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Vísceras abdominais - Anatomia II

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VÍSCERAS ABDOMINAIS – ANATOMIA II
 ESÔFAGO
É um tubo muscular que conduz alimento da faringe para o estômago.
O esôfago normalmente tem três constrições (ou 4, dependendo do autor), onde suas estruturas adjacentes deixam impressões:
• Constrição cervical (esfíncter superior do esôfago)
• Contrição broncoaórtica ou torácica: trata-se de uma constrição combinada, no local onde ocorre o primeiro cruzamento do arco da aorta e depois o cruzamento pelo brônquio principal esquerdo; a primeira é observada em vistas anteroposteriores e a segunda em vistas laterais.
** Por alguns autores é considerada uma constrição brônquica e outra aórtica, mas por sua proximidade pode ser considerado como uma única constrição.
• Constrição diafragmática: no local onde atravessa o hiato esofágico do diafragma.
 Trajetória do esôfago
 Segue a coluna vertebral ao descer através do pescoço e do mediastino;
 Tem lâminas musculares circulares internas e longitudinais externas. Em seu terço superior, a lâmina externa consiste em músculo estriado voluntário; o terço inferior é formado por músculo liso, e o terço médio tem os dois tipos de músculo;
 Atravessa o hiato esofágico elíptico no pilar muscular direito do diafragma, no nível da vértebra TX;
 Termina entrando no estômago no óstio cárdico do estômago, no nível da 7ª cartilagem costal esquerda e da vértebra T XI;
 É circundado pelo plexo nervoso esofágico distalmente.
 Está fixado às margens do hiato esofágico no diafragma pelo ligamento frenicoesofágico; esse ligamento permite o movimento independente do diafragma e do esôfago durante a respiração e a deglutição;
 Parte abdominal do esôfago
É em forma de trompete, apenas 1,25 cm de comprimento, vai do hiato esofágico no pilar direito do diafragma até o óstio cárdico do estômago, alargando-se à medida que se aproxima em posição anterior à esquerda na sua descida. A face anterior é coberta por peritônio da cavidade peritoneal, contínuo com aquele que reveste a face anterior do estômago.
A face posterior da parte abdominal do esôfago é coberta por peritônio da bolsa omental, contínuo com aquele que reveste a face posterior do estômago. A margem direita do esôfago é contínua com a curvatura menor do estômago; entretanto, sua margem esquerda é separada do fundo gástrico pela incisura cárdica existente entre o esôfago e o fundo gástrico.
O alimento atravessa o esôfago rapidamente em razão da ação peristáltica de sua musculatura, auxiliado pela gravidade, mas não depende dela (é possível engolir de cabeça para baixo). 
 Junção esofagogástrica
Situa-se à esquerda da vértebra TXI no plano horizontal que atravessa a extremidade do processo xifoide. É designado por cirurgiões a linha Z, uma linha irregular em que há mudança abrupta da mucosa esofágica para a mucosa gástrica, como a junção.
Imediatamente superior a essa junção, a musculatura diafragmática que forma o hato esofágico funciona como um esfíncter inferior do esôfago fisiológico que se contrai e relaxa. É eficiente para evitar refluxo do conteúdo gástrico para o esôfago. 
 Irrigação/drenagem/inervação
- Irrigação
A irrigação da parte abdominal do esôfago é feita pela artéria gástrica esquerda, um ramo do tronco celíaco, e pela artéria frênica inferior esquerda.
- Drenagem Venosa
Veias submucosas que drenam para o sistema venoso porta, através da veia gástrica esquerda, e para o sistema venoso sistêmico pelas veias esofágicas que entram na veia ázigo.
- Drenagem Linfática
Faz-se para os linfonodos gástricos esquerdos; os vasos linfáticos eferentes desses linfonodos drenam para os linfonodos celíacos.
- Inervação
Através do plexo esofágico.
 ESTÔMAGO
O estômago é a parte expandida do sistema digestório entre o esôfago e o intestino delgado. É especializado para o acúmulo do alimento ingerido, que ele prepara química e mecanicamente para a digestão e passagem para o duodeno.
Sua principal função é a digestão enzimática. O suco gástrico converte gradualmente a massa de alimento em uma mistura semilíquida, o quimo, que passa rapidamente para o duodeno.
O estômago vazio tem calibre apenas ligeiramente maior que o do intestino grosso; entretanto é capaz de expandir muito e pode contar 2 a 3 litros de alimento.
 Tamanho, posição e formato
Podem variar bastante em pessoas com diferentes biótipos e podem mudar até mesmo no indivíduo de acordo com os movimentos do diafragma durante a respiração, o conteúdo (se está vazio ou cheio de alimento) e a posição da pessoa.
Na maioria das pessoas o estômago possui formato semelhante ao da letra J.
Importante destacar que em decúbito dorsal, o estômago costuma estar nos quadrantes superiores direito e esquerdo, ou no epigástrio, região umbilical, hipocôndrio e flanco esquerdos.
 Partes do estômago
O estômago tem quatro partes:
× Cárdia: a parte que circunda o óstio cárdico, a abertura superior do estômago. Está situado (em decúbito dorsal) posteriormente à 6ª cartilagem costal esquerda, no nível da vértebra T XI.
× Fundo Gástrico: a parte superior dilatada que está relacionada com a cúpula esquerda do diafragma, limitada inferiormente pelo plano horizontal do óstio cárdico. A incisura cárdica está situada entre o esôfago e o fundo gástrico. O fundo gástrico geralmente está situado posteriormente à costela VI esquerda.
× Corpo Gástrico: a parte principal do estômago, entre o fundo gástrico e o antro pilórico.
× Parte pilórica: a região afunilada de saída do estômago; sua parte mais larga, o antro pilórico, leva ao canal pilórico, sua parte mais estreita. O piloro é a região esfincteriana distal da parte pilórica. É um espessamento acentuado da camada circular de músculo liso que controla a saída do conteúdo gástrico através do óstio pilórico (abertura inferior do estômago) para o duodeno.Há esvaziamento intermitente do estômago quando a pressão intragástrica supera a resistência do piloro. Normalmente, o piloro encontra-se em estado de contração tônica, de modo que o óstio pilórico é reduzido, exceto quando há passagem ao quimo.
 Curvaturas do estômago
× Curvatura menor: forma a margem direita côncava mais curta do 
estômago. A incisura angular, parte inferior da curvatura, indica a
junção do corpo gástrico com a parte pilórica do estômago.
× Curvatura maior: forma a margem convexa mais longa do estômago. Segue inferiormente à esquerda da junção do 5º espaço intercostal e continua medialmente para alcançar o antro pilórico.
 Interior do estômago
A superfície lisa da mucosa gástrica é castanho-avermelhada. Quando contraída, a mucosa gástrica forma estrias longitudinais denominadas pregas gástricas. 
Durante a deglutição, forma-se um sulco ou um canal gástrico temporário entre as pregas longitudinais ao longo da curvatura menor. O canal gástrico se deve à firme fixação da túnica mucosa gástrica à túnica muscular, que não tem uma lâmina oblíqua nesse local.
As pregas gástricas diminuem e desaparecem quando o estômago está distendido.
 Relações
Coberto por peritônio, exceto nos locais em que há vasos sanguíneos ao longo de suas curvaturas e em uma pequena área posterior ao óstio cárdico.
As duas lâminas do omento menor estendem-se ao redor do estômago e separam-se de sua curvatura maior com o omento maior.
Anteriormente se relaciona com o diafragma, o lobo hepático esquerdo e a parede anterior do abdome.
Posteriormente, o estômago relaciona-se com a bolsa omental e o pâncreas; a face posterior do estômago forma a maior parte da parede anterior da bolsa omental.
O colo transverso tem relação inferior e lateral com o estômago.
O leito do estômago (assoalho) – sobre o qual se apoia o estômago em decúbito dorsal, é formado pelas estruturas que formam a parede posterior da bolsa omental. Da região superior para inferior, o leito é formado:
 • Cúpula esquerda do diafragma; • Artéria esplênica;
 • Pâncreas; • Baço;
 • Mesocolotransverso; • Rim e glândula suprarrenal esquerdos.
 
 Vascularização
- Irrigação
Tem origem do tronco celíaco e em seus ramos. A maior parte provém de anastomoses formadas ao longo da curvatura menor pelas artérias gástricas direita e esquerda, e ao longo da curvatura maior pelas artérias gastromentais direita e esquerda. O fundo gástrico e a parte superior do corpo gástrico recebem sangue das artérias gástricas curtas e posteriores.
- Drenagem venosa
As veias gástricas acompanham as artérias em relação à posição e ao trajeto. As veias gástricas direita e esquerda drenam para a veia porta; as veias gástricas curtas e as veias gastromentais esquerdas, drenam para a veia esplênica, que se une à veia mesentérica superior para formar a veia porta. A veia gastromental direita drena para a veia mesentérica superior. Uma veia pré-pilórica ascende sobre o piloro até a veia gástrica direita. – como essa veia é facilmente visível em pessoas vivas, os cirurgiões a utilizam para identificação do piloro.
- Drenagem linfática
Os vasos linfáticos gástricos acompanham as artérias ao longo das curvaturas maior e menor do estômago.
- Inervação
A inervação parassimpática do estômago provém dos troncos vagais anterior e posterior de seus ramos, que entram no abdome através do hiato esofágico.
 DUODENO
Segue um trajeto em formato de C ao redor da cabeça do pâncreas; começa no piloro no lado direito e termina na flexura (junção) duodenojejunal no lado esquerdo. – essa junção geralmente forma um ângulo e ocorre ao nível da vértebra L II, 2 a 3 cm da linha mediana.
É considerado parcialmente retroperitoneal.
O duodeno é dividido em quatro partes: 
• Parte superior
Curta, situada anterolateralmente ao corpo da vértebra L I.
Ascende a partir do piloro e é superposta pelo fígado e pela vesícula biliar. O peritônio cobre sua face anterior, mas não há peritônio posteriormente, com exceção da ampola. A parte proximal tem o ligamento hepatoduodenal (parte do omento menor) fixado superiormente e o omento maior fixado inferiormente.
• Parte descendente
Mais longa, desce ao longo das faces direitas das vértebras L I a L III.
Segue inferiormente, curvando-se ao redor da cabeça do pâncreas. Inicialmente, situa-se à direita da VCI e paralela a ela. Os ductos colédoco e pancreático principal entram em sua parede posteromedial. Esses ductos geralmente se unem para formar a ampola hepatopancrática, que se abre em uma eminência, chamada papila maior do duodeno, localizada posteromedialmente na parte descendente do duodeno.
A parte descendente do duodeno é totalmente retroperitoneal. Entretanto, o peritônio é refletido de seu terço médio para formar o mesentério duplo do colo transverso, o mesocolo transverso.
• Parte inferior – horizontal 
6 a 8 cm. Cruza a vértebra L III.
Segue transversalmente para a esquerda, passando sobre a VCI, a aorta e a vértebra L III. É cruzada pela artéria e veia mesentéricas superiores e pela raiz do mesentério do jejuno e íleo. Superiormente a ela está a cabeça do pâncreas e seu processo uncinado. Posteriormente, é separada da coluna vertebral pelo músculo psoas maior direito, VCI, aorta e vasos testiculares ou ováricos direitos.
• Parte ascendente
Curta, começa à esquerda da vértebra L III e segue superiormente até a margem superior da vértebra L II.
Segue superiormente e ao longo do lado esquerdo da aorta para alcançar a margem inferior do corpo do pâncreas. Aí, ela se curva anteriormente para se unir ao jejuno na flexura duodenojejunal, sustentada pela fixação de um músculo suspensor do duodeno – ligamento de Treitz. A contração do músculo suspensor do duodeno, alarga o ângulo da flexura duodenojejunal, facilitando o movimento do conteúdo intestinal. O músculo suspensor do duodeno passa posteriormente ao pâncreas e à veia esplênica e anteriormente à veia renal esquerda.
 Vascularização e inervação
- Irrigação
As artérias do duodeno se originam do tronco celíaco e da artéria mesentérica superior. O tronco celíaco, por intermédio da artéria gastroduodenal e seu ramo, a artéria pancreaticoduodenal superior, supre a parte do duodeno proximal à entrada do ducto colédoco na parte descendente do duodeno.
A artéria mesentérica superior por meio de seu ramo, a artéria pancreaticoduodenal inferior, supre o duodenal distal à entrada do ducto colédoco. 
As artérias pancreaticoduodenais situam-se na curvatura entre o duodeno e a cabeça do pâncreas e irrigam suas estruturas.
A anastomose das artérias pancreaticoduodenais superior e inferior ocorre entre a entrada do ducto biliar (colédoco) e a junção das partes descendentes e inferior do duodeno.
- Drenagem venosa
As veias do duodeno acompanham as artérias e drenam para a veia porta, algumas diretamente e outras indiretamente, pelas veias mesentérica superior e esplênica. 
- Drenagem linfática
Acompanham as artérias. (terminam nos linfonodos celíacos)
- Inervação
Derivam do nervo vago e dos nervos esplâncnicos (abdominopélvicos) maior e menor por meio dos plexos celíaco e mesentérico superior.
 BAÇO
O baço é uma massa oval, geralmente arroxeada, carnosa e é tido como o maior dos órgãos linfáticos, participa do sistema de defesa do corpo como local de proliferação de linfócitos (leucócitos) e de vigilância e resposta imune.
É relativamente delicado e considerado o órgão abdominal mais vulnerável. 
Está localizado na parte súperolateral do quadrante abdominal superior esquerdo – ou hipocôndrio, onde goza da proteção da parte inferior da caixa torácica.O baço atua como reservatório de sangue, armazenando hemácias e plaquetas, e, em grau limitado, pode garantir um tipo de “autotransfusão” em resposta ao estresse da hemorragia.
O baço não é um órgão vital, apesar de seu tamanho e das muitas funções que tem.
Para conciliar essas funções, o baço é uma massa vascular (sinusoidal) de consistência 
mole, com uma cápsula fibroelástica relativamente delicada. A fina cápsula é recoberta
por uma camada d e peritônio visceral, que circunda todo o baço, exceto o hilo esplêni-
co, por onde entram e saem os ramos esplênicos da artéria e veia esplênicas.
Consequentemente, é capaz de sofrer expansão acentuada e alguma contração relativamente rápida.
É um órgão móvel, embora normalmente não desça abaixo da região costal; está apoiado sobre a flexura esquerda do colo. Está associado posteriormente às costelas IX a XI e separado delas pelo diafragma e pelo recesso costodiafragmático.
 Relações 
• Anteriormente: estômago;
• Posteriormente: parte esquerda do diafragma;
• Inferiormente: flexura esquerda do colo;
• Medialmente: rim esquerdo.
 Faces e margens
• Face diafragmática: tem a superfície convexa para se encaixar na concavidade do diafragma e nos corpos curvos das costelas adjacentes;O baço normalmente contém muito sangue, que é expelido periodicamente para a circulação pela ação do músculo liso presente em sua cápsula e nas trabéculas.
• Margem anterior e superior: são agudas e frequentemente entalhadas
• Margem inferior e extremidade posterior (medial): é arredondada.
** Normalmente o baço não se estende inferiormente à margem costal esquerda; assim, raramente é palpável através da parede anterolateral do abdome, exceto se estiver aumentado. 
 O baço toca a parede posterior do estômago e está unido à curvatura maior pelo ligamento gastroesplênico e ao rim esquerdo pelo ligamento esplenorrenal. – esses ligamentos, que contêm vasos esplênicos, estão fixados ao hilo esplênico em sua face medial.
 Vascularização e inervação
- Irrigação
Provém da artéria esplênica, o maior ramo do tronco celíaco e de trajeto tortuoso posterior à bolsa omental, anterior ao rim esquerdo e ao longo da margem superior do pâncreas. Entre as camadas do ligamento esplenorrenal, a artéria esplênica divide-se em cinco ou mais ramos que entram no hilo esplênico.
- Drenagem venosa
Segue pela veia esplênica, formada por várias tributárias que emergem do hilo esplênico. Esta veiase une à VMS posteriormente ao colo do pâncreas para formar a veia porta. 
- Drenagem linfática
Os vasos linfáticos esplênicos deixam os linfonodos no hilo esplênico e seguem ao longo dos vasos esplênicos até os linfonodos pancreaticoesplênicos no trajeto para os linfonodos celíacos.
- Inervação
Os nervos esplênicos, derivados do plexo celíaco, são distribuídos ao longo de ramos da artéria esplênica e têm função vasomotora.
 FÍGADO
Com exceção da gordura, todos os nutrientes absorvidos pelo sistema digestório são levados primeiro ao fígado pelo sistema venoso porta. Além de suas muitas atividades metabólicas, o fígado armazena glicogênio e secretada bile, um líquido amarelo-acastanhado ou verde que ajuda na emulsificação das gorduras.
O fígado é a maior glândula do corpo e, depois da pele, o maior órgão. 
A bile sai do fígado pelos ductos biliares – ductos hepáticos direito e esquerdo – que se unem para formar o ducto hepático comum, que une ao ducto cístico para formar o ducto colédoco. 
 POSIÇÃO/TOPOGRAFIA
Está situado principalmente no quadrante superior direito do abdome, onde é protegido pela caixa torácica e pelo diafragma. O fígado normal situa-se profundamente às costelas VIII a XI no lado direito e cruza a linha mediana em direção à papila mamária esquerda. O fígado ocupa a maior parte do hipocôndrio direito e do epigástrio superior e estende-se até o hipocôndrio esquerdo. O fígado move-se com as excursões do diafragma e na postura ereta sua posição é mais baixa devido à gravidade. Essa mobilidade facilita a palpação.
 FACES/REFLEXÕES PERITONEAIS
O fígado tem uma face diafragmática convexa e uma face visceral plana ou côncava, que são separadas anteriormente por sua margem inferior aguda, que segue a margem costal direita, inferior ao diafragma.
• Face diafragmática: é lisa e tem forma de cúpula, onde se relaciona com a concavidade da face inferior do diafragma, que a separa das pleuras, pulmões, pericárdio e coração.
Existem recessos subfrênicos – extensões superiores da cavidade peritoneal – entre o diafragma e as faces superior e anterior da face diafragmática do fígado. Os recessos subfrênicos são separados em recessos direito e esquerdo pelo ligamento falciforme, que se estende entre o fígado e a parede anterior do abdome.
A parte do compartimento supracólico da cavidade peritoneal imediatamente inferior ao fígado é o recesso sub-hepático.
O recesso hepatorrenal (bolsa de Morison) é a extensão posterossuperior do recesso sub-hepático, situada entre a parte direita da face visceral do fígado e o rim e a glândula suprarrenal direitos. – o líquido que drena da bolsa omental flui para esse recesso. E, ainda, esse recesso se comunica anteriormente com o recesso subfrênicos direito.
A face diafragmática é coberta por peritônio visceral, exceto posteriormente na área nua do fígado, onde está em contato direto com o diafragma.É demarcada pela reflexão do peritônio do diafragma para o fígado, como as lâminas anterior (superior) e posterior (inferior) do ligamento coronário. Essas lâminas encontram-se à direita para formar o ligamento triangular direito e divergem para a esquerda a fim de revestir a área nua triangular. Próximo ao ápice (a extremidade esquerda) do fígado, as lâminas anterior e posterior da parte esquerda do ligamento coronário se encontram para formar o ligamento triangular esquerdo.
× A VCI atravessa um profundo sulco da veia cava na área 
nua do fígado.
• Face visceral: também é coberta por peritônio, exceto 
na fossa da vesícula biliar e na porta do fígado – uma 
fissura transversal por onde entram e saem os vasos
(veia porta, artéria hepática e vasos linfáticos), o plexo
nervoso hepático e os ductos hepáticos que suprem e drenam o fígado. A face visceral tem muitas fissuras e impressões resultantes do contato de outros órgãos.
Duas fissuras sagitais, unidas centralmente pela porta do fígado transversal, formam a letra H na face visceral.
A fissura sagital direita é o sulco contínuo formado anteriormente pela fossa da vesícula biliar e posteriormente pelo sulco da veia cava. A fissura umbilical (sagital esquerda) é o sulco contínuo formado anteriormente pela fissura do ligamento redondo e posteriormente pela fissura do ligamento venoso.Artéria hepática
Ducto colédoco
O ligamento redondo é o remanescente fibroso da veia umbilical.
O ligamento venoso é o remanescente fibroso do ducto venoso fetal.
O omento menor, que encerra a tríade portal segue do fígado até a
curvatura menor do estômago e os primeiros 2 cm da parte superior do duodeno. A margem
livre e espessa do omento menor estende-se entre a porta do fígado e o duodeno – o liga-
mento hepatoduodenal – e envolve as estruturas que atravessam a porta do fígado.Veia porta
O restante do omento menor, que se assemelha a uma lâmina, o ligamento hepatogástrico, estende-se entre o sulco para o ligamento venoso do fígado e a curvatura menor do estômago.
Além das fissuras, as impressões na face visceral refletem a relação do fígado com vários órgãos.
 RELAÇÕES
• Lado direito da face anterior do estômago (áreas gástrica e pilórica);
• Parte superior do duodeno (área duodenal);
• Omento menor (estende-se até a fissura do ligamento venoso);
• Vesícula biliar (fossa da vesícula biliar);
• Rim e glândula suprarrenal direitos (área renal e suprarrenal);
• Flexura direita do colo e colo transverso direito (área cólica).
 LOBOS ANATÔMICOS
Externamente, o fígado é dividido em dois lobos anatômicos e dois lobos acessórios pelas reflexões do peritônio a partir de sua superfície, as fissuras formadas em relação a essas reflexões e os vasos que servem ao fígado e à vesícula biliar. 
O plano essencialmente mediano definido pela fixação do ligamento falciforme e a fissura sagital esquerda separa um lobo hepático direito grande de um lobo hepático esquerdo muito menor.
Na face visceral inclinada, as fissuras sagitais direita e esquerda passam de cada lado dos dois lobos acessórios: o lobo quadrado anterior e inferiormente, e o lobo caudado posterior e superiormente. – É denominado assim porque muitas vezes dá origem a uma “cauda” na forma de um processo papilar alongado, ou seja, o processo caudado. Que se estende para a direita, entre a VCI e a porta do fígado, unindo os lobos caudado e hepático direito.
 SUBDIVISÃO FUNCIONAL DO FÍGADO
Cada parte (direita e esquerda) recebe seu próprio ramo primário da artéria hepática e veia porta, e é drenada por seu próprio ducto hepático. – Na verdade o lobo caudado pode ser considerado um terceiro fígado; sua vascularização é independente da bifurcação da tríade portal e é drenado por uma ou duas pequenas veias hepáticas, que entram diretamente na VCI distalmente às veias hepáticas principais.
O fígado ainda pode ser dividido em quatro divisões e depois em oito segmentos hepáticos cirurgicamente ressecáveis, sendo cada um deles servido independentemente por um ramo secundário ou terciário da tríade portal, respectivamente.
Nota: a divisão medial da parte esquerda do fígado – divisão medial esquerda – é parte do lobo anatômico direito; a divisão lateral esquerda corresponde ao lobo anatômico esquerdo.
 Os segmentos hepáticos (cirúrgicos) 
Na face visceral, esse plano (plano hepático transverso) é demarcado pela fissura sagital direita. 
O plano é demarcado na face diafragmática mediante extrapolação de uma linha imaginária – a linha de Cantlie – que segue da fossa da vesícula biliar até a VCI.
A parte principal do fígado tem sete segmentos hepáticos (segmentos II a VIII), que recebem um nome descritivo. O lobo caudado (segmento I, levando o número total de segmentos igual a 8) é suprido por ramos das duas divisões e é drenado por suas próprias veias hepáticas menores. 
 VASCULARIZAÇÃO
O fígado, assim como os pulmões, tem irrigação dupla: uma venosa dominante e uma arterial menor. A veia porta traz 75 a 80% do sangue para o fígado.O sangue porta, que contém aproximadamente 40% mais oxigênio do que o sangue que retorna ao coração pelo circuito sistêmico, sustenta o parênquima hepático – os hepatócitos. A veia porta conduz praticamente todos os nutrientes absorvidos pelo sistema digestório para os sinusoides hepáticos. – a exceção são os lipídios, que são absorvidos pelo sistema linfático e passam ao longo do fígado.
O sangue da artéria hepática, que representa apenas 20 a 25% do sangue recebido pelo fígado, é distribuído inicialmente para estruturas não parenquimatosas, sobretudo os ductos intra-hepáticos.
• Veia porta
É curta e larga, formada pela união das veias mesentérica superior e esplênica, posteriormente ao colo do pâncreas. Ascende anteriormente à VCI como parte da tríade portal no ligamento hepatoduodenal.
• Artéria hepática
A artéria hepática, um ramo do tronco celíaco, pode ser dividida em artéria hepática comum, do tronco celíaco até a origem da artéria gastroduodenal, e artéria hepática própria, da origem da artéria gastroduodenal até a bifurcação da artéria hepática.
• Irrigação e drenagem venosa
Na porta do fígado, a artéria hepática e a veia porta terminam se dividindo em ramos direito e esquerdo; esses ramos primários suprem as partes direita e esquerda do fígado, respectivamente. Nas partes direita e esquerda do fígado, as ramificações secundárias simultâneas da veia porta e da artéria hepática suprem as divisões medial e lateral das partes direita e esquerda do fígado, com três dos quatro ramos secundários sofrendo ramificações adicionais (terciárias) para suprirem independentemente sete dos oito ramos hepáticos.
Entre as divisões estão as veias hepáticas direita, intermédia e esquerda, que são intersegmentares em sua distribuição e função, drenando partes dos segmentos adjacentes.
• Drenagem linfática
O fígado é um importante produtor de linfa Os vasos linfáticos do fígado ocorrem como linfáticos superficiais na cápsula fibrosa do fígado subperitoneal (capsula de Glisson), que forma sua face externa, e como linfáticos profundos no tecido conjuntivo, que acompanham as ramificações da tríade portal e veias hepáticas. – os vasos linfáticos superficiais drenam para os linfonodos hepáticos, que juntamente com os vasos linfáticos eferentes drenam para os linfonodos celíacos, que por sua vez, drenam para a cisterna do quilo. (um saco dilatado na extremidade inferior do ducto torácico)
• Inervação
Os nervos do fígado são derivados do plexo hepático.
 DUCTOS BILIARES
Os ductos biliares conduzem bile do fígado para o duodeno. 
O tecido hepático normal, quando seccionado, é tradicionalmente descrito como um padrão de lóbulos hepáticos hexagonais. Cada lóbulo tem uma veia central que atravessa seu centro, do qual irradiam sinusoides (grandes capilares) e lâminas de hepatócitos em direção a um perímetro imaginário extrapolado das tríades portais interlobulares (ramos terminais da veia porta e artéria hepática, e ramos iniciais do ductos biliares).
Os hepatócitos secretam bile para os canalículos biliares formados entre eles. Os canalículos drenam para os pequenos ductos biliares interlobulares e depois para os grandes ductos biliares coletores da tríade portal infra-hepáticas, que se fundem para formar os ductos hepáticos direito e esquerdo.
Logo depois de deixar a porta do fígado, esses ductos hepáticos unem-se para formar o ducto hepático comum, que recebe do lado direito o ducto cístico para formar o ducto colédoco (parte da tríada portal extra-hepática do omento menor), que conduz a bile para o duodeno.
 Irrigação do ducto colédoco
• Artéria cística
• Artéria hepática direita
• Artéria pancreaticoduodenal superior posterior e artéria gastroduodenal
 Drenagem venosa
• Veia pancreaticoduodenal superior posterior
 Drenagem linfática
Os vasos linfáticos do ducto colédoco seguem até os linfonodos císticos perto do colo da vesícula biliar, o linfonodo do forame omental e os linfonodos hepáticos. – vasos linfáticos eferentes do ducto colédoco seguem até os linfonodos celíacos.
 VESÍCULA BILIAR
Situa-se na fossa da vesícula biliar na face visceral do fígado. 
A relação entre vesícula biliar e duodeno é tão íntima que a parte superior do duodeno no cadáver é ligeiramente tingida de bile.
O corpo da vesícula biliar situa-se anterior à parte superior do duodeno, e seu colo e o ducto cístico situam-se imediatamente superiores ao duodeno.
A vesícula biliar tem três partes: 
• Fundo: extremidade larga e arredondada.
• Corpo: parte principal, que toca a face visceral do fígado, o colo transverso e a parte superior do duodeno.
• Colo: extremidade estreita e afilada, oposta ao fundo e voltada para a porta do fígado. – normalmente faz uma curva em forma de S e se une ao ducto cístico.
O ducto cístico une o colo da vesícula biliar ao ducto hepático comum.
 Irrigação da vesícula biliar e ducto cístico
Principalmente da artéria cística, que normalmente se origina da artéria hepática direita no triângulo entre o ducto hepático comum, o ducto cístico e a face visceral do fígado, o trígono cistohepático (triângulo de Calot).
 Drenagem venosa do colo e do ducto cístico
Flui pelas veias císticas.
 VEIA PORTA DO FÍGADO E ANASTOMOSES PORTOSSISTÊMICAS
A veia porta do fígado é o principal canal do sistema venoso porta. Forma-se anteriormente à VCI e posteriormente ao colo do pâncreas pela união das veias mesentérica superior e esplênica.
Embora seja um grande vaso, a VP segue um trajeto curto, a maior parte do qual está contido no ligamento hepatoduodenal. 
A VP recebe sangue com oxigenação reduzida, mas rico em nutrientes da parte abdominal do sistema digestório, inclusive vesícula biliar, pâncreas e baço, e o conduz ao fígado. 
Quando a circulação porta através do fígado é reduzida ou obstruída por doença hepática ou compressão física por um tumor, por exemplo, o sangue do sistema digestório ainda pode chegar ao lado direito do coração pela VCI por intermédio dessas vias colaterais.
Quando há obstrução da veia porta no fígado, há aumento de pressão na veia porta e em suas tributárias, o que causa hipertensão porta. O grande volume de sangue que flui do sistema portal para o sistema sistêmico nos locais de anastomoses portossistêmicas pode provocar o surgimento de varizes, principalmente na parte inferior do esôfago. – varizes esofágicas.
Essas vias alternativas estão disponíveis porque a veia porta e suas tributárias não têm válvulas; assim, o sangue pode fluir em sentido inverso pela VCI. No entanto o volume de sangue forçado pelas vias colaterais pode ser excessivo, acarretando varizes. (Hipertensão porta)

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