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Trabalho Téorico Gestão da Informação nas Empresa concluido

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UNIVERSIDADE CEUMA – UnICEUMA 
CURSO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
DISCIPLINA: GESTÃO DA INOVAÇÃO E DA TECNOLOGIA 
GESTÃO DA INFORMAÇÃO NAS EMPRESAS
São Luís - MA
2016
SUMÁRIO
LISTA DE FIGURAS.....................................................................................................5
1. INTRODUÇÃO .........................................................................................................6
2. GESTÃO DA INFORMAÇÃO NAS EMPRESAS......................................................7
2.1. DEFINIÇÃO E TIPOLOGIA DA INFORMAÇÃO.....................................................8
2.2. VALOR DA INFORMAÇÃO....................................................................................9
2.2.1. AS LEIS DA INFORMAÇÃO..............................................................................10
2.2.2 SEGURANÇA NA INFORMAÇÃO.....................................................................14
3. SISTEMA DA INFORMAÇÃO................................................................................15
3.1 CLASSIFICAÇÕES DO SISTEMA DE INFORMAÇÃO........................................15
3.2 O FLUXO DA INFORMAÇÃO NAS ORGANIZAÇÕES.........................................16
3.3 ESTRATÉGIA E INFORMAÇÃO...........................................................................17
4. GESTÃO ESTRATÉGIA DA INFORMAÇÃO.........................................................18
4.1. ETAPAS DE EXECUÇÃO DE UMA ESTRATÉGIA DE INFORMAÇÃO..............19
4.2. GESTÃO ESTRATÉGICA DO CONHECIMENTO...............................................25
5. ESTUDO DE CASO................................................................................................26
5.1 INFORMAÇÃO PARA MELHORIA CONTÍNUA....................................................27
6. CONCLUSÃO.........................................................................................................30
REFERÊNCIAS..........................................................................................................31
 4
RESUMO
A gestão da informação nas empresas tem se mostrado um diferencial competitivo diante de um mercado tão dinâmico. Atualmente, a informação se tornou um ativo de grande valor para as organizações e é nesse contexto, que os resultados obtidos a partir da utilização da informação dentro das organizações, têm agregado valores qualitativos e quantitativos, sendo um elemento essencial em todo o processo empresarial. É necessário que a informação seja gerida, analisada e distribuída em favor da sobrevivência e competitividade organizacional. O objetivo deste trabalho é mostrar a relevância e viabilidade da utilização da gestão da informação nas empresas. 
Palavras-Chave: Informação. Ativo. Gestão da Informação.
ABSTRACT
Information management in companies is being a competitive edge before a dynamic market. Information is today a valuable asset for organizations and it is in this context that the result got from the information utilization inside the companies, has added qualitative and quantitative values, it is an essential element in whole business process. It’s necessary that the information be managed, analyzed and distributed for the survival and organizational competitiveness. The goal of the present paper is demonstrate the relevance and viability of the use of information management in companies.
Keywords: Information. Asset. Information Management. 
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1 – A Informação é infinitamente compartilhável..........................................10
FIGURA 2 – O valor da informação aumenta com o uso.............................................10
FIGURA 3 – A informação é perecível........................................................................11
FIGURA 4 – O valor da informação aumenta com a precisão.....................................11
FIGURA 5 – O valor da informação aumenta com a integração..................................12
FIGURA 6 – Mais informações não é necessariamente melhor..................................13
FIGURA 7 – Orientação de processo de fluxo da informação.....................................17
FIGURA 8 – O balanced Scorecard fornece a estrutura a estrutura necessária para a tradução da estratégia em termos operacionais........................................................ 24
 
 
1. INTRODUÇÃO
Nos últimos anos, o setor econômico vem sofrendo mudanças e transições profundas, passando de uma economia industrial, para uma economia da informação. Vive-se na Era da Informação, o que você possui, nem sempre é mais importante do que você sabe. A concorrência se dá pelo modo de como a informação é adquirida, tratada, interpretada e utilizada de forma eficaz.
Para dar suporte a essa informação, surge a Tecnologia da informação que trouxe mudanças profundas para a dinâmica da sociedade. Produtos e suas comercializações mudaram drasticamente, ninguém precisaria se dirigir a um televisor para mudar de canal, já que os aparelhos viriam com controles remotos; sistemas ABS eram introduzidos junto aos automóveis a fim de evitar o travamento das rodas no momento das frenagens. Trilhões de dólares foram investidos em tecnologia da informação.
A complexidade de todo esse sistema necessita de uma gestão adequada das informações e dos seus fluxos nas organizações. A informação e o conhecimento são ativos valiosos para que uma empresa esteja preparada para tomar decisões e se manter ou assumir posição de destaque no mercado.
2. GESTÃO DA INFORMAÇÃO NAS EMPRESAS
A instabilidade provocada pela competitividade acirrada do atual cenário tem resultado em constante incerteza e imprevisibilidade quanto ao futuro. Essa incerteza, que leva os administradores a buscar, cada vez mais, novas informações, passou a ser considerada uma atividade essencial à sobrevivência das empresas, à medida que estas perceberam sua grande importância como um recurso estratégico na organização
O ponto de partida para a área de gestão da informação se inicia com a demanda de informação. O processo de atendimento a essa demanda envolve o estudo da informação e suas características, fluxos e necessidades. Já o processo de agregação de valor às informações inclui habilidades como análise, condensação, interpretação, representação e estratégias de busca e apresentação da informação disponibilizada, de acordo com seus canais e suportes e também com os tipos de informações, tais como visuais, sonoras, numéricas ou textuais.
Para serem eficazes, as organizações precisam ter seus processos decisórios e operacionais alimentados com informações de qualidade, obtidas dentro de uma boa relação de custo-benefício e adaptadas às necessidades do negócio. A simples ação de tornar as informações prontamente disponíveis para os integrantes de uma organização pode melhorar significativamente os resultados por ela obtidos. Centenas de vezes por dia funcionários e dirigentes precisam resolver problemas, tomar decisões, controlar processos, compartilhar informações e relacionar-se com outras pessoas, e em todas essas situações o desempenho pode ser aperfeiçoado caso as informações apropriadas estejam presentes no momento oportuno e no local onde são necessárias.
No atual contexto econômico e empresarial, já é notório que as informações compõem um dos maiores e mais valiosos ativos que uma empresa pode possuir. A era atual é chamada de sociedade do conhecimento, em que a principal fonte de geração de riqueza baseia-se na criação, distribuição e manipulação da informação a qual é essencial para uma organização se manter no mercado, sendo um diferencial nos seus processos, juntamente com sua alta capacidade de atender a necessidade do consumidor. 
2.1. DEFINIÇÃO E TIPOLOGIA DA INFORMAÇÃOInformações partem primeiramente de dados, sendo eles um conjunto que não produz necessariamente uma informação, nem um conjunto de informações representa necessariamente um conhecimento. Observa-se entre esses termos, uma variação com relação ao grau de complexidade e relevância de cada um: transformam-se dados em informação agregando-se valor a eles; e informação em conhecimento acrescentando-se a ela vários outros elementos. Dados podem ser entendidos como registros ou fatos em sua forma primária, não necessariamente físicos – uma imagem guardada na memória também é um dado. Quando esses registros ou fatos são organizados ou combinados de forma significativa, eles se transformam numa informação. Segundo McGee e Prusak (1994), informação consiste em dados coletados, organizados, orientados, aos quais são atribuídos significados e contexto.
Tipologia da Informação
As organizações dependem de informações de natureza diversas para alcançar seus objetivos. No tocante à aplicabilidade nos diferentes níveis organizacionais, as informações podem ser classificadas em (MORESI, 2000):
Informação de nível institucional: permite ao nível institucional observar as variáveis presentes nos ambientes externo e interno, com a finalidade de monitorar e avaliar o desempenho e subsidiar o planejamento e as decisões de alto nível.
Informação de nível intermediário: permite ao nível intermediário observar variáveis presentes nos ambientes externo e interno, monitorar e avaliar seus processos, o planejamento e a tomada de decisão de nível gerencial.
Informação de nível operacional: possibilita ao nível operacional executar suas atividades e tarefas, monitorar o espaço geográfico sob sua responsabilidade e subsidiar o planejamento e a tomada de decisão de nível operacional. 
A informação estratégica é capaz de melhorar o processo decisório em função da sua capacidade de reduzir o grau de incerteza em relação às variáveis que afetam a escolha das melhores alternativas para superação de desafios e o alcance dos objetivos organizacionais, as fontes de informação são dadas a partir de fonte formal e informal dentro das empresas.
A informação em conjunto com recursos tecnológicos é uma necessidade as empresas, e a utilização da informação acontece na forma interna, onde seu processo será informal, subjetivo, com funcionamento simples, sem amostragens e estatísticas complicadas e de forma externa onde seu processo é obtido dos próprios empregados da empresa, dos seus canais de distribuição, dos fornecedores, de material escrito de outras empresas e até dos próprios concorrentes
2.2. VALOR DA INFORMAÇÃO
Atualmente, a informação tem sido considerada como o principal bem que uma organização possui. Apesar de o seu valor está sendo visualizado com maior atenção nos dias atuais, a informação está presente em cada época da história, representando diferentes papéis. Porém, por muitas vezes, não foi tratada como crucial para a sobrevivência das organizações.
A informação tornou-se um elemento fundamental para a existência das organizações. Ela funciona como elemento de ligação entre diversos pontos (inclusive os mais extremos). Organizações alimentam-se de informações, e ao mesmo tempo são direcionadas por elas, de forma que as informações fornecem o sentido de uma organização existir. A cada momento, informações são processadas pelos colaboradores de uma organização; as informações procedem de fontes internas e externas.
Na era da informação, a vantagem competitiva é alcançada através de novos modelos de estratégia empresarial. Antigamente, uma pequena organização tinha como principais concorrentes, as outras empresas da mesma região ou estados vizinhos. Hoje em dia a concorrência é global, e a informação é o recurso que as organizações possuem para realizar as principais tomadas de decisão. Sendo assim, o acesso à informação, bem como seu tratamento e análise, pode influenciar no futuro da maioria das empresas.
Segundo Lesca e Almeida (1994, apud Beal e Adriana, 2004), além de fator de apoio à decisão, a informação pode ser aplicada ainda nos seguintes contextos:
a) Fator de produção: geração de novos produtos, agregando mais valor;
b) Fator de sinergia: intercâmbio de ideias e informações entre as unidades organizacionais;
c) Fator determinante de comportamento: influência no comportamento de indivíduos tanto internamente, quanto externamente à organização.
2.2.1. AS LEIS DA INFORMAÇÃO
A Informação é como “um ativo organizacional”. A seguir, estão descritas algumas leis que definem o comportamento da informação como um bem econômico.
1ª Lei: A Informação é (Infinitamente) compartilhável.
Figura 1: A Informação é infinitamente compartilhável.
Segundo Beal (2004, p. 23) ao contrário dos ativos comuns, a informação pode ser compartilhada infinitamente e usada simultaneamente por inúmeras pessoas, sem que seja consumida ou desgastada nesse processo. Este mesmo autor ainda afirma que, essa característica pode ser explorada pelas organizações tanto na informação para uso interno, quanto na informação destinada aos integrantes do ambiente externo, que também tem seu valor aumentado à medida que um número maior de usuários é atingido, resultando no fortalecimento dos vínculos e relacionamentos da organização com seu ambiente externo.
2ª Lei: O Valor da informação aumenta com o uso.
Figura 2: O valor da informação aumenta com o uso.
Beal (2004, p. 24) destaca que, também diferentemente dos ativos comuns, que perdem valor à medida que são utilizados (pela depreciação) o valor da informação aumenta com o seu uso: quanto mais utilizada, maior o valor a ela associado, alguns requisitos podem ser relacionados para o uso efetivo da informação.
Saber que ela existe;
Saber onde ela está armazenada;
Ter acesso a ela;
Saber como utilizá-la.
Informação de qualidade
3ª Lei: A informação é perecível 
 
Figura 3: A informação é perecível.
A informação perde parte de seu valor potencial à medida que o tempo passa. Essa lei é facilmente compreendida na situação em que uma empresa tem acesso aos planos de marketing de uma concorrente. Se essa informação for obtida com antecedência suficiente, a empresa pode adaptar suas estratégias de marketing e de desenvolvimento de novos produtos para fazer frente à competição. À medida que o tempo passa e o plano da concorrente vai sendo implementado o valor da descoberta dos dados vai diminuindo, pois, o potencial dessa informação para afetar positivamente o processo decisório da organização sofre redução constante.
4ª Lei: O valor da informação aumenta com a precisão
Figura 4: O valor da informação aumenta com a precisão.
Beal (2004, p 26) relata que de modo geral, quanto mais for precisa uma das informações, mais útil ela será, e, portanto, mais valiosa se torna. Informações inexatas podem causar prejuízos, provocando erros operacionais e decisões equivocadas. Este mesmo autor ainda afirma que, em determinadas situações é necessário 100% de precisão, enquanto em outros valores aproximados podem ser suficientes para a aplicação prática da informação.
5ª Lei: O valor da informação aumenta quando há combinação de informações
Figura 5: O valor da informação aumenta com a integração.
Quanto mais integrada estiver a informação, maior seu valor potencial dentro das organizações que, para explorar essa característica da informação, surgiram os sistemas integrados de gestão, compostos de módulos interdependentes para dar suporte às diversas áreas operacionais, tais como: finanças, produção, contabilidade e pessoal. A integração da informação permite a obtenção de uma visão sistêmica dos processos, em substituição à visão estanque de funções, departamentos e produtos.
6ª Lei: Mais informação não é necessariamente melhor.
Figura 6: Mais informações não é necessariamente melhor.
Embora para grande parte dos outros ativos organizacionais quanto maiores as quantidades dos recursos (por exemplo,financeiros) de que se dispõe, melhor para a organização, no caso da informação a quantidade excessiva reduz seu valor. Principalmente com o crescente uso de tecnologia para criá-la, processá-la e distribui-la, a informação passou a ser um bem superabundante, e o principal problema na maioria das organizações contemporâneas não é a falta, mas sim o excesso de informação, que ultrapassa a capacidade humana de processamento.
Infere que a informação, para ser útil, precisa ser filtrada usando-se critérios de relevância, quantidade e qualidade de sua apresentação. Informações que não resultem em decisões ou processos produtivos melhores não apresentam valor associado, e, assim como a insuficiência, a sobrecarga de informação é prejudicial ao desempenho.
7ª Lei: A informação se multiplica 
Muitos recursos da informação são finitos, podendo ser esgotados com o uso. A informação, ao contrário, é “autogenerativa”, sendo dotada da prioridade de multiplicação por operações de síntese, análise e combinação. Em organizações em que a informação flui com facilidade, o valor da informação pode ser potencializado pelas oportunidades de reciclagem e uso em novas situações.
2.2.2 SEGURANÇA NA INFORMAÇÃO
Atualmente a informação é uma arma de estratégia em qualquer empresa e também é um recurso de vital importância nas organizações. Com a dependência do negócio aos sistemas de informação e o surgimento de novas tecnologias e formas de trabalho, como o comércio eletrônico, as redes virtuais privadas e os funcionários móveis, as empresas começaram a despertar para a necessidade de segurança. 
Segurança da informação é a proteção da informação de vários tipos de ameaças para garantir a continuidade do negócio, minimizar o risco ao negócio, maximizar o retorno sobre os investimentos e as oportunidades de negócio.
A segurança da informação é obtida a partir da implementação de um conjunto de controles adequados, incluindo políticas, processos, procedimentos, estruturas organizacionais e funções de software e hardware. Estes controles precisam ser estabelecidos, implementados, monitorados, analisados criticamente e melhorados, onde necessário, para garantir que os objetivos do negócio e de segurança da organização sejam atendidos. 
Segurança é a base para dar às empresas a possibilidade e a liberdade necessária para a criação de novas oportunidades de negócio. É evidente que os negócios estão cada vez mais dependentes das tecnologias, e estas, precisam proporcionar confidencialidade, integridade e disponibilidade. Segundo Maia (2013), a segurança está calçada em três princípios:
Confidencialidade – diferente de ser um segredo ou algo inacessível, é um conceito no qual o acesso à informação deve ser concedido a quem de direito, ou seja, apenas para as entidades autorizadas pelo proprietário ou dono da informação.
Integridade – este conceito está ligado à propriedade de manter a informação armazenada com todas as suas características originais pelo dono da informação, tendo atenção com o seu ciclo de vida (criação, manutenção e descarte).
Disponibilidade – por sua vez, a disponibilidade deve garantir que a informação esteja sempre disponível para uso quando usuários autorizados necessitarem.
3. SISTEMA DA INFORMAÇÃO
O sistema de informação é uma série de elementos ou componentes inter-relacionados que coletam (entrada), manipulam e armazenam (processo), disseminam (saída) os dados e informações e fornecem um mecanismo de feedback, pode ser tanto manual quanto apoiado na tecnologia da informação. A tecnologia da informação (TI) é todo aparato capaz de tratar informações garantindo que elas tenham qualidade e que estejam disponíveis no momento certo.
A diferença entre o Sistema de informação manual e o Sistema de informação apoiado na tecnologia, está justamente na utilização por parte deste de aparatos tecnológicos de hardware, software e telecomunicações para tratar dados, sendo utilizados principalmente para os grandes volumes de informações. O que se deve destacar é que o fator humano é imprescindível na interação com a tecnologia. A harmonia entre eles traz funcionalidade e utilidade para todo o processo.
3.1 CLASSIFICAÇÕES DO SISTEMA DE INFORMAÇÃO
As organizações podem ser divididas em três níveis: estratégico, tático e operacional. Por esse conceito, os sistemas de informação baseados em TI podem ser:
Sistemas de informação operacional: Também chamado de sistema de processamento de transações (STP), lidam com transações rotineiras da organização.
Sistemas de informação gerencial (SIG): Agrupam dados com o objetivo de dar ao corpo gestor uma visão melhor de toda a operação, e desse modo, permitir a tomada de decisões.
Sistemas de informação estratégica: Reúnem informações, a nível global, fazem benchmarking interno e externo, estruturam as informações, com o objetivo de auxiliar no processo de tomada de decisão da cúpula estratégica da organização. Também conhecido como Sistema de Suporte à Decisão (SSD) ou Sistema de Informação Executiva (EIS).
3.2 O FLUXO DA INFORMAÇÃO NAS ORGANIZAÇÕES
A aplicabilidade do fluxo contínuo de informações no atual ambiente exigirá mais força de atração e uma maior competitividade por parte das empresas. É preciso que ocorra o reconhecimento da importância de um correto fluxo de informações e do aproveitamento das oportunidades oferecidas pela tecnologia para orientarem os problemas oriundos justamente da falta de informações adequadas, o que pode levar a sérios problemas de gestão.
O fluxo de informações eficaz e eficiente, tanto pode ser direcionado a partir da estratégia de negócio, quanto pode ser o ponto de partida para a formulação de uma estratégia corporativa, pois possui um efeito multiplicador com o poder de dinamizar todos os setores organizacionais, constituindo, por sua vez, a força motora do desenvolvimento político, econômico, social, cultural e tecnológico.
Nesse novo cenário, o fluxo de comunicação situado nas organizações apresentarão uma transição muito importante de valor qualitativo para empresas aos processos, produtos e serviços, sendo usada apenas uma otimização de informação para os novos processos, de forma a gerar uma tomada de decisões e melhoramento no processo contínuo. O gerenciamento da informação é responsável pelo sucesso da empresa no mercado com ênfase nas variáveis internas e externas de uma produção. Partindo dessa compreensão, as informações apresentam amplitude e profundidade das tarefas que integram um processo, como no plano teórico, para transformar em uma função e execução estruturada.
Nessa apresentação do fluxo informacional, a atividade de identificação de necessidades e requisitos de informação age como elemento acionador do processo, que estabelece um ciclo de coleta, tratamento, distribuição, armazenamento e uso para alimentar os processos decisórios e/ou operacionais da organização, o qual leva também à oferta de informações para o ambiente interno e externo com análise e uso dessa ferramenta.
Classificação e armazenamento de informação
Distribuição e
Disseminação
de informação
Coleta/entrada de informação
Identificação
de necessidades
e requisitos de
informação
Desenvolvimento de produtos e serviços da informação
Tratamento e
apresentação da
informação
Análise e uso da
informação
Figura 7. Apresenta uma orientação de processo de fluxo da informação.
3.3 ESTRATÉGIA E INFORMAÇÃO
A característica dos processos de uma empresa é dada a partir da informação, que é classificada como matéria-prima para a formulação da estratégia. A informação é um fator de maior relevância para os contextos internos e externos das organizações, independentemente de seu porte. A sua correta utilização possibilita a uma empresa identificar alternativas e tomar decisões de melhoria referentes a cada processo de forma eficaz e eficiente.
A estratégia pode ser vista como uma força mediadora entre a organização e seu ambiente. Por essa razão, a formulação da estratégia envolvea interpretação do ambiente e o desenvolvimento de padrões consistentes em uma série de decisões organizacionais (estratégias) para lidar com essa estratégia principal”.
Essas informações, na prática organizacional, são associadas aos seus objetivos estratégicos, relacionados a um determinado período de tempo e a identificação dos meios considerados mais adequados para a organização superar seus desafios e alcançar os objetivos. As estratégias podem ser dirigidas ao desenvolvimento de novos produtos ou mercado, ao crescimento das receitas, à redução de custos, à realização de alianças e parcerias proveitosas, à superação dos desafios para o alcance da missão organizacional. O principal benefício proporcionado pela informação aos sistemas estratégicos é a habilidade de processar um enorme volume de dados e informações, simultaneamente, tornando a disponibilização destas, praticamente imediata.
O acesso à informação e a capacidade de extrair e aplicar os conhecimentos são vitais para o aumento da capacidade concorrencial e o desenvolvimento das atividades comerciais num mercado sem fronteiras, permitindo ultrapassar todo um conjunto de barreiras na medida em que existe uma nova maneira de pensar em tempo real, possibilitando às empresas agir e reagir rapidamente aos clientes, mercados e concorrência.
4. GESTÃO ESTRATÉGIA DA INFORMAÇÃO
A gestão estratégica da informação é a administração dos recursos informacionais de uma organização a partir de um referencial estratégico e é a informação voltada para a consecução dos objetivos estratégicos estabelecidos para determinado período de tempo.
A gestão da informação deve contemplar processos que vão muito além da simples administração de infraestrutura de TI e de sistemas de informação, defende que ela inclua a administração do comportamento informacional da organização (as pessoas compartilham informações? Sobrecarregam umas às outras com excesso de 'mensagens? etc.), da cultura organizacional (os valores e crenças encorajam a troca de informações e a aquisição de novos conhecimentos?) e da equipe informacional (especialistas em questões estratégicas, gestores de informação etc.), entre outros elementos importantes para a obtenção do maior retorno possível da informação disponível. 
4.1. ETAPAS DE EXECUÇÃO DE UMA ESTRATÉGIA DE INFORMAÇÃO
A gestão estratégica da informação pode ser dividida em: 
Planejamento: A organização formula uma estratégia corporativa e estratégias de informação e de TI articuladas entre si, planejando objetivos e metas informacionais para determinado período e definindo os meios para alcançá-los. 
Execução: As estratégias de informação e de TI são a principal referência para todo o processo de administração da informação, dos sistemas de informação, da infraestrutura de TI e das competências da equipe de TI. 
Avaliação e ação corretiva: A organização usa um sistema de avaliação para verificar o desempenho das estratégias de informação e de TI: se estão sendo executadas, se trazem resultados, se permanecem adequadas. Os problemas levantados são analisados e as soluções, identificadas e implementadas. 
Etapa de planejamento 
O planejamento estratégico é uma ferramenta gerencial que contribui substancialmente para que informação e tecnologia da informação sejam planejadas de modo coerente com a estratégia global da organização. A elaboração de planos estratégicos de informação e de TI proporciona à organização a oportunidade de interpretar sua estratégia de negócio sob o prisma das necessidades de informação, de sistemas e de infraestrutura de tecnologia da informação, permitindo a concentração dos recursos em áreas-chave e a alocação de responsabilidades para o alcance dos resultados pretendidos. 
A participação da cúpula estratégica (pessoas com responsabilidade global sobre a organização) é fundamental nos processos de planejamento estratégico da informação e da TI. 
 Desenvolvimento de uma estratégia de informação e de TI
Propõem uma metodologia de planejamento mais abrangente, em que são desenvolvidos um Plano de Informação (definição do fluxo de informação que se deseja implantar), um Plano de Sistemas (detalhamento da solução de sistemas capazes de suportar o fluxo e o processamento de informações definido) e um Plano de Tecnologia (abordagem das questões relativas aos equipamentos e dispositivos que darão suporte aos sistemas definidos no Plano de Sistemas e às metas estabelecidas no Plano de Informação). 
Alinhamento entre estratégia corporativa e estratégias de informação e de TI
É esperado que durante a formulação da estratégia corporativa, as estratégias de informação e de TI comecem a tomar forma, ao serem identificadas oportunidades de exploração estratégica de novos recursos informacionais e tecnológicos, seja para gerar diferencial competitivo, seja para possibilitar à organização superar seus desafios para o alcance da missão, visão e objetivos organizacionais. A necessidade de conhecimento e a análise não só do contexto organizacional (setor de atuação, tamanho, estrutura organizacional etc.), mas também da estratégia corporativa (formal ou informal) durante o processo de planejamento da informação. Cada contexto organizacional e cada estratégia trazem demandas específicas por informações e por adaptações nos fluxos informacionais, e com base nessas demandas o novo ambiente informacional a ser desenvolvido pode ser adequadamente planejado. 
Planos de informação e de TI 
Os planos de informação e de TI devem registrar a análise informacional iniciada durante o processo de planejamento estratégico corporativo e complementada na etapa de planejamento da informação e da TI, expressando as necessidades da organização em termos de informações e fluxos informacionais a serem disponibilizados e dos investimentos em sistemas de informação e recursos tecnológicos previstos para o período.
 
Etapas do planejamento estratégico da informação 
O processo de planejamento da informação deve iniciar-se pelo diagnóstico da situação com relação à informação corporativa e aos sistemas de informação disponíveis. Nesse diagnóstico, deve-se investigar: 
Se as informações e sistemas disponíveis são suficientes para auxiliar no alcance da missão e dos objetivos organizacionais, dar suporte a todas as funções e processos internos e apoiar a realização das estratégias de negócio; 
Quais as lacunas de informação existentes: ausência de dados sobre a concorrência? Coleta insuficiente de informações sobre clientes na hora da compra?; 
Quais as disfunções de informação observadas: duplicidade de dados, inconsistência de informações provenientes de diferentes fontes internas, falta de confiabilidade de dados armazenados, fragmentação da informação pelos diversos setores?; 
Quais as oportunidades de melhoria: áreas, processos ou atividades que podem ser melhorados pela oferta de informações relevantes, oportunas, completas e exatas: 
Quais os mecanismos de proteção do patrimônio informacional a serem implantados ou aperfeiçoados? 
O planejamento estratégico da informação deve ser formalizado num Plano Estratégico de Informação (PEI). Em organizações de menor porte, é possível registrar num só documento o planejamento da informação e de SI/TI, mas na maioria dos casos é recomendado que o plano estratégico de informação seja formalizado em um documento separado do plano estratégico de TI, para que seu foco permaneça claramente no domínio do negócio e não no domínio da tecnologia e dos sistemas. 
Etapas do Planejamento Estratégico da TI
Definida a direção geral a ser tomada em relação ao ambiente informacional e de SI/TI, a preocupação passa a ser identificação de alternativas de solução para questões tecnológicas relacionadas a essas necessidades informais: aquisição de hardware e software, gestão de dados e informações, infraestrutura de apoio, redes de comunicação.
O processa de planejamento de TI também deve iniciar-se por um diagnóstico da situação, direcionada para avaliação de itens como recursosde informática existentes, qualificação do pessoal, capacidade de interconectividade e flexibilidade da arquitetura. Desenvolve-se aparte desta etapa a análise de alternativas, com o objetivo de avaliar as possíveis soluções para os problemas. A etapa final consiste na formalização do plano de TI, que deve identificar as prioridades no projeto, o impacto organizacional, o risco e o custo/benefícios dos investimentos propostos.
 Incorporação da Perceptiva permanente ao plano estratégico da TI 
O plano estratégico corporativo costuma abranger objetivos permanentes e ações voltadas para seu alcance, é esperado que o plano estratégico de TI inclua objetivos relacionados com a manutenção e o aperfeiçoamento dos resultados permanentes dos serviços de TI: preservação dos níveis de serviço acordados, manutenção de uma equipe técnica competente e motivada etc. Entre as iniciativas que estarão associadas a esses objetivos podem estar substituição de equipamentos, upgrades de software, projetos de melhoria da qualidade, ações de capacitação de pessoal, manutenções preventivas e revisões de equipamentos e sistemas operacionais etc. 
Atualização periódica dos planos de informação da TI 
É recomendável que a organização promova atualizações periódicas nos planos estratégicos para que reflitam eventuais mudanças nas prioridades em fluxos informacionais investimentos ou escolhas tecnológicas, em função de alterações nas variáveis internas e externas que podem afetá-las. 
 Desenvolvimento de Planos Operacionais de TI
 O plano de TI dependendo do porte da organização e da complexidade dos projetos envolvidos, pode precisar ser desdobrado em planos operacionais, nos quais são detalhadas as iniciativas propostas no plano estratégico. Os planos operacionais focando o desenvolvimento/aquisição de sistemas de informação, a atualização de infraestrutura, a operação e manutenção de sistemas, o treinamento das equipes etc. Nos planos de ação são definidos os detalhes sobre cronograma de implantação, orçamento, alocação de recursos, etapas previstas, pontos de controle etc. 
 Processos de Gestão de TI
A necessidade de se equilibrar prioridades e recursos e gerenciar as mudanças no ambiente informacional, outros processos relacionados à gestão da TI são necessários para dar suporte à execução da estratégia de TI, permitindo que as ações a serem implementadas o sejam dentro de condições controladas, que viabilizem a passagem eficaz da situação atual para a situação planejada: 
Gestão de riscos associados aos investimentos;
Alocação de recursos; 
Administração do ciclo de vida das aplicações;
Gestão do nível do serviço; 
Interface entre clientes dos serviços e a área de TI, abrangendo as tarefas de monitoração e suporte ao ambiente de TI, a gestão de problemas, o suporte ao usuário (help-disk), a gestão da operação de redes, servidores e estações de trabalho etc.; 
Gestão da configuração, gestão da capacidade, gestão da segurança, gestão de dados, gestão de mudanças, gestão de custos, gestão de serviços terceirizados, gestão da continuidade do serviço, gestão da arquitetura de TP, gestão de projetos e gestão de relacionamento entre projetos. 
Avaliação da estratégia de informação e ação corretiva 
Avaliar significa atribuir valor a algo. Na etapa de avaliação, é fundamental a existência de um sistema avaliativo capaz de verificar o desempenho da estratégia da informação: ela está sendo executada? Está trazendo os resultados espera os? Permanece adequada em face das mudanças ocorridas nos ambientes interno e externo? Identificados eventuais problemas de desempenho, estes devem ser analisados para que se possa identificar as melhores soluções e implementar as ações corretivas necessárias.
Sistemas de avaliação ou controle do desempenho 
A medição de desempenho pode ser compreendida como a técnica usada para quantificar a eficiência e a eficácia das atividades de negócio (Neel ,1998). Um sistema de medição de desempenho não só fornece dados necessários para o controle dos processos e atividades organizacionais, como também pode influenciar positivamente as decisões e o comportamento organizacional, transformando-se em instrumento valioso para a implementação de mudanças nos processos. 
Um indicador é uma relação matemática que resulta em uma medida quantitativa. Os indicadores de desempenho podem ser classificados em dois tipos: 
Os relacionados aos resultados: competitividade, produtividade, desempenho financeiro; e 
Os relacionados aos fatores determinantes desses resultados: qualidade, flexibilidade, utilização de recursos, inovação. 
Existem diversos sistemas de medição de desempenho desenvolvidos para equilibrar indicadores dessas duas naturezas, sendo o mais popular deles o Balanced Scorecard (BSC), de Kaplan e Norton. O BSC identifica e integra quatro diferentes perspectivas ou dimensões do desempenho: Financeira, de Clientes, de Processos Internos e de Inovação e Aprendizado. 
Figura 8: O balanced Scorecard fornece a estrutura necessária para a tradução da estratégia em termos operacionais.
Segundo os autores da metodologia, o Balanced Scorecard permite o estabelecimento de um processo de medição que inclui: 
A tradução de estratégias de negócio em ações operacionais; 
A seleção dos projetos que oferecem o maior retomo para o negócio; 
O desenvolvimento de mecanismos de medição; 
A medição, análise e comunicação de resultados; 
A oportunidade de descoberta de formas de melhorar o desempenho. 
Isso significa que o sistema BSC pode dar suporte não apenas às etapas de avaliação da estratégia e de ação corretiva, mas também às fases de planejamento e execução da estratégia, favorecendo o esclarecimento dos objetivos estratégicos e a transformação desses objetivos em ações que permitam concretizá-los.
4.2. GESTÃO ESTRATÉGICA DO CONHECIMENTO
A gestão do conhecimento é definida como o conjunto de ações sistemáticas e disciplinadas que uma organização pode adotar para obter o maior retorno possível do conhecimento disponível. Ela busca converter as informações disponíveis em conhecimento produtivo, favorecer o aprendizado individual e coletivo e incorporar conhecimentos aos processos sistemas administrativos, modelos e rotinas organizacionais, a fim de que a organização possa funcionar de maneira eficiente e eficaz. A gestão do conhecimento tem o propósito tanto de permitir o balanço das riquezas intelectuais disponíveis quanto de ampliar constantemente essas riquezas, seja pela disseminação do conhecimento existente para o maior número possível de indivíduos da organização, seja pela aquisição de novos conhecimentos a serem incorporados a seu capital intelectual. 
O conhecimento é classificado como explícito ou tácito. Conhecimentos explícitos são aqueles que podem ser transformados em documentos, roteiros e treinamentos. Conhecimento tácito é aquele difícil de registrar, documentar ou ensinar a outras pessoas - a capacidade de liderança, por exemplo, embora possa ser claramente identificada em determinadas pessoas, é de difícil transmissão ou descrição. Lembra que os conhecimentos tácitos e explícitos dos indivíduos e das organizações não atuam isolados, interagindo um com o outro para gerar o desempenho organizacional. 
As organizações normalmente usam sistemas de documento eletrônico não para armazenar conhecimento mas permitir a localização rápida de informações sobre determinada área e para identificar a pessoa que já efetuou algum trabalho no campo desejado. Onde muitos sistemas de gestão do conhecimento são facilitados pelas tecnologias de informação, que dão suporte à criação, ao arquivamento e ao compartilhamento do conhecimento organizacional. Entretanto, além de tecnologia, a gestão do conhecimento depende de pessoas, dos relacionamentos no trabalho e da comunicação, ao pesquisarem as condições que levam ao sucesso de projetos de gestão do conhecimento nas organizações, apontaram oito fatores comuns a todos os projetos bem-sucedidos:Cultura orientada para o conhecimento; 
Infraestrutura técnica e organizacional; 
Apoio da alta gerência; 
Vinculação ao valor econômico ou setorial; 
Alguma orientação para processos; 
Clareza de visão e linguagem e elementos motivadores não triviais;
Algum nível da estrutura do conhecimento; 
Múltiplos canais para a transferência do conhecimento. 
5. ESTUDO DE CASO
Etapas da execução de uma estratégia de informação
Em uma empresa de manufatura e distribuição que atua num setor com produtos com ciclos de vida muito curto, dois dos objetivos estratégicos estabelecidos para determinado período foram reduzir o tempo de colocação no mercado dos novos produtos e o número de defeitos apresentados por seus componentes.
Para dar suporte ao alcance desses objetivos estratégicos, no processo de planejamento estratégico da informação e da TI, foi identificada a necessidade de implantação de um sistema capaz de controlar a enorme quantidade de variáveis dos processos e componentes usando na fabricação dos produtos. Estabeleceu-se então como iniciativa estratégica a implantação de uma data warehouse capaz de tornar as informações sobre os produtos desenvolvidos prontamente disponíveis para todos os envolvidos no processo produtivo.
Na etapa de execução dessa iniciativa estratégica, os passos desenvolvidos pela empresa foram, em linhas gerais:
Fase 1: Análise e projeto. Quase metade do tempo alocado para o projeto (que teve a duração total de 9 meses) foi gasta na análise dos requisitos de negócio e no projeto da solução tecnológica necessária para atendê-los. Nesta etapa foi feita a avaliação das fontes de dados e da qualidade dos mesmos, bem como desenvolvido o modelo lógico de dados, entre outras atividades de preparação para implementação.
Fase 2: Implementação. Nesta foi montado a data warehouse, com a implementação do modelo lógico de dados em um sistema real de banco de dados, o desenvolvimento dos programas de interface (para extração dos dados dos sistemas de origem e sua transformação para compor o DW), o carregamento dos dados e o teste de sistema e de sua integração ao ambiente de SI/TI.
Fase 3: Definição dos relatórios e consultas. Reuniões foram realizadas para obter a aceitação final de relatórios, gráficos, quadros e telas de visualização das informações.
Fase 4: Uso das informações. Terminada a implantação do sistema, foi providenciado o treinamento dos usuários e iniciado o uso das ferramentas para realização de consultas complexas ad hoc. Com isso, a empresa adquiriu a capacidade de detectar e corrigir rapidamente defeitos de produtos antes que estes fossem enviados para clientes, e, por meio da garimpagem de dados, os engenheiros passaram a poder fazer simulações e eliminar defeitos de produtos antes que o processo de produção fosse iniciado. Ambos os objetivos estratégicos corporativos – redução do tempo de colocação no mercado dos novos produtos e diminuição do número de defeitos – foram satisfatoriamente alcançados com a implantação do sistema.
5.1 INFORMAÇÃO PARA MELHORIA CONTÍNUA
Cada vez mais as organizações buscam maior agilidade e rapidez em seus processos para se tornarem competitivas nesse mercado em constantes mutações e transformações. Por constituir-se num conceito simples, de fácil entendimento e de baixo nível de investimento, a busca pela melhoria contínua tem se tornado comum nas organizações como meio para ao aumento da competitividade e sobrevivência dentro do mercado.
 Apesar da importância reconhecida, as organizações têm encontrado dificuldades para implementarem o conceito de melhoria continua. Entre razões comumente apontadas, destacam-se a falta de entendimento, o baixo envolvimento das pessoas nos programas e a ausência de cultura organizacional voltada para melhoria contínua na utilização da informação do conhecimento e para alcançar essa 
capacidade depende de fatores como: Conhecimento, capacidade inovativa e pessoas preparadas para atuar no processo de construção e uso do conhecimento para a melhoria contínua. 
Nas últimas décadas, a Gestão do Conhecimento tem se tornado um dos temas mais importantes nos estudos e discussões sobre a gestão empresarial. Em muitas empresas criam-se novos cargos “Gerente de Gestão de Conhecimento” ou funções implícitas em cargos de qualidade, tecnologia da informação, educação e treinamento, entre outras, utilizando-se de ferramentas da Gestão do Conhecimento para controlar, sintetizar e gerenciar as informações e conhecimentos da empresa. 
Logo, surge que a compreensão de Gestão do Conhecimento implica na coordenação sistêmica de esforços nos planos organizacionais e individuais, estratégicos e operacionais e nas normas formais e informais entre várias dimensões da empresa. 
Isso por que um dos pilares da melhoria continua está em conceber e satisfazer as necessidades dos clientes, forçando mudanças internas nos produtos, processos, o que por sua vez leva à necessidade de conhecimento de novos métodos, procedimentos e padrões de trabalho e comportamento. 
O melhoramento contínuo requer um compromisso com a aprendizagem, em que uma organização não pode progredir sem antes aprender algo novo. Nesse mesmo raciocínio, Bessant et al. (2001) apresentam as etapas a serem seguidas para obtenção do conhecimento voltado à melhoria contínua: 
Entender os conceitos de melhoria contínua, articulando seus valores básicos
Desenvolver o “hábito” da melhoria contínua, por meio do envolvimento das pessoas e da utilização de ferramentas e técnicas adequadas.
Criar um foco para a melhoria contínua pela sua ligação com os objetivos estratégicos da empresa.
Aprender direta e indiretamente a criar procedimentos que sustentem a melhoria contínua.
Implementar ações voltadas para a resolução de problemas.
Administrar estrategicamente a melhoria contínua promovendo seu aprimoramento.
Desenvolver a capacidade de aprendizado de como fazer a melhoria contínua em todos os níveis e funções.
6. CONCLUSÃO
É evidente que quando uma informação de qualidade, precisa, clara e consistente for explorada e gerenciada de forma eficaz e eficiente na organização, ela pode trazer grandes vantagens competitivas para a mesma.
A gestão correta da informação evita que o grande volume de informação mascare informações que sejam relevantes para a resolução de problemas na organização, e que uma parcela dos recursos seja desperdiçada em informações que não sejam úteis. É importante ressaltar, que na prática, embora a informação seja um ativo importantíssimo para a organização, os mesmos esforços na gestão, planejamento e controle de outros ativos não são gastos com ela. Poucas organizações já adquiriram a consciência de quanto valor pode ser agregado para o negócio, através da gestão da informação.
A tecnologia da informação (TI) trouxe robustez, flexibilidade e agilidade para os processos da organização, mas além de grandes investimentos em tecnologia, é imprescindível definição de estratégias, treinamento de equipes e estabelecimento de processos de trabalho voltados à melhoria informacional na organização. Para se traduzir tecnologia em boa informação é necessário equilíbrio de investimentos entre tecnologias, pessoas e processos. A empresa que conseguir esse equilíbrio estará no caminho certo para a obtenção de excelentes resultados.
REFERÊNCIAS
BEAL, A. Gestão Estratégica da Informação: Como transformar a informação e a tecnologia da informação em fatores de crescimento e de alto desempenho nas organizações. São Paulo: Atlas S.A, 2011. Acessado em 12 de março de 2016.
DE ALMEIDA MORAES, Giseli Diniz; ESCRIVÃO FILHO, Edmundo. A gestão da informação diante das especificidades das pequenas empresas. Ci. Inf, v. 35, n. 3, p. 124-132, 2006. Acessado em 12 de março de 2016.
GESTÃO, A., Níveis de Planejamento. <http://www.administracaoegestao.com.br/ planejamento-estrategico/niveis-de-planejamento/>. Acesso em 13 de março de 2016
BAZZOTTI, Cristiane; GARCIA, Elias. Aimportância do sistema de informação gerencial para tomada de decisões. VI Seminário Unioeste–2008. Disponível em: <http://www. unioeste. Acessado em 15 de março de 2016.
MCGEE, J., PRUSAK, L. Gerenciamento estratégico da informação. Rio de Janeiro: Campus,1994. Acessado em 15 de março de 2016.
JAMES MCGEE e LAURENCE PRUSAK. Gerenciamento Estratégico da Informação. Rio de Janeiro. 5ª edição Editora Campus Ltda. Acessado em 18 de março de 2016.
BARBOSA, Ricardo Rodrigues. Uso de fontes de informação para a inteligência competitiva: um estudo da influência do porte das empresas sobre o comportamento informacional. 2012. Acessado em 18 de março de 2016.
DE MORAES, Cássia Regina Bassan; DE ABREU, Andréia; WOIDA, Luana Maia. Gestão do Conhecimento como Apoio à Melhoria Contínua: Um Estudo de Caso em uma Empresa de Telecomunicações. Informação & Informação, v. 19, n. 1, p. 112-145, 2014. Acessado em 20 de março de 2016.

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