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peça processo penal cancelamento da prova

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR REITOR DA FACULDADE DE DIREITO
NÓS, estudantes de direito, brasileiros, estagiários (a grande maioria), residentes e domiciliados na rua do Desespero, 666, bairro do Suicídio Coletivo, vêm, em nome do completo e absoluto medo de reprovar, com imensa cara de pau, pelo estagiário que manja um pouquinho de elaborar petições, propor a presente
AÇÃO DE CANCELAMENTO DA PROVA DE HOJE
em face do PROFESSOR DE DIREITO PROCESSUAL PENAL DO OITAVO SEMESTRE NOTURNO, pelas razões de fato e de direito adiante aduzidas.
I – DOS FATOS
Em um passado recente, nós, dominados por uma sede de justiça, decidimos mudar o país, torná-lo mais justo e aplicar as leis de modo eficaz, assim, matriculamo-nos nesta tão honrada faculdade de Direito.
Contudo, com o passar dos anos, acabamos percebendo que não dá pra mudar muita coisa sendo advogado ou juiz, frente a tal circunstancialidade passamos a frequentar mais os bares da região do que a fatídica sala de aula.
Deste modo, é cediço que após a ingestão de álcool em níveis acima do considerado normal, o entendimento das matérias torna-se prejudicado, motivo este que faz com que os alunos não obtenham notas satisfatórias nas avaliações realizadas.
Assim, em razão da falta de comprometimento dos alunos, e do excesso de álcool no sangue, não houve outra alternativa senão calçar as sandálias da humildade e bater às portas do senhor reitor para pedir que cancele a prova por motivos de: FODEU!
II – DO DIREITO
A doutrina e a jurisprudência vêm decidindo maciçamente que os jovens são o futuro do Brasil, e nós estudantes de Direito, enquadrados na categoria, JOVENS, não podemos ser prejudicados por um sistema ultrapassado que avalia o aluno por notas e não por quem ele é de fato.
Ademais, com lastro no artigo 171 do vigente Código Penal, comete estelionato aquele que se aproveita da ignorância do outro para prejudicá-lo, verifica-se no caso em tela que o professor ao exigir dos alunos um conhecimento que estes não possuem, estaria incorrendo em infração à legislação pátria.
Por fim, insta salientar que o Direito não socorre aos que dormem, e a aula ministrada pelo professor causa inveja aos mais poderosos calmantes do mundo, pois basta adentrar em sala para o festival de bocejos começar, o que novamente demonstra que os alunos não puderam aprender nada.
III – DOS PEDIDOS
Diante dos fatos acima expostos, requer:
a procedência do pedido para anular a prova anteriormente marcada para o dia de hoje;
caso não seja este o entendimento de Vossa Excelência, que então aplique uma prova com conteúdo simplórios, questionando a alguns sobre a última rodada do brasileirão, o grande show do Corinthians na Copa do Brasil e, para outra parcela da turma, que seja indagado a respeito da temática interligada à moda, estilo e comportamento;
requer seja concedido ao menos 3,0 (três) pontos aos alunos que preencherem corretamente o campo “nome” na prova a ser aplicada;
requer a oitiva de no mínimo três dos alunos que frequentam o Castelinho, para que a este lhe seja devotado voz e ciência.
Dá-se a causa o valor de R$ 3.000,00 (três mil reais para que, não sendo aceito os devidos pedidos acima elencados, ao menos nos reste dar uma choppada em prol da tristeza aquiescida pela nota não auferida).
Termos em que,
pede deferimento.
Brasil, 02 de outubro de 2014.
Alunos de Direito
2014/SP

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