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Aula 7. Mortalidade e Pacto Nacional Principais causas de mortalidade feminina: Doenças cardiovasculares (AVC e IAM) Neoplasias (Mama, Colo Uterino, Pulmão) Doenças respiratórias (Pneumonia, AIDS) Doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas (Diabete Melitus) Causas externas (Acidentes e homicídios) Morte Materna É a morte de uma mulher durante a gestação ou até 42 dias após o término da gestação, independentemente da duração ou da localização da gravidez. É causada por qualquer fator relacionado ou agravado pela gravidez ou por medidas tomadas em relação a ela. Agravantes: Precárias condições socioeconômicas; Baixo grau de informação e escolaridade; Dinâmicas familiares em que a violência está presente; Dificuldade de acesso a serviços de boa qualidade. Morte Materna Obstétrica Direta: por complicações obstétricas durante a gravidez, parto ou puerpério devido a intervenções, omissões, tratamento incorreto, ou a uma cadeia de eventos que resultam em morte. Indireta: resultante de doenças que EXISTIAM ANTES DA GESTAÇÃO ou que se desenvolveram durante esse período, não provocadas por causas obstétricas diretas, más agravadas pelos efeitos fisiológicos da gravidez. Cardiopatias Doenças respiratórias, digestivas Hipertensão pré-existente Morte Materna Principais Causas: Hipertensão: evitável se a mulher manter o controle da PA durante todo o pré-natal Hemorragias: chances praticamente nulas, se o medico fizer uma correta avaliação do útero pós-parto. Infecção pós-parto: Esta ligada a precariedade da sala de parto ou instalações, e a demora na realização do parto. Aborto: evitável se as mulheres tivessem noção de controle de natalidade. Fatores de risco para Morte Materna: Idade Materna de 15 – 35 anos (Primigesta), são mais suscetíveis a desenvolverem DHEG. Idade superior a 35 anos (Multigesta), mais propensa a hemorragias. Falta de sistema de referencia e contra referencia. Peregrinação das mulheres (solução: vincular o pré-natal ao parto) Parto por cesariana: expõe as mulheres a riscos de infecção. Como tomar medidas de vigilância? A investigação dos óbitos maternos Investigação de todo óbito em mulheres em idade fértil – entre 10 e 49 anos – e cujas causas possam ocultar um óbito materno. Notificação = Sistema Nacional de Cadastro, Vigilância e Acompanhamento Comissões de Cadastro, Vigilância e Acompanhamento das Gestantes e Puérperas de Risco Devem à ampliação do acesso aos cuidados hospitalares, com acompanhamento das mulheres antes, durante e após o parto Maior acesso ao pré-natal e acompanhamento, além da melhora na infraestrutura hospitalar. Rede Cegonha– pagamento transporte p realizar pre natal e ao local do parto O SISPRENATAL Web: acompanhamento da assistência prestada às gestantes, parturientes e puérperas Nativivo: nascimento vivo é a expulsão ou extração completa do corpo da mãe, independentemente da duração da gravidez, de um produto de concepção que, depois da separação, respire ou apresente quaisquer outros sinais de Vida. Óbito fetal; É a morte do produto da gestação antes da expulsão ou de sua extração completa do corpo materno, independentemente da duração da gravidez. Indica o óbito o fato de depois da separação, o feto não respirar nem dar outro sinal de vida. Abortamento: É a expulsão ou extração de um produto da concepção, sem sinais de vida, com menos de 500 gramas e/ou estatura menor ou igual a 25cm ou menos de 22 semanas de gestação. NOTIFICAÇÃO COMPULSORIA OBITO MATERNO Portaria n.º 653 28 de maio de 2003: estabelecendo que: O óbito materno passa a ser considerado evento de notificação compulsória, tornando obrigatória a investigação, por parte de todos os municípios, dos óbitos de mulheres em idade fértil cujas causas possam ocultar o óbito materno (BRASIL, 2003b). PACTO NACIONAL O pacto tem como objetivo básico a redução de 5% no índice de morte materna e morte neonatal, para se enquadrar nos níveis aceitáveis pela OMS. Princípios do Pacto: São o respeito aos direitos humanos de mulheres e crianças; A consideração das questões de gênero, dos aspectos étnicos e raciais e das desigualdades sociais e regionais; A decisão política de investimentos na melhoria da atenção obstétrica e neonatal; A ampla mobilização e participação de gestores e organizações sociais. Recomendações do Pacto: Pré-natal de qualidade Captação precoce da gestante Acolhimento humanizado ao parto e nascimento Acolhimento humanizado ao parto e abortamento Urgência e emergência qualificada Atenção ao puerpério Planejamento reprodutivo Medidas e objetivos Redução da transmissão vertical do HIV e sífilis. Incentivo ao Parto Normal e Redução da Cesárea desnecessária. Constituição da Rede Norte-Nordeste de Saúde Perinatal. Campanha de Doação de Leite Humano Estímulo ao parto normal e aleitamento. Instituições HUMANIZADAS. Hospitais com atendimento pediátrico humanizado e estímulo ao aleitamento. REDE CEGONHA É uma Rede de cuidados que assegura às MULHERES o direito ao planejamento reprodutivo, à atenção humanizada à gravidez, parto e puerpério e as CRIANÇAS o direito ao nascimento seguro, crescimento e desenvolvimentos saudáveis. A Rede Cegonha é uma estratégia do Ministério da Saúde, operacionalizada pelo SUS, fundamentada nos princípios da humanização e assistência, onde mulheres, recém-nascidos e crianças têm direito a: Ampliação do acesso, acolhimento e melhoria da qualidade do pré-natal. Transporte tanto para o pré-natal quanto para o parto. Vinculação da gestante à unidade de referência para assistência ao parto. Gestante não peregrina e Vaga sempre para gestantes e bebês. Realização de parto e nascimento seguros, através de boas práticas de atenção Acompanhante no parto, de livre escolha da gestante. Atenção à saúde da criança de 0 a 24 meses com qualidade e resolutividade. Acesso ao planejamento reprodutivo. Se organiza em 4 componentes: Pré Natal Parto e Nascimento Puerpério e Atenção integra a Saude da criança Sistema logístico: transporte sanitário e regulação