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LESÕES DA PONTE

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LESÕES DA PONTE
 -Lesões do nervo facial
O nervo facial origina-se no núcleo do facial, situado na ponte. Suas fibras emergem da parte lateral do sulco bulbo-pontino, próximo, pois, ao cerebelo (ângulo ponto-cerebelar). Penetra, logo então, na parte petrosa do osso temporal por meio do canal facial, dirigindo-se paralelamente ao meato acústico interno (juntamente ao nervo vestíbulo-coclear) e emerge do crânio pelo forame estilomastóideo, para se distribuir aos músculos mímicos após trajeto profundamente à glândula parótida.
É um nervo prioritariamente motor, mas que também contêm fibras sensitivas e parassimpáticas. O nervo facial e seus ramos estão diretamente relacionados a funções fisiológicas importantíssimas para o ser humano, como por exemplo: o lacrimejamento, a proteção da orelha interna contra sons de alta intensidade, a sensibilidade gustativa dos dois terços anteriores da língua, a inervação motora das glândulas submandibulares e salivares e expressões faciais
Lesões do nervo, em qualquer parte deste trajeto, resultam em paralisia total dos músculos da expressão facial na metade lesada, visto que acomete uma interrupção do fluxo nervoso, levando a um bloqueio parcial ou total das funções do nervo. Lesões em pontos diferentes do trajeto do nervo, produzem diferentes sinais e sintomas. Estes músculos perdem o tônus, tornando-se flácidos.
Por exemplo, o músculo bucinador, há, freqüentemente, vazamento de saliva pelo ângulo da boca do lado lesado. Como o músculo elevador da pálpebra (inervado pelo N. oculomotor) está normal, a pálpebra permanece aberta, predispondo o olho a lesões e infecções, uma vez que o reflexo corneano está abolido.
Convém lembrar ainda que lesões do nervo facial antes de sua emergência do forame estilomastóideo estão, em geral, associados a lesões do N. vestibulococlear (VIII par de nervos cranianos) e do nervo intermédio. Neste caso, além dos sintomas já vistos, há uma perda de sensibilidade gustativa nos 2/3 anterior da língua (lesão do nervo intermédio), alterações do equilíbrio, enjôos e tonteiras decorrentes da parte vestibular do VIII par e diminuição da audição por comprometimento do componente coclear deste nervo, podendo apresentar perda auditiva.
A paralisia facial periférica (PFP)ou Paralisia de Bell tem como manifestação o comprometimento dos movimentos de todos os segmentos de uma hemiface epsilateral à lesão quando esta se localiza no núcleo do nervo ou há perda de alguns movimentos quando ocorre lesão em um ramo específico. 
Na hipótese de lesão desse nervo, podem ocorrer alterações como ausência ou lacrimejamento abundante, ausência de fechamento da pálpebra, dificuldade na movimentação voluntária dos músculos da face, perda do reflexo córneo-palpebral, hiperacusia ipslateral, perda da gustação nos 2/3 da língua, redução da secreção de glândulas sublinguais e submandibulares, dentre outras.
Devido à grande quantidade de doenças que podem estar associadas à paralisia facial periférica, a correta determinação de sua etiologia pode ser difícil de ser definida. As causas mais comuns podem ser traumas, idiopática, tumores, infecções, síndromes, etc.
A incidência de paralisia facial varia de 11,5 a 40,2 casos por 100.000 pessoas/ano 3,4. Geralmente ocorre unilateralmente, sendo rara, a paralisia facial bilateral simultânea.
Valença, Valença e Lima(1) demonstram que a PFP idiopática pode provocar sequelas importantes em mais de 20% dos pacientes, com prevalência no sexo feminino
Para um diagnóstico eficiente, o médico realiza uma anamnese criteriosa e detalhada para que se tenham indícios da provável etiologia; além de exames otorrinolaringológicos, neurológicos, audiológicos, otoneurológicos, etc.; Assim como exames específicos como o topodiagnóstico- que define o local de lesão durante o trajeto do nervo facial e a ausência do reflexo estapediano- ou o teste de hilger- que mede o grau de excitabilidade do nervo.
 
Vale ressaltar que o prognóstico de cada caso vai depender da época da intervenção integrada, do tipo e extensão da lesão, das intervenções prévias e da cooperação do sujeito. (slide- papel do fono)
A Fonoaudiologia aborda o trabalho miofuncional orofacial na paralisia facial periférica (PFP) objetivando trabalhar a fisionomia original, controlada e simetricamente, e não somente a musculatura isolada da função. Os exercícios miofuncionais orofaciais pretendem acelerar o retorno dos movimentos e da função muscular da mímica, levando ao equilíbrio da identidade do indivíduo. Este trabalho fonoaudiológico é fundamental porque possibilita a redução significativa das alterações, quando não o restabelecimento total das funções e, conseqüentemente melhora da qualidade de vida do paciente.
Os exercícios utilizados favorecem o aumento da tonicidade da musculatura relaxada, o aquecimento e a circulação sanguínea e a oxigenação dos tecidos.

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