para o restabelecimento do bom direito aplicável no caso concreto.
 Senão Vejamos!
 II – OS FUNDAMENTOS JURIDICOS
 O negócio jurídico entre o autor e a ré é possível de anulação, vez que foi praticado em claro ambiente de estado de perigo, pois o valor arrecadado de R$ 80.000,00, muito abaixo do valor venal, que é de R$ 280.000,00, tinha como destino unicamente o pagamento do resgate de sua filha, vítima de sequestro.
 Reza o art. 156, do CC/02: configura- se estado de perigo quando alguém, premido de necessidade de salvar- se, ou a pessoa de sua família de grave dano conhecido pela outra parte, assume obrigação excessivamente onerosa.
 Os negócios jurídicos realizados sob essa condição, isto é, em estado de perigo, devem ser anulados, conforme determina o inciso II, do art. 171, do CC/02.
 Art. 171. Além dos casos expressamente declarados na lei, é anulável o negócio jurídico. 
 (...)
 II- por vicio resultante de erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão ou fraude contra credores.
 Para que isso não ocorra a qualquer tempo, o art. 178, do CC/02, estabelece o prazo decadencial de 4 anos para que o negócio jurídico realizado com defeito possa ser anulado.
 Assim, considerando que o autor realizou negócio jurídico com vicio de consentimento, ou seja, por estar em estado de perigo, é justo e jurídico que seja anulado a venda do seu imóvel sob pena de, não o fazendo, autorizar o enriquecimento ilícito da ré, que, mesmo sem dolo, beneficiou – se injustamente do sequestro da sua prima de segundo grau.
 III – OS PEDIDOS E OS REQUERIMENTOS
 Por estas razões o autor requer:
 a) a citação da ré para comparecer à audiência de conciliação, ficando ciente de que, sendo infrutífera, iniciar-se- á o prazo para a apresentação de eventual contestação;
 b) a procedência do pedido de anulação do negócio jurídico
celebrado com a ré em estado de perigo;
 c) a condenação da ré aos honorários advocatícios e as custas iniciais;
 d) a expedição de oficio ao Cartório de Registro de Imóveis de Fortaleza (CE) para que averbe na matrícula a existência de litígio sobre o bem em questão.
 Requer a produção de provas por todos os meios admitidos em direito, em especial: (i) documental; (ii) oitiva de testemunhas; (ii) depoimento pessoal da ré; (iv) documental.
 Dá – se à causa o valor de R$ 80.000,00 (oitenta mil reais).
 Nos termos,
 p. deferimento!
 Salvador (BA), 1º de março de 2007.
 Advogado 
 OAB/SP

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