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Teoria das Necessidades Humanas Básicas na Enfermagem

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Wanda de Aguiar Horta
Bárbara Xavier – 82512 Lara Coelho - 89905
Fernando P. Zanelli – 85949 Laylla Meireles - 89919
Karina Cassiano- 89936
EFG 217 – Habilidades em Enfermagem I
Biografia
Wanda Cardoso de Aguiar nasceu no Belém do Pará, no dia 11 de agosto de 1926. 
Casou-se em 17 de dezembro de 1953, com Luiz Emílio Horta, em São Paulo, e passou a ser chamada de Wanda de Aguiar Horta.
Graduada pela escola de Enfermagem na Universidade de São Paulo – USP, em 1948.
Em 1953 recebeu o diploma de Licenciatura em História Natural, na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade do Paraná.
Pós- graduada em Pedagogia e didática aplicada à Enfermagem na escola de Enfermagem da USP (1962). 
Doutora em Enfermagem, na Escola de Enfermagem Ana Neri da Universidade Federal do Rio de Janeiro (1968).
(PIRES, MÉIER, DANSKI, 2015)
Biografia
Trabalhou em diversas instituições nas quais destacamos: 
Chefe de Enfermagem no Hospital Centro Sorocabano, SP, entre 1954 – 1955.
Professora do Curso de Auxiliares de Enfermagem do Hospital Samaritano, SP, entre 1956 – 1958.
Em 1959 ao retornar a USP começou a desenvolver a elaboração da Teoria das Necessidades Humanas Básicas.
Professora auxiliar de ensino na cadeira de Fundamentos de Enfermagem de 1959 a 1968 (USP).
(PIRES, MÉIER, DANSKI, 2015)
Biografia
Professora Titular nas disciplinas Introdução à Enfermagem e Fundamentos de Enfermagem, entre 1968 – 1974 (USP).
Professora Adjunta de 1974 – 1977 (USP).
Em 1979, publicou o livro “Processo de Enfermagem”.
A teorista Horta faleceu em 15/06/1981, com 55 anos, tendo deixado numerosos estudos. Sua obra na área da enfermagem tem significado especial por ter sido a primeira teórica brasileira; seus artigos e o livro foram considerados inovadores, estimulantes e complexos para a época.
(PIRES, MÉIER, DANSKI, 2015)
Fernando até aqui
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Teoria das Necessidades Humanas Básicas 
Conceitos, Preposições e princípios 
Partindo- se da teoria proposta o primeiro conceito que se impõe é o de enfermagem: enfermagem é a ciência e a arte de assistir o ser humano no atendimento de suas necessidades básicas, de torna-lo independente dessa assistência, quando possível, pelo ensino do autocuidado; de recuperar, manter e promover a saúde em colaboração com outros profissionais.
(HORTA,1979)
Teoria das Necessidades Humanas Básicas
A teoria engloba leis gerais que regem os fenômenos universais: Lei do equilíbrio; Lei da adaptação e Lei do holismo. 
A teoria de Enfermagem foi desenvolvida a partir da teoria da motivação humana, de MASLOW, que se fundamenta nas necessidades humanas básicas.
João Mohana(três níveis): necessidades de nível psicobiológicas, psicossocial e psicoespiritual. 
(HORTA,1979)
Teoria da Necessidades Humanas Básicas
Horta adaptou a teoria das necessidades humanas básicas para a Enfermagem, aplicando as ideias de Maslow ao processo de cuidar. 
(HORTA,1979)
Teoria da Necessidades Humanas Básicas
Indivíduo só procura satisfazer as do nível seguinte após um mínimo de satisfação das necessidades anteriores.
Nunca há satisfação completa ou permanente de uma necessidade, pois se houvesse, conforme a teoria estabelece, não haveria mais motivação individual.
(HORTA,1979)
Bárbara slides 5 ao 8
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Teoria das Necessidades Humanas Básicas 
Prefere-se utilizar na enfermagem a denominação de João Mohana;
Necessidades de nível psicobiologias, psicossocial e psicoespiritual.
Todas estas necessidades estão intimamente inter-relacionadas, uma vez que fazem parte de um todo, o ser humano. 
É fundamental que se integre o conceito holístico do homem, ele é um todo indivisível, não é soma de suas partes.
(HORTA,1979)
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Teoria da Necessidades Humanas Básicas
Conceituação 
O que são as necessidades humanas básicas ?
Características: 
Latentes; Flexíveis; Cíclicas; 
Universais; Constantes; Inter-relacionadas;
Vitais; Infinitas; Dinâmicas.
Energéticas; Hierarquizadas; 
(HORTA,1979)
Laylla 9 e 10
10
Teoria da Necessidades Humanas Básicas
Inúmeros fatores interferem na manifestação e atendimento das NHB; entre eles podem-se citar: individualidade, idade, sexo, cultura, escolaridade, fatores socioeconômicos, o ciclo saúde-enfermidade, o ambiente físico.
Dois eixos compõe a teoria das NHB:
1) A enfermagem é um serviço prestado ao ser humano;
2) A enfermagem é parte integrante da equipe de saúde.
(HORTA,1979)
Teoria da Necessidades Humanas Básicas
A enfermagem é um serviço prestado ao ser humano
O ser humano é parte integrante do universo dinâmico, e como tal sujeito a todas as leis que o regem, no tempo e no espaço.
O ser humano está em constante interação com o universo, dando e recebendo energia.
A dinâmica do universo provoca mudanças que o levam a estados de equilíbrio e desequilíbrio no tempo e no espaço.
(HORTA,1979)
Teoria da Necessidades Humanas Básicas
Os desequilíbrios geram, no ser humano, necessidades que se caracterizam por estados de tensão conscientes ou inconscientes que o levam a buscar satisfação de tais necessidades para manter seu equilíbrio dinâmico no tempo e no espaço.
As necessidades não-atendidas ou atendidas inadequadamente trazem desconforto, e se este se prolonga é causa de doença.
Estar com saúde é estar em equilíbrio dinâmico no tempo e espaço.
(HORTA,1979)
Karina – 11 ao 13
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Teoria da Necessidades Humanas Básicas
A enfermagem é parte integrante da equipe de saúde
A enfermagem assiste o ser humano no atendimento de suas
 necessidades básicas, valendo-se para isto dos conhecimentos e princípios
 científicos das ciências físico-químicas, biológicas e psicossociais. A conclusão será:
A enfermagem como parte integrante da equipe de saúde implementa estados de equilíbrio, previne estados de desequilíbrio e reverte desequilíbrios em equilíbrio pela assistência ao ser humano no atendimento de suas necessidades básicas; procura sempre reconduzi-lo à situação de equilíbrio dinâmico no tempo e espaço.
(HORTA,1979)
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Teoria das Necessidades Humanas Básicas 
 A função do enfermeiro pode ser considerada em três áreas ou campos de ações distintos: 
(HORTA,1979)
Teoria das Necessidades Humanas Básicas 
A enfermagem respeita e mantém a unicidade, autenticidade e individualidade do ser humano.
 A enfermagem é prestada ao ser humano e não à sua doença ou desequilíbrio.
Todo o cuidado de enfermagem é preventivo, curativo e de reabilitação.
A enfermagem reconhece o ser humano como membro de uma família e de uma comunidade.
A enfermagem reconhece o ser humano como elemento participante ativo no seu autocuidado.
(HORTA,1979)
Teoria das Necessidades Humanas Básicas 
“Assistir em enfermagem é: fazer pelo ser humano aquilo que ele não pode fazer por si mesmo; ajudar ou auxiliar quando parcialmente impossibilitado de se auto cuidar; orientar ou ensinar, supervisionar e encaminhar a outros profissionais.”
(HORTA,1979)
Lara 14 ao 17
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Teoria da Necessidades Humanas Básicas -Metaparadigmas
“Arredores imediatos onde se encontra a pessoa que recebe assistência.”
Ambiente onde se estabelecem interações entre cliente-enfermeiro.
Ambiente
(HORTA,1979)
Laylla
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Processo de Enfermagem
O que é o Processo de Enfermagem ? 
Etapas: 
(HORTA,1979)
Processo de Enfermagem
Histórico de Enfermagem
É o roteiro sistematizado para o levantamento de dados do ser humano que tornam possível a identificação de seus problemas.
Características:
Concisão; 
Informações que permitam dar um cuidado imediato; 
Individualização;
Não duplicar informações. 
(HORTA,1979)
Processo de Enfermagem
Exame Físico 
Tem por finalidade identificar problemas de enfermagem, diferindo por isso do exame
feito pelo médico.
Conclusões 
Problemas identificados. 
Análise dos problemas para identificação das necessidades e dependências de enfermagem pelo paciente.
Diagnostico de Enfermagem.
(HORTA,1979)
Fernando 19 ao 21
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Processo de Enfermagem
Diagnóstico de Enfermagem
É a segunda fase do processo da enfermagem. 
Analisando os dados colhidos no histórico, são identificados os problemas de enfermagem. Estes, em nova analise, levam á identificação das necessidades básicas afetadas e do grau de dependência do paciente em relação à enfermagem para seu atendimento. 
(HORTA,1979)
Processo de Enfermagem
Plano Assistencial
É a determinação global da assistência de enfermagem que o ser humano deve receber diante do diagnóstico estabelecido.
Planos de cuidados ou prescrição de enfermagem 
Roteiro diário que coordena a ação da equipe de enfermagem nos cuidados adequados ao atendimento das necessidades básicas e específicas do ser humano.
(HORTA,1979)
Processo de Enfermagem
Evolução de Enfermagem
Relato diário de mudanças sucessivas que ocorrem no ser humano enquanto estiver sobre a assistência profissional. 
Prognóstico de enfermagem 
Estimativa da capacidade do ser humano em atender a suas necessidades básicas após a implementação do plano assistencial.
(HORTA,1979)
Lara 22 ao 24
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Artigo – Contribuição da teoria de Horta para crítica dos diagnósticos de Enfermagem no paciente em hemodiálise 
Autores: Gilberto de Lima Guimarães, Vania Regina Goveia, Isabel Yovana Quispe Mendoza, Kleyde Ventura de Souza, Mariana Oliveira Guimarães , Selme Silqueira de Matos.
Publicado na Revista de Enfermagem UFPE OnLine. 
Objetivo: discutir os aspectos teóricos e filosóficos subjacentes aos diagnósticos de enfermagem formulados para os pacientes em hemodiálise segundo a teoria de Horta.
Método utilizado na pesquisa: Estudo descritivo e exploratório, com abordagem quantitativa.
Local de realização: Unidade de Hemodiálise do Hospital Escola, público, em Belo Horizonte – MG.
(GUIMARÃES, GOVEIA, MENDOZA, SOUZA, GUIMARÃES, MATOS, 2016)
Artigo – Contribuição da teoria de Horta para crítica dos diagnósticos de Enfermagem no paciente em hemodiálise
A coleta foi realizada entre 1° de outubro a 30 de novembro de 2010 por meio de consulta aos prontuários dos pacientes.
Neste período havia 78 pessoas que realizavam hemodiálise em 3 sessões semanais com duração de horas. 
Critérios de Inclusão: pessoas adultas de ambos os sexos com idade entre 18 e 60 anos. 
População: Unidade de hemodiálise de um hospital escola.
Amostra: 42 pacientes ou 53,8% dos indivíduos em hemodiálise. 
(GUIMARÃES, GOVEIA, MENDOZA, SOUZA, GUIMARÃES, MATOS, 2016)
Artigo – Contribuição da teoria de Horta para crítica dos diagnósticos de Enfermagem no paciente em hemodiálise
Resultados: : Entre os 42 pacientes, 62% eram do sexo masculino, a idade variou entre 20 e 59 anos, 55 % eram solteiros e 57% cristão católicos. Nível de escolaridade – 55% tinham ensino fundamental e 3% ensino superior. 
Sobre a etiologia renal crônica constatou-se que 36% possuíam como causa a nefropatia hipertensiva e 5% rim policísticos 
Tabela 1. Distribuição da amostra segundo a etiologia da doença renal crônica 
(GUIMARÃES, GOVEIA, MENDOZA, SOUZA, GUIMARÃES, MATOS, 2016)
Artigo – Contribuição da teoria de Horta para crítica dos diagnósticos de Enfermagem no paciente em hemodiálise
Problemas de Enfermagem encontrados: 
76% com predomínio da NHB psicobiologicas, seguida pela psicossocial 24%.
 Dentre os problemas de Enfermagem classificados como NHB psicobiologicas afetadas, destacaram –se: anúria (100%); perda da integridade da pele por múltiplas punções venosas (98%); alteração de enzimas hepáticas (31%); padrão de sono alterado (24%); e ingestão hídrica excessiva (20%). 
Dos problemas de enfermagem classificados com NHB psicossociais afetados, destacaram- se: não cumprimento do regime terapêutico (26%); irritabilidade ou preocupação excessiva (20%), relato de angústia e dificuldade de fala (5%).
(GUIMARÃES, GOVEIA, MENDOZA, SOUZA, GUIMARÃES, MATOS, 2016)
Artigo – Contribuição da teoria de Horta para crítica dos diagnósticos de Enfermagem no paciente em hemodiálise
(GUIMARÃES, GOVEIA, MENDOZA, SOUZA, GUIMARÃES, MATOS, 2016)
Artigo – Contribuição da teoria de Horta para crítica dos diagnósticos de Enfermagem no paciente em hemodiálise
Discussão
 Constatou-se o predomínio de pacientes do sexo masculino com idade entre 50-59 anos. 
Apesar do aumento do numero de pacientes idosos em hemodiálise e da sobrevida, informações sobre a qualidade de vida desses pacientes são escassas no país. Tal fato leva a necessidade de estudos que contemplem prioritariamente os aspectos mais comprometidos da qualidade de vida associada á saúde nesse grupo de pacientes para que possam orientar intervenções visando melhorar o nível do tratamento hemodialítico dessa população. 
(GUIMARÃES, GOVEIA, MENDOZA, SOUZA, GUIMARÃES, MATOS, 2016)
Artigo – Contribuição da teoria de Horta para crítica dos diagnósticos de Enfermagem no paciente em hemodiálise
A lista de Problemas de Enfermagem referiu-se aos domínios de eliminação e troca, segurança/proteção, conforto, nutrição, atividade e repouso, percepção/ cognição e promoção da saúde. 
Foram classificados de acordo com NHB, sendo afetadas de natureza psicobiológica (n= 13) e psicossocial ( n = 4). 
Deve se destacar que o enfermeiro não elaborou diagnósticos de enfermagem para as necessidades psicoespirituais. Sua visão assistencial valorou a NHB psicobiológica e a psicossocial.
(GUIMARÃES, GOVEIA, MENDOZA, SOUZA, GUIMARÃES, MATOS, 2016)
Artigo – Contribuição da teoria de Horta para crítica dos diagnósticos de Enfermagem no paciente em hemodiálise
Conclusão:
 Foram formulados nove diagnósticos de enfermagem, classificadas para as NHB afetadas psicobiológicas ( n =7) e psicossocial (n=2). Tal situação reflete a influencia do paradigma biologicista na formação do enfermeiro. 
Passando a valorar o atendimento das NHB a partir da identificação de problemas e formulações de diagnósticos de enfermagem que darão direcionamento concatenado e substantivo dos resultados e das intervenções de enfermagem.
(GUIMARÃES, GOVEIA, MENDOZA, SOUZA, GUIMARÃES, MATOS, 2016)
Artigo – Contribuição da teoria de Horta para crítica dos diagnósticos de Enfermagem no paciente em hemodiálise
Recomendações para prática de Enfermagem:
 Superação do paradigma biologicista;
Manter atitude critico-reflexiva;
“ Para isso, defende-se que a superação desse paradigma propiciará o despertar da consciência do enfermeiro que atua em hemodiálise, permitindo-o reconhecer a dimensão subjetiva que funda o paciente, movendo-o para elaboração de uma prática de enfermagem humana e solidária, para além da técnica e garantia de sua cientificidade.”
(GUIMARÃES, GOVEIA, MENDOZA, SOUZA, GUIMARÃES, MATOS, 2016)
Referências bibliográficas
Horta, WA. Processo de enfermagem. São Paulo: EPU, 1979.
Pires, Sandra M.B.; Méier, Marineli J.; Danski, Mitzy T.R.; Fragmentos da trajetória pessoal e profissional de Wanda Horta: contribuições para a área da enfermagem. História da Enfermagem. Rev. Eletrônica de Enferm.v.2,n.1,2015.
Guimarães, G. D. L., Goveia, V. R., Mendoza, I. Y. Q., Souza, K. V. D., Guimarães, M. O., & Matos, S. S. D. (2016). Contribuição da teoria de horta para crítica dos diagnósticos de enfermagem no paciente em hemodiálise. Rev. enferm. UFPE on line, 10(2), 554-561.
DE OLIVEIRA SALGADO, Patrícia; CHIANCA, Tânia Couto Machado. Identificação e mapeamento dos diagnósticos e ações de enfermagem em unidade de terapia intensiva. Revista Latino-Americana de Enfermagem, v. 19, n. 4, p. 928-935, 2011.

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