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processo penal 1 MATÉRIA ATÉ AV1 COM CORREÇÃO DOS CASOS PELA PROFESSORA

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PROCESSO PENAL l - Izimar
izimar-dalloni@estacio.br 
14.02 
Aula 1 
Introdução ao processo penal 
Tem como objetivo que os crimes sejam aparudos, seguindo um procedimento previsto em lei assegurando todas as garantias constitucionalmente previstas. 
Visão garantista - pretende que o processo seja justo.
Visão utilitarista - o processo penal tem que dar resposta pra sociedade condenando sem se atentar para as garantias.
CONTEXTO HISTÓRICO 
O código de processo penal foi promulgado em 1941, na época conhecida como Estado Novo, cujo regime era o ditatorial. O CPP foi inspirado no código de processo penal italiano de caráter facista. 
Com o advento da constituição de 88, a filosofia da época da edição do código - ditatorial, não de coaduna com o estado democrático de direito. Por isso, devemos fazer uma interpretação do CPP com base na constituição porque apesar de ter sofrido algumas reformas, em sua essência, permanece a filosofia do sistema em inquisitivo em que não eram asseguradas nenhuma garantia aos acusados. 
INSTRUMENTALIDADE garantista 
Para que possamos ter um processo penal justo, devemos adotar a instrumentalidade garantista, cuja principal característica está no fato de que a norma processual penal deve ser utilizada respeitando as garantias fundamentais em essencial a liberdade individual. 
Diferentemente do processo civil, que cuida da relação entre particulares, o processo penal visa à aplicação de uma sanção pelo Estado ao particular e, por isso, é necessária maior cautela para se evitar decisões injustas. 
Obs: o processo penal independentemente da ação ser de iniciativa pública ou privada, é sempre público. 
15.02
SISTEMAS PROCESSUAIS 
Sistema inquisitivo ou inquisitório
 
No sistema inquisitivo, adotado pelo legislador quando da promulgação do CPP, tem como principais características a imparcialidade do julgador visto que as funções de acusar e julgar se concentravam nas mãos de uma só pessoa (juiz), todos os atos processuais eram sigilosos, consequentemente não havia nem contraditório nem ampla defesa. Dessa forma, o acusado era considerado mero objeto do processo, sem nenhuma garantia. Nesse sistema, para o julgamento, adota-se o sistema da prova tarifada, em que a confissão era considerada a rainha das provas. 
As funções de acusar e julgar concentra-se nas mãos do juiz. 
Processo sigiloso 
Não há contraditório, nem ampla defesa. 
O réu é objeto de processo, não tem nenhum direito assegurado. 
Vigora o princípio da culpabilidade. 
Sistema de prova tarifada (a confissão era a rainha das provas) 
Sistema acusatório 
A partir da constituição de 88, passou-se a adotar o sistema acusatório, que possui como principais características a separação das funções de acusar e julgar. Nesse sistema vigora o princípio da publicidade dos atos processuais, o que possibilita o exercício do contraditório e da ampla defesa. Como o réu é considerado sujeito de direitos, tem todas as garantias asseguradas pela CF. Diferente do sistema inquisitivo, o sistema adotado para as provas é o do "livre" convencimento motivado, em que a sentença deve ser baseada em todo o conjunto probatório, ou seja, no sistema acusatório todas as provas tem o mesmo valor. 
há separação das funções de acusação (MP) e julgar (juiz) 
Publicidade dos atos processuais. 
São garantidos o contraditório e ampla defesa. 
O réu é sujeito de direito com todos os direitos assegurados. 
Vigora o princípio da presunção de inocência. 
Sistema do "livre" convencimento motivado. 
O que marca essencialmente a diferença entre o sistema inquisitivo e o acusatório é a atuação do juiz.
Sistema misto 
Nesse sistema, há uma fase investigatória conduzida por um juiz, seguida de uma fase acusatória conduzida por juiz distinto do da fase investigativa, sendo assegurado todos os direitos do investigado/acusado. Tal sistema surgiu com o código de instrução criminal francês em 1908 e é adotado em diversos países da Europa. 
Sistema adotado no Brasil
No Brasil, alguns doutrinadores entendem que o sistema adotado é o acusatório impuro, porque na fase investigativa prevalece o sigilo não havendo o contraditório. 
 
20.02.17
SUJEITOS PROCESSUAIS 
Conceito: são todas as pessoas que participam do processo. Classificam se em sujeitos principais, aqueles indispensáveis para a estrutura processual (juiz/acusação/acusado) e secundários que possuem interesse no processo mas não são essenciais (peritos, OJA, serventuários). 
Obs: o juiz NÃO é parte na relação processual. 
Sujeitos principais
juiz: aquele que em nome do Estado exerce a jurisdição, ou seja, diz o direito. 
Qualidades inerentes ao juiz: 
Capacidade funcional - o juiz tem que ser investido no cargo através de concurso público de provas e títulos.
 Capacidade processual 
Significa a competência para julgar a causa. Está ligada ao princípio do juiz natural. 
PRERROGATIVA 
Inamovibilidade: o juiz após o estágio probatório, tem plena estabilidade no local onde é titular, não podendo ser removido compulsoriamente a nao ser que haja enorme interesse público. 
Vitaliciedade: Apos o estado probatório, só perde o cargo por sentença judicial 
Irredutibilidade dos rendimentos. 
Partes: acusação/réu e defesa
Sujeitos secundários 
peritos 
Serventuários da justiça 
Assistência de acusação: é a posição ocupada pela vítima (através do advogado), quando ingressa no processo ao lado do MP no polo ativo. Possui interesse na aplicação da pena e procura garantir o direito à indenização pela prática do crime. 
Em regra, somente a vítima pode ser 
assistente da acusação, mas em caso de falecimento, o artigo 268 CPP trás a possibilidade de serem admitidos os seus sucessores na ordem do artigo 31 do CPP. A figura do assistente de acusação somente é admitida na ação penal de iniciativa pública. 
Momento de ingresso 
Só ingressa no feito após o oferecimento da denuncia, podendo ser admitido enquanto a sentença não transitar em julgado, porém receberá a causa no estado em que se achar (arr 268 e 269 CPP) 
O assistente poderá produzir provas, com exceção da prova testemunhal, pode participar dos debates orais, arrazoar recursos, recorrer supletivamente quando o MP não recorrer. 
Obs: o assistente da acusação será intimado de todos os atos processuais, mas se deixar de comparecer a qualquer deles não será mais intimado. 
Embora o artigo 263 traga previsão da inadmissibilidade do assistente de acusação, preenchendo o requisito da legitimidade e não havendo nenhum impedimento, não há porque negar admissão. Como a lei processual não prevê nenhum recurso para esta decisão, o ofendido deve impetrar mandado de segurança para garantir seu direito líquido e certo. 
Obs: o co-reu no mesmo processo não pode figurar como assistente da acusação. 
MP
Tem como objetivo a defesa da ordem jurídica do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis (art 127, CF) e também é o titular privativo da ação penal pública (art 129, inciso l CF) 
Art 127, 1º: princípios constitucionais do MP 
Unidade: é o único órgão que trabalha sob uma mesma direção, agindo em nome da instituição e não em nome próprio. 
Indivisibilidade: como se trata de um único órgão, membros podem ser substituídos uns pelos outros, sob a designação do procurador geral. 
Independência funcional: O promotor de justiça pode atuar de acordo com a sua convicção pessoal, de forma independente. 
Obs: o MP possui as mesmas prerrogativas do juiz. 
RÉU/DEFESA -
ACUSADO 
É o sujeito que figura no polo passivo da relação processual e contra quem se imputa a prática de uma infração penal. Na ação penal pública é chamado de acusado ou réu; não privada, querelado. Pode figurar como réu qualquer pessoa física, maior de 18 anos. 
A PJ poderá ser acusada por crime contra o meio ambiente. 
Direitos do acusado 
No sistema acusatório, o acusado é sujeito de direitos garantidos na CF. Assim, possui o direito de não produzirprovas contra si mesmo, o direito ao silêncio e a autodefesa. 
DEFENSOR
É a pessoa com formação técnica e específica para o exercício da defesa técnica, garantindo a ampla defesa. 
A defesa técnica pode ser exercida por defensor público, advogado constituído pelo réu ou advogado dativo, aquele nomeado pelo juiz em favor do acusado.
De acordo com a sumula 523 do STF, a falta de defesa técnica no processo penal geral nulidade absoluta. 
A defesa deve ter amplo acesso a todo o conjunto probatório. 
22.02.17 
Sujeitos secundários 
(Não são indispensáveis ao processo) 
Conceito: 
PERITOS: são especialistas em determinada matéria quando a lei exige conhecimento técnico que o juiz não possui. Podem ser oficiais (funcionários públicos) ou não oficiais. 
SERVENTUÁRIOS DA JUSTIÇA:
São as pessoas que atuam nos cartórios fazendo a movimentação do processo. 
INTERPRETES: Pessoas fornecedoras de idiomas estrangeiros ou linguagem específica (libras) que irão intermediar a comunicação entre a pessoa a ser ouvida, o juiz e as partes. 
SEMANA 2 
Princípios são as ideias fundamentais que constituem o sistema jurídico, trazendo os valores básicos da sociedade que podem ou não ser constituído em normas jurídicas.
Princípio da dignidade da pessoa humana - art 1º, lll, CF 
É o fundamento do Estado democrático de direito e o princípio reitor. 
A DPH Deverá ser entendida como norma de hierarquia superior, destinada a orientar todo o sistema no que diz respeito a criação legislativa, bem como para aferir a validade das normas que são inferiores. 
PRINCÍPIO DA LEGALIDADE 
Desde a revolução francesa o princípio da legalidade tem fundamental importância na progressiva humanização do direito penal ao restringir o pode do estado para assegurar os direitos fundamentais. Está ligado ao princípio da dignidade humana e duas são as suas vertentes: o devido processo legal e a reserva legal. 
Princípio do devido processo legal 
Teve origem na magna carta do rei João Sem Terra (artigo 39). Está previsto no artigo 5, inciso 54 da CF. Tem como principal objetivo determinar que apenas mediante uma sequência de procedimentos formais previamente positivados em lei, o cidadão poderá ter um direito subjetivo restringido com a aplicação de uma sanção por ter praticado um ato ilícito. Trata-se de cláusula pétrea .
RESERVA LEGAL 
impõe em certas matérias só podem ser tratadas através da lei, sendo proibido o emprego de qualquer outra espécie normativa. A CF assegura as garantias fundamentais abarcadas pela reserva legal no artigo 5º, inciso ll e inciso XXXVllll. 
Princípio do contraditório - art 55 
No processo penal, é necessário que a informação e a possibilidade de reação permitam um contraditório pleno e efetivo. Pleno porque o contraditório tem que ser observado durante todo o processo até a decisão final transitada em julgado. Efetivo porque não basta dar a parte a possibilidade formal de se pronunciar sobre os atos da parte contrária, sendo imprescindível proporcionar os meios para que tenha condições reais de contradizer. 
AMPLA DEFESA 
A ampla defesa abrange o direito à defesa técnica e a auto defesa. 
Defesa técnica: é aquela exercida por um profissional com habilitação (advogado, DP). É indeclinável (art 261 CPP) em todo ou em qualquer processo penal há a exigência da presença do defensor em todos os atos processuais. E a sua falta constitui nulidade absoluta - sumula 523 do STF - 
AUTODEFESA 
É realizada pelo próprio acusado no processo. A autodefesa embora não seja desprezada pelo juiz é renunciável, ou seja, o acusado pode optar por não exercer o seu direito. 
07.03.2017
PRINCIPIO DA PUBLICIDADE 
é quem garante o princípio da ampla defesa. Todos os atos processuais as partes devem tomar conhecimento, mesmo quando tramita sob segredo de justiça. 
Está previsto no Art 5, inciso 60 da CRFB. É este princípio que permite o exercício do contraditório e da ampla defesa. A regra é a publicidade plena, só podendo haver restrição nas hipóteses do referido artigo constitucional e Art 752, 1º, CPP. 
PRINCÍPIO DO JUIZ NATURAL 
a época do fato, já deve haver juiz previamente determinado para julgamento da causa. 
O estado deve assegurar as partes um juízo previamente determinado, de acordo com a lei e com as normas constitucionais, ou seja, é aquele previamente conhecido segundo as regras de competência estabelecidas anteriormente a prática da infração penal. Está previsto no artigo 5, inciso 53 da CF. 
PRINCÍPIO DA IMPARCIALIDADE DO JUÍZO 
O juiz situa-se entre as partes e acima delas. Por isso, deve julgar de acordo com as provas produzidas nos autos. Para assegurar a imparcialidade, é que o juiz goza de certas prerrogativas. 
PRINCIPIO DO PROMOTOR NATURAL 
já existe previamente predeterminada para atuar nos diferentes tipos de crimes, mesmo antes da ocorrência de qualquer fato. 
PRESUNÇÃO DA INOCÊNCIA 
Como estabelecido pela Cf em seu artigo 5, inciso 57, ninguém pode ser considerado culpado sem que haja o trânsito em julgado de uma sentença penal condenatória. 
Tem como principal objetivo garantir que o ônus da prova cabe a acusação e não a defesa, pois as pessoas nascem inocentes, razão pela qual, para quebrar tal regra, torna-se indispensável que o estado acusador evidencie com provas suficientes ao estado juiz a culpa do réu.
prova
Por conta de presunção de inocência a prova tem que ser valorara em favor do acusado, por isso quando houver dúvida o juiz deve absolver o acusado. 
Instrução processual 
Ha a inversão do ônus da prova, ou seja, o acusado não precisa provar nada. 
No curso do processo
Deve-se levar em conta a presunção de inocência para a decretação de uma medida cautelar. 
PRINCÍPIO DO "in dubio pro réu - Art 386, inciso 6, CPP
O juiz tem sempre que decidir em favor do réu, caso não tenha prova suficiente. 
Por esse princípio, é que deve-se garantir a liberdade em detrimento da pretensão punitiva do estado. 
PRINCÍPIO DO "livre" CONSENTIMENTO MOTIVADO 
Por esse princípio, o juiz deve decidir com base em todos os elementos de prova existentes nos autos. Não há uma regra determinando a forma de desenvolvimento do raciocínio do juiz para a apreciação das provas. Essa liberdade não pode ser confundida com arbitrariedade. 
Exceção: nas sentenças proferidas pelo Tribunal do júri, o juiz vai se basear na decisão dos jurados que julgam de acordo com sua íntima convicção, nessas hipóteses, ele não precisa fundamentar a decisão, simplesmente ira fazer o relatório e dizer o entendimento dos jurados. 
PRINCÍPIO DA VERDADE REAL 
A análise desse princípio inicia-se pelo conceito de "verdade", que pode ser entendida como a conformidade da noção ideológica com a realidade. Portanto, a certeza e a verdade nem sempre coincidem e, além disso, a mesma verdade que parece certa a um, a outros parece, por vezes, duvidosa ou mesmo falsa. 
Da inexistência da verdade ideal 
O processo penal a luz da constituição não busca a verdade real: 1 - a dignidade da pessoa humana apresenta-se como primeiro limite imposto a busca da verdade real, pois são inadmissíveis os meio de prova que atentem contra ela; por exemplo não se admite tortura para chegar a verdade real. 2 - o artigo 5, inciso 56, da CF, estabelece que são inadmissíveis as provas obtidas por meio ilícito; 3 - o artigo 98, inciso l da CF, traz a previsão da transação penal nos crimes de menor potencial ofensivo, havendo assim uma renúncia a qualquer forma absoluta de verdade; 4 - a constituição optou por um processo democrático, adotando o sistema acusatório com respeito às garantias constitucionais e processuais. 
Princípio do duplo grau de jurisdição 
Consiste na possibilidade de revisão, por meio de recurso, das decisões proferidas pelo juiz de primeiro grau. Não tem previsão expressão na constituição, mas é decorrente da própria estrutura atribuída ao poder judiciário pela constituição. 
Da inadmissibilidade das provas ilícitas 
Tanto aCF como o CPP, estabelecem que são inadmissíveis as provas obtidas de forma ilícita ou as delas derivadas. 
08.03.2017 
 
19) Prova ilícita por derivação
Não só a prova diretamente ilícita é inadmissível mas tudo o que Dela derivar será considerado imprestável para o processo, de acordo com a teoria norte Americana Dos frutos da árvore envenenada.
 
20) Do aproveitamento das provas ilícitas
Em determinadas circunstâncias é possível o aproveitamento das provas obtidas de forma ilícita quando por outro meio se puder chegar a prova desde que não haja nexo de causalidade entre elas.
Art 157 pg 1o e 2o do CPP
 Quando a prova obtida de forma ilícita for o único meio do acusado provar a sua inocência ela será admitida por força do princípio da proporcionalidade ou razoabilidade, já que entre a proibição de provas ilícitas e o direito à liberdade, este deve prevalecer.
 
Semana 3
 
 Aplicação da lei processual penal
 
• No tempo (tempus regit actum, o tempo rege o ato)
 A lei processual penal uma vez inserida no mundo jurídico tem aplicação imediata, atingindo inclusive os processos que já estão em curso, pouco importando se trará uma situação mais gravosa para o acusado.
 
Art 2o CPP
Obs: a lei processual leva em consideração a data da realização do ato e não do comedimento do crime.
Obs 2: Deve se ter especial atenção ao conteúdo das chamadas normas mistas ou híbridas, que tratam tanto do direito material quanto do processual pois sendo favorável ao acusado retroagirá.
 
Ex: artigo 38 do CPP estabelece o prazo decadencial (direito material) de 6 meses a contar do conhecimento da autoria para a propositura da ação penal ou da representação. Caso haja uma alteração legislativa estabelecendo um prazo menor, esta lei por ser mais benéfica retroagirá, já que a decadência é uma causa extintiva da punibilidade. – Art 107, inciso IV do CP
 
•No espaço: (locus regit actum – o local rege o ato)
O artigo 1o do CPP estabelece que as normas processuais penais brasileiras se aplicam no território nacional, espelhando o princípio da territorialidade (locus regit actum) e o princípio da unidade do CPP em todo o território brasileiro, observados os tratados as convenções e as regras de direito internacional, pois os limites da jurisdição criminal coincidem com os limites do território nacional.
Ex: Um estado estrangeiro emite uma carta rogatória requerendo que determinado réu na jurisdição estrangeira seja interrogado no Brasil. Nesse caso, o interrogatório será realizado de acordo com a norma processual brasileira – artigo 784 parágrafo 1o do CPP.
 
 Interpretação da Lei Processual –Art 3o CPP
 
O uso da analogia
A analogia é uma forma de ato-integração da lei consistente na aplicação de um fato não regido pela norma jurídica, disposição legal aplicada a fato semelhante. Só se mostra possível quando não há dispositivo na legislação regulamentando o caso. Diferentemente do que ocorre no direito penal em que a analogia não pode ser utilizada, na norma processual admite-se a analogia “in bonan parten”.
 
Interpretação analógica
Na interpretação analógica a norma traz uma formulação genérica que deve ser interpretada de acordo com as hipótese anteriormente elencadas. A interpretação analógica somente poderá ser procedida quando a lei o permitir.
 
Interpretação extensiva
É possível fazer uma interpretação extensiva quando o texto legal diz menos do que pretendia o legislador de modo que o intérprete estende o alcance da norma.
Ex: o artigo 254 do CPP trás as causas de suspeição do juiz que se estendem aos jurados que compõe o conselho de sentença no rito do júri.
 
Interpretação restritiva
Pode se restringir o alcance da norma quando esta diz mais do que deveria.
Ex: art 271 CPP
O artigo 271 do CPP estabelece que o assistente da acusação pode propor meios de prova; entretanto, como ingressa no feito após o oferecimento da denúncia, não poderá propor a prova testemunha, pois em relação a esta prova o momento para a apresentação do rol de testemunhas já precluiu.
 
 Investigação criminal
 
1. Persecução penal
A persecução penal é composta de uma fase investigativa e de uma fase processual. A investigação criminal em regra é feita através do inquérito policial. Entretanto a lei admite outras fórmulas de investigação como as comissões parlamentares de inquérito (CPIs) e a investigação realizada pelo Ministério Público. Quanto a investigação pelo MP, o STF entendeu que pode ser realizada em situações excepcionais já que não se pode dar poder absoluto a um único órgão e é o MP que fiscaliza a regularidade do inquérito policial.
 
1.2. Investigação
1.2.1. IP
1.2.2. CPIs
1.2.3. Investigação pelo MP
1.3. Processo criminal
1.3.1 inquérito civil
 
14.03.2017
Casos concretos 
semana 1 
Art 457, ninguém é obrigado a produzir provas contra si mesmo. Não é obrigado a comparecer. 
Semana 2
Pelo sistema acusatório que adotamos, Jorge tem direito à ampla defesa e ao contraditório, a ausência de defesa técnica acarreta na nulidade absoluta. 
Publicidade, presunção de inocência. 
Esse processo será nulo, todos os atos serão refeitos. 
OBJ: B
OBJ: A
Semana 3 
Não.
A simples denúncia anônima não é suficiente para se iniciar um inquérito, é necessário que o delegado faça uma investigação previa, já que a CF no seu artigo 5, inciso lV, veda o anonimato. 
D
Aula 3 
INVESTIGAÇÃO (continuação) 
Conceito de inquérito 
É um procedimento administrativo preliminar, presidido pela autoridade policial (delegado), que tem por objetivo a apuração da autoria e da materialidade do crime, que configuram a justa causa, contribuindo para o convencimento do titular da ação penal, que na maioria das vezes é o MP. 
Obs: nas infrações de menor potencial ofensivo, (contravenção penal), não há abertura de inquérito, sendo lavrado o termo circunstanciado. 
Características do inquérito 
Procedimento escrito (Art 9 CPP)
Sigiloso: não comporta a publicidade como ocorre na fase judicial. (Art 20 CPP) 
|_ Sumula vinculante 14 
indisponibilidade: uma vez iniciado o inquérito, não pode o delegado dele dispor, devendo levá-lo até o fim. (Art 17 CPP) 
inquisitivo: não existe durante a investigação, espaço para o exercício pleno do contraditório e da ampla defesa, e por isso, em regra, todas as provas produzidas nesta fase terão que ser submetidas ao contraditório na fase judicial. 
Dispensabilidade: se existir outras peças de informação para a propositura da ação penal, não há necessidade do inquérito. Ex: Art 27 CPP
15.03.2017
Continuação.... 
OFICIALIDADE 
O inquérito policial é sempre realizado por um órgão oficial. Se for de competência da justiça estadual, será a competência da polícia civil, se for competência da justiça federal, a competência é da polícia federal. 
AUTORIEDADE 
o inquérito é sempre conduzida pela autoridade policial (delegado) 
OFICIOZIDADE 
Toda vez que o crime for de ação penal pública incondicionada, o delegado atua de ofício. Art 5 CPP, Não necessitando de nenhuma autorização. Nos crimes de ação penal pública condicionada ha representação ou nos crimes de ação penal privada, depende da autorização da vítima ou de seu representante legal. Art 5, parágrafos 4º e 5º do CPP. 
AULA 4 
INSTAURAÇÃO DO INQUÉRITO POLICIAL 
Por ser um procedimento escrito, o inquérito é instaurado através de atos formais: 
portaria, que é um ato formal no qual o delegado declara a abertura do inquérito e determina as diligencias que devem ser realizadas para a investigação.
auto de prisão em flagrante (APF), que é a redução a termo da prisão captura, com a formalização da mesma, oitava do condutor, das testemunhas, da vítima, se possível, dentre outros atos, determinando as diligências necessárias. 
NOTÍCIA CRIMINIS 
Consiste no conhecimento por parte do delegado de que um fato aparentemente criminoso, ocorreu. A notícia criminis em nosso sistema jurídico é facultativa (Art 5, 3º) em relaçãoaos cidadãos, mas é obrigatória em relação ao agente público que tomar conhecimento da prática de um delito. 
A notícia criminis pode ser: 
expontânea ou imediata: a que se dá de maneira direta, por meios não formais, através da própria atividade da polícia. 
provocada ou mediata: decorre de um ato jurídico formal, previsto em lei como a representação ou a requisição. Ex: MP toma conhecimento da prática de um crime e requisita ao delegado a instauração do inquérito. 
coercitiva: decorrente da prisão em flagrante. 
DELAÇÃO ANÔNIMA ou DELAÇÃO APÓCRIFA
 
A delação anônima por si só não enseja a abertura do inquérito, sendo necessário que haja uma investigação prévia para verificar se a denúncia procede, já que a constituição veda o anonimato. 
PRISÃO EM FLAGRANTE - Art 301 CPP
A doutrina classifica em 3 espécies: 
Próprio: quando o agente está cometendo ou acaba de cometer a infração. Art 302, l e ll 
Ex: no momento em que João efetuava disparos de arma de fogo em via pública, houve a chegada da polícia e efetuou-se a prisão. 
Impróprio: quando ocorre a perseguição logo após a prática do crime e o agente é encontrado em situação que faça presumir ser ele o autor do crime. Art 302, lll
Ex: orelha e narigão após efetuarem um roubo em uma casa lotérica, se evadem do local. A polícia que já havia sido acionada, segue na direção apontada por populares, em perseguição aos meliantes e após dois dias de ininterrupta perseguição conseguem encontrá-los com armas e o dinheiro roubado. 
Presumido: quando o agente é encontrado logo depois com objetos, armas, que façam presumir ser o autor da infração. Art 302, IV
Ex: Maria comunica que foi vítima de furto de um celular e um relógio. A polícia faz um cerco nas ruas próximas ao local do crime e acabam encontrando o suspeito com os objetos furtados. 
21.03.2017 
Abertura IP – art 5o CPP
Art. 5º Nos crimes de ação pública o inquérito policial será iniciado: 
I - de ofício; - ação penal pública incondicionada 
II - mediante requisição da autoridade judiciária ou do Ministério Público, ou a requerimento do ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo. condicionada a representação 
§ 1º - O requerimento a que se refere o no II conterá sempre que possível: 
a) a narração do fato, com todas as circunstâncias; 
b) a individualização do indiciado ou seus sinais característicos e as razões de convicção ou de presunção de ser ele o autor da infração, ou os motivos de impossibilidade de o fazer; 
c) a nomeação das testemunhas, com indicação de sua profissão e residência. 
§ 2º - Do despacho que indeferir o requerimento de abertura de inquérito caberá recurso para o chefe de Polícia. 
§ 3º - Qualquer pessoa do povo que tiver conhecimento da existência de infração penal em que caiba ação pública poderá, verbalmente ou por escrito, comunicá-la à autoridade policial, e esta, verificada a procedência das informações, mandará instaurar inquérito. 
§ 4º - O inquérito, nos crimes em que a ação pública depender de representação, não poderá sem ela ser iniciado. 
§ 5º - Nos crimes de ação privada, a autoridade policial somente poderá proceder a inquérito a requerimento de quem tenha qualidade para intentá-la. Ação penal privada 
O entendimento é de que o delegado não poderá recusar-se a instaurar o inquérito, mas se o fizer aplicar-se o disposto no parágrafo 2o. 
Obs: no sistema acusatório não é mais permitido que o juiz requisite a abertura de inquérito, pois por força do artigo 129 da constituição penal pública é de titularidade exclusiva do MP. Caso o juiz tome conhecimento das informações Deverá encaminha-las ao Ministério público. 
Prazo decadencial: Tratando-se de ação penal privada, o prazo para representar é de 6 meses a contar do conhecimento da autoria do fato. Trata-se de prazo decadencial que não se prorroga e nem se suspende. 
É admitida também que a vítima constitua procurador com poderes especiais para requerer a abertura do inquérito. Da mesma forma que a ação penal pública, havendo recurso do delegado cabe recurso para o chefe de polícia. 
Tratando-se de crime de menor potencial ofensivo não haverá abertura de inquérito policial. Nesse caso é lavrado o termo circunstanciado não se aplicando, portanto, o artigo 5o inciso II, parágrafo 5o. 
Desenvolvimento do IP – art 6o, CPP
Art. 6º Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a autoridade policial deverá: 
I - dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem o estado e conservação das coisas, até a chegada dos peritos criminais; 
II - apreender os objetos que tiverem relação com o fato, após liberados pelos peritos criminais; 
III - colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e suas circunstâncias; 
IV - ouvir o ofendido; 
V - ouvir o indiciado, com observância, no que for aplicável, do disposto no Capítulo III do Título VII, deste Livro, devendo o respectivo termo ser assinado por duas testemunhas que lhe tenham ouvido a leitura; 
VI - proceder a reconhecimento de pessoas e coisas e a acareações; 
VII - determinar, se for caso, que se proceda a exame de corpo de delito e a quaisquer outras perícias; 
VIII - ordenar a identificação do indiciado pelo processo datiloscópico, se possível, e fazer juntar aos autos sua folha de antecedentes; 
Hoje em dia a identificação criminal quando o suspeito for civilmente identificado não poderá mais ser usada a identificação criminal, salvo nas hipóteses previstas em leis. 
V - ouvir o indiciado, com observância, no que for aplicável, do disposto no Capítulo III do Título VII, deste Livro, devendo o respectivo termo ser assinado por duas testemunhas que lhe tenham ouvido a leitura; 
VI - proceder a reconhecimento de pessoas e coisas e a acareações; 
VII - determinar, se for caso, que se proceda a exame de corpo de delito e a quaisquer outras perícias; 
Obs: O delegado não pode, na hipótese em que não há flagrante delito mandar conduzir coercitivamente o suspeito para colher o seu depoimento. O art 260 do CPP determina a condução coercitiva pelo juiz do acusado que não atender a intimação para o interrogatório. Entretanto esse dispositivo fere o sistema acusatório e os princípios constitucionais de não produzir provas contra si mesmo e de manter-se em silêncio. Assim se não é mais permitida a condução coercitiva na fase processual, muito menos na fase investigativa. 
Art. 260. Se o acusado não atender à intimação para o interrogatório, reconhecimento ou qualquer outro ato que, sem ele, não possa ser realizado, a autoridade poderá mandar conduzi-lo à sua presença. 
Art. 7º Para verificar a possibilidade de haver a infração sido praticada de determinado modo, a autoridade policial poderá proceder à reprodução simulada dos fatos, desde que esta não contrarie a moralidade ou a ordem pública. 
Incomunicabilidade do preso – art 21 CPP
Art. 21. A incomunicabilidade do indiciado dependerá sempre de despacho nos autos e somente será permitida quando o interesse da sociedade ou a conveniência da investigação o exigir. 
Parágrafo único. A incomunicabilidade, que não excederá de três dias, será decretada por despacho fundamentado do Juiz, a requerimento da autoridade policial, ou do órgão do Ministério Público, respeitado, em qualquer hipótese, o disposto no artigo 89, inciso III, do Estatuto da Ordem dos Advogados do Brasil; 
Corrente 1: Entende que o art 21 CPP, foi tacitamente revogado pelo art 136, parágrafo 3o, IV, CRFB, pois se numa situação de exceção não é permitida a incomunicabilidade, não poderia ser diante do estado de normalidade. 
Corrente 2: Entende que o art 136, parágrafo 3o da CRFB, não revogou o Artigo 21 CPP, pois num estado de normalidade todas as garantias estão asseguradas, não causando nenhum prejuízo ao preso, o que não ocorre no estado de exceção em que há supressão de garantias. 
22.03.2017 
ENCERRAMENTO DO INQUÉRITO 
Embora o artigo 10 parágrafo1º do CPC, determine que após concluir o inquérito o delegado deve remete-lo ao juízo competente, era utilizado porque na época o judiciário era o único a receber o inquérito. Tratava-se de um controle administrativo com objetivo de se verificar o prazo de remessa para o MP, para que o inquérito não se prolongasse indefinidamente. A partir de 91 com a criação das centrais de inquérito policial, o inquérito passou a ser remetido diretamente para o MP. 
PRAZO PARA O DELEGADO CONCLUIR O INQUÉRITO 
PRAZO 30 dias corridos, em sendo indiciado solto; indiciado preso, prazo de 10 dias corridos. O prazo começa a contar a partir da data que se efetuou a prisão. Art 10. 
PRAZOS ESPECIAIS 
Crimes contra a economia popular - Art 10, 1º, da lei 1521/51 
10 dias estando o réu preso ou solto.
 
Lei de drogas - 30 dias corridos para o réu preso e 90 dias corridos para o réu solto. Art 51 da lei 11.343/06
Lei orgânica da justiça federal lei 5010/66 - Art 66 
Prazo de 15 dias corridos estando o réu solto ou preso. 
Baixa para diligências - Art 16, 3º, CPP
Estando o réu solto, o delegado vai concluir como está, e após pode requerer a devolução dos autos, para continuar as diligências. Remetido os autos ao MP, se este entender que há necessidade de diligências imprescindíveis para o oferecimento da denúncia, pode requerer a devolução do inquérito a delegacia, para que estas sejam realizadas. 
MP 
baixa para diligências 
Oferecer a denúncia
Arquivamento do IP 
NATUREZA JURÍDICA DO ARQUIVAMENTO 
Trata-se de um ato administrativo complexo, pois depende de forma sucessiva da manifestação do promotor de justiça e depois do juiz. 
Eugênio Pacelli, entende que trata-se de um ato Judicial, pois a decisão gera direito subjetivo ao investigado, em face da administração pública, na medida em que a reabertura da investigação está condicionada à existência de novas provas (Art 18, CPP) 
O arquivamento é um ato judicial, mas só pode ser realizado se houver a manifestação do órgão ministerial que é o titular da ação. O juiz não pode de ofício, mandar arquivar o inquérito, sob pena de correição. 
Art 28 CPP - 
Havendo discordância quanto ao pedido de arquivamento, o juiz deve remeter os autos ao procurador geral nos termos do artigo 28 do CPP. Nessa hipótese, o procurador geral pode oferecer a denúncia ou determinar que outro membro do MP o faça ou manter a decisão de arquivamento; nesse caso, o juiz está obrigado a arquivar. 
Há controvérsia doutrinária quanto a obrigatoriedade do membro do MP, acatar a ordem do procurados geral de oferecimento da denúncia. Parte da doutrina entende que estaria obrigado porque estaria exercendo uma função "longa manus". 
A outra parte entende que não por conta da independência funcional, em que o promotor pode entender de forma diversa. 
Ha arquivamento implícito do IP? 
Majoritariamente o entendimento doutrinário e jurisprudencial, é de que não há arquivamento implícito do inquérito no nosso ordenamento jurídico, por força dos artigos 18 e 28 do CPP, que exigem pedido fundamentado para que o inquérito seja arquivado. Por outro lado, alguns doutrinadores entendem que se deve buscar um mecanismo para estabilizar a situação do indiciado, vislumbrando 3 hipóteses de arquivamento implícito: 
subjetivo: ocorre quando duas ou mais pessoas são indiciadas e ao oferecer a denúncia, o MP se omite com relação a uma delas e o juiz recebe a denúncia na forma como foi proposta. 
Objetivo: Ocorre quando o indiciado supostamente praticou mais de um delito e ao oferecer a denúncia, o MP denuncia por apenas um dos crimes, recebendo o juiz a denúncia na forma como foi proposta. 
Derivado: ocorre quando alguém é indiciado por um tipo derivado, por exemplo, homicídio qualificado e o MP oferece a denúncia pelo tipo simples, omitindo-se em relação a qualificadora e o juiz recebe a denúncia na forma em que foi proposta. 
Sumula 524 supremo: não há arquivamento implícito. 
Desarquivamento inquérito
A atribuição para desarquivar o inquérito é do MP. 
O desarquivamento só ocorrerá se surgirem novas provas ou fatos novos, que são aqueles que não foram produzidos no momento oportuno ou que surgiram posteriormente. 
A decisão de arquivamento do inquérito faz coisa julgada? 
A questão é controvertida. Em regra, a decisão de arquivamento do IP só faz coisa julgada formal, pois ainda nem existe o processo. Então, se surgirem novas provas, poderá ser reaberto. No entanto, há entendimentos de que se o fundamento da decisão tiver força de mérito, fará coisa julgada material. Isso ocorre quando o fundamento se dá com base na atipicidade da conduta ou na extinção da punibilidade. 
28.03.2017 
Correção casos concretos (4 e 5)
Semana 4 - o artigo ainda existe, porém não tem aplicabilidade, porque com a criação das centrais de inquérito, o processo é encaminhado direito ao MP. 
Objetiva 1 - B
Objetiva 2 - B 
Semana 5 - Nesse caso, não será aplicado a sumula, o MP pode incluir o outro. Para pequena parte da doutrina que entende que existe arquivamento implícito, o Jose só pode ser processado se surgirem novas provas. (Rever os posicionamentos sobre arquivamento implícito) (ex: E HC 113 273/SP)
Objetiva 1 - D 
Objetiva 2 - C
CONCEITO DE AÇÃO PENAL 
É o direito de pedir ao estado-juiz a aplicação do direito penal objetivo a um caso concreto. 
Características: 
é um direito autônomo, não se confundindo com o direito material que se pretende tutelar.
É um direito abstrato, pois independe do resultado final do processo. 
Direito subjetivo, pois o titular pode exigir do estado-juiz uma prestação jurisdicional. 
Direito público, pois a atividade jurisdicional que se invoca é de natureza pública. 
ESPÉCIES DA AÇÃO PENAL 
Toda ação penal é direito público, a iniciativa que será pública ou privada. 
Divide-se a ação penal pelo critério subjetivo, ou seja, em decorrência da qualidade do sujeito que possui a titularidade para propor a ação. Desse modo, podemos dividir a ação em: 
Ações penais de iniciativa pública. 
Aquelas cujo titularidade é do MP. Podem ser incondicionadas ou condicionadas, a representação ou requisição do ministro da justiça. 
Ações penais de inciativa privada. 
Aquelas cuja titularidade é do particular. Podem ser de 3 tipos: 
exclusivamente privada (difamação, calúnia, etc) 
Personalíssima (Art 236 CPP, a única atualmente) 
Subsidiária da pública (MP tem prazo para oferecer a denuncia, caso não o faça, a vítima tem direito de propor a ação). 
CONDIÇÕES DA AÇÃO PENAL 
LEGITIMIDADE 
Trata-se da pertinência subjetiva da ação. A legitimidade pode ser ativa ou passiva. 
O legitimado ativo é aquele que exerce o direito de ação. O legitimado passivo é aquele em face de quem se propõe a ação. 
Obs: o menor não pode figurar como sujeito passivo da ação penal, devendo ser representado. 
A legitimidade pode ser ordinária ou extraordinária. Na ordinária, o mesmo sujeito é titular do direito material e do direito processual (ação penal publica). Na legitimidade extraordinária, os titulares do direito material e do direito processual os sujeitos são distintos (ação penal privada). 
INTERESSE DE AGIR 
O estado só perderá o seu tempo, quando sua atuaçao for necessaria e útil, ou seja, no final do processo haverá uma modificação no mundo naturalístico. 
POSSIBILIDADE JURÍDICA DO PEDIDO. 
Em tese, é imprescindível que o pedido formulado seja passível de acolhimento, de acordo com as normas jurídicas em vigor. 
JUSTA CAUSA 
Trata-se de um requisito indispensável ao exercício da ação penal. De acordo com o artigo 395 do CPP, o legislador não entendeu a justa causa como uma quarta condição da ação. A justa causa se configura com a prova da materialidade do crime e um lastro probatório mínimo de indícios de autoria. 
29.03.2017 
Condições específicas da ação 
Em alguns casos, a lei processual penal exige algumas condições específicas. 
•	Representação do ofendido•	Requisição do Ministério da Justiça 
•	Entrada do agente no território nacional 
•	Autorização do legislativo para instauração de processo contra o presidente da república, os governadores por crimes comuns. 
•	Trânsito em julgado da sentença cível que por motivo de erro ou impedimento anule o casamento, no crime previsto no artigo 236, CP. 
Capacidade postulatória: 
Exceção: habeas corpus 
Acão Penal Pública 
Titularidade: De acordo com o artigo 129, inciso I, da constituição o titular da ação penal pública é o MP. Trata-se de uma função privativa e não exclusiva, já que a própria constituição no artigo 5o, inciso LIX admite a ação penal privada subsidiária da pública em casos de inércia do Ministério Público. 
Obs: Pelo sistema acusatório o artigo 26 do CPP não foi recepcionado pela constituição, pois nem o juiz nem o delegado podem propor a ação penal. 
Prazo para o oferecimento da denúncia: art 46
Réu preso – 5 dias 
Réu solto – 15 dias 
Requisitos da denúncia 
A denúncia deve narrar minuciosamente os fatos da forma como ocorreram, com todas as suas circunstâncias, qualificando o acusado, dando a classificação do crime e indicando o rol de testemunhas. Art 41, CPP
Princípios que regem a ação penal pública 
Princípio da obrigatoriedade: O MP não por força do princípio da obrigatoriedade recusar-se a oferecer a denúncia, estando presente à justa causa. 
Mitigação: transação penal. Art 76 da lei 9099/95 Parte da doutrina entende que a proposta de transação penal prevista no Art 76 da lei 9099/95 mitiga o princípio da obrigatoriedade, pois nessa hipótese o Mp tem a discricionariedade para dispor da ação, fazendo a proposta de transação penal; trata-se de uma discricionariedade regrada pois só é possível nas hipóteses previstas em lei. Outra corrente entender que na realidade, a transação penal é a própria materialização do princípio da obrigatoriedade, pois o objetivo tanto da ação penal quanto da transação é solucionar o conflito. 
Princípio da indisponibilidade: Está previsto no artigo 42 do CPP, significa que a partir do momento que a denúncia foi oferecida o MP não poderá desistir da ação. O mesmo princípio é aplicado também na fase recursal. 
Mitigação: Art 89, lei 9099/95
A persecução penal é promovida por órgãos oficiais- público. 
Princípio da oficiosidade: Nas ações penais de iniciativa pública incondicionada, estando presente à justa causa, o MP atua de oficio, não havendo necessidade de provocação. 
Princípio da intranscedência: A ação penal quer seja pública ou privada, deve ser proposta a quem se imputa a prática do delito. 
Princípio da indivisibilidade: O princípio da indivisibilidade não será aplicado na ação penal pública por que o MP pode deixar de oferecer a denúncia no caso de concurso de agentes se entender que em relação a um deles não ficou demonstrado os indícios de autoria.
4.04.2017 – 
Ação penal pública condicionada
- Conceito: é aquela cujo exercício se subordina a uma condição. Essa condição pode ser tanto a manifestação de vontade do ofendido ou do seu representante legal, ou seja, a representação, como a requisição do Ministro da Justiça. 
1. condicionada a representação: 
nessas ações, o MP só poderá oferecer a denúncia se houver uma manifestação de vontade do ofendido ou de seu representante legal que o autorizem. 
Essa opção legislativa leva em conta que o crime afeta profundamente a esfera íntima do indivíduo, devendo a lei respeitar a vontade da vítima. A falta de representação impede, não apenas a propositura da ação, bem como a abertura do inquérito policial. 
Atenção: o ofendido poderá se retratar até o oferecimento da denúncia; mas depois que esta for oferecida não cabe mais a retratação/se a vítima voltar atrás, o MP não pode oferecer a denúncia, mas se essa denúncia já tiver sido oferecida a vítima não pode mais voltar atrás; 
Sobre a retratação: Majoritariamente entende-se que não cabe retratação da retratação, mas há quem entenda pela possibilidade, desde que não tenha expirado o prazo decadencial. 
*Oferecimento da denúncia: É uma condição específica da ação penal pública condicionada, cuja ausência é um obstáculo ao exercício da ação. Tem natureza eminentemente processual, mas aplica-se a ela as regras de direito material intertemporal, pois o não exercício de representação no prazo fixado em lei acarreta a extinção da punibilidade do agente pela decadência (art.107, inciso 4, CP). 
*Prazo para a representação: o art.38 do CPP prevê o prazo de 6 meses a contar do dia em que o ofendido tiver conhecimento de quem é o autor do fato. 
*Titular da representação: se a vítima for menor ou mentalmente incapaz, o direito de representação caberá exclusivamente a quem tenha qualidade para representá-lo. Cessa a legitimidade por representante a partir da zero hora do dia que o menor completa 18 anos ou do momento em que cessa a incapacidade mental. 
(Para o incapaz menor ou deficiente mental o prazo decadencial não corre. Assim, caso o representante legal não tenha representado, o prazo decadencial para o menor começa a contar a partir da zero hora do dia em que adquire a maioridade civil, e para o mentalmente incapaz a partir do momento em que cessar a incapacidade.)
Obs: deve se observar nessas hipóteses o prazo de prescrição do crime; o prazo decadencial não se suspende, não se interrompe e não se prorroga.
Além do ofendido e de seu representante legal, a representação poderá ser feita por procurador com poderes especiais (art.39, CPP). 
Em caso de morte do ofendido ou sendo ele declarado ausente por decisão judicial, o direito de representação passará ao cônjuge, ascendente, descendente ou irmão (art.29, pg 1º). 
*Crimes que dependem de representação: 
- lesão corporal de natureza leve (art.129, CP c/c art.88, lei 9099/95); 
Obs: o art.16 da lei 11340/06 foi julgado inconstitucional pela ADIN 4424 julgada em 2012, rendeu uma interpretação conforme foi estabelecendo que os crimes de lesão corporal, não importando a gravidade, são de ação penal pública incondicionada. 
- Lesão corporal culposa (art.129, pg 6º, CP c/c art.88, lei 9099/95); 
- Perigo de contágeo venéreo (art.120, pg 2º, CP); 
- Violação de correspondência (art.151, pg 4º, CP); 
- Correspondência comercial (art.152, pg único, CP); 
- Furto de coisa comum (art.156, pg único, CP); etc.... 
-Tomar refeição em restaurante (...) sem ter recursos para pagar (Art 176, parágrafo único, CP) 
- Crimes contra a honra de funcionário público no exercício da função (Art 141, II c/c Art 145, parágrafo único, CP - OBS: Sumula 714, STF; legitimidade concorrente) 
Art 34 e 50, parágrafo único, CPP: com advento do código civil de 2002, estabelecendo a maioridade civil em 18 anos, os arts 34 e 50, parágrafo único estão tacitamente revogados, pois a partir do momento em que é atingida a maioridade, a legitimidade é exclusiva, e não concorrente
5.04.2017 
Ação penal pública condicionada à requisição do Ministro da Justiça 
Conceito: Ato político praticado pelo ministro da justiça, tendo em vista que este deve avaliar se é adequado ou não, de acordo com os interesses do estado de que haja ação penal. 
hipóteses: 
_crime cometido por estrangeiro conte brasileiro fora do Brasil. Art 7, 3º, B, CP 
_crime contra a honra cometidos contra chefe de governo estrangeiro. Art 141, l c/c Art 145, p único, CP 
_crime contra a honra praticados contra o presidente da República. Art 141, I c/c 145, p único, CP 
Prazo: diante da omissão do CPP, o entendimento é de que o ministro da justiça poderá fazer a requisição enquanto o crime não estiver prescrito. 
Retratação: por falta de previsão legal, tratando-se de requisição, não é admitida a retratação. 
Eficácia objetiva: dirigida a requisição contra apenas um dos suspeitos, ela se estenderá aos demais, autorizando o MP a propor a ação. 
Vinculação do MP: nem a representação, nem a requisição, vinculam o MP, pois estes institutos apenas autorizamo MP a oferecer a denúncia; mas como a titularidade do direito da ação é do MP, cabe ao promotor decidir pela propositura ou não da ação. 
Caso concreto semana 6 
Nesse caso, o supremo entende que não pode acolher o pedido de Maria, pois a ação é pública incondicionada, relativamente à lei maria da Penha, cujo o princípio é da obrigatoriedade. 
Obj: LETRA A. Sumula 715 supremo
Obj: letra D 
AÇÃO PENAL PRIVADA 
Titularidade - art 30 CPP 
Prazo - 6 meses a contar do conhecimento da autoria (prazo decadencial) 
Princípio da oportunidade ou conveniência 
O estado juiz possibilita a vítima ou seu representante legal, decidir se é oportuno e conveniente oferecer a queixa. Se optar pelo não oferecimento da queixa, não há necessidade de requerer o arquivamento do IP, bastando apenas deixar transcorrer o tempo para que o prazo decadencial se expire. 
Princípio da disponibilidade 
Na ação penal privada, mesmo oferecida a queixa, o querelante pode desistir da ação através do perdão ou da perempção. 
Princípio da indivisibilidade 
Significa que havendo mais de um acusado, o querelante terá que oferecer a queixa contra todos. (Art 48 do CPP) 
Princípio da intranscedencia - não ditou 
AÇÃO PRIVADA x ACAO PÚBLICA 
Oportunidade x obrigatoriedade 
Disponibilidade x indisponibilidade 
Indivisibilidade x divisibilidade 
11.04.17 
RENUNCIA 
A renuncia previstas nos artigos 49 e 50 do CPP é decorrência do princípio da oportunidade, segundo o qual, o ofendido pode renunciar ao seu direito de queixa. Trata-se de um ato unilateral que ocorre antes do oferecimento da queixa, podendo ser tácita ou expressa. Por conta do princípio da inidivisibilidade da ação penal privada, havendo mais de um suspeito a renúncia a um deles se estenderá aos demais, pois apesar do ofendido poder renunciar ao seu direito de queixa, não pode escolher dentre os autores aquele que irá processar, Art 48 do CPP. 
Obs: Havendo mais de um acusado e sendo a queixa oferecida apenas em face de um deles, majoritariamente entende-se que o MP deve-se manifestar pela extinção da punibilidade de todos os agentes, não cabendo a ele o aditamento da queixa. 
PERDÃO 
O perdão Está previsto nos artigos 51 a 60 no CPP, é decorrente do princípio da disponibilidade da ação privada. Trata-se de um ato bilateral, significando que é necessário o aceite daquele que está sendo perdoado para que produza efeitos. Diferente da renúncia, ocorre o oferecimento da queixa e pode ser tácito ou expresso, da mesma forma que a renúncia, o perdão a um dos querelados se estende aos demais.
Entende-se por renúncia ou perdão tácito a prática de um ato incompatível com a vontade de exercer o direito de queixa ou de prosseguir na ação. 
PEREMPÇÃO – Art 60 CPP
É uma punição de natureza processual imposta ao querelante quando este se abstém da prática de um ato que deveria realizar, dentro das hipóteses previstas no artigo 60 e incisos Do CPP. 
	PEREMPÇÃO 
	PRESCRIÇÃO 
	DECADÊNCIA 
	Atinge o direito de prosseguir na ação. 
	Atinge o direito de punir ou executar a punição imposta. 
	Atinge diretamente o direito de ação. 
	Só ocorre nos crimes de ação exclusivamente privada ou privada personalíssima. 
	Pode ocorrer tanto nas ações penais públicas quanto nas privadasX 
	Só ocorre nos crimes de ação privada, exclusivamente ou personalíssimo ou condicionada a representação. 
	Só ocorre após o início da ação. 
	Pode ocorrer a qualquer momento, inclusive após o trânsito em julgado da sentença. 
	Sempre ocorre antes de iniciada a ação. 
CASO CONCRETO – semana 7 
a) Legitimidade para instaurar a ação (para o processo) será do representante legal de paula, pessoa legitimada para a causa, a Paula. 
B) não, pois na vara criminal, majoritariamente a emancipação pelo casamento só gera efeitos na vida civil, sendo portanto, inimputável. Minoritarieamente há quem admita que paula sendo emancipada não precisaria de representante. 
C) Se na época do fato paula tivesse 18 anos a legitimidade seria exclusiva tendo em vista que o código civil, em seu artigo 34 CPP está tacitamente revogado. 
PROVA ATÉ A AULA 7!!! Irá colocar no acervo, exercício de revisão.
ESPÉCIES DE AÇÃO PRIVADA
Personalíssima; a titularidade é atribuída Privativamente a vítima do crime, não há exercício da ação pelo representante legal nem há sucessão por morte ou ausência, pois trata-se de um direito personalíssimo e intransmissível. Só ocorre em uma única hipótese (Art 236 do CP) 
18.04.17
Excludente de ilicitude e obrigatoriedade de indenizar 
Regra: faz coisa julgada ao civel o reconhecimento da causa excludente de ilicitude – art 23, CP, pois são atos lícitos na esfera cível – art 188, l e ll, CC. 
Exceções: 
Estado de necessidade agressivo, aquele em que o agente sacrifica bem de terceiro inocente, devendo indeniza-lo. O agente poderá ingressar com ação regressiva contra aquele que provocou a situação de perigo – art 929 e 930, caput, CC. 
Em caso de legítima defesa, nos casos em que, por erro na execução, vem ser atingido terceiro inocente, este terá direito contra quem o atingiu. Aquele que agiu em legítima defesa por sua vez poderá ingressar com ação regressiva contra seu agressor. – art 930, p. Único, CC. 
A execução fundada em sentença penal condenatória processar a perante o juízo civel competente podendo o autor escolher o foro do seu domicílio ou do local onde ocorreu a infração Para executar o título – art 53 do CPC 
Semana 7 
Obj 
se estende – errado 
B) correta \___
Nem toda sentença absolutória vai impedir a ação no civel. Ex: juiz na dúvida na vara criminal 
Não impedem a ação civil 
Obj - D 
Sergio e Fernando são indiciados em IP pela prática de crime de roubo em uma joalheria no RJ. Concluído o IP, este foi remetido ao MP que entendendo estar presente a justa causa ofereceu denúncia em face de Sergio, silenciando quanto a Fernando. A denúncia foi recebida na forma como foi proposta. Pergunta se: trata de de hipótese de arquivamento implícito ? Aplica se a sumula 524 STF? 
R: 
Majoritariamente o entendimento doutrinário e jurisprudencial, é de que não há arquivamento implícito do inquérito no nosso ordenamento jurídico, por força dos artigos 18 e 28 do CPP, que exigem pedido fundamentado para que o inquérito seja arquivado. Por outro lado, alguns doutrinadores entendem que se deve buscar um mecanismo para estabilizar a situação do indiciado, vislumbrando 3 hipóteses de arquivamento implícito: 
subjetivo: ocorre quando duas ou mais pessoas são indiciadas e ao oferecer a denúncia, o MP se omite com relação a uma delas e o juiz recebe a denúncia na forma como foi proposta. 
Objetivo: Ocorre quando o indiciado supostamente praticou mais de um delito e ao oferecer a denúncia, o MP denuncia por apenas um dos crimes, recebendo o juiz a denúncia na forma como foi proposta. 
Derivado: ocorre quando alguém é indiciado por um tipo derivado, por exemplo, homicídio qualificado e o MP oferece a denúncia pelo tipo simples, omitindo-se em relação a qualificadora e o juiz recebe a denúncia na forma em que foi proposta. 
Sumula 524 supremo: não há arquivamento implícito. 
EXERCÍCIOS EXTRAS 
1 – não tem alternativa 
2 – letra A incorreta. O inquérito é dispensável havendo outras peças de informação. 
3 – letra B
 inciso l: correta. 
 Majoritariamente o direito de silêncio é apenas para os fatos, uma parte da jurisprudência entende que abrange tudo. 
ll – correta 
lll – errado. Presunção sempre de inocência 
lV – correta. 
V – errado 
4 – letra E. 
5 – letra D. 
6 – havendo divergência de entendimento o magistrado deve aplicar o artigo 28 remetendo ao procurador geral para que este diga o que entender cabível, se mantido o arquivamento, o juiz tá obrigado a arquivar. 
7 – letra A 
8 – letra d 
(Letra B, em alguns casos o mp pode consertar caso seja errado na qualidadede custos legisz vai editar a queixa quando a ação for privada subsidiária da pública) 
Inércia do MP: 
Não rerquerer o arquivamento do IP 
Não oferecer denúncia 
Nem baixou para diligências 
9 – letra E 
10 – Letra E 
11 – letra C 
12 – B

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